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INTEGRAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DO CAPITAL INDUSTRIAL

CATARINENSE – 1963-1980

Até o início dos anos 50 – a economia era baseada na pequena


propriedade e nos setores tradicionais (alterando-se apenas a
quantidade catarinense produzida

A partir daí começa a ampliação e a diversificação da base produtiva;

A infra-estrutura básica e os arranjos institucionais não estavam


preparados para tal processo de diversificação – Isso obriga o
ESTADO a intervir na economia a partir de 1962;

- Plano de Obras e Equipamentos (POE) – 1956-1960;


- Plano de Metas do Governo (Plameg) – 1961-1965 – Ação do Estado
- Plameg II – mesma proposta – 1966-1974
- Projeto Catarinense de Desenvolvimento (PCD) – 1971-1974
- Plano de Governo (PG) – 1975-1979

Ação do Governo – Quatro Grandes Áreas:


- Financeira – Agências de fomento e programas de incentivos;
- Transporte – Integrar as mesorregiões produtoras ao mercado
estadual e nacional;
- Energia - Mais energia (Celesc);
- Telecomunicações – maior oferta de linhas e aumento da rede

Assim, tem-se o ESTADO atuando como forma superior de


organização capitalista. Despontam então, nacional e
internacionalmente os grandes grupos catarinenses e passam a
comandar e internalizar o crescimento industrial do estado de SC.

- Alimentos – Sadia, Perdigão, Chapecó, Seara e Coopercentral;


- Eletro-metal-mecânico – Tupy, Cônsul, Embraco, Weg e Busscar;
- Cerâmico – Eliane, Cecrisa, Portobelo, Icisa e Cesaca;
- Têxtil-Vestuário – Hering, Artex, Karsten, Teka, Sulfabril, Malwee,
Renaux, Buettner, Cremer e Marisol;
- Papel e Celulose – Klabin, Igaras, Irani, Trombini e Rigesa;
- Carbonífero – Metropolitana, Criciúma, Catarinense e Próspera;
- Moveleiro – Cimo, Artefama, Rudnick e Leopoldo;
- Porcelanas e Cristais – Oxford, Schmitz, Ceramarte, Blumenau e
Hering;
- Plástico – Hansen, Tigre, Cipla, Canguru e Akros.

Concluí-se portanto que, a Integração e a Consolidação da


indústria catarinense só puderam ser pensadas a partir de políticas
estaduais de desenvolvimento.
IMPULSO DA INDUSTRIALIZAÇÃO CATARINENSE (1963-1980)

Os avanços de Santa Catarina no cômputo da indústria nacional como


um todo, no período analisado, podem ser demonstrados através dos
seguintes indicadores:

- Aumento de 1,95 pontos percentuais (crescimento de 89%) na


participação do valor de transformação industrial brasileiro (de 2,19%
em 1959 para 4,14% em 1980);

- Elevação de 2 pontos percentuais na oferta de emprego industrial


passando a responder por 5,43% do pessoal ocupado no setor
industrial nacional em 1980;

- Expressivo incremento de produtividade, reduzindo a diferença que


beneficiava o parque industrial brasileiro;

- Aumento na representatividade em relação às exportações


brasileiras de 1,8% em 1973 para 4,3% em 1980, com ênfase nos
produtos manufaturados que elevaram sua participação de 11,8% para
51,7% no período;

- Desenvolvimento de grande número de médios e grandes


estabelecimentos industriais em todos os gêneros de indústrias;

- Liderança da oferta nacional em inúmeros grupos de produtos entre


os quais carnes (de aves e suínos), tubos e conexões, de matérias
plásticas,cerâmica de revestimento, refrigeradores, motocompressores
e motores elétricos.
COMPORTAMENTO DAS EXPORTAÇÕES CATARINENSES
PERÍODO 1963-1980

Foi um período de significativas mudanças nas exportações


catarinenses:

- Em 1973 as exportações catarinenses representavam 1,8% das


exportações brasileiras;
- Em 1980 passaram a representar 4,3%.

Ocorreu uma diversificação da Pauta de Exportações Catarinenses:


- A Madeira em 1967 representava 85% do total das exportações
catarinenses;
- Em 1970 passou a representar 61,6%; e
- Em 1983 representava apenas 1% das exportações catarinenses

Novos Produtos foram incorporados a Pauta de Exportações


Catarinenses:
- Têxteis, Farelo de Soja, Frangos Congelados e Açúcar Refinado

Em 1976, 10,4% da produção industrial catarinense já era exportada


para o exterior.

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