O MAR Frapré de tn prandeus farovehe do tremble, entice Un tay viet Thon ave Jo touche, ‘eéan, tereble Dotan! orquery Oveano terrivel, mar imenso | De vagas proceloses que se envolam Ploridas rebentando em branes espume ‘ Num pélo © noulso pbloe Enfim... enim te vejos enfin meus olhos ) Na indémits cerviz trémulos cravo, se rugido teu sankudo ¢ forte Donde honveste, 6 pélayo revélto, sse mugido teu? Em viio dos ventos Corre o insano pegao lascando os troneos, ¥ do profundo abismo Chmando a superficie infindas vagas, Que avaro encerras no tei seio undoso ; Ao insano rugiv dos ventos bravos Sobressai teu rugido. Em vio troveja horrissona tormenta; Essa vox do trovio, que os e6us abala, Nao cobre a tua vox, — Ah! donde a howveste, ‘Majestoso oceano? [191]OBRAS DE GONGALVES DIAS 6 mar, » teu rugido 6 um, evo incerto Da. eriadora vor, de que surgiste 3a, disse; e tu, Foste, e contra 9s roehas $4 vngris compete. — BA noite, quando o céy.6 pure e Limpo i © nvtl, = bas onda corrom s inil; tatevamsse os olbos ‘ans beidbantes. on hia Pox: Da vor de Toovd. nm vco ineorto Julgo ser teu rugir; mas 4, perene Tmagem do infinite, retratando As feitimvs de Dous. Por isto, a 96s pontigo, a mente tivee Se eleva, sips dus remonta, ardente, altiva, 3h BH dasto Ido terres se apnea, Bem como 9 byonze 40 Fogo. Parvide a lor isa, eo 70s tones sons casnda, © Senhoy de sibre os astros ing das muyens Fronbe além dos ens, a ay T co's 6c sobre th 0 que hi mais Forte do que tut Se etic A coma perigosi, «in possante, Extremo de axtifivio, em breve tempo Se afi ose aniqnila. 5 #5 poderosp sem rival} wa terra ‘Mas li te vais quebrar aim g ‘Tao forte contra os homens, Contre coisa, tao frnca! areia. em POrea Mas 1 Bu que heide so instante que me est maread 2 prisfin fugir p’ra sempreGONGALVES DIAS 6 te rugido 6 um eco inéarto adora vor, de que surziste: iste; ¢ tu foste, e contra as rochas As vagas compeliste, ite, quando o e6u é puro e limpo, jo tinges de azul, — tuas ondas eorrem pre estrélas mil; turvam-se os olbos Butre dois-oéus brilhantes de Jeové um eco incerto ser ton rugir; mas s6, perene, n do infinito, retratando As feituras de Dens. o, a 86s contigo, a mente livre ‘a, aos ebus remonta ardente, altiva, e lédo terreal se apura, Bem como 0 bronz ao fogo. a a Musa, co'0s tens sons casada, ca o Senor de sdbre os astros ronte alm dos e6us, além das nuvens, E co’os pés sobre ti hs nis forte do que tat He exis a perigosy 4 a poss, fo de artifiio, em breve tape So funda ge auiguila eroso se rival a Tes; Ge vals quebrar num geo @arsi, se contra os houens, to sen 298 Contsa coisa tho faea! esse instante que me esté marcado, e hei-de esta pristo fugir p’ra sempre (192) Trei to alto, 6 mar, que 16 nfo chegue "Tou sonoro rugido. Entdo mais forte do que tn, minka alma, Deseonliecendo o temor, 0 espaco, o tempo, Quebraré nin relance o cire'lo’ estreito Do finito e dos gous) | Ents, entre miriadas de estrélas, Cantando hinos d’amor nas harpas 4anjos Minis forte soaré que as tuas yagas, Mordendo a fulva ar Tnda mais does que o singelo canto Do merenedyia virgem, quando a noite Ocupa a terra, — © do que a mansa bri, Que entre flores suspira Epigrafe dos Hinos (pig. 191); *Cante © mei canto ‘ho Senhor, ¢ tu, alma inspirada, torna-te tAda jibilo ao Deus, A quem todos cs seres reconhosem como. seu eriadotl™ / Tm ‘@ dedicatsria tomava uma péxina inteiva: "Ao doutor Joo Duarte Lisbon Serra, mesquinho tribute de profunda amizade, dediea éstes seus hinos 0 autor.” Segundo A, H. Lu. eomposta 8 horde do brigue Castro ZI, em que © Posta voltou ao Brasil em 46, / 28, twaat Iela-se numa aflaba 96, 141. Esté, como em P, “ervieas”, 7 4B, P. sem igual 40, Vaie: esta vis", forma eldssiea axeainada, mas que chegou até © século XIX, / 49. P. que me fol 1’ 6, 0 Poota em “desconhecendo” teduziu a uma s6 silaba metrien a aegune ae torceira silabas gramaticals, pronuinelando coe,LIVROS DO BRASIL | VOL. 6. OBRAS-DRIMAS DA LITERATURA NACIONAL dirigida por AFRANIO PEIXOTO COLEGAO DE age EO oe ee os PLDT ht ee SS 7 ee » pmcgy ee PEG ee eee