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INFORME À COMUNIDADE ACADÊMICA ACERCA DOS R.

Us DA UNIR

Nas próximas semanas deste mês de março deve ser concluída a obra do restaurante
universitário da UNIR de Porto Velho, após quase 10 anos de construção da obra conquistada
pelos estudantes na histórica greve da UNIR de 2011. Este é um marco importante para a
nossa Universidade considerando que os R.Us, quando bem geridos, são o principal
mecanismo de manutenção e permanência dos estudantes em seus espaços acadêmicos. Isso
porque são estes que garantem que os estudantes tenham acesso a uma alimentação
BARATA e de qualidade, possibilitando que o acadêmico venha para a Universidade e
FIQUE na Universidade fazendo pesquisa, extensão, ou mesmo continuando o ensino através
das bibliotecas e trabalhos em grupo. Essa política de assistência estudantil, que é uma
realidade em todas as Universidades ao redor do país com um preço adequado principalmente
aos estudantes mais pobres, finalmente entrará em processo de implementação na UNIR, mas
gostaríamos de fazer um recorte histórico de como foi o longo e tardio processo de
construção de nosso R.U.

Logo após a greve de 2011 triunfar e conquistar a construção não só do R.U mas de vários
espaços novos na UNIR, é eleita ao cargo de Reitora a professora Berenice Tourinho no ano
de 2012. Em seu período à frente da Universidade é quando vemos o maior avanço das obras
em todos os campi, incluindo a construção da maior parte do restaurante universitário de
Porto Velho e demais campus que deveriam ser atendidos pelas obras (como o prédio do
campus de Cacoal que foi concluído mas teve o espaço convertido para outra demanda).
Inclusive foi na gestão da professora Berenice que a UNIR voltou aos eixos após um longo
período de sucateamento e desmonte vivenciados em nossa instituição com os escândalos de
corrupção e desvios de verbas nos anos anteriores à sua gestão. Após, temos a subida ao
cargo de reitor o professor Ari Miguel Teixeira Ott, no ano de 2017, que foi responsável por
concluir o restante da obra do restaurante universitário, restando apenas algumas questões de
instalação de fiação elétrica e acabamentos quando deixa o cargo no final do ano de 2020.

Temos então a eleição e nomeação pelo presidente da república da professora Marcele


Regina Nogueira Pereira para assumir o cargo de reitora da UNIR no início do ano de 2021 e
finalizar os detalhes para a inauguração de nosso tão aguardado restaurante. Em reunião com
o DCE pouco depois de completar 100 dias de gestão, a professora Marcele nos acompanhou
a uma visita presencial no R.U, onde pudemos averiguar que para a conclusão da obra faltava
pouca coisa. Mais recentemente, em reunião da comissão de planejamento da gestão do
restaurante universitário que teve as presenças da reitora e pró-reitora de assuntos estudantis
fomos informados que o modelo de gestão de R.U usado como base foi o da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte e que a melhor administração encontrada para gerir esse
espaço era o de concessão do prédio para a iniciativa privada. Em recente levantamento de
preços de alimentação em restaurantes universitários, feito por esta entidade com outros
DCE’s ao redor do país, averiguamos o seguinte cenário: Os restaurantes universitários da
região norte possuem preços variados e acessíveis. O da Universidade Federal do Acre
(Nossa Vizinha que possui recursos federais muito parecidos) custa R$1,00 por refeição para
os estudantes e está aberto atualmente; O da Universidade Federal do Pará o prato de
comida custa R$1,00. Além disso fizemos o levantamento de outros restaurantes
universitários pelo país: O R.U da Universidade Federal Fluminense cobra R$0,70 por
alimentação para os estudantes; USP: R$16,00 porém a Universidade entra com subsídios de
R$14,00 reais, então o preço final para cada estudante por refeição custa R$2,00. UFRGS:
R$1,30; UNIFESP: em média R$3,00 podendo variar em centavos dependendo do campus;
Universidade Federal do Rio Grande do Norte: R$8,00 podendo ter subsídios de metade
do valor se o estudante for baixa renda. (Este foi o valor mais alto levantado por nossa
entidade no país); UFRJ: R$2,00; UFPE: R$3,00; UFAL: R$3,00; UFMG: Valor para
estudante ampla concorrência: R$5,60, para estudante baixa renda: varia entre R$1,00 e
R$2,90 dependendo do caso. Na UERJ (Universidade em que nossa magnífica reitora se
formou) o preço da alimentação custa R$3,00 para estudantes de ampla concorrência e
R$2,00 para estudantes cotistas em geral.

Esses são apenas alguns exemplos de norte a sul do país que demonstram que: Mesmo em
Universidades onde os preços são mais elevados, a administração superior entra com
subsídios para que o valor final seja acessível para os estudantes, principalmente de baixa
renda ou que fazem cursos integrais, (que são os que mais necessitam dos R.Us no fim das
contas). Uma problemática apresentada pela administração superior nesse processo é de que
todo o recurso do PNAES (Plano Nacional de Assistência Estudantil) está investido em sua
totalidade para os auxílios estudantis e bolsas acadêmicas, portanto a UNIR não possui
atualmente recursos para investir em subsídios para diminuir o preço da alimentação aos
estudantes. A professora Marcele Pereira também informou que em recente ida ao MEC, foi
informada de que não há previsão de novos recursos para o Restaurante Universitário.

CONCLUSÃO: No início deste mês nosso restaurante universitário em Porto Velho terá seu
espaço físico inaugurado. Se seguir o modelo de gestão do R.U da Universidade Federal do
Rio Grande no Norte o preço varia entre R$7,00 e R$8,00 reais por refeição. Se não possuir
recursos do PNAES para subsidiar o valor da alimentação, significará que a construção que
se alongou por tanto tempo não terá valido de nada, já que o objetivo principal: Alimentação
a preços acessíveis aos estudantes, não será cumprido. O papel de nossa entidade é lutar e
cobrar de quem quer que seja para que as políticas de assistência estudantil em nossa
Universidade sejam decentes, por isso se tivermos que pressionar o MEC para que libere
recursos, assim o faremos. Como faremos com qualquer outra instância que tenha
responsabilidade nisso. As formas de luta dos estudantes são diversas, em nossa própria
Universidade temos vários exemplos e datas históricas de lutas que foram vitoriosas e nos
guiamos por estas para dar continuidade à luta na defesa dos direitos dos estudantes.

AVANTE, AVANTE, AVANTE, JUVENTUDE! A LUTA É O QUE MUDA, O RESTO


SÓ ILUDE!

IR AO COMBATE SEM TEMER, OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!

POR PREÇOS DECENTES DE ALIMENTAÇÃO NO R.U DA UNIR!


O DCE É PRA LUTAR, O IMOBILISMO NÃO VAI NOS SEGURAR!

DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE


RONDÔNIA

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