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Uma proposta de

diretrizes de sustentabilidade
para aplicação em disciplinas projetuais de
cursos de design gráfico

Nelson Luis Smythe Jr.


MSc. design – UFPR | professor – UnC
orientadora: Profª. Drª. Carla G. Spinillo

outubro/2010

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Uma proposta de diretrizes de sustentabilidade
para aplicação em disciplinas projetuais de

introdução cursos de design gráfico

mestrado | questões

1. qual a situação atual acerca da inclusão de conteúdo relacionado à


sustentabilidade em cursos de design gráfico no país?

2. como inserir a sustentabilidade em cursos de design gráfico, tanto para


cursos que já abordam o tema quanto para aqueles que querem fazê-lo?

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introdução cursos de design gráfico

mestrado | objetivos
geral > definir diretrizes p/ orientar a inserção da sustenta// nos cursos
superiores de design gráfico
específicos
1. mapear a situação do ensino relacionado à sustentabilidade, no
que concerne ao conteúdo e à forma de abordagem em disciplinas
2. identificar, selecionar e classificar diretrizes
de sustentabilidade que sejam passíveis de
aplicação no design gráfico
3. avaliar e discutir a proposta de diretrizes
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mestrado | justificativa
1. crescente valorização da sustentabilidade
no design > eventos científicos, livros
2. estudos sobre ecodesign e do design para a
sustentabilidade na indústria gráfica
3. poucas instituições oferecem conteúdo relacionado à
sustentabilidade de forma integrada > maioria foca no
ecodesign

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mestrado | justificativa
ganhos
1. valor agregado > consciência e valorização
2. melhoria da eficiência dos processos produtivos
3. eliminação (ou maior controle) dos impactos
ambientais e sociais negativos
4. vantagem competitiva

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introdução cursos de design gráfico

este artigo trata de um levantamento de


diversos grupos de diretrizes de sustentabilidade
aplicáveis ao design gráfico e sua análise e
classificação, resultando em uma proposta de
diretrizes para aplicação em disciplinas
projetuais de design gráfico.

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análise da literatura cursos de design gráfico

indústria gráfica
design para a sustentabilidade
Enroth (2006) e Tischner e Nickel (2003)
ecodesign
Rothenberg e Becker (2003), Rothenberg, Toribio e Becker (2002),
Rothenberg e Zyglidopoulos (2003), Bjurstedt (2005) e Enroth (2007)

 não são voltados à área projetual do design gráfico, abordando o


tema sob a perspectiva da produção gráfica.

 a maioria trata do projeto gráfico em sua fase de produção, não se


preocupando igualmente com todas as fases do processo de design.

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pesquisa de campo cursos de design gráfico

Apesar das vantagens do design para a sustentabilidade, como:

• diminuição do impacto ao planeta com o uso consciente


de recursos
• aumento da vantagem competitiva

Poucas instituições de ensino superior oferecem conteúdo


referente à sustentabilidade de forma integrada, a ponto de tratar
das suas 3 principais dimensões.

De acordo com Alcântara (2003) e Lucca (2006) a maioria dos


cursos que oferece este conteúdo foca no ecodesign, abordando
apenas os aspectos ambientais da sustentabilidade.

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metodologia cursos de design gráfico

A partir dos resultados de uma pesquisa documental e bibliográfica,


foram identificados e selecionados grupos de diretrizes de
sustentabilidade aplicáveis ao design gráfico, principalmente para
projetos ligados à produção gráfica. Posteriormente as diretrizes
foram classificadas de acordo com a possibilidade de aplicação no
ensino, em disciplinas projetuais de cursos superiores de design
gráfico.

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Identificação e seleção dos grupos de diretrizes

Diversos grupos de diretrizes relacionados à sustentabilidade e


aplicáveis ao design gráfico. Fontes diversas como livros, documentos
em formato pdf e sites.
Critérios para seleção dos grupos:
 Relação com o design gráfico e a sustentabilidade;
 Serem passíveis de aplicação no ensino;
 Apresentarem representatividade – os grupos selecionados
deveriam ser oriundos de fontes diversas como: estúdios de
design gráfico, pesquisas de pós-graduação, iniciativas
governamentais, instituições representativas do design gráfico,
organizações não-governamentais ligadas à sustentabilidade, ou
iniciativas mistas.

Foram selecionados 13 grupos de diretrizes.


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Classificação e proposta de diretrizes

Diretrizes que fossem compatíveis com os diversos tipos de projetos de


design gráfico (e.g. editoriais, de embalagem, de design de informação).

Tratamento para a escolha: identificação > redução > classificação:


 identificar em todo material selecionado as diretrizes e
recomendações aplicáveis ao design gráfico e descartar o restante;
 eliminar as diretrizes semelhantes, permanecendo as de definição
mais simples.
 na classificação os grupos de diretrizes selecionados foram
arranjados de acordo a distribuição interna existente, a fim de se
obter um novo conjunto que reunisse todos os grupos
selecionados, facilitando a seleção das diretrizes para a proposição
final.
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proposta
29 diretrizes e 2 recomendações, divididas em projeto e produção

 Diretrizes de Projeto: aplicáveis no ensino, em disciplinas projetuais


de design gráfico.
 Diretrizes de Produção: especificações voltadas à prática
profissional, nem sempre passíveis de aplicação durante a prática
projetual do aluno, mas que poderiam ser consideradas nas
especificações de produção no memorial descritivo do projeto.

As diretrizes, em sua versão final, são acompanhadas por um glossário com uma
descrição breve dos termos técnicos mais utilizados, facilitando o entendimento
da linguagem técnica de sustentabilidade e produção gráfica.
Há também 27 notas que exemplificam e/ou complementam as explicações das
diretrizes. (SMYTHE-JR., 2010).

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Diretrizes
Recomendações
Planejamento Recursos Divulgação Fornecedores
Opções
Materiais
Ciclo de vida
Formato
Reciclagem
Papel
Projeto

Recursos Selos
Tinta Estratégia Ecoética
Vida útil Consumo
Etiquetas
Função
Envelopes
Planej. Sistêmico
Embalagem
Checklist
Papel virgem
Proximidade
Produção

Papel reciclado
Checklist Certificações
Tintas Acompanhamento
Processos Distribuição
Revestimentos
Tiragem
Colas e grampos

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cursos de design gráfico

Percebeu-se a necessidade de considerar escolhas antes restritas


à fase de produção, como materiais, acabamentos, processos e
fornecedores, já na fase projetual de design.

Acrescenta ao escopo profissional do designer gráfico mais


funções, como decisões de escolha de fornecedores, processos,
acabamentos, e ainda considerar questões ambientais e sociais
implicadas.

Devido à sustentabilidade ser um processo sistêmico e cíclico, a


sua aplicação não deveria restringir-se à fase projetual.

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para aplicação em disciplinas projetuais de
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Conclusão

As diretrizes são uma fonte de recursos, mas não significa que seja
um grupo definitivo, ideal, pois a própria sustentabilidade é um longo
caminho em que se está apenas iniciando.

Estas diretrizes são o resultado de uma necessidade inicial de


requisitos de sustentabilidade nos projetos de design gráfico,
e funcionarão durante um período indeterminado, dependente da
demanda de mercado, de políticas públicas que exijam das indústrias
uma postura responsável quanto aos aspectos sócio-ambientais,
entre outras implicações.

Trata-se de um grupo de diretrizes planejado para aplicação no


contexto atual, que deve sofrer periódicas revisões para adequações
à novas exigências de consumo, de legislação e novas tecnologias.
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cursos de design gráfico
Conclusão

Espera-se que as diretrizes sejam aplicáveis na solução de problemas


reais, e colaborem para suprir a necessidade de uma ferramenta para
auxiliar a inserção da sustentabilidade no design gráfico.

A expectativa é que as diretrizes propostas sirvam como uma


orientação, um passo a caminho de um modelo mais profundo e mais
abrangente de ferramentas para inclusão da sustentabilidade no ensino
do design gráfico no Brasil.

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REFERÊNCIAS
ALCÂNTARA, F.F. O discurso sobre o ensino de design levando em consideração aspectos ambientais: por um design
ecológico. 157f. Dissertação (Mestrado em Design) – Departamento de Artes & Design, PUC–Rio, Rio de Janeiro, 2003.
BJURSTEDT, A. The European Publication Printing Industry, An Industry in Profound Changes. Tese (Doutorado) – Media
Technology and Graphic Art, Royal Institute of Technology – KTH, Suécia, 2005.
ENROTH, M. Developing tools for sustainability management in the graphic arts industry. 2006. Tese (Doutorado em
Tecnologia) – Royal Institute of Technology in Stockholm – KTH, Suécia, 2006.
_____. Tools for Design for Environment (DfE) – Applications in the Printing Industry. Swansea (UK): TAGA Journal of Graphic
Technology, 2007.
LUCCA, A.S. A Produção Científica da Associação de Ensino de Design do Brasil: Possibilidades de um Referencial Teórico para
o Ensino de Ecodesign. Dissertação (Mestrado em Educação nas Ciências) – Departamento de Pedagogia, Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2006.
ROTHENBERG, S.; BECKER, M. The Evolution of Experimental Environmental Programs in the Printing Industry. Monografia –
Printing Industry Center – RIT, New York, 2003.
____; TORIBIO, R.; BECKER, M. Environmental Management in Lithographic Printing. Monografia – Printing Industry Center –
RIT, New York, 2002.
____; ZYGLIDOPOULOS, S.C. Determinants of Environmental Innovation Adoption in the Printing Industry. Monografia –
Printing Industry Center – RIT, New York, 2003.
SMYTHE-JR., N.L. Uma Proposta de Diretrizes para Inserção da Sustentabilidade em Cursos Superiores de Design Gráfico.
145f. Dissertação (Mestrado em Design) – Programa de Pós-Gradução em Design, Universidade Federal do Paraná, Curitiba,
2010.
SOUZA, I.P.; SILVA, M.C. Um manual de gestão ambiental para as indústrias gráficas: conhecimento socialmente produzido. In:
Revista Gestão Industrial, Ponta Grossa, v.4, n.1, p.116-130, 2008.
TISCHNER, U.; NICKEL, R. Eco-design in the printing industry, Lifecycle thinking: Implementation of Eco-design concepts and
tools into the routine procedures of companies. The Journal of Sustainable Product Design, v.3, p.19-27, 2003.
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