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PARTE I
Caio Moraes | 12 de abril de 2020 | Tecnologias | Nenhum comentário ASSINAR BLOG POR E-
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Olá caros leitores. Nos últimos artigos venho escrevendo sobre
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diversos assuntos relacionados à modelagem dinâmica e às
para assinar este blog e
estratégias de controle aplicadas ao conversor Buck. Mais
receber notificações de novas
especificamente no artigo intitulado “Controle Multimalhas Aplicado
publicações por e-mail.
ao Conversor Buck MCC“, citei a possibilidade de se projetar um
carregador de baterias empregando o conceito de “Controle Endereço de e-mail
Introdução
Princípio de Funcionamento das Baterias CURSO DE ALTIUM
DESIGNER (APRENDA
Classificação das Baterias
DO ZERO)
Principais Termos Técnicos
Curso Altium
Problemas mais Comuns
Métodos de Carregamento
Conclusão CURSO DE
MANUTENÇÃO DE
Referências
SMARTPHONES
Vamos ao que interessa!
INTRODUÇÃO
Os sistemas de armazenamento de energia (ESS, do inglês Energy
Storage Systems) ganharam destaque recentemente, com o
crescente interesse por fontes de energia renováveis. Devido à
geração intermitente desse tipo de fonte, como é o caso da energia
fotovoltaica e da eólica, tecnologias de armazenamento têm sido
consideradas por muitos como a solução para esse gargalo [1]. Em
diversos países, o armazenamento de energia também vem sendo
utilizado para sanar outras demandas do sistema elétrico, tais como
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20/01/2022, 15:59 Uma Revisão sobre Baterias: Parte I - Blog Eletrônica de Potência
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POSTS RECENTES
PLL para Sincronismo com a
Rede – Exemplo de Projeto e
Implementação
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CATEGORIAS
Figura 2. Estrutura básica de uma célula eletroquímica.
Capacitores Eletrolíticos
Em uma bateria eletroquímica, o produto de duas grandezas Controle Digital
importantes fornece a quantidade de energia armazenada por esse Conversores Estáticos
dispositivo. Estas grandezas são: tensão elétrica, medida em Volts (V) Dissipadores de Calor
e capacidade, medida em Ampère-hora (Ah). Teoricamente, uma Modelagem Dinâmica de
bateria de 50 Ah pode fornecer 5 A durante 10 horas ou 50 A Conversores
de descarga de uma bateria são influenciadas por efeitos não- Semicondutores de Potência
lineares, os quais influenciam diretamente o seu tempo de vida [10]. Sistemas Fotovoltaicos
Tecnologias
CLASSIFICAÇÃO DAS BATERIAS
As baterias são classificadas em não recarregáveis (primárias) e em Caio Moraes
PLL para Sincronismo
recarregáveis (secundárias), de acordo com o tipo das células que as
com a Rede – Exemplo
compõem. As células primárias não são capazes de serem de Projeto e
efetivamente recarregadas e, por isso, são descartadas quando Implementação
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pulso, calculadoras, entre outros aparelhos portáteis [11]. Por outro Microinversor Solar – Como
funciona a estratégia de
lado, as células secundárias podem ser recarregadas às suas
controle
condições iniciais, ao se aplicar uma corrente no sentido oposto à
Leandro B. K. Fisch
corrente de descarga. Em razão disso, as baterias recarregáveis são Transistor MOSFET de
conhecidas como baterias de armazenamento, ou acumuladores, e Potência
são utilizadas na maioria das aplicações por longos períodos, como Diodo de Potência
1. Chumbo-ácido;
2. Níquel-Cádmio (Ni-Cd);
3. Níquel-Hidreto Metálico (NiMH);
4. Íon de Lítio (Li-ion).
649,-
desde pequenos reprodutores de música até notebooks, além de
aplicações militares, aeroespaciais e veículos elétricos. A sua
popularidade e seu uso crescente em diversas aplicações se
justificam por diversos fatores, com destaques para a sua densidade
Bekijk 'm nu
energética e pelo fato de não apresentarem efeito memória. Outro
fator muito importante de se considerar é a sua tensão nominal que
pode atingir 3,60 V por célula, o que requer menos células para se
obter tensões maiores em comparação com outros tipos.
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AUTODESCARGA
A autodescarga é o processo de descarregamento espontâneo das
baterias, devido às perdas que ocorrem nas reações químicas
internas quando elas não estão sendo utilizadas. Normalmente, a
taxa de autodescarga é especificada como uma porcentagem da
capacidade nominal que é perdida mensalmente. Esta taxa
aumenta com o aumento da temperatura. Por esse motivo, é
aconselhado abrigar as baterias em locais arejados.
CAPACIDADE
A capacidade indica quantos amperes de corrente é possível
retirar de uma bateria num dado período de tempo. Esse termo
é normalmente representado em Ampere-hora (1 Ah = 3600
coulombs), mas também pode ser representado em Watt-hora (Wh),
quando nos referimos a energia que se pode extrair do dispositivo.
Por exemplo, uma bateria de 42 Ah é capaz de fornecer 4,2 A
durante 10 horas (4,2 A x 10 h = 42 Ah), ou 21 A durante 2 horas, ou
42 h durante 1 hora, e assim por diante. Destaca-se ainda que a
capacidade disponível depende de um conjunto específico de
condições, como taxa de descarga, temperatura, estado inicial
de carga, etc.
CARGA
Processo de carregamento da bateria, no qual a energia elétrica
provinda de uma fonte externa é convertida em potencial
eletroquímico no interior das células, restaurando assim sua
energia química.
CICLO
Corresponde à sequência de descarga e carga de uma bateria. A
vida útil das baterias também é definida por uma determinada
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DESCARGA
A descarga corresponde a retirada de corrente elétrica de uma
bateria, por meio de uma carga (dispositivo elétrico ou eletrônico
que drena energia quando conectado à bateria), através da
conversão de energia química em energia elétrica.
Normalmente, uma descarga profunda ocorre quando a descarga
ultrapassa 50% da capacidade da bateria.
EFICIÊNCIA
A eficiência pode ser determinada pela razão entre a quantidade de
carga elétrica (Ah) retirada da bateria durante a descarga e a
quantidade necessária para restaurar o estado de carga inicial,
conhecida como eficiência coulômbica ou de ampere-hora.
Alternativamente, é possível relacionar a energia (Wh) retirada da
bateria durante a descarga com a energia total característica do
estado de carga inicial. Nesse caso, obtemos a eficiência global ou
de watt-hora, também conhecida como eficiência energética.
ESTADO DE CARGA
Popularmente conhecido como SOC (do inglês State of Charge), é a
capacidade disponível na bateria em um determinado
momento, expressa em porcentagem da carga nominal. Por
exemplo, se 20 Ah foram retirados de uma bateria de capacidade
nominal de 100 Ah completamente carregada, significa que o novo
estado de carga vale 80%.
ESTADO DE VIDA
Também conhecido como SOH (do inglês State of Health), é a
medição percentual da condição atual da bateria comparada com
as condições iniciais. Esse valor é 100% quando a bateria está nova
e diminui de acordo com o seu uso, pois a cada ciclo de
carga/descarga uma pequena quantidade de massa ativa se
desprende das placas reduzindo a capacidade da bateria.
PROFUNDIDADE DE DESCARGA
Este parâmetro indica, em termos percentual, o quanto da
capacidade nominal foi retirado no processo de descarga. No
exemplo do estado de carga, a profundidade de descarga
corresponde a 20%, ou seja, é o valor complementar ao estado de
carga.
SOBRECARGA
Fornecimento de corrente a uma bateria após o término do
processo de carga completa. A sobrecarga não aumenta a
disponibilidade de energia na célula e pode resultar em gaseificação
ou sobreaquecimento, ambos possuindo reflexos negativos na vida
útil do dispositivo.
TAXA DE CARGA
É o valor de corrente elétrica aplicado a bateria durante o
carregamento. Essa taxa é definida como uma fração da
capacidade nominal da bateria. Por exemplo, uma bateria de 150
Ah de capacidade nominal, submetida a um intervalo de carga de 10
horas a corrente constante, tem sua taxa de carga definida da
seguinte forma:
TAXA DE DESCARGA
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TENSÃO NOMINAL
Tensão média da bateria durante o processo de descarga com uma
determinada taxa de descarga a uma determinada temperatura.
VIDA ÚTIL
Pode ser especificada pelo número de ciclos ou período de tempo,
dependendo da aplicação. Indica até quando ou quantas vezes a
bateria pode ser usada antes de apresentar falhas em satisfazer
as especificações. Fatores como temperatura e profundidade de
descarga estão inversamente relacionados com a vida cíclica da
bateria, ou seja, quanto maior a temperatura de operação ou a
profundidade da descarga, menor será a vida útil. Nas baterias de
chumbo-ácido, por exemplo, o fim de sua vida útil é geralmente
tomado como o instante em que a célula, estando totalmente
carregada, pode fornecer apenas 80% da sua capacidade nominal.
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ESTRATIFICAÇÃO
A água e o ácido utilizados no eletrólito possuem densidades
diferentes. Por esse motivo, se a bateria ficar por muito tempo sem
uso, essa mistura irá se separar em camadas, ficando o ácido na
parte inferior e a água na parte superior. Desse modo, os eletrodos
serão corroídos por ficarem em contato com o ácido puro e,
consequentemente, a capacidade da bateria será reduzida. Esse
efeito é mais significante em baterias de chumbo-ácido.
GASEIFICAÇÃO
Pode ocorrer em baterias de chumbo-ácido e corresponde à
produção de gás em um ou mais eletrodos. Este fenômeno ocorre
em situações de sobrecarga, na qual toda corrente elétrica passa a
ser consumida no processo de eletrólise da água contida no
eletrólito, resultando na formação de bolhas de hidrogênio e de
oxigênio. A liberação de gases leva à perda do eletrólito e ao
aumento da resistência interna da bateria. No caso das baterias de
chumbo-ácido, é possível repor a água perdida, no entanto, a
persistência deste processo pode causar danos irreversíveis.
SEDIMENTAÇÃO
Durante os ciclos de carga-descarga ocorre o desprendimento de
material ativo dos eletrodos e sua sedimentação no fundo do vaso.
Uma sedimentação acumulada pode levar ao curto-circuito das
placas, inutilizando a bateria.
SULFATAÇÃO
Este problema ocorre tipicamente em baterias de chumbo-ácido, em
condições normais de operação. Durante um processo de descarga
forma-se uma camada de sulfato de chumbo na superfície das
placas, o que impede o contato entre a parte ativa e o eletrólito,
diminuindo assim a capacidade da bateria. Se a bateria permanecer
por muito tempo descarregada ou se não for devidamente
carregada, os pequenos cristais de sulfato de chumbo juntam-se
formando cristais maiores. Estes, por sua vez, se tornam
irreversíveis e a capacidade da bateria é reduzida
permanentemente.
MÉTODOS DE CARREGAMENTO
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CORRENTE CONSTANTE
Este método é muito eficaz para diversos tipos de baterias. Consiste
em aplicar uma corrente de valor fixo ao acumulador,
desconectando-o quando sua tensão atingir o valor de final de
carga. A Figura 4 mostra o comportamento da tensão da bateria
durante o carregamento. Apesar de ter um bom desempenho, essa
técnica pode provocar sobretensões e, consequentemente,
gaseificação e sobreaquecimento, principalmente no final do
processo. Uma forma de contornar esse problema é adotar uma
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20/01/2022, 15:59 Uma Revisão sobre Baterias: Parte I - Blog Eletrônica de Potência
corrente de carga mais baixa (i.e. taxa de carga menor), o que torna
o processo mais lento.
TENSÃO CONSTANTE
Neste tipo de recarga, utiliza-se uma tensão constante com valor
igual ao da tensão de carga máxima da bateria, a qual é especificada
pelo fabricante. Trata-se de um método muito simples de ser
implementado e controlado, porém, alguns aspectos devem ser
considerados ao utilizá-lo. Um deles é o fato da corrente inicial de
carga ser muito elevada, podendo chegar a 5 vezes o valor da
corrente nominal da bateria, conforme ilustrado na Figura 5. O outro
ponto negativo é o fato de não se garantir um balanceamento de
carga entre as células. Consequentemente, algumas podem estar
sujeitas a sobretensão e sobreaquecimento.
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constante.
TENSÃO FLUTUANTE
O carregamento por tensão flutuante é utilizado em aplicações onde
a bateria se descarrega muito pouco. Esse método envolve uma
tensão de carregamento constante com amplitude mais baixa do
que a do método anterior, a fim de se evitar sobrecarga.
Inicialmente, aplica-se uma tensão de valor fixo nos terminais da
bateria e observa-se a corrente – quando esta chegar ao limite
inferior, a tensão deve ser reduzida. A partir do momento em que a
bateria começa a se descarregar, o controlador entra em ação
elevando a tensão novamente. Um controle desse tipo garante que a
bateria fique sempre carregada. No entanto, nem todas as baterias
suportam esse método de carga, sendo mais utilizado em baterias
de chumbo-ácido.
CARREGAMENTO MULTIESTÁGIOS
Uma forma de minimizar os problemas relacionados aos métodos
anteriores é carregar a bateria em diferentes estágios. Geralmente,
utiliza-se o método de corrente constante como estágio inicial,
eliminando assim o pico de corrente visto no método de tensão
constante. Em seguida, aplica-se o método de tensão constante para
que a bateria atinja plena carga, sem riscos de sobretensão. No caso
de baterias de chumbo-ácido, é comum utilizar ainda o controle de
tensão flutuante como um terceiro estágio. A Figura 6 exemplifica o
uso desse método de carga.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
[1] Hussein Ibrahim, Adrian Ilinca, and Jean Perron. Energy storage
systems characteristics and comparisons. Renewable and
sustainable energy reviews, 12(5):1221{1250, 2008.
https://eletronicadepotencia.com/uma-revisao-sobre-baterias-parte-i/ 15/18
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FOTOVOLTAICOS PARTE II
Nenhum comentário | dez 13, 2021 Nenhum comentário | abr 13, 2020
Caio Moraes
Atualmente é doutorando em Engenharia Elétrica
com ênfase em Eletrônica de Potência na
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Possui mestrado e graduação em Engenharia
Elétrica pela UFSC e pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(UFMS), respectivamente. E também é formado em Eletrotécnica com
enfase em Controle e Processos Industriais, pela Escola Técnica
Estadual (ETEC) de Ilha Solteira. Tem experiência e interesse nas
áreas de eletrônica de potência, sistemas de controle e sistemas
embarcados, mais especificamente nos temas de modelagem
dinâmica de conversores estáticos, inversores conectados à rede,
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20/01/2022, 15:59 Uma Revisão sobre Baterias: Parte I - Blog Eletrônica de Potência
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