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GUSTAVO LOPES
semana 3
A ARTE BIZANTINA
Ao comparar
obras do início da
arte bizantina,
exemplificada ao
lado, a obras
paleocristãs e
pagãs,
percebemos tanto
uma continuidade
quanto uma
ruptura.
Século V
Século VI
Entre o século IV e VI, observamos
que azul do céu e elementos dos
plano de fundo (arquitetura, árvores
etc.) vão se tornando mais raros nos
mosaicos.
Justininano I (482-565)
Essas figuras
longilíneas, com
pouco volume,
das quais o
contrapposto
clássico está
ausente,
exemplificam
uma arte
plenamente
bizantina.
Justinianiano e seu
séquito,mosaico
Basílica de São Vital,
Ravena, c. 547
Essas figuras
longilíneas, com
pouco volume,
das quais o
contrapposto
clássico está
ausente, indicam
que a transição
do estilo
paleocristão ao
bizantino está
completa.
Pendente
Os pendentes, que são
quatro, direcionam o peso da
cúpula para os quatro pilares
principais, que ficam
parcialmente embutidos nos
cantos das paredes.
Pendente
Adicionalmente, existem do lado de
fora os contrafortes, ou seja,
projeções que atuam como
escoras. Contrafortes maiores
existem junto à base da igreja
(figura abaixo). Conectados a eles
podemos ver também arcobotantes
– arcos que conectam os contraforte
contrafortes às paredes.
arcobotante
Pendente
Como em outras igrejas
bizantinas, a sustentação da
igreja também depende de
colunas. O capitel (parte
superior) desta coluna combina
as volutas do capitel jônico e as
folhas de acanto do capitel
coríntio. Mas essas referências
são profundamente
transformadas pela cultura
bizantina, de modo que o
capitel visto aqui não se
confunde com seus ancestrais
greco-romanos.
A arte bizantina é longeva, estendendo-se
do século VI até o XV. Durante esse tempo
ela passou por mudanças importantes. Esta
miniatura (pintura em manuscrito,
normalmente separada do texto) executada
em um saltério (livro de salmos) representa
David compondo os salmos e exemplifica
uma dessas mudanças: o retorno à tradição
figurativa greco-romana, entre os séculos IX
e XI. As representação tridimensional do
espaço, o volume das figuras, os
planejamentos, a perspectiva aérea (os
objetos distantes ficam azulados) e as
personificações (da Melodia, ao lado de
David, de Eco, atrás da coluna e da
Montanha de Belém, no canto inferior
direito) remetem à arte da Antiguidade.
Miniatura do Saltério de Paris, c. 900
Esse retorno ao classicismo ocorreu em graus
diferentes no mundo bizantino. Alguns artistas
mantiveram-se mais próximos do estilo
bizantino de séculos anteriores. Outros
buscaram combinar o classicismo redescoberto
a características tipicamente bizantinas,
produzindo obras como esta crucificação. Além
dos planejamentos, do modelado e do
contraposto, o mosaico apresenta outro
aspecto clássico: o pathos, ou apelo à emoção,
presente em muitas obras de arte pagãs e
produzido, aqui, por gestos, feridas e
expressões faciais, além da cabeça de Cristo a
pender dos ombros, em contraste com suas
representações triunfantes anteriores.