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CONFLITOS INTERNACIONAIS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
2. ORIGEM HISTÓRICA.................................................................................................4
3 CONCEITO....................................................................................................................5
3.1 ARBITRAGEM NA SOLUÇÃO DE CONFLITOS INTERNACIONAIS................5
6 O PROCEDIMENTO ARBITRAL................................................................................8
7 SENTENÇA ARBITRAL..............................................................................................9
7.1 CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS...................................................................10
7.1.1 Quanto ao Conteúdo...............................................................................................10
7.1.2 Quanto ao resultado................................................................................................10
7.2 PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DA SENTENÇA.............................................10
7.3 REQUISITOS DA SENTENÇA...............................................................................11
11 CONCLUSÃO............................................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO
2. ORIGEM HISTÓRICA
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Hoje, a arbitragem adquiriu um caráter secundário, porém a evolução
tecnológica com suas inovações tecnológicas aliadas ao crescente comercio
internacional, tem feito com que a arbitragem seja utilizada com mais
frequência, já que comparada ao direito estatal é um meio rápido e eficaz na
solução de litígios.
3 CONCEITO
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O Artigo 37 da "Convenção para a Solução dos Conflitos Internacionais"
assinada em Haia, no ano de 1907 ,diz que "a arbitragem internacional tem por
objetivo resolver litígios entre os Estados por meios de juízes da causa escolha
e na base do respeito do direito".
A arbitragem é definida como um meio de solução de controvérsias pelo
qual estados escolhem uma ou mais pessoas através de um compromisso
arbitral ou Cláusula compromissória que estabelece as normas a serem
seguidas e onde as partes contratantes aceitam a decisão a ser adotada. Fica
assim visto que a arbitragem é uma via jurisdicional porem não judiciária, de
solução pacífica de litígios internacionais.
Na arbitragem incube as partes escolhem os árbitros, assim como o que
pode ser objeto da arbitragem, e também delimitar as regras de direito
aplicável. O foro arbitral não tem jurisdição, ou seja, deveste-se os árbitros
após dada a sentença do encargo a eles investidos.
Os autores sustentam que somente poderão versar a arbitragem sobre
conflitos de ordem jurídica, ou suscetível de serrem formulados juridicamente.
Porém. Pode se dizer que a arbitragem é aplicável a todas as controvérsias
internacionais de qualquer natureza ou causa, e neste sentido pode se citar
vários tratados dos últimos 30 anos. Neste sentido segue o pacto Liga das
Nações afirmando em seu artigo 13 que podiam ser resolvidas pela arbitragem
todas as questões referentes a interpretação de um tratado , a qualquer ponto
de direito internacional, à realidade de qualquer fato que, que se verificado,
constituiria a ruptura de um compromisso internacional ou extensão natureza
da reparação devida por essa ruptura.
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Arbitragem Obrigatória ou permanente é aquela decorrente de tratados
internacionais. Aqui se verifica a ocorrência de arbitragem pela cláusula
compromissória, decorrente de um tratado, que foi assinado pelas partes
escolhendo a arbitragem para dirimir qualquer litígio que possa vir a ocorrer na
interpretação e execução do mesmo, ou a que prevê que todos os litigos que
possam vir a surgir entre eles sejam submetidos a este processo de solução.
Nos dizeres de César Fiúza (1995: 106-107), a cláusula Compromissória
traduz o:
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Até inicio do século XX, buscavam-se habitualmente chefes de estados
para mediar conflitos internacionais, o que nem sempre se tornava uma boa
opção, por sempre haver interesses políticos envolvidos, não havendo
imparcialidade.
A Corte Permanente de Arbitragem, estabelecida pela Convenção de
Haia para a Solução Pacífica das Disputas Internacionais em 1899, é a
principal corte de arbitragem internacional.
A Corte Permanente de Arbitragem não é considerada um tribunal
organizado e constituído permanentemente que fica a espera, que os conflitos
apareçam para por ela ser solucionado. A Corte Permanente, nada mais é do
que uma relação de nomes de juristas especialistas em direito internacional
que são indicados pêlos estados em um numero não superior a quatro, para
cumprirem um mandado não superior a um período de 6 anos .
Essa jurisdição não é, contudo obrigatória; as próprias partes conservam
a liberdade de recorrer a outros juízes. Esta relação de nomes de juristas fica a
disposição da partes para que estas escolham quais os árbitros que melhor se
adaptam de acordo com o conhecimento técnico e pratico no objeto do litígio.
6 O PROCEDIMENTO ARBITRAL
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arbitragem em casos de litígios já nascidos, atuais, contemporâneos,
conhecidos e, portanto determinados em concreto.
Sobre o procedimento arbitral, o artigo 21 da Lei de Arbitragem esgota
bem o assunto. As partes são livres para dispor sobre o rito ou procedimento,
desde que não haja controvérsia a ser decidida e a sentença arbitral no caso
for meramente homologatória. Caso as partes não o decidam previamente,
cabe ao árbitro ou tribunal arbitral determina-lo. Assim, as partes ao
submeterem a questão à solução arbitral, decidirão quais serão os
procedimentos e as fases a serem seguidas para a solução final da
controvérsia.
Por mais informal que seja o procedimento arbitral, alguns princípios
devem ser observados para que o julgamento seja justo. Os principais são: o
do contraditório, o da ampla defesa, o da igualdade das partes e imparcialidade
do juízo, entre outros. A ampla defesa decorre do contraditório, já que se
oferece às partes, a oportunidade de defesa técnica (por advogados), e de
autodefesa, onde poderá se pronunciar, manifestar e acompanhar os atos
processuais.
Durante o procedimento arbitral poderão surgir incidentes processuais
que venham a exigir a pronta intervenção do árbitro através da prolação de
decisões não terminativas do juízo arbitral Essa pode versar sobre o
saneamento do processo, ou controvérsia instaurada sobre natureza da
demanda, a respeito da complexidade da matéria a ser objeto de produção de
prova técnica ou da pertinência e necessidade da produção de determinada
prova, controle esse exercido pêlos árbitros através de seus poderes
instrutórios, a exemplo do que ocorre com os juízes togados (artigo 130 do
Código de Processo Civil).
As chamadas "cortes" ou "câmaras" ou "tribunais" de arbitragem não
"fazem" arbitragem, não respondem a consultas a respeito de méritos e não
julgam casos. Quem julga e exerce a arbitragem são os árbitros, sejam
isoladamente, sejam por um tribunal arbitral constituído para um caso
específico. Os citados órgãos se encarregam somente de organizar
procedimentos arbitrais e administrar a arbitragem de uma maneira geral.
A confiabilidade dos árbitros é essencial e, sendo a arbitragem menos
burocrática, sua utilização flui com maior celeridade, sendo sempre será mais
sigiloso que um processo judicial pela própria estrutura determinada em lei.
7 SENTENÇA ARBITRAL
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Em poucas palavras, a sentença arbitralé o ato que põe fim ao processo,
da mesma forma que as sentenças proferidas pêlos órgãos jurisdicionais
estatais.
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não podem o árbitro modificar o prazo da sentença sem comunicação das
partes, pois pode estar ligado o prazo estabelecido para apresentação da
sentença com alguma atividade comercial.
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entrou em vigor internacional em 7 de junho de 1959 (sic). O Decreto 4311. de
23 de julho de 2002, promulgou a Convenção sobre o reconhecimento e a
execução de sentenças arbitrais estrangeiras, proferidas por árbitros nomeados
para cada caso, bem como aquelas emitidas por órgãos arbitrais permanentes
aos quais se submeteram as partes.
Assim, essas sentenças são reconhecidas e executadas, no Brasil, de
conformidade com a convenção citada.
O Supremo entendeu desnecessária a caução em homologação
estrangeira, mandando aplicar, de imediato, as disposições da Lei 9307/96, nos
casos pendentes.
O Tribunal somente poderá negar a homologação da sentença, se o réu
demonstrar:
1° Que as partes, na convenção de arbitragem, não eram capazes;
2° A invalidade da convenção de arbitragem, segundo a lei à qual as
partes se submeteram ou, à sua falta, segundo a lei do país onde a sentença
foi proferida;
3° A violação do princípio do contraditório, a falta de notificação da
designação do árbitro ou do procedimento da arbitragem;
4° Que a sentença foi proferida fora dos limites da convenção, não
sendo possível separar a parte excedente daquela submetida ao juízo arbitral;
5° Que a arbitragem foi instituída contrariamente ao disposto no
compromisso arbitral ou na cláusula compromissória;
6º Que a sentença não se tornara obrigatória para as partes, tenha sido
anulada ou suspensa por órgão do Judiciário do país, onde a decisão fora
prolatada.
Ainda, não será homologada, se o Tribunal verificar que não era caso de
arbitragem, segundo a lei brasileira ou se o decisum fere a ordem pública do
País.
A lei foi bastante minuciosa e, para evitar dúvidas, não considera ofensa
à ordem pública do residente ou domiciliado no Brasil, se a citação se fez, de
acordo com a previsão na convenção de arbitragem ou da lei processual do
país onde ocorreu a arbitragem. A lei permite a citação via postal, desde que
comprovado o recebimento e tenha sido assegurada ao brasileiro, parte na
arbitragem, tempo bastante, para exercitar o direito de defesa.
A denegação da homologação da sentença estrangeira, mercê de vícios
formais, permite ao interessado fazer novo pedido, desde que, evidentemente,
os vícios forem sanados.
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A partir do Protocolo de Olivos, ocorreu a revogação do Protocolo de
Brasília. Entretanto, as controvérsias iniciadas no procedimento anterior
deverão ser concluídas sob o sistema de solução de controvérsias anterior.
Seu principal objetivo é almejar a evolução do sistema de solução de
controvérsias a fim de se buscar a correta interpretação e aplicação dos
tratados fundacionais e normas originadas no bloco econômico. Pois o
desenvolvimento do processo de integração está diretamente ligado à
harmonização na aplicação e interpretação das normas advindas do direito de
integração.
Dessa forma, o Tratado de Olivos visa garantir uma forma unificada,
segura e responsável de solução de controvérsias que possam vir a surgir
entre os países membros do Mercosul, não havendo restrição quanto a matéria
a ser dirimida, desde que seja concernente aos países membros e esteja
prescrita no Tratado de Assunção. O professor Gomes (2003. p. 86), afirma
ainda, que o Tratado de Olivos configura uma grande evolução no sistema de
solução de controvérsias do Mercosul, pois no lugar de um mecanismo ad hoc
de solução de divergências - em que era utilizada a via arbitral -, passou-se a
ser aplicado um procedimento permanente, institucionalizado e com regras
processuais mais definidas, fato que viabilizará a construção de um modelo
jurisprudencial, que estruturará em muito o Mercosul. Como conseqüência
direta da assinatura do Tratado de Olivos, será garantida ao sistema de
solução de controvérsias: institucionalização e juridicidade. Essas garantias
têm por finalidade aumentar consideravelmente o respaldo internacional do
Bloco Econômico, na medida em que é conquistada uma maior seriedade e
confiabilidade no contexto global. Nesse sentido, a integração entre os países
membros será bastante intensificada, bem como a aproximação entre o
Mercosul e outros blocos econômicos, justamente em razão da maior
respeitabilidade que os países signatários do Tratado de Assunção assumiram
após a ratificação do Protocolo de Olivos. Também é seu objetivo, a solução
dos conflitos decorrentes das relações comerciais surgidas no próprio bloco
econômico ou em outros esquemas preferenciais ou, ainda, junto à OMC. Uma
vez que é facultada a parte demandante a escolha do foro em que o litígio será
processado. Assim dispõe o Protocolo no seu artigo 1°, §2°:
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9.1 TRIBUNAL DE REVISÃO PERMANENTE
10.1 MEDIAÇÃO
10.2 CONCILIAÇÃO
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A conciliação tem por finalidade a obtenção de um acordo entre as
partes. O conciliador é uma terceira pessoa escolhida pelas partes,
completamente imparcial e independente, devendo assim pautar-se nas
questões objetivas do conflito.
Após ter se interado das razões com as partes quanto ao litígio, o
conciliador irá verificar a causa do mesmo e juntamente com aquelas, buscar a
melhor solução. Feito o acordo, o mesmo constituirá titulo executivo judicial
após assinado pelas partes e homologado pelo judiciário.
11 CONCLUSÃO
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12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. Código de Processo Civil Reformado. Belo Horizonte: Del Rei, 1995.
FIÚZA, César. Comentários ao Código de Processo Civil. São Paulo: RT, 1995.
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NERY JÚNIOR, Nelson. Atualidades sobre o Processo Civil. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1995.
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