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CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 1
CURSO PRIME PARANGABA – Av. Augusto dos Anjos, 1915 (Instalações do Colégio Jim Wilson) – Fone: (85) 3208-2210
DIREITO PENAL MILITAR
PARTE GERAL | PROF. GABRIEL SANTOS
183-21/EP
A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o Pena cumprida no estrangeiro:
agente, aplica-se retroativamente, ainda quando já tenha A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no
sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é
computada, quando idênticas.
Apuração da maior benignidade:
Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a TEXTO DE LEI
anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual
no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato. PARTE GERAL
LIVRO ÚNICO
Medidas de segurança:
As medidas de segurança regem-se pela lei vigente ao TÍTULO I
tempo da sentença, prevalecendo, DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da execução.
Princípio de legalidade
Lei excepcional ou temporária Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem
A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o pena sem prévia cominação legal.
período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua Lei supressiva de incriminação
vigência. Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela, a
TEMPO DO CRIME própria vigência de sentença condenatória irrecorrível,
salvo quanto aos efeitos de natureza civil.
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou
omissão, ainda que outro seja o do resultado. Retroatividade de lei mais benigna
§ 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece
LUGAR DO CRIME o agente, aplica-se retroativamente, ainda quando já tenha
sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. Apuração da
Considera-se praticado o fato, no lugar em que se maior benignidade.
desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e
ainda que sob forma de participação, bem como onde se §2° Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior
produziu ou deveria produzir-se o resultado. e a anterior deve ser consideradas separadamente, cada
qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato.
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Território nacional por extensão Há também a doutrina topográfica, muito utilizada por
§ 1° Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como aqueles que não têm muita familiaridade com o Direito
extensão do território nacional as aeronaves e os navios Penal Militar. De acordo com essa doutrina, são crimes
brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando propriamente militares aqueles tipificados apenas no
militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem Código Penal Militar, sem correspondente na lei penal
legal de autoridade competente, ainda que de propriedade comum. Dessa forma, os crimes propriamente militares
privada. seriam a deserção, o abandono de posto, a insubmissão,
etc.
Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros Por último, há a doutrina tricotômica, que está muito na
§ 2º É também aplicável a lei penal militar ao crime moda hoje. Estes teóricos dizem que existem os crimes
praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, propriamente militares (praticados apenas por militares), os
desde que em lugar sujeito à administração militar, e o tipicamente militares (previstos apenas no Código Penal
crime atente contra as instituições militares. Militar) e os impropriamente militares (previstos tanto no
Código Penal Militar quanto no Código Penal).
Conceito de navio
§ 3º Para efeito da aplicação deste Código, considera-se Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de
navio toda embarcação sob comando militar. Pena paz:
cumprida no estrangeiro. I - os crimes de que trata este Código, quando
definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela
Art. 8° A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena não previstos, qualquer que seja o agente, salvo
imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou disposição especial;
nela é computada, quando idênticas.
II – os crimes previstos neste Código e os previstos na
legislação penal, quando praticados:
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1o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
contra a vida e cometidos por militares contra civil,
A Doutrina divide os crimes militares em duas
serão da competência do Tribunal do Júri.
categorias: os crimes propriamente militares e os crimes
§ 2o Os crimes de que trata este artigo, quando impropriamente militares. Os crimes impropriamente
dolosos contra a vida e cometidos por militares das militares obedecem a uma lógica um pouco diferente, que
Forças Armadas contra civil, serão da competência da veremos logo adiante.
Justiça Militar da União, se praticados no contexto: A legislação falha ao não tratar dessas duas
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem categorias de crimes, apesar de a própria Constituição
estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo mencionar os crimes propriamente militares, usando
inclusive esta nomenclatura.
Ministro de Estado da Defesa;
De acordo com a doutrina clássica, os crimes
II – de ação que envolva a segurança de instituição propriamente militares são aqueles que somente podem
militar ou de missão militar, mesmo que não ser praticados por militares, enquanto os impropriamente
beligerante; ou militares podem ser praticados também por civis.
Há ainda muita discussão a respeito do crime de
III – de atividade de natureza militar, de operação de
insubmissão, que é cometido por aquele que se ausenta no
paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição
momento de sua incorporação às forças armadas, ou seja,
subsidiária, realizadas em conformidade com o
ele ainda não é militar, é considerado civil, já que ainda não
disposto no art. 142 da Constituição Federal e na incorporou, logo, não há possiblidade de existir crime
forma dos seguintes diplomas legais: propriamente militar, já que este, somente pode ser
cometido por militar.
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Por essa razão, há outra doutrina, capitaneada por § 1o Os crimes de que trata este artigo, quando
Jorge Alberto Romeiro, que defende como crime dolosos contra a vida e cometidos por militares contra
propriamente militar aquele em que a ação penal somente civil, serão da competência do Tribunal do Júri.
pode ser proposta contra militar. O insubmisso apenas
§ 2o Os crimes de que trata este artigo, quando
responderá a ação penal depois que se apresentar ou for
dolosos contra a vida e cometidos por militares das
capturado, e for incorporado às forças armadas.
Forças Armadas contra civil, serão da competência da
Há também a doutrina topográfica, muito utilizada
Justiça Militar da União, se praticados no contexto:
por aqueles que não têm muita familiaridade com o Direito
Penal Militar. De acordo com essa doutrina, são crimes IV – do cumprimento de atribuições que lhes forem
propriamente militares aqueles tipificados apenas no estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo
Código Penal Militar, sem correspondente na lei penal Ministro de Estado da Defesa;
comum. Dessa forma, os crimes propriamente militares
V – de ação que envolva a segurança de instituição
seriam a deserção, o abandono de posto, a insubmissão,
militar ou de missão militar, mesmo que não
etc.
beligerante; ou
Por último, há a doutrina tricotômica, que está muito
na moda hoje. Estes teóricos dizem que existem os crimes VI – de atividade de natureza militar, de operação de
propriamente militares (praticados apenas por militares), os paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição
tipicamente militares (previstos apenas no Código Penal subsidiária, realizadas em conformidade com o
Militar) e os impropriamente militares (previstos tanto no disposto no art. 142 da Constituição Federal e na
Código Penal Militar quanto no Código Penal). forma dos seguintes diplomas legais:
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de e) Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código
paz: Brasileiro de Aeronáutica;
III - os crimes de que trata este Código, quando f) Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999;
definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela g) Decreto-Lei nº 1.002, de 21 de outubro de 1969 -
não previstos, qualquer que seja o agente, salvo Código de Processo Penal Militar; e
disposição especial;
h) Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código
IV - os crimes previstos neste Código e os previstos na Eleitoral.
legislação penal, quando praticados:
f) por militar em situação de atividade ou Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de
assemelhado, contra militar na mesma situação ou guerra:
assemelhado; V - os especialmente previstos neste Código para o
g) por militar em situação de atividade ou tempo de guerra;
assemelhado, em lugar sujeito à administração VI - os crimes militares previstos para o tempo de paz;
militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou
assemelhado, ou civil; VII - os crimes previstos neste Código, embora também
o sejam com igual definição na lei penal comum ou
h) por militar em serviço ou atuando em razão da especial, quando praticados, qualquer que seja o
função, em comissão de natureza militar, ou em agente:
formatura, ainda que fora do lugar sujeito à
administração militar contra militar da reserva, ou c) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente
ocupado;
reformado, ou civil;
i) por militar durante o período de manobras ou d) em qualquer lugar, se comprometem ou podem
exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou comprometer a preparação, a eficiência ou as
assemelhado, ou civil; operações militares ou, de qualquer outra forma,
atentam contra a segurança externa do País ou
j) por militar em situação de atividade, ou podem expô-la a perigo;
assemelhado, contra o patrimônio sob a
administração militar, ou a ordem administrativa VIII - os crimes definidos na lei penal comum ou
militar; especial, embora não previstos neste Código, quando
praticados em zona de efetivas operações militares ou
em território estrangeiro, militarmente ocupado.
f) revogada.
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INFORMATIVO 626 – STF Art. 14. O defeito do ato de incorporação não exclui a
Quando os militares desconhecem a situação aplicação da lei penal militar, salvo se alegado ou
de militar do outro, não há crime militar. É conhecido antes da prática do crime.
importante que você saiba que a Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da
jurisprudência do STM é no sentido inverso, aplicação da lei penal militar, começa com a
declaração ou o reconhecimento do estado de guerra,
ampliando a competência da Justiça Militar. ou com o decreto de mobilização se nele estiver
compreendido aquele reconhecimento; e termina
COMPLEMENTAÇÃO DE APLICAÇÃO PENAL MILITAR quando ordenada a cessação das hostilidades.
O art. 15 é estudado em conjunto com o art. 84 da
Art. 11. Os militares estrangeiros, quando em Constituição Federal, que trata dos detalhes acerca da
comissão ou estágio nas forças armadas, ficam autorização legislativa para a declaração de guerra.
sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado o
disposto em tratados ou convenções internacionais. Art. 16. No cômputo dos prazos inclui-se o dia do
começo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo
Este é o tão conhecido intercâmbio entre organizações calendário comum.
militares de países aliados, pode parecer estranho à
primeira vista, mas é bem comum. Quando os militares Atenção! Não confunda a contagem do prazo penal com a
estrangeiros estiverem fazendo esses cursos no Brasil, técnica aplicada aos prazos processuais. Nestes exclui-se o
aplicar-se-á a eles a lei penal militar brasileira. dia do início, mas no prazo penal o dia do início está
incluído. Quando ao cômputo dos meses e anos, deve-se
Art. 12. O militar da reserva ou reformado, utilizar o calendário comum.
empregado na administração militar, equipara-se ao
militar em situação de atividade, para o efeito da Art. 17. As regras gerais deste Código aplicam-se aos
aplicação da lei penal militar. fatos incriminados por lei penal militar especial, se
esta não dispõe de modo diverso. Para os efeitos
O militar da reserva ou reformado, de certa forma, pode ser penais, salário mínimo é o maior mensal vigente no
equiparado ao civil. Isso ficou evidente quando estudamos país, ao tempo da sentença.
o art. 9° e vimos a competência da Justiça Militar em razão
da pessoa. A parte final do dispositivo é completamente inaplicável,
Os militares da reserva ou reformados somente se uma vez que não existe mais pena de multa no Direito
equiparam aos militares da ativa quando continuam Penal Militar.
trabalhando para a administração militar, nos termos do
art. 3°, §1°, a, III do Estatuto dos Militares (Lei n° Art. 18. Ficam sujeitos às disposições deste Código os
6.880/1980). crimes praticados em prejuízo de país em guerra
contra país inimigo do Brasil:
Lei n° 6.880/1980, §1°, a, III - os componentes da
reserva das Forças Armadas quando convocados, I - se o crime é praticado por brasileiro;
reincluídos, designados ou mobilizados. II - se o crime é praticado no território nacional, ou
em território estrangeiro, militarmente ocupado por
O art. 12 não se aplica aos militares da reserva e força brasileira, qualquer que seja o agente.
reformados que estejam executando tarefa certa por
tempo certo, conforme previsto no art. 3°, §1°, b, III do
Este artigo também é inaplicável, uma vez que o CPM adota
Estatuto dos Militares. Estes, portanto, não são equiparados
a territorialidade temperada e a extraterritorialidade
a militares.
incondicionada.
Art. 13. O militar da reserva, ou reformado, conserva
Art. 19. Este Código não compreende as infrações dos
as responsabilidades e prerrogativas do posto ou
regulamentos disciplinares.
graduação, para o efeito da aplicação da lei penal
militar, quando pratica ou contra ele é praticado crime Infração disciplinar não é conduta penal, mas sim ilícito
militar. administrativo. Um Exemplo disso é o código disciplinar de
alguns estados que trazem as figuras de algumas
O militar da reserva ou reformado só pratica crime militar transgressões.
nas hipóteses do art. 9°, III, e não nas situações previstas no É interessante também que você saiba que no Direito Penal
inciso II. Militar também não há contravenções penais.
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Art. 26. Quando a lei penal militar se refere a A teoria da imputação objetiva se contrapõe à equivalência
"brasileiro" ou "nacional", compreende as pessoas dos antecedentes, dizendo que apenas haverá a relação de
enumeradas como brasileiros na Constituição do causalidade quando o sujeito tiver agido de forma a assumir
Brasil. o risco de produzir o resultado.
Parágrafo único. Para os efeitos da lei penal militar, De acordo com a teoria da causalidade adequada, causa é
são considerados estrangeiros os apátridas e os o antecedente mais adequado, ou mais eficaz, para a
brasileiros que perderam a nacionalidade. produção do resultado. Não basta qualquer conduta sem a
qual o resultado não teria ocorrido. A causa é o
Art. 27. Quando este Código se refere a funcionários, antecedente mais provável.
compreende, para efeito da sua aplicação, os juízes, os
representantes do Ministério Público, os funcionários e Concausa é a convergência de uma determinada conduta a
auxiliares da Justiça Militar. uma causa inicial, contribuindo para a consecução do
resultado. Essas causas podem ser dependentes,
Art. 28. Os crimes contra a segurança externa do país absolutamente independentes ou relativamente
ou contra as instituições militares, definidos neste independentes da conduta do agente.
Código, excluem os da mesma natureza definidos em As causas dependentes estão previstas no caput do art. 29:
outras leis. uma pessoa amarrou a vítima, e outra disparou a arma de
fogo. Todos os agentes responderão pela mesma conduta,
pois as causas são dependentes. Sem as duas não teria
ocorrido o crime.
Dizemos que uma causa é absolutamente independente de
outra quando ela não se origina da conduta do agente. É
caso da pessoa que ingere veneno e posteriormente é
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alvejada por disparo de arma de fogo, vindo a falecer em o início da execução e a consumação. Esta é a teoria
razão do envenenamento. Estas causas podem ser objetiva.
preexistentes, concomitantes ou supervenientes, e rompem
Se a pessoa estava apenas iniciando a sua conduta, o juiz
o nexo causal. O agente, portanto, apenas responderá pelo
pode aplicar a diminuição no seu grau máximo, mas se a
resultado ao qual de causa.
pessoa já estava “quase terminando”, a pena não deve ser
Nas causas relativamente independentes, a que mais nos tão diminuída assim.
interessa é a superveniente. No caso da superveniência,
Há também no parágrafo único uma manifestação da teoria
para saber se o agente responderá pelo resultado, é
subjetiva, pois o juiz pode, considerando a gravidade da
necessário saber se a causa relativamente independente é
conduta, aplicar à tentativa a pena do crime consumado.
suficiente para produzir, por si só, o resultado.
Jorge César de Assis entende que essa regra perdeu
Imagine, por exemplo, que uma pessoa é alvejada por totalmente sua eficácia, não sendo mais aplicável hoje,
disparo de arma de fogo e é socorrida em ambulância. No apesar de o dispositivo nunca ter sido declarado
trajeto até o hospital, o veículo bate num muro, levando a inconstitucional e nem revogado.
vítima a óbito. Neste caso, estamos diante de uma causa
relativamente independente da conduta do agente.
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ
De acordo com o §1º, diante de uma causa relativamente
Art. 31. O agente que, voluntariamente, desiste de
independente o agente apenas responderá pela conduta
prosseguir na execução ou impede que o resultado se
adotada até a superveniência. No nosso exemplo o agente
produza, só responde pelos atos já praticados.
responderia por tentativa de homicídio. Esta é uma
manifestação da teoria da causalidade adequada.
A desistência voluntária ocorre quando o agente desiste de
Se a causa relativamente independente não produziu por si
prosseguir com a execução. Aquele que impede que o
só o resultado, será aplicável a teoria da equivalência dos
resultado seja produzido pratica o arrependimento eficaz.
antecedentes causais, de acordo com o caput do art. 29.
Cuidado para não confundir estes dois institutos com a
tentativa, que ocorre quando o agente não consegue atingir
Art. 30. Diz-se o crime: o resultado por circunstâncias alheias à sua vontade.
CRIME CONSUMADO Na parte geral do CPM não existe a figura do
arrependimento posterior. Na parte especial há alguns
I - consumado, quando nele se reúnem todos os
dispositivos que preveem o arrependimento posterior de
elementos de sua definição legal;
forma específica, a exemplo do crime de furto (art. 240 do
CPM).
TENTATIVA Bagatela não se aplica no Direito Penal Militar.
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se
consuma por circunstâncias alheias à vontade do CRIME IMPOSSÍVEL
agente.
Art. 32. Quando, por ineficácia absoluta do meio
empregado ou por absoluta impropriedade do
objeto, é impossível consumar-se o crime, nenhuma
PENA DE TENTATIVA
pena é aplicável.
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime, diminuída de um a dois
A ineficácia absoluta do meio ocorre, por exemplo, quando
terços, podendo o juiz, no caso de excepcional
uma pessoa tenta cometer homicídio utilizando arma de
gravidade, aplicar a pena do crime consumado.
brinquedo, ou “simulacro”. A absoluta impropriedade do
objeto ocorre quando uma pessoa utiliza arma de fogo para
atirar em alguém que já está morto, por exemplo, existência
As regras quanto ao crime consumado e à tentativa são as
da modalidade culposa.
mesmas do CP. Quero chamar sua atenção para o parágrafo
único, que trata da pena aplicável em caso de crime
tentado. NENHUMA PENA SEM CULPABILIDADE
A redução da pena em razão da sua não consumação deve Art. 34. Pelos resultados que agravam especialmente
ser, em regra, operada em função da extensão do iter as penas só responde o agente quando os houver
criminis, ou seja, do caminho percorrido pelo agente entre causado, pelo menos, culposamente.
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BIZU MONSTRUOSO Responde pelo crime o autor da que o mal causado, por sua natureza e importância, é
coação ou da ordem. consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente não
era legalmente obrigado a arrostar o perigo.
Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato
manifestamente criminoso, ou há excesso nos atos ou na
forma da execução, é punível também o inferior.
LEGÍTIMA DEFESA
Entende-se em legítima defesa quem, usando
ESTADO DE NECESSIDADE, COM EXCLUDENTE DE moderadamente dos meios necessários, repele injusta
CULPABILIDADE agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Não é igualmente culpado quem, para proteger direito
próprio ou de pessoa a quem está ligado por estreitas
EXCESSO CULPOSO
relações de parentesco ou afeição, contra perigo certo e
atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, O agente que, em qualquer dos casos de exclusão de crime,
sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao direito excede culposamente os limites da necessidade, responde
protegido, desde que não lhe era razoavelmente exigível pelo fato, se este é punível, a título de culpa.
conduta diversa.
EXCESSO ESCUSÁVEL
COAÇÃO FÍSICA OU MATERIAL:
Não é punível o excesso quando resulta de escusável
Nos crimes em que há violação do dever militar, o agente surpresa ou perturbação de ânimo, em face da situação.
não pode invocar coação irresistível senão quando física ou
material.
EXCESSO DOLOSO
O juiz pode atenuar a pena ainda quando punível o fato por
ATENUAÇÃO DE PENA:
excesso doloso.
Nos casos do art. 38, letras a e b, se era possível resistir à
coação, ou se a ordem não era manifestamente ilegal; ou,
no caso do art. 39, se era razoavelmente exigível o sacrifício ELEMENTOS NÃO CONSTITUTIVOS DO CRIME
do direito ameaçado, o juiz, tendo em vista as condições
Deixam de ser elementos constitutivos do crime:
pessoais do réu, pode atenuar a pena.
1) a qualidade de superior ou a de inferior, quando não
conhecida do agente;
EXCLUSÃO DE CRIME
2) a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de
Não há crime quando o agente pratica o fato: dia, de serviço ou de quarto, ou a de sentinela, vigia, ou
plantão, quando a ação é praticada em repulsa a agressão.
1) em estado de necessidade;
2) em legítima defesa;
ESTADO DE NECESSIDADE NO CPM
3) em estrito cumprimento do dever legal; Teoria Diferenciadora (alemã)
4) em exercício regular de direito.
Exculpante (art. 39) Justificante (art. 42, I e
43)
Não há igualmente crime quando o comandante de navio,
Exclui a culpabilidade Exclui o crime
aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou
grave calamidade, compele os subalternos, por meios Direito próprio ou de pessoa Direito próprio ou alheio
violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para ligada por laços de parentesco
salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a ou afeição
desordem, a rendição, a revolta ou o saque.
Contra perigo certo e atual que Idêntico!
não provocou nem poderia
ESTADO DE NECESSIDADE, COMO EXCLUDENTE DO CRIME evitar
Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato
Direito alheio igual ou superior Direito alheio é inferior
para preservar direito seu ou alheio, de perigo certo e atual,
ao direito defendido ao direito defendido
que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde
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CONDIÇÕES OU CIRCUNSTÂNCIAS PESSOAIS
A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se § 1º A punibilidade de qualquer dos concorrentes é
o agente por embriaguez proveniente de caso independente da dos outros, determinando-se
fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da segundo a sua própria culpabilidade. Não se
ação ou da omissão, a plena capacidade de comunicam, outrossim, as condições ou
entender o caráter criminoso do fato ou de circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando
determinar-se de acordo com esse entendimento. elementares do crime.
MENORES:
AGRAVAÇÃO DE PENA
O menor de dezoito anos é inimputável, salvo se, já tendo
completado dezesseis anos, revela suficiente § 2° A pena é agravada em relação ao agente que:
desenvolvimento psíquico para entender o caráter ilícito do I - promove ou organiza a cooperação no crime ou
fato e determinar- se de acordo com este entendimento. dirige a atividade dos demais agentes;
Neste caso, a pena aplicável é diminuída de um terço até a
metade. II - coage outrem à execução material do crime;
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Esta regra é campeã de prova! Ela é própria do CPM, que A pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação
relaciona os cabeças com os crimes de concurso de pessoas no crime é de somenos importância.
necessário, ou seja, aqueles que não podem ser praticados
por apenas uma pessoa, a exemplo do crime de motim.
CABEÇAS
Os cabeças são aqueles que coordenam, promovem,
organizam a ação. Os cabeças em geral são pessoas que têm Na prática de crime de autoria coletiva necessária,
algum poder de decisão, e por essa razão, quando estamos reputam-se cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou
diante de um crime perpetrado por oficiais e praças, os excitam a ação.
oficiais serão considerados os cabeças. Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais
oficiais, são estes considerados cabeças, assim como os
inferiores que exercem função de oficial.
CASOS DE INIMPUNIBILIDADE
Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o
auxílio, salvo disposição em contrário, não são CASOS DE IMPUNIBILIDADE:
puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo
tentado. disposição em contrário, não são puníveis se o crime não
chega, pelo menos, a ser tentado.
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Os detalhes acerca da execução da pena de morte estão no Quando for aplicada pena de reclusão ou detenção de até 2
art. 707 e seguintes do Código de Processo Penal Militar. Há anos, pode haver suspensão condicional da pena (sursis).
vários detalhes, incluindo a vestimenta dos condenados, o Apenas quando não for possível esta alternativa a pena
apoio espiritual, etc. pode ser convertida em prisão.
Caso o condenado seja oficial, ele ficará recluso ao
COMUNICAÇÃO estabelecimento militar, mas lá poderá circular livremente.
Se o condenado for praça, permanecerá em
Art. 57. A sentença definitiva de condenação à morte estabelecimento penal militar, mas ficará separada de
é comunicada, logo que passe em julgado, ao presos que estejam cumprindo penalidade disciplinar ou
Presidente da República, e não pode ser executada pena privativa de liberdade superior a 2 anos.
senão depois de sete dias após a comunicação.
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TEMPO COMPUTÁVEL
O civil condenado por crime militar cumpre a pena em
estabelecimento civil, e a ele se aplica a Lei de Execução
Penal. Caso o civil, entretanto, pratique crime militar em Art. 67. Computam-se na pena privativa de liberdade
tempo de guerra, poderá cumprir sua pena em o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no
penitenciária militar, mas neste caso a sentença precisa ser estrangeiro, e o de internação em hospital ou
específica. manicômio, bem como o excesso de tempo,
reconhecido em decisão judicial irrecorrível, no
cumprimento da pena, por outro crime, desde que a
decisão seja posterior ao crime de que se trata.
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Este é o dispositivo que autoriza a detração penal. O No Código Penal comum, a culpabilidade substitui a
período em que o criminoso esteve em prisão provisória ou intensidade do dolo e o grau de culpa, já que as teorias mais
internado deve ser considerado para fins de cumprimento modernas consideram os dois elementos em conjunto.
da pena definitiva.
Também pode ser contado o tempo de pena que o
CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
condenado cumpriu em excesso, quando passou mais
tempo preso do que o devido. Obviamente esta hipótese
somente é aplicável quando a decisão que reconhecer o
Art. 70. São circunstâncias que sempre agravam a
excesso de tempo seja posterior ao novo crime, pois se
pena, quando não integrantes ou qualificativas do
assim não fosse o condenado ficaria com “crédito” perante
crime:
a Justiça Militar, e isso não é possível.
I - a reincidência;
II - ter o agente cometido o crime:
DA APLICAÇÃO DAS PENAS
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II - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a processo penal que venha a ser instaurado contra o
doze; reabilitado.
III - em dezesseis anos, se o máximo da pena é A medida pode ser requerida quando decorrerem 5 anos
superior a oito e não excede a doze; desde a extinção da pena ou medida de segurança, ou ainda
desde a data em que se concluir o prazo de suspensão
IV - em doze anos, se o máximo da pena é superior a
condicional da pena ou de livramento condicional.
quatro e não excede a oito;
Para que possa requerer a reabilitação, o condenado
V - em oito anos, se o máximo da pena é superior a
precisa cumprir os seguintes requisitos:
dois e não excede a quatro;
a) Ter tido domicílio no país no prazo
VI - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a
referido;
um ano ou, sendo superior, não excede a dois; VII
- em dois anos, se o máximo da pena é inferior a b) Ter dado, durante esse tempo,
um ano. demonstração efetiva e constante de
bom comportamento público e
privado;
A AÇÃO PENAL PRESCREVE SE A PENA MÁXIMA c) Ter ressarcido o dano causado pelo
EM... COMINADA FOR DE... crime ou demonstrado absoluta
impossibilidade de fazê-lo até o dia
30 ANOS Morte; do pedido, ou exibido documento que
comprove a renúncia da vítima ou
20 ANOS MAIS DE 12 anos;
novação da dívida.
Mais de 8 anos e até
16 ANOS
12 anos exatos; Se a reabilitação for negada, apenas será possível
requerê-la novamente após o período de dois ano.
Mais de 4 anos e até
12 ANOS 8 anos exatos;
REABILITAÇÃO
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