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TÉCNICA 23: USO DA RECAÍDA COMO APRENDIZADO

Erica Eloisa Paulitisky


Jaquelini Conceição

Objetivo: Reenquadrar a recaída como experimento de aprendizagem.

Sugestão de Público: Crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Modelo:
Considere um comportamento no qual você vem fazendo progressos - por
exemplo, exercitar-se, fazer dieta, beber menos, fumar menos, etc. Escreva-o na
primeira coluna (“Estou fazendo exercícios três vezes por semana”). Na coluna do
meio, escreva o que provocou alguma recaída no comportamento desejado (“Eu
estava cansada demais para me exercitar”). Na terceira coluna, escreva o que você
aprendeu para melhorar as coisas (“Posso me exercitar mesmo que esteja cansada”
ou “Posso retomar amanhã a minha rotina de exercícios”). Lapsos ou recaídas são
experiências de aprendizagem.

Formulário “Aprendizado a partir de lapsos”


O comportamento que me preocupa é: _______________________________

O que aprendi para


O que estava dando certo
O que me fez “cair” melhorar as coisas no
antes
futuro

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101 Técnicas da terapia cognitivo-comportamental (ISBN: 978-65-991601-5-8)
Aplicação: Embora você esteja sentindo-se mal por ter tido uma recaída,
seria muito útil encarar esse lapso como importante experiência de aprendizagem. O
que você aprendeu sobre si mesmo? O que aprendeu sobre o que funciona e o que
não funciona para você? Como você pode usar o sofrimento e o desapontamento
para que o orientem no futuro?

Possíveis Resultados: É possível ter como resultado através desta técnica a


identificação das distorções cognitivas (pensamento do tipo tudo-ou-nada, previsão
do futuro, desqualificação dos aspectos positivos, hipergeneralização e rótulo
negativo), foco no progresso e não na perfeição, identificação dos custos e
benefícios de modificar pressupostos, duplo-padrão e dramatização racional.

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101 Técnicas da terapia cognitivo-comportamental (ISBN: 978-65-991601-5-8)

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