Para perceber o ritmo do TEMPO COMUM da Liturgia, devemos ter
presente que o ANO LITÚRGICO celebra sempre o acontecimento pascal de Cristo em cada Eucaristia, em cada ciclo, em cada Festa. Há sempre na Liturgia cristã a celebração da vitória de Cristo sobre a morte; mas a Páscoa do Cristo total engloba a páscoa pessoal – a da Igreja e a de cada membro do Corpo Místico – porque “a páscoa pessoal de Cristo foi ‘as primícias’ da páscoa universal”. A transformação que o Espírito Santo operou em Jesus vai-se realizando em nós e no Mundo até que sejamos transformados à imagem e semelhança do Cristo da ressurreição, emergindo então os Novos Céus e a Nova Terra. Pela sua ressurreição, Cristo foi constituído em CENTRO DA HISTÓRIA, fundamento da sua transformação e da REGENERAÇÃO, convergindo n’ Ele o PASSADO e o FUTURO da HUMANIDADE.
O TEMPO COMUM celebra o Mistério de Cristo em sua plenitude
de maneira global, sem distinguir as diferentes facetas do Seu Mistério, presente no Seu Corpo Místico.
A estrutura básica do ANO LITÚRGICO foi sempre o Domingo, O
DIA DO SENHOR. Mas o essencial do DOMINGO foi sempre a REUNIÃO DA ASSEMBLEIA, formada por aqueles que respondem à convocatória da Igreja, feita em nome do Senhor, para a reunião festiva. Desde as origens que a comunidade cristã imprime à vida um ritmo espiritual com a celebração do DIA DO SENHOR, cumprindo a tríplice FUNÇÃO DA ASSEMBLEIA CRISTÃ:
a) A função litúrgica, com a proclamação da Palavra e a celebração dos
Mistérios da fé. b) A Comunhão fraterna (“Koinonia”) através da reunião, do estar juntos. c) A “diaconia”, prestando o seu serviço ao mundo.
Mas, o ritmo do coração da Igreja foi sempre a REUNIÃO da
assembleia e a MISSÃO – dispersão pelo Mundo. A Reunião sublinha a gratuidade do amor de Deus pelo Seu Povo; a Missão, o dom dos cristãos para os seus irmãos e para o mundo!
Sem formar um CICLO LITÚRGICO, os Domingos do Tempo
Comum constituem a festa fundamental da Salvação.
Celebrar o Domingo é cultivar, de forma solene e festiva, a