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Nascido em uma tribo nômade do Deserto da Perdição, Bard AzHimez teve uma infância

simples e humilde, assim como todo a sua pequena comunidade. Em uma das infindáveis
migrações pelo deserto, quando o jovem Bard tinha apenas 11 anos, sua tribo foi atacada e
por um grupo mercenário a serviço de um grande contrabandeador de escravos. Nessa
contenda, a família de Bard foi morta, exceto sua irmã mais nova.
O jovem garoto e mais um punhado de seu povo foram feitos reféns e enviados para a
capital Sar-Allan, onde seriam vendidos e escravizados até terem pago o seu preço em
trabalho, como era costume de prisioneiros de guerra. Foi então, nesse momento funesto que
Azgher sorriu para o jovem Bard. Um senhor idoso de longa barba grisalha que passava pelo
local apiedou-se da situação do menino e o comprou de seus raptores. Sua irmã, porém, já
havia sido vendida. O velho senhor, que sentiu no garoto um ser destinado a grandes feitos,
tratava-se na verdade, de um velho monge, membro de uma reclusa e diminuta seita do
deserto. Bard foi então conduzido pelos caminhos ocultos que levavam até o pequeno vilarejo,
que ficava em um belo Oasis em meio as dunas: Rar-Mined, sede da Ordem dos Monges de
Azgher. Assim, Bard-AzHimez cresceu, sendo doutrinado nos ensinamentos do Deus Sol e
sobretudo, doutrinando-se a si mesmo, pois os monges pregavam o perfeito equilíbrio
corporal, para poder desenvolverem seus poderes.
Quando completou 20 anos, seguindo os costumes da Ordem, Bard foi enviado para
viajar sozinho durante 2 anos. Tal missão é designada como prova final para ser considerado
um membro e um monge. A tarefa do jovem rapaz consistia em caminhar pelo reinado,
levando os Dogmas de seu Deus e voltar para ficar, incorrupto. Após 3 anos, Bard retornou a
seu templo, com muito mais coisas do que saiu: mais maduro, muito mais magro, mais
endurecido pelas provações que passou e certamente com mais cicatrizes. Trazia consigo
também, mais dinheiro e uma sabedoria multiétnica, que não se encontrava nas entranhas do
deserto, era porém, a mesma energia que pulsava, ele era o mesmo em essência, em caráter.
Dessa forma, após descansar e se dirigir ao Mestre da Ordem para receber suas
honrarias, ele balançou a cabeça educadamente e declinou a proposta e disse “Voltei pelo
dever, pela honra e pela eterna gratidão. Hoje, porém, meu coração mora além das areias de
nosso lar, pois vi terras incontáveis, atravessei rios e cruzei montanhas e fui cativado pelo
aroma do mundo. Não poderei mais aqui encontrar descanso ou sossego, sinto em minhas
veias a vontade pulsante do caminhar, a vontade de explorar e pisar por sobre todas as rochas
que Azgher enxerga. Não obstante, não me esquecerei, nem desonrarei as minhas origens,
como uma forte arvore, que tem raízes solidas, estenderei meus galhos pelo mundo, levando o
nome Daquele Que Tudo Vê. E, sobretudo, Mestre, nunca esqueci de minha irmã, a qual jamais
reencontrei, ficar em Rar-Mined não me ajudará a encontra-la, se esse for o destino”.

O Mestre, reconhecendo ali, o crescimento de seu aprendiz, lhe concedeu o titulo de monge e
o compreendeu, dizendo “Vá, meu agora irmão, siga seu caminho, honre Azgher, o Dourado
aonde quer que você esteja, ilumine a escuridão por onde quer que passe! Mas não diga Adeus,
essa casa sempre será a sua casa e a ela, você há de algum dia, retornar”

Assim, BardAzHimez deixou, mais uma vez Rar-Mined no Deserto da Perdição, para se
aventurar nas terras além. Hoje, 5 meses depois, após atravessar o continente, atraído pela
fama da cidade, Bard acaba de atravessar os portões de Malpetrim.

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