Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VITÓRIA
2008
HELEN CHRISTIAN PRATES
VITÓRIA
2008
AGRADECIMENTOS
Partindo de uma análise inicial dos planos de ensino apresentados pelas faculdades
de direito, formulou-se uma crítica aos mesmos, demonstrando seus acertos e
equívocos.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7
CAPÍTULO I - CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO DO DIREITO NO BRASIL . 11
CAPÍTULO II - A ELABORAÇÃO DO PLANO DE ENSINO .................................... 17
1 IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................ 17
2 OBJETIVOS.................................................................................................... 18
2.1 Serem reais e atingíveis ............................................................................... 19
2.2 Serem operacionalizados............................................................................. 20
2.3 Representem as necessidades do indivíduo que aprende ....................... 20
2.4 Representem as necessidades da comunidade ........................................ 20
3 EMENTA ......................................................................................................... 28
4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ..................................................................... 29
5 METODOLOGIA OU ESTRATÉGIAS ............................................................. 29
6 AVALIAÇÃO ................................................................................................... 30
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 30
8 PLANO DE ENSINO, PLANO DE UNIDADE E PLANO DE AULA ................. 31
CAPÍTULO III - A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ENSINO NA DOCÊNCIA DE
NÍVEL SUPERIOR ......................................................................................... 33
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 37
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 40
WEBGRAFIA ............................................................................................................ 41
ANEXO ..................................................................................................................... 43
ANEXO A – PORTARIA 1.886/94/MEC .................................................................... 44
7
INTRODUÇÃO
8
9
10
11
CAPÍTULO I
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO DO DIREITO NO BRASIL
Outro fator primordial foi a criação do IAB, Instituto dos Advogados do Brasil,
via ato oficial do Governo Imperial, no dia 07 de agosto de 1843, sendo futuramente
a entidade criadora da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), ou seja, era a
máxima instituição de conhecimento jurídico nas práticas de advocacia no Brasil.
(Disponível em: <www.wikipedia.org/instituto_dos_advogados_brasil>)
12
13
Ciente desta realidade o MEC editou no ano de 1994 a Portaria 1.886, fixando
as Diretrizes Curriculares e o Currículo Mínimo dos Cursos de Direito. Neste sentido,
Sergio Rodrigo Martinez (2006) afirma:
16
Defendemos, por tanto, este trabalho, que a melhoria da qualidade nos cursos
jurídicos virá da melhoria da qualidade das aulas ministradas. Para tanto, é
indispensável que o professor elabore plano de ensino adequado às exigências
atuais. Assim, no capítulo seguinte, passaremos a discorrer sobre a elaboração do
plano de ensino.
17
CAPÍTULO II
A ELABORAÇÃO DO PLANO DE ENSINO
1 IDENTIFICAÇÃO
18
2 OBJETIVOS
Certa vez Thomas Alva Edison disse: “qualquer homem pode alcançar o êxito
se dirigir seus pensamentos numa direção e insistir neles, até que aconteça alguma
coisa.” (EDISON, 1995, p. 22)
Uma vez que, de regra, os professores dos cursos superiores de Direito são
profissionais advogados, juízes, promotores, procuradores etc., levados à sala de
aula, embora tenham, muitas vezes, indiscutível capacidade profissional nestas
atividades, lhes falta conhecimento técnico para o desempenho da docência.
Assim, muitos não sabem estabelecer, com precisão quais são os objetivos
educacionais que devem atingir, nem tampouco como desincumbir-se desse
desiderato.
19
Assim, embora possa ser um objetivo do professor fazer com que os alunos
leiam determinado livro ou texto, este não é um objetivo que deve constar do plano
de ensino, pois não representa uma habilidade ou capacidade que se espera que os
alunos possam realizar após a leitura do texto. Se, no entanto, o professor deseja
que após a leitura do livro o aluno, por exemplo, elabore uma resenha crítica do
texto, este será o objetivo educacional.
Feita esta distinção, é imperioso que o professor tenha em mente quais são
as características dos objetivos educacionais, a saber:
O curso de Direito, como todo curso superior, visa preparar o aluno para o
exercício de uma importante atividade profissional. Assim, no momento de fixar cada
objetivo o professor deve formular a seguinte pergunta: como eu vou saber se o
aluno atingiu o objetivo? Caso a resposta não seja exata, o objetivo não é real, não é
atingível.
Objetivos descritos com verbos como: saber, conhecer, entender, não são
reais e atingíveis porque o professor, diante da enorme subjetividade a que esses
20
verbos induzem, não terá como medir eficazmente se o aluno sabe, conhece ou
entende.
Verbos “Condenados”
Saber do Latim sapere v. tr. ter conhecimento de; compreender; ter a certeza de;
estar convencido de; estar exercitado em; ser perito ou prático em certos assuntos;
ter capacidade, conhecimentos, recursos para; conseguir compreender; poder
explicar v. int., ter muitos conhecimentos; ser erudito; entender; estar informado; ter
sabor; impressionar o sentido do gosto; s. m., erudição; sabedoria; experiência da
vida, do mundo; sensatez. sabê-la toda: ter habilidade, manha para conseguir os
seus fins; - as linhas com que se cose: saber o que lhe convém; - da poda: ter
conhecimentos especiais; ser prático em relação a um assunto; - o nome aos bois:
ser perito ou prático em certos assuntos; dar a -: fazer ciente; não - a quantas anda:
atrapalhar-se.
22
O verbo saber significa toda certeza e confiança que o indivíduo possui sobre
determinado assunto, julga-se apto ao seu aprendizado.
Conhecer do Latim cognoscere v. tr., ter conhecimento; ter a idéia ou a noção de;
ter relações com alguém; saber, estar certo de; ser muito versado em; distinguir,
apreciar; julgar, avaliar; reconhecer, admitir; ter visto ou visitado; int., tomar
conhecimento.
O verbo entender significa que ser capaz de compreender algo que está
sendo transmitido, podendo não saber fazer, mas, adquirindo conhecimento.
Apreciar do Latim appretiare v. tr., dar valor ou apreço a; ter em apreço; estimar;
considerar; avaliar; julgar; calcular.
23
O verbo melhorar significa aperfeiçoar, valorar, ser mais que antes, adquirir
valores.
Julgar do Latim judicare v. tr., decidir como juiz ou árbitro; sentenciar; entender;
avaliar; formar juízo; lavrar ou pronunciar sentenças; apreciar; v. int., formar opinião,
conceito a respeito de pessoa ou coisa; ajuizar; v. refl., supor-se; crer-se.
24
Acreditar v tr., dar crédito a; ter como verdadeiro; crer; abonar; autorizar junto de
alguém; v. refl., alcançar boa reputação.
Verbos “Recomendados”
Enumerar do Latim enumerare v. tr., significa enunciar ou expor uma por uma as
partes de um todo; relatar, relacionar metodicamente; especificar; narrar com
minúcia.
25
Classificar do Latim classe + fic, r. alt. de facere, fazer v. tr., distribuir em classes;
arrumar; ordenar; qualificar; determinar as categorias (de um conjunto); atribuir
valores.
26
Relacionar v. tr., referir; narrar; expor; mencionar ou dispor em rol, lista, relação;
arrolar; estabelecer ou fazer relação entre; confrontar; cotejar; v. refl., adquirir
relações com alguém; travar conhecimento com outrem.
27
Escolher do Latim excolligere v. tr., eleger; fazer escolha de; preferir; optar por;
selecionar; v. int., optar; fazer distinção.
Ler do Latim legere v. tr., conhecer, interpretar por meio de leitura; recitar;
pronunciar o que se lê; compreender.
28
3 EMENTA
4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
5 METODOLOGIA OU ESTRATÉGIAS
6 AVALIAÇÃO
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O professor deve focar o tema gerador de sua aula, ou seja, sobre o que
discutir dentro da proposta elaborada no plano de ensino e subdividida no plano de
unidade. A aula deve ser focada em qual tema? O que será discutido? Qual a
abordagem teórica? Em fim, o professor deve sempre seguir o cronograma proposto
para não confundir ou perder a atenção dos alunos quanto à disposição das
matérias anteriormente já discriminadas no plano de ensino.
O professor também deve ter a preocupação com o que o aluno deve fazer,
saber e ser durante a aula, o professor deve estar atento a não ser apenas um ser
falante e seu aluno um ser ouvinte, deve sempre existir um bom relacionamento
dentro do contexto educacional capaz de gerar discussões relevantes ao bom
aprendizado do conteúdo, e desperte a curiosidade em querer buscar novos fatos
relevantes para novos debates.
32
O professor deve estar atento a que pretende que o aluno saiba, faça, e seja.
Deve sempre incentivar a pesquisa acadêmica em várias fontes, é importante
salientar que a carreira jurídica requer um vasto conhecimento e dedicação devendo
estar sempre atualizado nas várias mudanças ocorridas ramos jurídicos.
33
CAPÍTULO III
A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE ENSINO NA DOCÊNCIA DE NÍVEL
SUPERIOR
Isto não quer dizer que um plano de ensino não possa ser concatenado e que
a questão terminológica possa ser despicienda; pelo contrário, há planos de ensino
que são, efetivamente, planos de disciplinas relacionados a um programa disciplinar;
mas, neste caso relacional, é preciso que exista, previamente, de modo operativo,
um programa de disciplina. Não basta a existência do documento programa; é
necessário que esteja efetivamente sendo levado em conta pelos professores no
planejamento da ministração de suas disciplinas. Esta é a conditio sine qua non para
a relação se estabelecer; do contrário, será, efetivamente, um plano de curso, onde
a disciplina se fecha em copas, em torno de si mesma, num verdadeiro solipsismo
pedagógico.
35
Uma concepção mais tradicional, ainda que moderna, fica apenas dessa
tridimensionalidade. Entendemos que, contemporaneamente, faz-se necessária a
36
37
CONCLUSÃO
Esta concepção somente fará sentido caso haja uma efetiva relação entre
Projeto ou Projeto Pedagógico do Curso, Programa Curricular da Disciplina do Curso
e Plano de Ensino da Disciplina do mesmo Curso, de modo que a reflexão prática
desta totalidade se realize no dia-a-dia da educação acadêmico/formativa. Incumbe
à Instituição de Ensino, através de suas autoridades pedagógicas a fiscalização
constante do cumprimento das normas educacionais, com o concurso participativo
do corpo discente, sempre precedido de um pacto educacional firmado com o
professor de cada disciplina. Ademais, o cronograma de módulos e de aulas é de
vital importância para o planejamento e economia da educação, sem o qual fica
dificultada ou obstaculizada a concatenação do todo/partes, de modo a se verificar
e, de pronto, corrigir distorções que possam ocorrer no curso da realização dos
cursos.
39
40
BIBLIOGRAFIA
GOMES, Luiz Flavio. Ser diplomado (já) não significa ter emprego ou sucesso
profissional. Revista Prática Jurídica, Brasília, ano IV, nº 40, julho 2006.
THOMAS EDISON POR ELE MESMO. São Paulo: Martin Claret, 1995.
41
WEBGRAFIA
GRECO, Leonardo. “O ensino jurídico no Brasil.” Mundo Jurídico. 09 set. 2005. Rio
de Janeiro. Disponível em:
<http://www.mundojuridico.adv.br/sis_artigos.asp?codigo=400>. Acesso em:
28 mar.2008.
42
ANEXO
44
Parágrafo Único: As demais matérias e novos direitos serão incluídos nas disciplinas
em que se desdobrar o currículo pleno de cada curso, de acordo com suas
peculiaridades e com observância de interdisciplinaridade.
45
Art. 15 – Dentro do prazo de dois anos, a contar desta data, os cursos jurídicos
proverão os meios necessários ao integral cumprimento desta Portaria.
Art. 16 – As diretrizes curriculares desta Portaria são obrigatórias aos novos alunos
matriculados a partir de 1996 nos cursos jurídicos que, no exercício de sua
autonomia, poderão aplicá-las imediatamente.