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Unidade de estudo | Reet at) Re Rc Peer ciy Eee Oe ced Pere ey Introdugao ao Desenho Técnico SECAO 1 Forma do objeto Nesta segio voeé estudari as for: mas do objeto, entendendo como € possivel descrevé-los e também como o desenho é representado, a forma correta dos. desenhos téenicos, suas particularidades: ¢ outras informagées essenciais no estudo da forma do objeto. Para deserevermos um objeto € possivel fazé-lo de forma manu al, sem instrumentos ¢ sem escala, chamado de croqui ou esboco, ou por meio de instrumentos de de- seoho. Alguns dos instrumentos. mais usados sio: régua de 30 em, r& gua TT, escalimetto, esquadro de 45°, esquadro de 30°, compasso ¢ transferidor, © desenho & representado por meio de linkas que mostram so- perficies © contornos dos objetos, simbologias, dimensdes © notas que formam um conjunto descr to como deseno técnico. A Associagio Brasileira de Nor. mas Téenicas (ABNT) padroni- za.a forma correta dos desenhos téenicos ¢ suas particularidades, devendo ser consultada sempre que possivel para sanar eventuais, ddividas. © desenvolvimento da eapacida- de de interpuetigio e sepursenti- s%o de deseahos & uma forma de desenvolver no s6 a criativide de © a coordenagie motora, mas igualmente o raciocinio prince palmente a visio espacial, sendo esta iia a mais importante \Visdo espacial significa vocé imaginar a partir de linhas do desenho das vistas ortogréficas a peca em trés dimenses, Da mesma forma a0 contrério, observando uma pega ou um desenho em perspective, imaginar as vistas do desenho. Nesta segio voc’ aprenden sobre as formas do objeto e sua represen tagio, Continue seus estudos na proxima segio conhecendo a ealigrafia técnica. SECAO 2 Caligrafia Na sesio 2 voo# aprendert sobre a caligrfia técnica ¢ sua importincia como complemento ao desenho tecnico, Voc? teri acess a am reso dla NBR 8402 e ao dimensionamento da caligraa técnica A caligrafa téenica € um elemento importante no complemento de um desenho técnico,indicando informasdes necesirias & compreensio do deseaho, como niimeros, anotagies e listas de materia E importante também para a apresentacio final do desenbo: ‘ATabela 1 mostra um resumo da ABNT NBR 8402: execucio de card ter para escrita em desenho técnico, sendo que, na pratica, aescrita é visual, mantendo uma uniformidade no tamanho das letras matis- culas e mindsculas,inciinadas 15° 8 direita ou vertical, e conforme a importincia da anotagio. A altura da letra pode ser variada, usada para indicar um corte, uma legenda, uma lista de materiais. ‘Tabela 1-Dimensionamento da Caligrafi Técnica ‘Altura das letras maitisculas Altura das letras mindsculas Distancia minima entre linhas de base Distancia minima entre palavras Fonte: ABNT (1994, p. 2). Figura 1 Dimensionamenta Caigrafis Fonte: ABNT (1994, 9.2). Figura 2 Caligrata Tecnica: Escrta Vertical Fonte: ABNT (1984, 9.3). Figura 3 Caligrafa Técnica: EsritaInclinads Fonte: ABNT (1994, 9.3). Nesta secio voeé reve acesso a informagées sobre caligrafia, Vocé estu- dou os principais assuntos envolvendo o tema, com figuras que exempli- ficaram 0 contetido estudado. 14 cursos récwcos sens SEGAO 3 Instrumentos Nesta segio, como continuagio de seus estudos, voed if conke- cet of instrumentos, entendendo sobre a necessidade deles na exe- cago de desenhos. Para exeeutar um desenho ripido ¢ preciso, a utilizagio de instru mentos de desenho é necessisia ‘A qualidade dos instrumentos também € fundamental para um bom resultado final. Alguns ins- ‘trumentos mais utllizados sio: + eégua Ty + ségua paralela; + jogo de esquadeos (um com Aingulos de 30°, 60° € 90°, ¢ outro ‘com Angulos de 45°; + pis ou lapiseira; + escalimetro; + compasso; + sransferidor; + gabaritos de circunferéncias de elipses; + curva francesa, Voce acabou de estudar os instrux mentos, tendo acesso, inclusive, 0s mais utilizados, SECAO 4 Normas Agora que voeé jd tem um bom. conhecimento introdutério sobre desenho técnico, é importante se aprofundar nas normas téenicas, que tém por finalidade padzon+ zat termos, coneeitos e formas ae execs cote ages ie 2 Na firea de desenho téenico, sio aplicadas varias normas, AAS: sociagio Brasileira de Normas ‘Técnicas (ABNT) normatiza a forma correta de execugio do desenho técnico, também cha- mada de NBR (Norma Brasileira de Regulamentagio) ou NBR M (roferindo-se a normas vilidas a0 MERCOSUL). Ela se orienta a partic de notmas intesnaciontis € padroniza de forma mais clara a linguagem para utilizagio no Bra- sil Qualquer davida ow aprofunds mento em desenho téenico, as normas de ABNT deverio. ser analisadas para esclarecimentos, Abaixo seguem algumas normas empregadas neste material que podem ser consultadas para maio- res esclarecimentos: = NBR 10126: cotagem em desenho téenico; NBR 10065: folha de dese- ho; = NBR 10552: apsesentagio da folha para desenho téenico; = NBR 15142: dobramento de = NBR 8402: execugio de cariter para escrita em desenho + NBR 6158: sistema de tole- rlincias e ajustes; = NBR 6173: terminologia de tolerdncia e ajustes; + NBR 6409: tolerincias geo" métricas: tolerincias de forma, orientagii, posigio e batimento: generalidades, simbolos, defini= (Ges em desenho, =) Formato do papel (Os desenhos devem ser dimen- sionados em folhas padronizadas, Os formatos recomendados para © desenho técnico sio normati- zados pela ABNT (NBR 10068: folha de desenho, liaute ¢ dimen- s6cs) € so chamados de folhas padrio da série A. © formato padrio € baseado num retingulo de dea igual a 1 m* de lados medindo 841 x 1189 mm (Figura 4). Esse formato é 0 px. dio AO (A zer0) © padsio Al deriva do formato AO, € 08 outros padres (A2, 43, Ad) derivam sempre do anterior. Figura 4- Paco AD Fonte: ABNT (1987, p. 2). 0 formato AD possui as di- menses de 841 mm x 1.189 ‘mm. Para obter o padrdo Al, deve-ser dividir a0 meio 0 comprimento de 1.189 mm (resultado = 594 mm) ficando © padrao AL com as dimen- sBes: 594 mm x 841 mm. Para obter 0 padrao A2, deve- se dividir 20 meio o compri- mento de 841 mm, do forma- to Al, ficando © novo padrio A2 com as dimensBes: 420 x 594 mm, e assim, sucessiva- mente para obter os demais formatos. Abaixo, as dimensies para os for smatos da série A: Tabela 2- Formatos da Série “A” Pre (mm) B41 x1.189 598 x41 420x594 297x420 210x297 Fonte: ABNT (1987, p. 2). 5 =] Margem [A margem ¢ limitada pelo contorno externo da folha. As margens es- querda e direita devem ser dimensionadas conforme a Tabela 3. Tabela 3 - Margem Padro das Flhas Margem esquerda fee aL 25 a0 2 25 7 3 25 7 a 25 7 Fonte: ABNT (1987, p. 3). =) Marcas de centro Nos formatos da série A devem ser executadas quatro marcas de centro com uma linha localizada no centro da folha, no lado da margem exter na estendendo-se 5 mm em diego 20 centro da folha (Hguras 5 ¢ 6). ae Figura 5 Padro Ad: Modelo Paisagem Fonte: ABNT (1987, 9.3) Figura 6- Padrao Aa: Modelo Retrato Fonte: ABNT (1987, 9.3). Obs: dimensées de referéncia NBR 10068 (ABNT, 1987). =) Referéni Para permitir uma ficil localizagio de detalhes do desenho, deve ser colocadas na parte externa da folha colunas com nimeros a0 por malhas longo da margem inferior e supe- rior, ¢ leeas 20 longo da margem cesquerda ¢ direita, A largura das colunas deve ter no minimo 25 mm ¢ no maximo 75 mm, deven- do ser distribuidas pela complexi- dade dos detalhes do desenho em «quantidade pa. Os miimeros ¢ as letras devem es- tar centralizados dentro da malha Figura 7) Figura 7- Sistema de Referéncia por Manas Fonte: ABNT (1987, p. 3). DICA Caso pratico: um cliente envia um desenho para um fornecedor ‘em outro Estado. O fornecedor tem algumas dividas em relacio ‘a0 detalhamento da peca, e fica dificil o entendimento por tele- fone. Porém quando indicada a malha do desenho (numero da ‘coluna e letra da linha), com referéncia ao detalhe da sua duvide, fica mais facil a localizagao do detalhe no desenho. Figura 8- Exempla de Referéncia do Desenho por Malhas:Indicacio da Ma tha (Colura 2 x Letra ¢) © Legenda A legenda deve set executada do lado dizeto inferior da folha, com di- mensionamento de 178 mm de comprimento nos formatos Ad, A3.¢ A2 (Figura 9), ¢ 175 mm nos formatos Al e AO (Figura 10), Deve conter na legends a identificagio do desenho, como: nimero da pega, eddigo de material, descrigio da pega, descricio do material, ogomarca, escala do desenho principal, responsivel, desenhista, projetista, aprovagio, datas, desericio do projeto, indicagio de primeiro diedro, entre outras. Pode-se incluir ou excluir itens da legenda, dependendo da neces- sidade de quem a utiliza. Como por exemplo: tabela de tolerdncias, lineares. wv Figura 9- Modelo de Legenda para os Formatos AA, A3 © A2 Figura 10 - Modelo de Legenda para 0s Formatos Al e AO [As legendas podem conter informagées adicionais como mostrado no modelo abaixo, um quadro de tolerincia linear referente & norma NBR 2768-1/2000. Figura 11 - Modelo de Legends para os Formatos A, A3.eA2, com Quadro de Toleréncia nese =) Dobramento da folha Independente do formato, o resultado final da folha dobrada sempre ‘serd um formato Aa. Deve-se dobrar a fotha, vertcalmente, na linha final da legenda, ou 178 1mm (para os formatos A2, A3 ¢ A4), ow a 175 mm (para os formatos, Alc AQ). TSE LTE, es Figura 12 - Dobramento Formato AO Fonte: Adaptado de ABNT (1995). eset Téewo apucano AeteTmomeciiica 19 Figura 13 -Dobramento Formato AL Fonte: Adaptado de A8NT (1989). Figura 14 -Dobramento Formato A2 Fonte: Adaptado de ABNT (1988). 201 i Figura 15 -Dobramento Formato A3 Fonte: Adaptado de ABNT (1988). Nesta segio voed estudou as normas da ABNT. Teve acesso a'ur aso pritico ea figuras ilustrativas relacionadas ao que vocé viu nesta seo. Nesta unidade voeé estudou o desenho téenico e com isso pode conhe- cer assuntos importantissimos para 0 seu Curso, como as normas para desenhos séenicos da ABNT, os instrumentos, a formas de objeto ¢ a caligrafia. Figuras dustrativas, exemplos e dias tornaram esta unidade dinimica e prtica de ser estudada aca uma revisio dos prineipais topicos e em seguida eomece a Unidade 2 eseuho Téewco apvcsno AcLeTRomeciNics 24 Unidade de estudo 2 Reet at) ee Peer rin Pena nte ores ee cc) Pee eae Pe ene etd pe eee Poe ee) Projegao Ortogonal SECAO 1 Vistas ortograficas Nesta segio woe’ estudarii as vise tas ortogrifieas, Por meio de uma abordagem pritica vocé aprende- ria respeito deste assunto, enten- dendo sobre projecio, inclusive aprendendo qual € a projegio adotada no Brasil, Preste atengio fs dicas ¢ estude! sta etapa inehu = projecio no 1° diedros, = projecio no 3° diedros, = projegio ortogonal; = vistas principais do desenho. 5) Projegio no 1° diedro A projegio no 1° diedso é repre- sentada pelas vistas: = frontal; = superior (representada abaixo da vista frontal) =e pela vista lateral esquerda (representada no lado dieito da vista frontal). A figura na legends da folha ind- ca que © desenho esti no 1° die dro. Figure 16 -Projeclo no 1" Diedro Fonte: ABNT (1995, p. 1). 5 Projegio no 3° diedro A projesio no 3° diedro mostra as seguintes vistas: = Gontal; = inferior (cepresentada abaixo da vista frontal); = lateral discita (representada no lado diteito da vista frontal) No Brasil, adota-se a projegio no 3° dicdro sepresentada pela F- ‘gua 17, sendo importante que a legenda contenha 0 simbolo do método de projegio ortogrifica. 51 Projegie ortogonal AAs vistas ortogeificas represen: tam um conjunto de uma ou mais vistis cottelacionadas entre si Cada vista mostra um deta d- ferente da forma do objeto Para a confecgio das vistas, deve- se projet linhas auxilares de te- feréacia pata alinhar perfcitamen- te as vistas do desenho. 6 possive! analsar uma pecs a partir de seis vistas ortogrificas, conforme mostrido na. Figura 17, porém apenas tes vistas sio necessiris para representar uma pea Figura 19), 5D Vistas pri senho pais do de- ‘Um objeto pode ser obscevado 1 partir de scis planos ou vistas, conforme represeatado pela FF gua 17: él & Figura 17 -Vistas Ortogrficas © objeto deve ser denominado ¢ distzbuido conforme Figura 18, sendo: a vista frontal; b. vista superior vista lateral esquerda; 4. vista lateral zeta; £ vista posterior. Figura 18 -Distribuigao das Vistas Onogréticas ‘A vista mais importante deve set] Representagdo do desenho em uma Unica vista uusada como vista fontal (Figura 19, let A), soguida das vistas: = superior (posicionada absixo da vista frontal) (Figura 19, letra BY = Interal (esquerda, posicionada no lado direito da vista frontal) Figura 19, letra ©. Figura 20 -Representagdo Correta de uma Unica Vista de um Exo ps0 Vista Frontal Figura 19 - Vistas Ortograticas Princ= pais pao 100 70 A escotha das vistas depende da no complexidade da pesa, devendo 6s seguintes critéios serem ana- esauerdo lisados: Vista Superior = wo do menor mimato de vistas (quando a pega for muito simples poderio ser omitidas vistas desnecessirias; Representagio incorreta = niio repetir derathes; = ocular linhas tracejadas des- necessirias; Figura 21 -RepresentagSo Incorreta de Vistas de um Eixo + sempre que possivel, manter © padcio das tés vistas princi: Nesta sego voe’ estudou sobre _representagio com o auxilio de f pais ontal, superior e lateral _ vistas ortogeifieas. Continue com —_guras para 0 eorteto aprendizado esquerda); 6 seu estudo, agora com 0 assun- do assunto. + quando a pora for complexa, © aPlicagio,de linhas na préxia Ag inhas de um desenho indicam poderio ser usadas tantas vistas S580. sua exata representagio (Figura quanto necessitio para esclareci- 23), e para facilitar a inteepreta- mento de sua forma; A Gio, 0s seguintes eritérios devem SECAO 2 ser adtados igre 2) * independente da escolha das Weaco de knt vistas, estas deve estar a Aplicacao de linhas tina coneinua lees — ule shadas na horizontal ¢ vertical, zada em contornos © atestas com um espago eat clas de no Esta seeio aborda a apicagio de minimo 20 mm pata que possam _linhas, explicando sua finalidade. see dimensionadas (cotas). Vocé conheceri os critérios de

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