Você está na página 1de 42

Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal

Teoria e Questões Comentadas do CESPE


Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

Aula 1 - DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – PARTE I


INSTRUMENTOS CONSTITUCIONAIS

SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação e Cronograma 1
Plano Plurianual – PPA 3
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 7
Lei Orçamentária Anual – LOA 14
Mais questões de concursos anteriores do CESPE 23
Memento (resumo) 34
Lista das questões comentadas nesta aula 37
Gabarito 42

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

É com enorme alegria que tenho você como aluno e assim ter a satisfação de
que você inicialmente aprovou nossa aula demonstrativa, decidindo continuar o
curso. É sinal que você busca o crescimento, que corre atrás dos seus
objetivos, que põe em prática o sonho de alcançar o sucesso na aprovação de
um concurso público.

"Confiar, totalmente, em nossa boa vontade e na força em querer


crescer já significa o próprio crescimento." (Maria Luiza S. Teles)

Você verá que esse caminho rumo à aprovação pode ser prazeroso. No início é
mais difícil, mas à medida que você for evoluindo nos estudos, terá satisfação
em perceber que está aprendendo a matéria e resolvendo aquelas questões do
CESPE e da ESAF que no início pareciam impossíveis. Depois de alcançar um
bom ritmo e uma rotina consistente de estudos, sentirá falta de estudar
naquele dia que não ler ao menos um pouquinho da matéria.

"O sucesso é uma jornada, não um ponto final. Metade do prazer


está em percorrer o caminho." (Gita Bellin)

Nesta aula estudaremos os instrumentos de planejamento e orçamento da


Constituição Federal. O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) são as leis que
regulam o planejamento e o orçamento dos entes públicos federal, estaduais e
municipais. No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas,
porém integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das
ações governamentais.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988


(CF/1988) tem-se essa integração, por meio da definição dos instrumentos de
planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo.

Segundo o art. 165 da CF/1988:


“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais”.

A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na


Administração Pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento por
meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O
PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da
CF/1988, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o
Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o
qual não se confunde com o PPA, que possui quatro anos de duração.

O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal


que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (PPA) e o


planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos
estratégicos existentes antes da CF/1988.

A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo


operacionalizada por meio de diversas ações.

Antes da atual Carta Magna, existiam outros


instrumentos de planejamento, mas eles não têm
relação com o Plano Plurianual. O PPA é inovação da
atual Constituição! O PPA substituiu os Orçamentos
Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a
vigência em um exercício financeiro.

De acordo com o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano


plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum. Ou seja, devem ser analisados e votados pelo

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

Parlamento. Trataremos do tema durante o estudo do ciclo (ou processo)


orçamentário.

1. PLANO PLURIANUAL

1.1 O Plano Plurianual na CF/1988

O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento do Governo


Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de
quatro anos, podendo ser revisado a cada ano.

Segundo o § 1º do art. 165 da CF/1988:


“§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada”.

O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada. Um grande desafio do


planejamento é promover, de maneira integrada, oportunidades de
investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais,
levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões do
País. O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As
diversas regiões brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer
frente às transformações socioeconômicas em curso, especialmente aquelas
associadas ao processo de inserção do País na economia mundial. Tais
mudanças são estruturais e demandam um amplo horizonte de tempo e
perseverança para se concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas na
perspectiva do planejamento de longo prazo. O papel do Plano Plurianual
nesse contexto é o de implementar o necessário elo entre o planejamento de
longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo prazo
encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais, as condições para sua
materialização. Com isso, o planejamento constitui-se em instrumento de
coordenação e busca de sinergias entre as ações do Governo Federal e os
demais entes federados e entre a esfera pública e a iniciativa privada. Ao
caracterizar e propor uma estratégia para cada um dos agrupamentos
territoriais (macrorregiões de referência), a expectativa é que ocorra um
processo de convergência das políticas públicas ao nível dos territórios.

As diretrizes são normas gerais, amplas, estratégicas, que mostram o


caminho a ser seguido na gestão dos recursos pelos próximos quatros anos.
Os objetivos correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pelo
Governo Federal no período do Plano para que, a longo prazo, a visão
estabelecida se concretize. O objetivo expressa o que deve ser feito, refletindo

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

as situações a serem alteradas pela implementação de um conjunto de


iniciativas, com desdobramento no território.
As metas são medidas do alcance do objetivo, podendo ser de natureza
quantitativa ou qualitativa, a depender das especificidades de cada caso.
Quando qualitativa, a meta também deverá ser passível de avaliação. Cada
objetivo deverá ter uma ou mais metas associadas.

As despesas de capital são aquelas que contribuem, diretamente, para a


formação ou aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a
pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” se
relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar
após sua realização. Despesas correntes são as que não contribuem,
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as
despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção etc. Neste
mesmo exemplo, após a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos
com sua manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital
pavimentação da rodovia. Assim, tanto a pavimentação da rodovia (despesa
de capital) quanto o custeio com sua manutenção (despesa corrente
relacionada à de capital) deverão estar previstos no Plano Plurianual.

Os programas de duração continuada são aqueles cuja duração se estenda


pelos exercícios financeiros seguintes. Se o programa é de duração continuada,
deve constar do PPA. Logo, as ações cuja execução esteja restrita a um único
exercício financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no PPA do
Governo Federal, porque não se caracterizam como de duração continuada. O
PPA de 2000-2003, o Avança Brasil, reflete a nova classificação programática,
ao contrário da abordagem anterior, baseada em projetos.

Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF/1988:


“§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade”.

Atenção: investimento, na linguagem do dia a dia, refere-se normalmente a


uma aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro.
Exemplo: ações na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária,
portanto em todo o nosso conteúdo, é diferente: investimentos são
despesas com softwares e com o planejamento e a execução de obras,
inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização
destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material
permanente. Exemplo: construção de um prédio público.

Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das


Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto
não for editada a lei complementar prevista na CF/1988, estudada na
próxima aula.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no segundo


exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no
primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser
encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao
Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão
legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado.

O PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra


em vigor no segundo ano. A partir daí, tem sua vigência
até o final do primeiro ano do mandato seguinte. A ideia
é manter a continuidade dos programas. Repare que um
O PPA não se confunde chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode
com o mandato do chefe governar durante todo o seu primeiro PPA, desde que
do Executivo. seja reeleito. Porém, como vimos, será o mesmo
governante em mandatos diferentes.

Em nosso estudo, a referência é a CF/1988, por isso sempre tratamos dos


instrumentos de planejamento e orçamento na esfera federal. No entanto,
assim como a União, cada estado, cada município e o Distrito Federal também
têm seus próprios PPAs, LDOs e LOAs.

QUADRO DO PPA

Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas


(DOM) da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro


poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

Assim como a LDO, é inovação da CF/1988.

1) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Na lei que instituir o


PPA constarão despesas de capital e outras delas decorrentes.

Segundo o § 1.o do art. 165 da CF/1988:

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

§ 1.º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada,


as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.
Resposta: Certa

2) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) O PPA é o


instrumento que expressa o planejamento do governo federal para um
período de quatro anos. Por sua complexidade, o PPA restringe-se à
esfera federal, não contemplando desdobramentos a níveis estadual
nem municipal.

Assim como a União, cada estado, cada município e o Distrito Federal também
têm seus próprios PPAs, LDOs e LOAs.
Resposta: Errada

1.2 O Plano Plurianual na LRF

O art. 3º da LRF, que era o único que versava exclusivamente sobre o PPA,
foi vetado. O caput deste artigo estabelecia que o projeto de lei do plano
plurianual deveria ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro
período da sessão legislativa, enquanto o § 2º obrigava o seu envio, ao Poder
Legislativo, até o dia 30 de abril do primeiro ano do mandato do Chefe do
Poder Executivo. O veto ocorreu porque isso representaria não só um
reduzido período para a elaboração dessa peça, por parte do Poder Executivo,
como também para a sua apreciação pelo Poder Legislativo, inviabilizando o
aperfeiçoamento metodológico e a seleção criteriosa de programas e ações
prioritárias de governo.

No entanto, o PPA aparece em alguns dispositivos da LRF, como, por


exemplo, no art. 5º, caput e § 5º (veremos em Lei Orçamentária Anual).
Assim, no que se refere à elaboração do PPA, o planejamento governamental
também foi afetado pela aprovação da LRF, mesmo com o veto do principal
artigo.

1.3 Planos e Programas Nacionais, Regionais e Setoriais

A Constituição Federal, em seu art. 165, determina que:


“§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e
apreciados pelo Congresso Nacional”.

A regionalização prevista na Constituição Federal considera, na formulação, na


apresentação, na implantação e na avaliação do Plano Plurianual, as diferenças
e desigualdades existentes no território brasileiro.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

O significado de planos e programas nacionais, regionais e setoriais de


desenvolvimento não é o mesmo dos programas da estrutura programática,
(estudado em Classificações da Despesa Pública). Os programas nacionais,
regionais e setoriais muitas vezes têm duração superior ao PPA, porque são de
longo prazo, como o Plano Nacional de Educação (10 anos).

3) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os planos e


programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem ser
elaborados em consonância com a LDO e apreciados pelo MPU.

Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta


Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e
apreciados pelo Congresso Nacional.
Resposta: Errada

2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

2.1 A Lei de Diretrizes Orçamentárias na CF/1988

A LDO também surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejando


ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento
operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos
estratégicos existentes antes da CF/1988.

Segundo o § 2º do art. 165 da CF/1988:


“§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento”.

SEGUNDO A CF, A LDO:

Compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública Federal.

Incluirá as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.

Orientará a elaboração da LOA.

Disporá sobre as alterações na legislação tributária.

Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

Parte da doutrina afirma que a vigência da LDO é de um ano. Todavia, a LDO


extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o
encerramento da primeira sessão legislativa e orienta a elaboração da LOA no
segundo semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem
executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a
LDO elaborada em 2011 terá vigência já em 2011 para que oriente a
elaboração da LOA e também durante todo o ano de 2012, quando ocorrerá a
execução orçamentária.
O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio
antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao
Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da sessão
legislativa (17 de julho).

Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos


objetivos, entre eles as metas e prioridades da Administração Pública.
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades
da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Vamos agora destrinchar esse parágrafo:


Definição das metas e prioridades da Administração Pública Federal: as
disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as metas
e prioridades da Administração Pública. Assim, pode-se verificar se as metas e
prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos na LOA.
Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a ideia que a
LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é
um plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois inclui também as metas
e prioridades da Administração Pública, as alterações na legislação tributária e
a política de aplicação das agências oficiais de fomento.
Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm
diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para
arrecadação. No entanto, outra importante função é a reguladora, em que o
governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos,
incentivando ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do
Estado. Assim, verifica-se a importância das alterações na legislação tributária
e se justifica sua presença na LDO, pois permite a elaboração da LOA com as
estimativas mais precisas dos recursos e, ainda, informa aos agentes
econômicos as possíveis modificações, a fim de que não ocorram mudanças
bruscas fora de suas expectativas. A CF/1988 determina que a lei de diretrizes
orçamentárias considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO não
pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser
feito por outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis
sejam aprovadas antes da LDO.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras


oficiais de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que
fomentam o desenvolvimento do País. Sua presença na LDO justifica-se pela
repercussão econômica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa
Econômica Federal (CEF), Agência de Fomento do Paraná (AFPR) e Agência de
Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM).

Vamos falar de mais uma característica da LDO: segundo o § 1º, I e II, do art.
169 da CF/1988:
“§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras,
bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista”.

Assim, é necessária autorização específica na LDO para a concessão de


qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
entidades da Administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público. A exceção se dá para as empresas públicas e
para as sociedades de economia mista.

A ausência de dotação orçamentária


prévia em legislação específica não
autoriza a declaração de
inconstitucionalidade da lei,
impedindo tão somente a sua
STF sobre o art. 169, § 1º, da CF/1988 aplicação naquele exercício financeiro.

Explicando a decisão do STF, a lei que concede aumento (ou qualquer hipótese
do § 1º do art. 169 da CF/1988) subordinado à existência de dotação
orçamentária suficiente e de autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias não está sujeita à aferição de constitucionalidade por meio de
controle abstrato. Mesmo que estivesse sujeita ao crivo do controle abstrato, a
inobservância das restrições constitucionais relativas à autorização
orçamentária não induziria à inconstitucionalidade da lei, impedindo apenas a
sua execução no exercício financeiro respectivo. Exemplo: caso uma lei
conceda um aumento a servidores sem dotação suficiente na LOA ou sem

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

autorização na LDO, ela não será declarada inconstitucional. A única restrição


é que ela não poderá ser aplicada naquele exercício financeiro. Caso no
exercício seguinte exista dotação na LOA e autorização na LDO, a lei que
concedeu o aumento poderá ser aplicada.

4) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com a


Constituição Federal de 1988 (CF), a LDO disporá sobre as alterações
na legislação tributária e orientará a elaboração do Plano Plurianual
(PPA).

A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal,


incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual (e não do PPA), disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Resposta: Errada

5) (CESPE - Analista Técnico - Administrativo – Min Saúde – 2010) A


ausência de dotação orçamentária prévia em legislação específica não
autoriza a declaração de inconstitucionalidade da lei, impedindo tão
somente a sua aplicação naquele exercício financeiro.

O STF, ao tratar do art. 169, §1º, da CF/1988, dispõe que a ausência de


dotação orçamentária prévia em legislação específica não autoriza a declaração
de inconstitucionalidade da lei, impedindo tão-somente a sua aplicação
naquele exercício financeiro.
Resposta: Certa

2.2 A Lei de Diretrizes Orçamentárias na LRF

Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, veremos que a


Lei de Responsabilidade Fiscal , em seu art. 4.º, I, a, b, e e f, aumentou o
rol de funções da LDO, visando manter o equilíbrio entre receitas e despesas:
Art. 4.° A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.° do art.
165 da Constituição e:
I – disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses
previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9.º e no inciso II do § 1.º
do art. 31;
(...)
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos
Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 42
Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

programas financiados com recursos dos orçamentos;


f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades
públicas e privadas.
Obs.: As alíneas c e d não foram citadas porque foram vetadas.

Equilíbrio entre receitas e despesas.

Critérios e forma de limitação de empenho, caso a


realização da receita possa não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou
nominal previstas.

Normas relativas ao controle de custos e à avaliação


Segundo a LRF, a LDO dos resultados dos programas financiados com
recursos dos orçamentos.
disporá sobre:
Demais condições e exigências para transferências
de recursos a entidades públicas e privadas.

Segundo o art. 4.°, § 1.º, da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO:
§ 1.° Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas
Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e
montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois
seguintes.

Para obrigar os administradores públicos a ampliar os horizontes do


planejamento, as metas devem ser estimadas para o exercício a que se
referem e os dois seguintes. As metas fiscais são valores projetados para o
exercício financeiro e que, depois de aprovados pelo Poder Legislativo, servem
de parâmetro para a elaboração e a execução do orçamento.

O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas arrecadadas


e as despesas empenhadas, não considerando o pagamento do principal e dos
juros da dívida, tampouco as receitas financeiras. Já o resultado nominal é
mais abrangente, pois corresponde à diferença entre todas as receitas
arrecadadas e as despesas empenhadas, incluindo pagamentos de parcelas do
principal e dos juros da dívida, bem como as receitas financeiras obtidas.

Prosseguindo, temos que o Anexo de Metas Fiscais conterá (§ 2.º):


I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as
fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com
as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios,
destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de
Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 42
Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

ativos;
IV – avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e
do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da
margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

Note que além das metas futuras (§ 1.º), o art. 4º da LRF determina que a
LDO contenha uma avaliação dos resultados passados (incisos I e II do § 2.º),
o que dá subsídios para projeções consistentes das metas a serem alcançadas.

No inciso III do mesmo parágrafo, a LRF demonstra preocupação com a


deteriorização do patrimônio público, ao exigir que os recursos obtidos com a
alienação de ativos, como os provenientes de privatizações, tenham destaque
no anexo de metas fiscais da LDO. Tal determinação permite avaliar a
evolução do patrimônio líquido do ente, por exemplo, verificando se as receitas
de alienações estão sendo reaplicadas em investimentos, o que mantém o
patrimônio líquido; ou se estão sendo usadas em gastos de custeio, o que faz o
patrimônio líquido diminuir.

Já o inciso IV visa evitar que os recursos de fundos de natureza previdenciária


sejam utilizados em finalidade diversa da programada, o que era muito comum
no passado. O que a LRF objetiva é garantir a viabilidade econômico-financeira
dos fundos ao protegê-los de uso indevidos e assegurando a utilização apenas
nas finalidades previstas em seus estatutos, como nos pagamentos de
pensões, complementação de aposentadorias e subsídios às despesas médicas
de titulares e dependentes.

Concluindo o parágrafo, o inciso V alinha ações, resultados e transparência, ao


exigir que o anexo de metas fiscais demonstre a previsão de renúncia de
receitas e da expansão das despesas obrigatórias continuadas, que
normalmente trazem heranças fiscais para mandatos seguintes. Por exemplo,
ao aumentar a remunerações dos servidores públicos, um prefeito passará
essa obrigação para todos os seus sucessores, já que as remunerações são
irredutíveis. Tal despesa obrigatória continuada deverá estar prevista no anexo
de metas fiscais.

Temos também integrando a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão


avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

No Anexo de Riscos Fiscais serão avaliados


os passivos contingentes e outros riscos
capazes de afetar as contas públicas,
informando as providências a serem tomadas,
Anexo de Riscos Fiscais ≠ caso se concretizem.
Anexos de Metas Fiscais

Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida.


Riscos Fiscais Orçamentários: estão relacionados à possibilidade de as
receitas e despesas projetadas na elaboração do projeto de lei orçamentária
anual não se confirmarem durante o exercício financeiro.
Com relação à receita orçamentária, algumas variáveis macroeconômicas
podem influenciar no montante de recursos arrecadados, dentre as quais
podem-se destacar: o nível de atividade da economia e as taxas de inflação,
câmbio e juros. A redução do Produto Interno Bruto – PIB, por exemplo,
provoca queda na arrecadação de tributos por todos os entes da federação.
No que diz respeito à despesa orçamentária, a criação ou ampliação de
obrigações decorrentes de modificações na legislação, por exemplo, requer
alteração na programação original constante da Lei Orçamentária.
Riscos Fiscais da Dívida: estão diretamente relacionados às flutuações de
variáveis macroeconômicas, tais como taxa básica de juros, variação cambial
e inflação. Para a dívida indexada ao Sistema Especial de Liquidação e
Custódia – SELIC, por exemplo, um aumento sobre a taxa de juros
estabelecido pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil
elevaria o nível de endividamento do governo.

Já os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja existência


dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em curso e
dívidas em processo de reconhecimento. Assim, os precatórios não se
enquadram no conceito de Risco Fiscal por se tratarem de passivos “efetivos” e
não de passivos contingentes, pois, conforme estabelecido pelo art. 100, § 5º
da Constituição Federal, é obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades
de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos,
oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios
judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final
do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente

Ainda, a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo


específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem
como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis,
e também as metas de inflação, para o exercício subsequente.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

6) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A LDO deve conter


anexo no qual sejam avaliados os passivos contingentes e outros
riscos capazes de afetar as contas públicas.

Integra a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão avaliados os


passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida.
Resposta: Certa

3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

3.1 A Lei Orçamentária Anual na CF/1988

A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o Poder Público prevê a


arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um
ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito.
Ela deve conter apenas matérias atinentes à previsão das receitas e à fixação
das despesas, sendo liberadas, em caráter de exceção, as autorizações para
créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de
receita orçamentária. Trata-se do princípio orçamentário constitucional da
exclusividade.
A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas estabelecidos no
PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o
que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas diretrizes, objetivos e
metas do PPA, compreende as ações a serem executadas, seguindo as metas
e prioridades estabelecidas na LDO.
Quanto à vigência, a Lei Orçamentária Anual federal, conhecida ainda como
Orçamento Geral da União (OGU), também segue o ADCT. O projeto da Lei
Orçamentária anual deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses
antes do término do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao
executivo até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do
exercício de sua elaboração.

Segundo o § 5º, I, II e III, do art. 165 da CF/1988, a LOA conterá o


orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de
investimento das empresas (ou investimentos das estatais):
“§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 42
Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;


III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público”.

Cabe ressaltar que, até a década de 1980, o que havia era um convívio
simultâneo com três orçamentos distintos: o orçamento fiscal, o orçamento
monetário e o orçamento das estatais. Não ocorria nenhuma consolidação
entre eles.
O orçamento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O
orçamento monetário e o das empresas estatais eram deficitários, sem
controle e, além do mais, não eram votados. Como o déficit público e os
subsídios mais importantes estavam no orçamento monetário, o Legislativo
encontrava-se, praticamente, alijado das decisões mais relevantes em relação
à política fiscal e monetária do País. O orçamento monetário era elaborado
pelo Banco Central e aprovado pelo executivo por decreto, sem o Congresso.

Pela CF/1988, a LOA compreende o orçamento


fiscal, da seguridade social e de investimentos
das estatais. Não existe mais o orçamento
monetário, tampouco orçamentos paralelos.

Segundo o § 7º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de


investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional. Note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função
de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
Atenção: note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função de
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa


dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

Orçamento da Seguridade social = saúde,


previdência e assistência social.

A Educação faz parte do Orçamento Fiscal!

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas


sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua


promoção, proteção e recuperação. Quanto à previdência social, fundada na
ideia de solidariedade social, deve ser organizada sob a forma de um regime
geral, sendo este de caráter contributivo e filiação obrigatória. Já a
assistência social apresenta característica de universalidade, visto que será
prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à
seguridade social.

Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social


será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde,
previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a
gestão de seus recursos.
No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não
integrando o orçamento da União.

Atenção: o orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que


possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social
(previdência, assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente
relacionados à seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema
Único de Saúde (SUS). Por exemplo, o Ministério do Planejamento possui
despesas de assistência médica relativa aos seus servidores e essa despesa faz
parte do orçamento da seguridade social.

A CF/1988 veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA.


Também veda a utilização, sem autorização legislativa específica, de
recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou
cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que
compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da
seguridade social. Ainda, proíbe a consignação de crédito com finalidade
imprecisa ou com dotação ilimitada.

7) (CESPE – Contador – DPU – 2010) O orçamento da seguridade social


abrange a chamada área social e, destacadamente, previdência, saúde
e educação.

O orçamento da seguridade social abrange a chamada área social e,


destacadamente, previdência, saúde e assistência social. A educação integra
o Orçamento Fiscal.
Resposta: Errada

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

3.2 A Lei Orçamentária Anual na Lei 4320/1964

Há vários dispositivos sobre a LOA na Lei 4320/1964. De acordo com o art. 2°,
que explicita vários princípios orçamentários, a Lei do Orçamento conterá a
discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de
unidade universalidade e anualidade.

Deve integrar a LOA, obrigatoriamente, segundo os §§ 1° e 2° também do art.


2° da referida Lei:
• Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do
Governo;
• Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias
Econômicas;
• Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
• Quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração.
Acompanharão a Lei de Orçamento:
• Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos
especiais;
• Quadros demonstrativos da despesa;
• Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em
termos de realização de obras e de prestação de serviços.

De acordo com o art. 4º, a Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas


próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por
intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.

Complementando o tema, segundo o art. 22, a proposta orçamentária que o


Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos
nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á:
• Mensagem: conterá exposição circunstanciada da situação econômico-
financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e
flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros
compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política
econômica-financeira do Governo; justificação da receita e despesa,
particularmente no tocante ao orçamento de capital;
• Projeto de Lei de Orçamento;
• Tabelas explicativas, sobre receitas e despesas de vários anos, em
colunas distintas e para fins de comparação;
• Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por
dotações globais, em termos de metas visadas, decompostas em
estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar,
acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e
administrativa.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa,


descrição sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva
legislação.

Os arts. 23 a 26 tratam das previsões plurienais. As receitas e despesas de


capital serão objeto de um Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital,
aprovado por decreto do Poder Executivo, abrangendo, no mínimo um triênio.
O referido quadro será anualmente reajustado acrescentando-se-lhe as
previsões de mais um ano, de modo a assegurar a projeção contínua dos
períodos.
O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital abrangerá:
• as despesas e, como couber, também as receitas previstas em planos
especiais aprovados em lei e destinados a atender a regiões ou a setores
da administração ou da economia;
• as despesas à conta de fundos especiais e, como couber, as receitas que
os constituam;
• em anexos, as despesas de capital das entidades referidas no Título X
desta lei, com indicação das respectivas receitas, para as quais forem
previstas transferências de capital.

Os programas constantes do citado Quadro, sempre que possível, serão


correlacionados a metas objetivas em termos de realização de obras e de
prestação de serviços. Consideram-se metas os resultados que se pretendem
obter com a realização de cada programa.
A proposta orçamentária conterá o programa anual atualizado dos
investimentos, inversões financeiras e transferências previstos no Quadro de
Recursos e de Aplicação de Capital.

8) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) As receitas e


despesas de capital serão objeto de um quadro de recursos e de
aplicação de capital aprovado pelo Poder Legislativo, abrangendo, no
mínimo, um quadriênio.

As receitas e despesas de capital serão objeto de um Quadro de Recursos e de


Aplicação de Capital, aprovado por decreto do Poder Executivo, abrangendo,
no mínimo um triênio.
Resposta: Errada

3.3 Empresa Estatal Dependente

Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas, antes,


precisaremos do importante conceito de empresa estatal dependente.
Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 42
Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

Primeiro, temos que saber que uma empresa controlada é uma sociedade
cuja maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou
indiretamente, a ente da Federação.

Consoante a LRF, empresa estatal dependente é uma empresa


controlada, mas que recebe do ente controlador recursos financeiros para
pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de
capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de
participação acionária.
Este conceito é importantíssimo, porque, sendo uma empresa estatal
considerada dependente, ela participará do Orçamento Fiscal e da Seguridade
Social. Integram o orçamento de investimentos apenas as chamadas empresas
estatais não dependentes.

Desta forma, a empresa estatal não dependente é autossustentável e não faz


parte do campo de aplicação da LRF, porém seus investimentos integram a
LOA por lidar com o dinheiro público. Isso ocorre para que a empresa tenha
liberdade de atuação e ao mesmo tempo o Poder Público tenha controle sobre
os investimentos dela. Por exemplo, a Petrobrás é uma Sociedade de Economia
Mista e estatal não dependente. Não sofre as restrições da LRF porque tem que
ser dinâmica para concorrer com a iniciativa privada. Por outro lado, o Estado
deve deter o poder para influenciar onde ela aplicará seus investimentos e a
população deve ter conhecimento, por isso ela compõe o Orçamento de
Investimentos.

Já as empresas dependentes recebem recursos do Estado para se manter,


portanto não se sustentam sozinhas. Existem para suprir alguma falha de
mercado em que a iniciativa privada não quis ou não conseguiu êxito e é
relevante para a sociedade. Exemplos: Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Empraba) e Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Assim,
possuem controle total do Estado, seguem a LRF e fazem parte do Orçamento
Fiscal e da Seguridade Social.

A separação é tão nítida que a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) é


responsável pela coordenação do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Já
o Orçamento de Investimentos é coordenado pelo Departamento de
Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST). São duas
estruturas totalmente diferentes integrantes do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão (MPOG). Apenas ao final do processo, para fins de
consolidação final da LOA, o DEST envia a SOF o Orçamento de Investimentos.

E as despesas de custeio das estatais não dependentes?


Tais despesas não estão na LOA, já que não usam dinheiro decorrente da
arrecadação de tributos. As empresas não dependentes geram seus próprios
recursos para arcar com seus gastos de manutenção e pessoal, por exemplo,
com a venda de produtos ou prestação de serviços. Tal orçamento operacional,

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

também coordenado pelo DEST, integra o Plano de Dispêndios Globais - PDG e


integrará apenas um anexo da mensagem que encaminha o PLOA, sendo
aprovado por Decreto. O PDG é um conjunto sistematizado de informações
econômico-financeiras, com o objetivo de avaliar o volume de recursos e
dispêndios, a cargo das estatais, compatibilizando-o com as metas de política
econômica governamental (necessidade de financiamento do setor público).

Vamos interpretar o conceito de empresa estatal dependente da LRF:


É uma empresa controlada, ou seja, é uma
sociedade cuja maioria do capital social com direito
a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da
Federação.

Empresa Estatal Porém, que receba do ente controlador recursos


financeiros para pagamento de despesas com
Dependente
pessoal ou de custeio em geral ou de capital.

Sendo que, no caso das despesas de capital, caso


receba apenas recursos provenientes de aumento
de participação acionária, não será considerada
estatal dependente.

Sendo estatal dependente, integrará o Orçamento


Fiscal e da Seguridade Social e seguirá a LRF.

Se for não dependente, integrará o Orçamento de


Investimentos e não seguirá a LRF.

Vale mencionar o disposto na Resolução nº 43/2001 do Senado Federal, que


seu art. 2º define de forma mais completa o conceito de empresa estatal
dependente:
II - empresa estatal dependente: empresa controlada pelo Estado, pelo Distrito
Federal ou pelo Município, que tenha, no exercício anterior, recebido recursos
financeiros de seu controlador, destinados ao pagamento de despesas com
pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, neste último caso,
aqueles provenientes de aumento de participação acionária, e tenha, no
exercício corrente, autorização orçamentária para recebimento de recursos
financeiros com idêntica finalidade.

Repare que o conceito é basicamente o mesmo. O que diferencia a LRF da


referida resolução é que os recursos destinados ao pagamento de despesas
com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, neste último caso,
aqueles provenientes de aumento de participação acionária, devem ter sido
recebidos pela empresa no exercício anterior para que a consideremos como
estatal dependente. Além disso, a estatal deve ter, no exercício corrente,
autorização orçamentária para recebimento de recursos financeiros com
idêntica finalidade.
Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 42
Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

9) (CESPE – Contador – DPU – 2010) A lei orçamentária anual (LOA)


contém, destacadamente, as despesas de custeio das empresas
estatais não dependentes.

A empresa estatal não dependente é autossustentável e não faz parte do


campo de aplicação da LRF, porém seus investimentos integram a LOA por
lidar com o dinheiro público. Desta forma, a LOA contém, destacadamente, as
despesas de investimentos das empresas estatais não dependentes. A LOA
não contém as despesas de custeio das estatais não dependentes.
Resposta: Errada

3.4 A Lei Orçamentária Anual na LRF

A LRF também traz dispositivos sobre a LOA. Segundo o art. 5.º da LRF, o
projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias:
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos
orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da
LDO;
II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das
medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas
obrigatórias de caráter continuado;
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante,
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO,
destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos
fiscais imprevistos.

A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de


créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas,
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais.

O mesmo artigo 5º da LRF também dá destaque à dívida pública, ao


determinar que constarão da LOA todas as despesas relativas à dívida pública,
mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão. Ainda, tem-se que o
refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária
e nas de crédito adicional.
Finalmente, integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei
orçamentária, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e
encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e
Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 42
Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

assistência aos servidores, e a investimentos.


Atenção: a lei orçamentária não consignará dotação para investimento com
duração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano
plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão.

Assim:
Deve ter seu projeto elaborado de forma compatível com
o PPA e a LDO.

Conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da


programação dos orçamentos com os objetivos e metas
constantes do anexo de metas fiscais da LDO;

Será acompanhado do demonstrativo regionalizado do


efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das
medidas de compensação a renúncias de receita e ao
Segundo a LRF, a LOA: aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado;

Conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização


e montante, definido com base na receita corrente
líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao
atendimento de passivos contingentes e outros riscos e
eventos fiscais imprevistos.

Constarão todas as despesas relativas à dívida pública,


mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão.

O refinanciamento da dívida pública constará


separadamente na LOA e nas de crédito adicional.

10) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) O projeto de lei


orçamentária anual deve conter reserva de contingência, cuja forma
de utilização e montante, definido com base na receita corrente
líquida, deve ser estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias,
destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e
eventos fiscais imprevistos.

Segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de


forma compatível com o PPA e a LDO, conterá, dentre outros, reserva de
contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na
receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento
de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
Resposta: Certa
Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 42
Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE

11) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) Os planos e programas


nacionais e regionais previstos na CF serão elaborados de acordo com
a LDO.

Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta


Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e
apreciados pelo Congresso Nacional.
Resposta: Errada

12) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) A LOA deve


compreender o orçamento das empresas em que a União apenas
diretamente detenha participação no capital social com direito a voto.

A lei orçamentária anual compreender o orçamento de investimento das


empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto.
Resposta: Errada

13) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) A proposta


orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo
compor-se-á exclusivamente de mensagem com a exposição
circunstanciada da situação econômico-financeira, documentada com
demonstração da dívida fundada e flutuante.

A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder


Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos
Municípios, compor-se-á de mensagem que conterá exposição circunstanciada
da situação econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida
fundada e flutuante. A mensagem conterá também saldos de créditos
especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis;
exposição e justificação da política econômica-financeira do Governo;
justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de
capital. Além disso, a proposta conterá o Projeto de Lei de Orçamento; tabelas
explicativas e especificação dos programas especiais de trabalho.
Resposta: Errada

14) (CESPE - Contador – Min Saúde – 2010) O orçamento da


seguridade social abrange todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo poder público.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento da seguridade social,


abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração
direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.
Resposta: Certa

15) (CESPE – Técnico Administrativo – ANEEL – 2010) A lei


orçamentária anual compreende três tipos de orçamento: fiscal,
seguridade social e de investimentos.

Os orçamentos que compõem a LOA são conhecidos como orçamento fiscal,


orçamento de investimentos (ou de investimentos das estatais) e orçamento
da seguridade social.
Resposta: Certa

16) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) As leis que criem ou majorem


tributos devem ser aprovadas até a aprovação da lei de diretrizes
orçamentárias (LDO).

A CF/1988 determina que a LDO considere as alterações na legislação


tributária, mas ela não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar
tributos. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas
antes da LDO.
Resposta: Errada

17) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) Os programas


de duração continuada, constantes dos planos plurianuais (PPAs),
compreendem despesas de capital destinadas tipicamente à realização
das atividades-meio dos órgãos e entidades integrantes do orçamento
público.

Os programas de duração continuada, constantes dos planos plurianuais


compreendem as despesas correntes destinadas tipicamente à realização das
atividades-meio dos órgãos e entidades integrantes do orçamento público.
Resposta: Errada

18) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A LOA federal


compreenderá o orçamento fiscal das empresas estatais nas quais a
União detenha a maioria do capital social com direito a voto.

A questão cita “orçamento fiscal das empresas estatais”, o qual não existe. Os
orçamentos que compõem a LOA são: fiscal, seguridade social e investimento
das estatais.
Resposta: Errada

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

19) (CESPE - Contador – Min Saúde – 2010) O orçamento da


seguridade social é elaborado de forma integrada pelos órgãos
responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social,
obedecendo as metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada
a cada área a gestão de seus recursos. Com isso, é de responsabilidade
exclusiva da unidade orçamentária do Ministério da Saúde a execução
das despesas com a saúde pública.

O orçamento da seguridade social, é aplicado a todos os órgãos que


possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social
(previdência, assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente
relacionados à seguridade social.
Resposta: Errada

20) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Em


nenhuma hipótese um investimento com duração superior a um
exercício financeiro poderá ser iniciado sem sua prévia inclusão no
PPA.

Essa questão tem uma abordagem diferente da anterior. Já vimos que nenhum
investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
Logo, há uma hipótese de um investimento com duração superior a um
exercício financeiro ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA: existência de
uma lei que autorize a inclusão.
Resposta: Errada

21) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) Os planos e programas


nacionais, regionais e setoriais não são obrigatórios e, por
conseguinte, não são submetidos ao exame do Congresso Nacional.

Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta


Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e
apreciados pelo Congresso Nacional.
Resposta: Errada

22) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) A LDO compreende as


metas e prioridades da administração pública, excluindo as despesas
de capital.

A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da


administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

Resposta: Errada

23) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) O plano


plurianual representa a mais abrangente peça de planejamento
governamental, com o estabelecimento de prioridades e no
direcionamento das ações do governo, para um período de quatro
anos.

Entre os três instrumentos de planejamento e orçamento destacados pela


CF/1988, o PPA representa a mais abrangente peça de planejamento
governamental, com o estabelecimento de prioridades e no direcionamento das
ações do governo por um período de 4 anos.
Resposta: Certa

24) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) Apesar de possuir


três peças — fiscal, da seguridade social e de investimento —, o
orçamento geral da União é único e válido para os três poderes.

Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em
cada exercício financeiro. Assim, apesar de possuir três peças — fiscal, da
seguridade social e de investimento —, o orçamento geral da União é único e
válido para os três poderes.
Resposta: Certa

25) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) O período de


vigência do PPA coincide integralmente com o do mandato do chefe do
Poder Executivo.

O PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é


elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A
partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. A
ideia é manter a continuidade dos Programas.
Resposta: Errada

26) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O orçamento


público, que mantém interação com a LDO e o PPA, pode ser
considerado instrumento de planejamento das ações de governo.

O PPA, a LDO e a LOA são instrumentos de planejamento e orçamento


previstos na Constituição Federal de 1988.
Resposta: Certa

27) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) O PPA é


instituído por lei que estabelece nacionalmente diretrizes, objetivos e

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

metas da administração pública para as despesas correntes e outras


delas derivadas.

O PPA é o instrumento de planejamento do Governo Federal que estabelece,


de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da
Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Resposta: Errada

28) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) O PPA contempla o


planejamento para quatro anos de governo, iniciando-se no segundo
ano de mandato presidencial e terminando no primeiro ano de
mandato do chefe do Poder Executivo subsequente.

O PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é


elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A
partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. A
ideia é manter a continuidade dos Programas.
Resposta: Certa

29) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010)


A alteração da estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 só
poderá ser realizada se a lei de diretrizes orçamentárias (LDO)
aprovada para este exercício contiver a respectiva autorização.

Segundo o § 1.o, I e II, do art. 169 da CF/1988:


§ 1.º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração,
a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de
carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título,
pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de
economia mista.
Logo, a alteração da estrutura de carreira do pessoal do Ministério da
Previdência Social (MPS) ou dos demais órgãos e entidades da administração
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder
público, só poderá ser realizada se a LDO aprovada para este exercício contiver
a respectiva autorização.
Resposta: Certa

30) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) O PPA deve


dispor sobre as alterações na legislação tributária.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

A LDO deve dispor sobre as alterações na legislação tributária.


Resposta: Errada

31) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) Para que se atinja


o equilíbrio distributivo e se reduzam as possíveis desigualdades inter-
regionais, o orçamento fiscal deve ser compatível com o plano
plurianual.

Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de


investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional. Apenas o Orçamento da Seguridade Social não tem a função
de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional
Resposta: Certa

32) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) Com o


objetivo de demonstrar os meios de atingir os resultados nominal e
primário pretendidos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias deve incluir
uma avaliação atuarial do regime geral de previdência social.

O Anexo de Metas Fiscais conterá, dentre outros, a avaliação da situação


financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos
servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; bem como dos
demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
Resposta: Certa

33) (CESPE – Contador – UNIPAMPA – 2009) A LDO define as


prioridades e metas a serem atingidas por meio da execução dos
programas e ações previstos no PPA. Para que isso ocorra, entre
outras diretrizes, a LDO estabelece as regras que deverão orientar a
elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA).

A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da


administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Resposta: Certa

34) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Abrangem o


quadro de recursos e de aplicação de capital as despesas e, como
couber, também as receitas previstas em planos especiais aprovados
em lei e destinados a atender a regiões ou setores da administração.

O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital abrangerá, entre outros, as


despesas e, como couber, também as receitas previstas em planos especiais

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

aprovados em lei e destinados a atender a regiões ou a setores da


administração ou da economia.
Resposta: Certa

35) (CESPE – AFCE - TCU - 2008) As receitas dos estados, do Distrito


Federal e dos municípios destinadas à seguridade social constarão do
orçamento da União, que será elaborado de forma integrada pelos
órgãos responsáveis pela saúde, pela previdência social e pela
assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas
na LDO, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.

Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social


será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde,
previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a
gestão de seus recursos.
No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não
integrando o orçamento da União. A questão está errada porque afirma
que tais receitas constarão do orçamento da União.
Resposta: Errada

36) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) À LDO, que


contempla o período de quatro anos de mandato político, tal como a lei
que institui o PPA, cabe, de acordo com a CF, orientar a elaboração da
LOA.

Nenhum dos instrumentos de planejamento e orçamento tem a mesma


duração de um mandato político. O que mais se aproxima é o PPA, porém a
sua vigência não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é
elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A
partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte.
Resposta: Errada

37) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) O


TRE/BA recebe dotações de recursos unicamente do orçamento fiscal,
não podendo executar despesas que são do orçamento da seguridade
social, pois não é órgão ou entidade das áreas de saúde, previdência
social nem de assistência social.

O orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que possuem


receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social (previdência,
assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente relacionados à
seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema Único de Saúde
(SUS). Por exemplo, o TRE/BA possui despesas de assistência médica relativa
aos seus servidores e essa despesa faz parte do orçamento da seguridade

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

social.
Resposta: Errada

38) (CESPE - Contador – Min Saúde – 2010) O PPA compreende as


metas e prioridades da administração pública federal, orientando a
elaboração da LOA e as alterações na legislação tributária, enquanto
que a LDO estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas da
administração pública federal, especialmente para as despesas de
capital e outras delas decorrentes.

A LDO compreende as metas e prioridades da administração pública federal,


orientando a elaboração da LOA e as alterações na legislação tributária,
enquanto que o PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas da
administração pública federal, especialmente para as despesas de capital e
outras delas decorrentes.
Resposta: Errada

39) (CESPE – Especialista em Regulação - ANATEL – 2009) Enquanto o


orçamento de investimento das empresas estatais é individualizado,
constituindo documento separado, os orçamentos fiscal e da
seguridade social são apresentados conjuntamente no mesmo
documento, o que tem ensejado críticas por parte dos que entendem
que a falta de separação dos dois últimos compromete a necessária
transparência dos respectivos valores, como, por exemplo, os
referentes à previdência social.

Transcrição de crítica do Professor Giacomoni que vimos na parte teórica.


Resposta: Certa

40) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Embora deva ser


compatível com o PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
contém matérias que, por sua própria natureza, não devem constar do
PPA.

A LDO não é uma cópia anual do PPA. Apesar da necessidade de


compatibilidade, cada instrumento tem a sua função. Por exemplo, a LDO deve
dispor sobre alterações na legislação tributária e não há essa determinação
para o PPA.
Resposta: Certa

41) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) A LDO deve


conter as metas fiscais para o exercício a que se referir e para os dois
seguintes, mas deve também incluir, obrigatoriamente, avaliação do
cumprimento das metas relativas ao ano anterior.

Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais,

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes,


relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da
dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois
seguintes.
O Anexo de Metas Fiscais conterá, entre outros, a avaliação do cumprimento
das metas relativas ao ano anterior.
Resposta: Certa

42) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) No que se


refere à elaboração do PPA, o planejamento governamental não foi
afetado pela aprovação da LRF.

O PPA aparece em alguns dispositivos da LRF, como, por exemplo, no art. 5º,
caput e § 5º, que trata da LOA. Assim, no que se refere à elaboração do PPA,
o planejamento governamental também foi afetado pela aprovação da LRF,
mesmo com o veto do principal artigo.
Resposta: Errada

43) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) As


metas fiscais constantes da LDO devem ter o seu efeito
obrigatoriamente regionalizado.

Não há previsão legal de que as metas fiscais constantes da LDO devem


ter o seu efeito obrigatoriamente regionalizado. A questão tentou confundir
com metas do PPA, as quais devem ser regionalizadas. Relembro que a lei que
instituir o PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de
duração continuada.
Resposta: Errada

44) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com a


Lei Complementar n.° 101/2000 (LRF), cabe à LDO disciplinar o
equilíbrio entre as receitas e as despesas.

Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, a LRF aumentou


o rol de funções da LDO, determinando que ela disponha sobre: equilíbrio
entre receitas e despesas; critérios e forma de limitação de empenho,
normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos
programas financiados com recursos dos orçamentos; e demais condições e
exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas.
Resposta: Certa

45) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) A avaliação da evolução do


patrimônio líquido por unidade administrativa é parte integrante da lei

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

de diretrizes orçamentárias, destacando-se a origem e a aplicação dos


recursos obtidos com a alienação de ativos.

O Anexo de Metas Fiscais conterá, dentre outros, evolução do patrimônio


líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a
aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos.
A LRF não afirma que é por unidade administrativa, mas isso não invalida a
questão.
Resposta: Certa

46) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Os


riscos fiscais que devem ser incluídos em anexo da LDO abrangem os
riscos orçamentários e os riscos da dívida.

Os riscos fiscais, que devem ser incluídos no Anexo de Riscos Fiscais da LDO,
abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida.
Resposta: Certa

47) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Segundo a LRF,


integrarão o projeto da LDO um anexo de metas fiscais e outro de
riscos fiscais.

Consoante a LRF, o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais


integram a LDO.
Resposta: Certa

48) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Para


efeitos da LRF, uma sociedade cuja maioria do capital social com
direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a um município,
enquadra-se no conceito de empresa controlada.

Segundo a LRF, uma empresa controlada é uma sociedade cuja maioria do


capital social com direito a voto pertence, direta ou indiretamente, a ente da
Federação: União, cada Estado, Distrito Federal ou cada Município.
Resposta: Certa

49) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Metas


fiscais são valores projetados para o exercício financeiro e que, depois
de aprovados pelo Poder Legislativo, servem de parâmetro para a
elaboração e a execução do orçamento. Para obrigar os gestores a
ampliar os horizontes do planejamento, as metas devem ser
projetadas para os próximos três anos, isto é, o exercício a que se
referem e os dois seguintes.

Para obrigar os administradores públicos a ampliar os horizontes do


planejamento, as metas devem ser estimadas para o exercício a que se

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

referem e os dois seguintes. As metas fiscais são valores projetados para o


exercício financeiro e que, depois de aprovados pelo Poder Legislativo, servem
de parâmetro para a elaboração e a execução do orçamento.
Resposta: Certa

50) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) A lei de diretrizes


orçamentárias dispõe sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, bem
como sobre os critérios e forma de limitação de empenho, entre outras
medidas.

A LRF aumentou o rol de funções da LDO, determinando que ela disponha


sobre: equilíbrio entre receitas e despesas; critérios e forma de
limitação de empenho, normas relativas ao controle de custos e à avaliação
dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos; e
demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades
públicas e privadas.
Resposta: Certa

E aqui terminamos nossa aula 1.

Na próxima aula continuaremos com as Diretrizes Orçamentárias, abordando


de forma aprofundada o Ciclo ou Processo Orçamentário.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

MEMENTO I

PPA

Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da


administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada.

Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser


iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão,
sob pena de crime de responsabilidade.

Assim como a LDO, é inovação da CF/1988.

LDO

SEGUNDO A CF, A LDO:

Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal.

Incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.

Orientará a elaboração da LOA.

Disporá sobre as alterações na legislação tributária.

Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE:

Equilíbrio entre receitas e despesas.

Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não


comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas.

Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas


financiados com recursos dos orçamentos.

Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e


privadas.

Integrará o PLDO o Anexo de Metas Fiscais que conterá:

As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,


resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.

A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior.

Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo


que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os


objetivos da política econômica nacional.

Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a


origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos.

Avaliação da situação financeira e atuarial:


• dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT;
• dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial.

Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de


expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

Integrará o PLDO o Anexo de Riscos Fiscais

Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as


contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

LOA

SEGUNDO A CF, A LOA COMPREENDERÁ:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e


entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;

II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou


indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela


vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Seu projeto será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as


receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

Os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano


plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério populacional.

É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos


orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de
empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os próprios
orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade social.

SEGUNDO A LRF, A LOA:

Deve ter seu projeto elaborado de forma compatível com o PPA e a LDO.

I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos


orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO;

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e


despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a
renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado;

III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido


com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao
atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

Constarão todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as


receitas que as atenderão.

O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na LOA e nas de crédito


adicional.

EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE

É uma empresa controlada, ou seja, é uma sociedade cuja maioria do capital social
com direito a voto pertence, direta ou indiretamente, a ente da Federação.

Porém, que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de


despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital.

Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos
provenientes de aumento de participação acionária, não será considerada estatal
dependente.

Sendo estatal dependente, integrará o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social.

Se for não dependente, integrará o Orçamento de Investimentos.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Na lei que instituir o PPA


constarão despesas de capital e outras delas decorrentes.

2) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) O PPA é o instrumento que


expressa o planejamento do governo federal para um período de quatro anos.
Por sua complexidade, o PPA restringe-se à esfera federal, não contemplando
desdobramentos a níveis estadual nem municipal.

3) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os planos e programas


nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem ser elaborados em
consonância com a LDO e apreciados pelo MPU.

4) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com a


Constituição Federal de 1988 (CF), a LDO disporá sobre as alterações na
legislação tributária e orientará a elaboração do Plano Plurianual (PPA).

5) (CESPE - Analista Técnico - Administrativo – Min Saúde – 2010) A ausência


de dotação orçamentária prévia em legislação específica não autoriza a
declaração de inconstitucionalidade da lei, impedindo tão somente a sua
aplicação naquele exercício financeiro.

6) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A LDO deve conter anexo no


qual sejam avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de
afetar as contas públicas.

7) (CESPE – Contador – DPU – 2010) O orçamento da seguridade social


abrange a chamada área social e, destacadamente, previdência, saúde e
educação.

8) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) As receitas e despesas de


capital serão objeto de um quadro de recursos e de aplicação de capital
aprovado pelo Poder Legislativo, abrangendo, no mínimo, um quadriênio.

9) (CESPE – Contador – DPU – 2010) A lei orçamentária anual (LOA) contém,


destacadamente, as despesas de custeio das empresas estatais não
dependentes.

10) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) O projeto de lei


orçamentária anual deve conter reserva de contingência, cuja forma de
utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, deve ser
estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao atendimento de
passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

11) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) Os planos e programas nacionais e


regionais previstos na CF serão elaborados de acordo com a LDO.

12) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) A LOA deve


compreender o orçamento das empresas em que a União apenas diretamente
detenha participação no capital social com direito a voto.

13) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) A proposta orçamentária


que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo compor-se-á
exclusivamente de mensagem com a exposição circunstanciada da situação
econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e
flutuante.

14) (CESPE - Contador – Min Saúde – 2010) O orçamento da seguridade social


abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta
ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder
público.

15) (CESPE – Técnico Administrativo – ANEEL – 2010) A lei orçamentária anual


compreende três tipos de orçamento: fiscal, seguridade social e de
investimentos.

16) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) As leis que criem ou majorem tributos
devem ser aprovadas até a aprovação da lei de diretrizes orçamentárias (LDO).

17) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ – 2009) Os programas de


duração continuada, constantes dos planos plurianuais (PPAs), compreendem
despesas de capital destinadas tipicamente à realização das atividades-meio
dos órgãos e entidades integrantes do orçamento público.

18) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A LOA federal


compreenderá o orçamento fiscal das empresas estatais nas quais a União
detenha a maioria do capital social com direito a voto.

19) (CESPE - Contador – Min Saúde – 2010) O orçamento da seguridade social


é elaborado de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde,
previdência social e assistência social, obedecendo as metas e prioridades
estabelecidas na LDO, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. Com
isso, é de responsabilidade exclusiva da unidade orçamentária do Ministério da
Saúde a execução das despesas com a saúde pública.

20) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Em nenhuma


hipótese um investimento com duração superior a um exercício financeiro
poderá ser iniciado sem sua prévia inclusão no PPA.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

21) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) Os planos e programas nacionais,


regionais e setoriais não são obrigatórios e, por conseguinte, não são
submetidos ao exame do Congresso Nacional.

22) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) A LDO compreende as metas e


prioridades da administração pública, excluindo as despesas de capital.

23) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTAQ – 2009) O plano plurianual


representa a mais abrangente peça de planejamento governamental, com o
estabelecimento de prioridades e no direcionamento das ações do governo,
para um período de quatro anos.

24) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) Apesar de possuir três


peças — fiscal, da seguridade social e de investimento —, o orçamento geral
da União é único e válido para os três poderes.

25) (CESPE – Contador – Ministério dos Esportes - 2008) O período de vigência


do PPA coincide integralmente com o do mandato do chefe do Poder Executivo.

26) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O orçamento público, que


mantém interação com a LDO e o PPA, pode ser considerado instrumento de
planejamento das ações de governo.

27) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) O PPA é instituído por


lei que estabelece nacionalmente diretrizes, objetivos e metas da
administração pública para as despesas correntes e outras delas derivadas.

28) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) O PPA contempla o


planejamento para quatro anos de governo, iniciando-se no segundo ano de
mandato presidencial e terminando no primeiro ano de mandato do chefe do
Poder Executivo subsequente.

29) (CESPE – Administrador – Ministério da Previdência Social – 2010) A


alteração da estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 só poderá ser
realizada se a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) aprovada para este
exercício contiver a respectiva autorização.

30) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) O PPA deve dispor sobre
as alterações na legislação tributária.

31) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) Para que se atinja o


equilíbrio distributivo e se reduzam as possíveis desigualdades inter-regionais,
o orçamento fiscal deve ser compatível com o plano plurianual.

32) (CESPE - Analista Técnico Administrativo - MI - 2009) Com o objetivo de


demonstrar os meios de atingir os resultados nominal e primário pretendidos,

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

a Lei de Diretrizes Orçamentárias deve incluir uma avaliação atuarial do regime


geral de previdência social.

33) (CESPE – Contador – UNIPAMPA – 2009) A LDO define as prioridades e


metas a serem atingidas por meio da execução dos programas e ações
previstos no PPA. Para que isso ocorra, entre outras diretrizes, a LDO
estabelece as regras que deverão orientar a elaboração da Lei Orçamentária
Anual (LOA).

34) (CESPE – Procurador de Contas – TCE/ES – 2009) Abrangem o quadro de


recursos e de aplicação de capital as despesas e, como couber, também as
receitas previstas em planos especiais aprovados em lei e destinados a atender
a regiões ou setores da administração.

35) (CESPE – AFCE - TCU - 2008) As receitas dos estados, do Distrito Federal
e dos municípios destinadas à seguridade social constarão do orçamento da
União, que será elaborado de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela
saúde, pela previdência social e pela assistência social, tendo em vista as
metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada área a gestão de
seus recursos.

36) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) À LDO, que contempla o


período de quatro anos de mandato político, tal como a lei que institui o PPA,
cabe, de acordo com a CF, orientar a elaboração da LOA.

37) (CESPE – Analista Judiciário – Administração - TRE/BA – 2010) O TRE/BA


recebe dotações de recursos unicamente do orçamento fiscal, não podendo
executar despesas que são do orçamento da seguridade social, pois não é
órgão ou entidade das áreas de saúde, previdência social nem de assistência
social.

38) (CESPE - Contador – Min Saúde – 2010) O PPA compreende as metas e


prioridades da administração pública federal, orientando a elaboração da LOA e
as alterações na legislação tributária, enquanto que a LDO estabelece as
diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública federal,
especialmente para as despesas de capital e outras delas decorrentes.

39) (CESPE – Especialista em Regulação - ANATEL – 2009) Enquanto o


orçamento de investimento das empresas estatais é individualizado,
constituindo documento separado, os orçamentos fiscal e da seguridade social
são apresentados conjuntamente no mesmo documento, o que tem ensejado
críticas por parte dos que entendem que a falta de separação dos dois últimos
compromete a necessária transparência dos respectivos valores, como, por
exemplo, os referentes à previdência social.

40) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Embora deva ser

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

compatível com o PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) contém


matérias que, por sua própria natureza, não devem constar do PPA.

41) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) A LDO deve conter as
metas fiscais para o exercício a que se referir e para os dois seguintes, mas
deve também incluir, obrigatoriamente, avaliação do cumprimento das metas
relativas ao ano anterior.

42) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) No que se refere à


elaboração do PPA, o planejamento governamental não foi afetado pela
aprovação da LRF.

43) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) As metas fiscais


constantes da LDO devem ter o seu efeito obrigatoriamente regionalizado.

44) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com a Lei


Complementar n.° 101/2000 (LRF), cabe à LDO disciplinar o equilíbrio entre as
receitas e as despesas.

45) (CESPE – Analista - ANTAQ – 2009) A avaliação da evolução do patrimônio


líquido por unidade administrativa é parte integrante da lei de diretrizes
orçamentárias, destacando-se a origem e a aplicação dos recursos obtidos com
a alienação de ativos.

46) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) Os riscos fiscais


que devem ser incluídos em anexo da LDO abrangem os riscos orçamentários e
os riscos da dívida.

47) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Segundo a LRF, integrarão


o projeto da LDO um anexo de metas fiscais e outro de riscos fiscais.

48) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Para efeitos da


LRF, uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença,
direta ou indiretamente, a um município, enquadra-se no conceito de empresa
controlada.

49) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Metas fiscais são
valores projetados para o exercício financeiro e que, depois de aprovados pelo
Poder Legislativo, servem de parâmetro para a elaboração e a execução do
orçamento. Para obrigar os gestores a ampliar os horizontes do planejamento,
as metas devem ser projetadas para os próximos três anos, isto é, o exercício
a que se referem e os dois seguintes.

50) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) A lei de diretrizes


orçamentárias dispõe sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, bem como
sobre os critérios e forma de limitação de empenho, entre outras medidas.

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 42


Noções de Administração p/ Escrivão da Polícia Federal
Teoria e Questões Comentadas do CESPE
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó – Aula 01

GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C E E E C C E E E C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E E E C C E E E E E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E E C C E C E C C E
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C C C C E E E E C C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
C E E C C C C C C C

Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 42

Você também pode gostar