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A fecundidade muito baixa da maior parte das populações europeias evidencia um baixo potencial de auto-
reprodução, que é incapaz de corresponder minimamente à necessidade vital de substituição das gerações.
Esta incapacidade, que não é conjuntural, constitui a principal causa do declínio demográfico europeu e
português.
Os aspectos mais visíveis deste declínio são o crescimento natural negativo ou nulo e também a contínua
“subversão” dos equilíbrios estruturais entre jovens, adultos activos e seniores, que resulta do
envelhecimento demográfico. Simultaneamente, esta evolução é condicionada pelo importante recuo da
mortalidade e o substancial aumento da longevidade.
Algumas das causas do declínio demográfico estão certamente relacionadas com as alterações que, em
paralelo com a descida da fecundidade, começaram a verificar-se há cerca de quarenta anos no campo dos
comportamentos individuais relativos à família, casamento e divórcio. Mas, apesar das suas “fragilidades”, a
família continua a ser o principal lugar onde se exprimem solidariedades intergeracionais essenciais, tais
como o apoio aos jovens, aos desempregados e aos mais idosos e dependentes.
Declínio demográfico não é necessariamente sinónimo de declínio social. Trata-se apenas de um conceito
para designar um novo estádio de desenvolvimento demográfico, que foi atingido por populações em que o
baixo potencial de reprodução e o envelhecimento são acompanhados pelo aumento da esperança de vida,
o qual constitui um dos mais importantes avanços civilizacionais registados até hoje.
Mário Leston Bandeira, III Congresso Português de Demografia, Setembro e Outubro de 2008, Lisboa
…
Os exercícios, no âmbito da cadeira de LIFE, relativos ao tema População, consistirão numa divisão do
trabalho em duas sessões remetendo para a separação entre a análise das estruturas populacionais e a das
dinâmicas que as influenciam.
O que se justifica pela importância que estas duas componentes do estudo da população assumem para os
diferentes ramos das ciências sociais e políticas e, também, pela diferença na sua cobertura, por parte das
fontes de informação estatística e quantitativa.
Assim, os dois exercícios propostos, para o trabalho temático sobre População: estruturas e dinâmicas,
apresentam como designações:
Documento 1
1. Construa um gráfico que ilustre a evolução da população residente (total), de 1864 a 2001, e faça a
leitura da tendência descrita.
5. Recolha informação sobre a população total recenseada nos dois últimos momentos censitários, em
quatro países. Construa um quadro com a informação e calcule a taxa de crescimento populacional
para cada um desses períodos intercensitário (com recurso à fórmula disponível no portal do INE,
em Metainformação, Conceitos, tema População, conceito Taxa de Crescimento Efectivo),
apresentando os valores em percentagem. Compare, se possível, os valores encontrados.
Documento 3
Quadro 3. População residente, em Portugal, segundo os grupos etários e zona geográfica, em 1991 e 2001
População Residente
Zona Em 1991 Em 2001
Geográfica Total Grupos Etários Total Grupos Etários
HM 0-14 15-64 65 ou + HM 0-14 15-64 65 ou +
Portugal 9 867 147 1 972 403 6 552 000 1 342 744 10 356 117 1 656 602 7 006 022 1 693 493
Continente 9 375 926 1 847 544 6 244 732 1 283 650 9 869 343 1 557 934 6 682 813 1 628 596
Norte 3 472 715 767 417 2 308 278 397 020 3 687 293 644 948 2 527 587 514 758
Centro 2 258 768 427 970 1 458 637 372 161 2 348 397 352 388 1 539 331 456 678
Lisboa 2 520 708 454 524 1 756 524 309 660 2 661 850 396 221 1 855 583 410 046
Alentejo 782 331 136 670 499 947 145 714 776 585 106 645 496 439 173 501
Algarve 341 404 60 963 221 346 59 095 395 218 57 732 263 873 73 613
R.A.Açores 237 795 62 857 145 263 29 675 241 763 51 767 158 677 31 319
R.A.Madeira 253 426 62 002 162 005 29 419 245 011 46 901 164 532 33 578
Fonte: INE, Recenseamentos Gerais da População (1991, 2001)
8. Qual a nomenclatura usada na desagregação geográfica do território, bem como o respectivo nível
de desagregação?