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Escola de Engenharia
BUILDING DESIGN:
PERSPECTIVAS CONTEMPORÂNEAS
Belo Horizonte
2017
GIOVANNA LÚCIA SILVA ZIVIANI
BUILDING DESIGN
Belo Horizonte
2017
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, que são meus maiores incentivadores e
que sempre acreditaram em mim. Cercando-me de amor, carinho e compreensão,
nada disso seria possível se eu não tivesse o privilégio de ser filha de pessoas tão
incrivelmente especiais como meus amados pais, Welerson e Débora.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu orientador, professor Aldo Giuntini, que sempre com muita
boa vontade e atenção me apoiou e me incentivou a buscar meus objetivos. Aos
meus avós queridos, Neuza e Juscelino, sempre me incentivando com palavras de
perseverança e coragem. A minha tia Dayse por colaborar para tornar esta pós-
graduação um sonho possível. E a professora do curso de Arquitetura e Urbanismo
da UFMG, Andréa Franco por partilhar seu conhecimento e atenção junto a mim ao
longo desta monografia.
“A arquitetura é a arte que dispõe e adorna
de tal forma as construções erguidas pelo
homem, para qualquer uso, que vê-las pode
contribuir para sua saúde mental, poder e
prazer.”
(John Ruskin)
RESUMO
Introdução ................................................................................................. 07
Objetivo....................................................................................................... 09
Capítulo 1: Breve histórico da produção da construção civil............... 10
1.1 A arquitetura ......................................................................................... 10
1.2 A engenharia ........................................................................................ 12
1.3 O design ............................................................................................... 14
1.4 Análise do processo de transrelação entre essas três disciplinas – 18
Building Design ..........................................................................................
7
simplesmente elabora projetos de produtos que serão produzidos em série para se
tornar, segundo o International Council of Societies of Industrial Design (ICSID):
“(...) uma atividade criativa cuja finalidade é estabelecer as
qualidades multifacetadas de objetos, processos, serviços e
seus sistemas, compreendendo todo seu ciclo de vida. (...) O
design procura identificar e avaliar relações estruturais,
organizacionais, funcionais, expressivas e econômicas. O
design está relacionado aos produtos, serviços e sistemas
concebidos com as ferramentas, organizações e a lógica
introduzidas pela industrialização – não apenas quando
produzidos em série.” (ICSID, apud FACCA, 2012)
Assim, o design é uma atividade que envolve um amplo espectro de profissões nas
quais os produtos, serviços, gráficos, interiores e a arquitetura participam.
Este trabalho estrutura-se em quatro capítulos, cada um deles orientado para
um assunto específico, permitindo uma aproximação mais lenta e detalhada ao
tema. No primeiro capítulo é feito um apanhado histórico geral sobre as três áreas
em estudo – arquitetura, engenharia e design – e finalizando o capítulo será tratado
desse processo de transdisciplinaridade, aprofundando na temática de building
design. No segundo capítulo o foco será no conceito do multi, inter e transdisciplinar.
No capítulo três serão abordadas as perspectivas contemporâneas para o building
design. E por fim, no capítulo quatro, serão apresentados alguns exemplos
projetuais de building design.
Todo o trabalho aqui desenvolvido teve como metodologia à pesquisa
exploratória feita por meios da internet, livros e trabalhos publicados, uma vez
que a bibliografia sobre o tema ainda não é muito vasta.
O interesse pelo tema se deu através do contato com o LADE –
Laboratório de Estudos Integrados em Arquitetura, Design e Estruturas,
localizado na Escola de Arquitetura e Design da UFMG. Vários projetos de
interação entre a arquitetura, a engenharia e o design vem acontecendo ao longo
dos últimos anos nesse laboratório.
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OBJETIVO
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CAPÍTULO 1:
BREVE HISTÓRICO DA PRODUÇÃO DA CONSTRUÇÃO CIVIL
1.1 A ARQUITETURA
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um julgamento é formado daqueles trabalhos que são o resultado das outras
artes." (Vitrúvio apud RUA, 1998, p. 27).
A definição de Vitrúvio, apesar de inserida em um contexto próprio,
constitui a base para praticamente todo o estudo feito desta arte, e para todas as
interpretações até a atualidade. Ainda que diversos teóricos, principalmente os
da modernidade, tenham conduzido estudos que contrariam diversos aspectos do
pensamento vitruviano, este ainda pode ser sintetizado e considerado universal
para a arquitetura (principalmente quando interpretado, de formas diferentes,
para cada época), seja a atividade, seja o patrimônio.
Segundo Vitrúvio apud RUA (1998) um arquiteto deveria ser bem versado
em campos como a música, a astronomia etc. Quanto à filosofia, o racionalismo,
o empirismo, o estruturalismo, o pós-estruturalismo e a fenomenologia são
algumas das direções que influenciaram os arquitetos.
Na obra de Vitrúvio, definem-se três os elementos fundamentais da
arquitetura: a firmitas (que se refere à estabilidade, ao caráter construtivo da
arquitetura/resistência), a utilitas (que originalmente se refere à comodidade e ao
longo da história foi associada à função e ao utilitarismo) e a venustas (associada
à beleza e à apreciação estética). (RUA, 1998, p. 64).
Desta forma, e segundo este ponto de vista, uma construção passa a ser
chamada de arquitetura quando, além de ser firme e bem estruturada (firmitas),
possuir uma função (utilitas) e for, principalmente, bela (venustas). Há que se
notar que Vitrúvio contextualizava o conceito de beleza segundo os
conceitos clássicos. Portanto, a venustas foi, ao longo da história, um dos
elementos mais polémicos das várias definições da arquitetura.
Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida
com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para
determinada finalidade e visando a determinada intenção. E nesse
processo fundamental de ordenar e expressar-se ela se revela
igualmente e não deve se confundir com arte plástica, porquanto nos
inumeráveis problemas com que se defronta o arquiteto, desde a
germinação do projeto, até a conclusão efetiva da obra, há sempre, para
cada caso específico, certa margem final de opção entre os limites -
máximo e mínimo - determinados pelo cálculo, preconizados pela
técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos
pelo programa, cabendo então ao sentimento individual do arquiteto, no
que ele tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos
entre dois valores extremos, a forma plástica apropriada a cada
pormenor em função da unidade última da obra idealizada.
(RASMUSSEN, 2002, p. 39).
11
Segundo Costa (2002), o que distingue a arquitetura da simples
construção é a intenção plástica.
Sendo assim, percebe-se através das referências pesquisadas que a
arquitetura é uma das profissões mais antigas da humanidade e que, desde os
primórdios, sempre foi uma área de atuação multidisciplinar, transitando por
outras áreas do saber.
1.2 A ENGENHARIA
12
De acordo com Blotter (1991), é possível afirmar que a engenharia nasceu
e se desenvolveu de forma simultânea ao início da civilização humana. A espécie
tornou-se extremamente preocupada com o desenvolvimento de técnicas que
facilitassem trabalhos realizados no cotidiano: como, primeiramente, o domínio
do fogo, sucedido pela utilização da alavanca e da roda. Ou seja, a engenharia
surgiu a partir do momento em que iniciaram-se as primeiras transformações
tecnológicas, promovidas com a finalidade de facilitar a vida das pessoas.
O grande salto da engenharia se deu com o advento da escrita. A partir
daí, tornou-se possível armazenar conhecimentos e passá-los adiante com
praticidade e exatidão, sem perder nenhum detalhe. Dessa forma, iniciou-se o
acumulo de informações e o aprimoramento de técnicas a partir de experiências
realizadas anteriormente (AFONSO; FLEURY, 2012).
Outro aspecto fundamental que contribuiu para o desenvolvimento da
engenharia foi o domínio da matemática. É através dela que se torna possível
chegar a uma conclusão através de deduções lógicas e cálculos de precisão.
“Pode-se dizer que a engenharia científica só teve início de fato, quando se
começou a chegar a um consenso de que tudo aquilo que se fazia em bases
empíricas e intuitivas era, na realidade, regido por leis físicas e matemáticas”
(TELLES, 1984).
Quanto a ideia de engenharia que se conhece na atualidade esta só foi
idealizada a partir da Segunda Revolução Industrial. A preocupação com a forma
de organização do trabalho e a moldagem das atividades foi quase
completamente refeita, após a chegada das máquinas. E, por conseguinte,
ocasionou o aparecimento de novas carreiras, de maneira que o termo
“engenheiro” foi ampliado, em concordância com o surgimento das
especializações. (AFONSO; FLEURY, 2012).
Hoje em dia a engenharia é uma profissão muito ampla e transdisciplinar.
É possível dizer que os novos campos da engenharia resultam da subdivisão de
especialidades tradicionais ou, pelo contrário, da combinação de diferentes
especialidades. Todos essas novas áreas de atuação são consideradas
engenharia pois se constituem da aplicação da ciência. Não é correto confundir a
prática da ciência com a prática da engenharia. Na engenharia aplica-se a
13
ciência. Ambas as atividades baseiam-se na observação atenta dos materiais e
dos fenômenos.
De entre as figuras históricas famosas, Leonardo da Vinci foi um
engenheiro que perambulava entre diversas áreas do saber, como as artes, a
arquitetura e os saberes do corpo humano.
1.3 O DESIGN
14
a divisão de tarefas dava ao fabricante um maior controle sobre a
produção. (FORTY. 2007, p. 147)
15
O designer, nessa época, passa a ser um profissional consolidado de
grande importância para as novas empresas que surgiram: as grandes
multinacionais. Por atuarem no mercado global, essas empresas necessitavam
de profissionais aptos a projetar seus produtos de forma universal. E
necessitavam, também, de profissionais que projetassem a própria empresa no
mercado. Assim, os designers assumem o papel de veiculadores da imagem
dessas grandes corporações.
Forty (2007) corrobora que, a partir da década de 1960, o design se viu
mergulhado em uma grande quantidade de movimentos vanguardistas que
propunham novas atitudes, os chamados movimentos de contracultura.
Numa trajetória inversa à da arquitetura e da engenharia, o design ao invés
de estar se especializando, está, justamente, ampliando seus horizontes ao
absorver, na prática, profissionais com outras formações projetuais. Talvez isto
esteja acontecendo pela pouca idade, pela falta de limites rígidos ou pelo fato de
que as atividades ligadas ao design antecedem o surgimento da própria figura do
designer.
Como atividade projetual, o universo de atuação do designer, embora mais
amplo, talvez seja menos complexo (o que não significa necessariamente que
seja mais fácil), o que acaba permitindo este intercâmbio. Obviamente, nem
todos os especialistas estão aptos a desenvolver qualquer projeto e isto se
agrava mais no momento em que o risco envolvido no processo aumenta. Esse
movimento muitas vezes acaba sendo, portanto, unilateral. Historicamente é mais
comum ver arquitetos-designers ou engenheiros-designers do que designers-
engenheiros ou designers-arquitetos.
No cenário atual, o papel do design está mudando: deixou de ser uma
mera etapa do processo de desenvolvimento, onde tinha a tarefa de tornar os
produtos esteticamente mais agradáveis aos consumidores. Hoje, o design está
sendo solicitado a gerar ideias que melhor traduzam as necessidades e desejos
desses consumidores. Esse é o conceito do design thinking, proposto por Tim
Brown, CEO e presidente do escritório americano de design e inovação IDEO.
“Trata-se de uma metodologia que imbui a todo o espectro de atividades
relacionadas à inovação um éthos do design centrado no ser humano”. (ROSSI,
2008). Posto de uma forma mais simples, “(...) é uma disciplina que usa a
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sensibilidade e os métodos do designer para combinar as necessidades das
pessoas com o que é factível tecnologicamente e o que uma estratégia viável de
negócios possa converter em valor ao consumidor e em oportunidade de
mercado” (ROSSI, 2008).
Para entender a história do design é preciso considerar o contexto
histórico, social, cultural, tecnológico e científico de cada época, e de maneira
especial a relação do design com os movimentos artísticos que foram o marco de
referência estética.
Como foi citada a etimologia das palavras arquitetura e engenharia nas
seções anteriores, o mesmo tentará ser feito com a palavra design. No Brasil o
termo design deriva da palavra inglesa que é usada como um
substantivo: design (planificação, propósito, objetivo, intenção) e como verbo to
design (projetar, simular, esquematizar, planificar). A origem está relacionada a
produção de um signo derivado do latim segno (ROSSI, 2008). No latim medieval
a palavra designare significava designar, diagramar, achar meios para, formar
alinhando-se com a ação de projetar. Desenhar então é uma forma de projetar e
designar as formas. Do latim derivou a palavra italiana disegno depois derivou
em dessein no francês, diseño em espanhol, desenho em português e design em
inglês (MARTINS, 2007). Mas estas palavras tiveram o sentido alterado através
do tempo derivando em dois conceitos conectados: um mais direto que se refere
ao ato de desenhar que no inglês foi substituído pela palavra draw (além de
desenhar significa extrair, atrair, chegar a uma conclusão, basear-se em) e no
espanhol pela palavra dibujo; e um indireto que se refere ao ato de planejar,
designar e projetar que no inglês ficou como design e no espanhol como diseño.
Esta alteração no sentido da palavra design nos países de língua inglesa
se acentuou com a Revolução Industrial que originou novos usos que
respondessem ás novas atividades produtivas. Nesse contexto se fez cada vez
mais necessário diferenciar entre o ato de desenhar (to draw) e o ato de
planificar, projetar, designar, esquematizar (to design). (MARTINS, 2007).
Na língua portuguesa não houve essa diferenciação. Com a expansão da
Revolução Industrial o design foi traduzido durante muito tempo dentro da sua
concepção original como desenho, mas ligado à indústria: Desenho Industrial.
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Este termo foi substituído recentemente pela palavra design para superar
de certa maneira as limitações, confusões e pré-conceitos sobre o que é, o que
faz e para que existe o design na sociedade brasileira.
Entendendo um pouco da história da arquitetura, da engenharia e do
design é possível observar que essas três disciplinas, desde o início,
conversaram entre si de uma forma muito amistosa. Hoje em dia essa interação
entre as diversas áreas projetuais é uma tendência e é sobre isso que o próximo
capítulo discorrerá.
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preocupação com o usuário (consideração do motivo humano na produção e na
tecnologia) e do aspecto industrial adquirido pelas intervenções arquitetônicas.
Segundo Miriam Fitzpatrick (apud PEREIRA; SOUZA; PÊGO, 2008),
building design é ao mesmo tempo produto e processo. Como produto, building
design é um campo que abrange desde o espaço público até o privado – de
hotéis a escritórios, de hospitais a residências. Como um processo, ou serviço, é
um meio pelo qual os profissionais podem manipular espaços e edifícios afim de
responder às necessidades dos clientes.
De acordo com o Whole Building Design Guide 1, o objetivo do building
design é a busca por uma edificação de alta performance, compreendendo-a
como um sistema interdependente que prevê a qualidade da ocupação pelos
usuários, flexibilidade de uso, eficiência, prevenção de impactos ambientes,
produtividade e custo de construção. Esses objetivos podem ser descritos nos
seguintes pontos:
• Acessibilidade: previsão de alturas e desobstruções para necessidades
especiais ou pessoas com deficiência, levando em conta acesso
igualitário e planejamento de flexibilidade de uso;
• Estética: previsão do aspecto físico do edifício, dos equipamentos e
dos espaços de maneira integrada com os processos, produtos e
equipamentos de design;
• Custo efetivo: previsão de custo no ciclo de vida, análise econômica e
a consideração de valores não-monetários tais como históricos,
preservação, segurança;
• Operacionalidade: previsão da programação funcional em termos das
necessidades e exigências do espaço, bem como a durabilidade e
eficiência de manutenção;
• Preservação/ patrimônio: previsão das ações específicas necessárias à
um local histórico ou edificações de referência para o patrimônio;
• Produtividade: previsão do bem-estar do usuário em termos de
conforto físico e psicológico, incluindo como distribuição de ar,
iluminação, áreas de trabalho, sistemas tecnológicos;
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CAPÍTULO 2:
ENTENDENDO O MULTI, INTER E TRANSDISCIPLINAR
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atravessar as disciplinas, as vezes com tal virulência, que as deixam em transe.”
(MORIN, apud MEGIDO, 2016, p. 158)
Segundo Morin (apud MEGIDO, p. 163) o que define a transdiciplinaridade
é a integração dos saberes em função de um projeto comum.
Outros autores, como Zeisel (2006), citam os procedimentos
transdisciplinares quando os membros da equipe tomam decisões em conjunto,
contrapondo o termo à interdisciplinaridade, que pressupõe responsabilidades
separadas para uma decisão final em conjunto. Nicolescu (1999, p. 122)
apresenta outra abordagem sobre a definição de cada um desses temas: a
multidisciplinaridade se relaciona com o estudo de um objeto de uma única
disciplina, por várias disciplinas de uma só vez; a interdisciplinaridade se refere à
transferência de métodos de uma disciplina à outra e a transdisciplinaridade, de
acordo com o próprio prefixo "trans", indica atuação transversal entre disciplinas
ou para além delas. Sua finalidade é compreender o mundo atual, e seu
imperativo é a unidade do conhecimento.
Consideram que a combinação dos diferentes tipos de produção, que não
pode se limitar a juntar disciplinas, é traduzida por termos utilizados para
descrever diferentes maneiras, métodos e graus dessas relações entre variadas
disciplinas: multidisciplinaridade, interdisciplinaridade, posdisciplinaridade,
crossdisciplinarity e transdisciplinaridade. Para os autores, a transdisciplinaridade
deveria ser o termo adotado, uma vez que esse tipo de método de trabalho deve
se referir a uma hibridação de conhecimentos e maneiras de contextualização,
elementos importantes para as disciplinas de arquitetura, engenharia e design.
Sendo assim, também foi adotado esse termo para esta pesquisa.
Acerca desse ponto, Dunin-Woyseth e Nilson (apud BRANDÃO, 2016)
destacam a transdisciplinaridade como uma nova maneira de aprendizagem e de
solução dos problemas entre as diferentes partes da academia, a fim de se
adequar às mudanças complexas da sociedade. Citam, como suporte do seu
texto, um trecho do relatório de avaliação da arquitetura sueca (1995 – 2005),
que estabelece, entre outros, alguns princípios também abordados por Morin na
sua teoria:
“A pesquisa transdisciplinar pode ser considerada como uma maneira de
partilhar o conhecimento transdisciplinar, com o objetivo de estabelecer
novos conceitos e teorias, de criar produtos ou de resolver problemas
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específicos. Por outro lado, a contribuição transdisciplinar implica numa
fusão dos saberes disciplinares com o savoir-faire dos profissionais e dos
leigos, com o estabelecimento de um novo híbrido, que é diferente de
todas as partes constitutivas. Não é um processo que segue
automaticamente uma reunião de pessoas de diferentes disciplinas:
necessita de um ingrediente que alguns denominam transcendência.
Implica no abandono da soberania do conhecimento, na produção de
uma nova inserção, no conhecimento por colaboração e na capacidade
de levar em consideração, em pé de igualdade, o savoir-faire dos
profissionais e dos leigos. Coletivamente, a contribuição da
transdisciplinaridade permite a fertilização cruzada das ideias dos
conhecimentos dos diferentes atores, o que pode conduzir a uma visão
mais ampla do tema, bem como de suas teorias explicativas”.
(WOYSETH; NILSON apud BRANDÃO, 2016)
Brandão (2016) destaca que existe uma ilusão corrente que acredita bastar
juntar disciplinas diferentes numa mesma atividade para criar a
transdisciplinaridade. Ela ressalta a dificuldade de diálogo criada pelo uso de
linguagens específicas – o jargão – e, mais ainda, pelas diferentes aproximações
conceituais que vão influenciar a racionalização e as formas de demonstração e
expressão.
É preciso que haja um pensamento organizador e integrador, que não
discuta particularmente cada especialidade comparando suas características e
apenas somando informações, mas sim uma corrente que entrelaça esse
conhecimento, ampliando as possibilidades de interação, criando condições para
a potencialização da criatividade.
Sendo assim, pode-se dizer que a atual abordagem do building design
enquadra-se em uma perspectiva multidisciplinar. Entretanto, é possível relatar
que grandes escritórios internacionais de sucesso, como o Zaha Hadid
Architects, já caminham em busca de uma abordagem transdisciplinar.
No Brasil, a visão do building design ainda é muito imatura. O que se vê é
o início de um pensamento voltado para a projetação integrada, mas que ainda
está muito longe de uma multidisciplinaridade. Aqui no Brasil, as disciplinas ainda
trabalham separadamente. Existem renomados escritórios de engenharia,
excelentes escritórios de arquitetura e escritórios de design, mas infelizmente
poucas são as empresas que possuem equipes integradas. Isso mostra o quanto
de atraso ainda existe na construção civil brasileira.
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O building design é uma tendência mundial e por isso o mercado brasileiro
já começa a vislumbrar esse novo meio de trabalho e passa a valorizar mais o
profissional com visão multidisciplinar.
No próximo capítulo será discutido algumas ferramentas e processos de
criação que possibilitam essa integração entre as três áreas.
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CAPÍTULO 3:
PERSPECTIVAS CONTEMPORÂNEAS DO BUILDING DESIGN
25
simultaneamente projeto do produto e seus processos relacionados, incluindo
manufatura e suporte. Essa abordagem é buscada para mobilizar os
desenvolvedores (projetistas), no início, para considerar todos os elementos do
ciclo de vida da concepção até a disposição, incluindo controle da qualidade,
custos, prazos, e necessidades dos clientes. (BAURA, 2006)
O aspecto central da engenharia simultânea é a equipe multidisciplinar.
Para que essa equipe funcione é preciso haver a transformação na cultura dos
agentes e a cooperação técnica entre projetistas, construtores e promotores. O
coordenador de projetos é peça fundamental para que tudo funcione
corretamente e a coordenação precisa vir desde a avaliação da demanda e
continuar, paralelamente, ao desenvolvimento das diferentes especialidades de
projeto. É possível observar no fluxograma 1, o processo de retroalimentação que
que é desenvolvido dentro deste processo.
Como esse processo da engenharia simultânea ainda é muito recente,
várias dificuldades são encontradas ao longo do trabalho, como:
• Falta de valorização do profissional coordenador;
• Dificuldades de recursos;
• Sobrecarga de trabalho ao profissional coordenador;
• Dificuldades para criar métodos e sistematização do trabalho;
• Redução ou mudança dos prazos dos projetos repentinamente pelo
solicitante da demanda;
• Falhas e dependências complexas (coordenador como
compatibilizador e não como fomentador da integração projeto-obra);
• Dificuldade na melhoria dos projetos pela complexidade das
multidisciplinas;
• Dificuldade de prazo e interesse dos responsáveis pelas demais
disciplinas;
• Dificuldades de mudança na cultura construtiva e na introdução de
novos conceitos junto à mão de obra;
• Falhas no detalhamento do escopo das disciplinas;
• Falhas no sequenciamento entre os projetistas e a coordenação e suas
obras;
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• Falha na revisão dos padrões técnicos;
• Falha na aproximação das experiências adquiridas;
• Problemas de execução = falhas do processo de projeto;
• Falha na consideração das soluções técnicas adotadas no projeto;
• Melhorias são progressivas e percebidas somente nas próximas obras;
• Projetos elaborados de uma maneira sequencial e não integrada;
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Neste contexto geral, pode-se dizer que a aplicação do conceito de
construtibilidade está implicitamente inserido no conceito de building design.
Como explicitado por Rodriguez e Heineck (2003), o coordenador de
projetos é o responsável por realizar e fomentar ações de organização controle e
troca de informações entre os projetistas, para que os projetos sejam elaborados
de forma organizada, nos prazos especificados e cumprindo os objetivos
definidos para cada um deles. Sob a ótica da construtibilidade, podem ser
desempenhadas as seguintes ações a serem realizadas pelo coordenador:
• Estabelecer junto ao proprietário os requisitos e planos globais de
construtibilidade;
• Informar aos demais participantes os requisitos de construtibilidade;
• Analisar os resultados de desempenho em empreendimentos similares
já executados;
• Analisar as soluções alternativas de projeto junto aos projetistas e
proprietário, distinguindo quais as características que fazem uma
solução particular mais efetiva que outra;
• Identificar as restrições de projeto (custo, prazo, clima, materiais,
componentes, mão de obra);
• Identificar os níveis de complexidade dos diferentes sistemas prediais;
• Identificar as interfaces entre materiais e elementos construtivos;
• Identificar a complexidade da sequência de operações no canteiro as
tolerâncias a serem consideradas.
A engenharia simultânea é o início de uma mentalidade voltada para o
building design. Muitas empresas brasileiras já trabalham com esse processo e,
consequentemente, o mercado já passa a cobrar isso dos profissionais da área.
3.2 BIM
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realidade, além da integração de todas as disciplinas referentes ao produto da
construção (arquitetura, engenharia e design).
Através da metodologia BIM a gestão de projetos pode ser realizada com
maior precisão na fase de detalhamento do produto, bem como representar uma
mudança na forma de controle de informações e tomada de decisão pelos
gestores de contratos e obras, os quais poderão rastrear as informações e
antecipar eventos e interferências, realizando um melhor controle de materiais e
sobressalentes.
Os problemas que muitas vezes só seriam detectados na fase de
execução da obra podem ser identificados com o BIM já na fase de projeto. Ao
conseguir antecipar cenários, identificando erros de projeto e interferências, é
possível reduzir custos atrelados a retrabalhos e perda de material, e o
gerenciamento da construção torna-se mais eficaz, com maior controle do
cronograma e dos custos.
A aplicação da tecnologia BIM tem o objetivo de interagir todas as
disciplinas e suas etapas existentes a fim de contribuir em informações mais
claras, confiáveis e em tempo real nas particularidades de cada empreendimento.
Com base na literatura especializada é demonstrada a importância em implantar
tecnologias, softwares que colaborem e potencializem os resultados positivos.
A busca constante de projetos mais eficientes, orçamentos mais exatos e
cronogramas reais, passa por termos cada vez mais comuns a engenharia de
planejamento como construtibilidade, racionalização e integração que
movimentam o mercado para busca destas melhorias.
Mas é unanime, tanto na experiência pratica quanto na literatura que o
maior desafio de um empreendimento se resume em gestão da informação.
Segundo Burgardt et al (2011), o sucesso de qualquer empreendimento
está ligado ao entendimento preciso e claro entre arquitetos, engenheiros,
designers, profissionais de construção, administradores das instalações e
proprietários. Esta definição está vinculada a parte inicial do projeto, no entanto
existe uma equipe de várias pessoas projetando e transformando em
informações cada detalhe, que deve chegar em tempo hábil para os demais
participantes do projeto.
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Para auxílio na gestão das informações e integração da equipe o BIM tem
se mostrado uma tecnologia muito eficiente, e cada vez mais difundida, que
carrega todas as informações do projeto abrangendo da etapa de projeto,
passando pela obra, até o funcionamento do produto final.
O BIM ganha cada vez mais espaço no mercado de projetos de
construções, avançando em relação ao CAD porque apresenta tecnologia que
engloba não somente as formas e plantas como também relações espaciais,
quantitativos, detalhes, informações de fabricantes e até a dimensão temporal
(BURGARD et al, 2011).
A tecnologia não é um software que trabalha isolado, “ele é composto por
um switch de aplicativos que atende a várias disciplinas, mas seu conceito pode
ser resumido como uma nova forma de entender, gerenciar e produzir projetos”
(BURGARD et al, 2011).
Para facilitar o entendimento das vantagens do BIM é importante a visão
de cada setor participante do projeto:
• Cliente: pensado em todos os tipos, mesmo os que não têm intimidade
com projetos, a tecnologia proporciona visualizações em três
dimensões de todas as etapas e do produto final. Proporciona também
acompanhamento virtual e em tempo real da situação da obra. A
Figura 1 ilustra bem a situação onde o cliente acompanha todos os
projetos em um arquivo, o modelo federado.
• Arquitetura: proporciona a equipe trabalhar no mesmo arquivo, mesmo
quando se fala em renderizações, maquetes eletrônicas, detalhamento
e informações de tipo de material e revestimentos. Quando inserido os
demais projetos, proporciona a equipe a visualização do projeto final e
a alteração do arquivo, além de facilitar a visualização do seu projeto
para o cliente.
• Projetistas das engenharias: todos trabalham no mesmo arquivo que
possibilita a detecção das interferências. Os elementos construtivos
não mais representados por linhas, mas com as reais dimensões
completas, facilitando muito o estudo de compatibilização.
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Figura 1: Conceito de modelo federado utilizado pelo BIM.
31
• Incorporação: Como contratante geral, as incorporadoras, para
operarem com BIM, assumirão papel organizador na gestão de todos
os contratados envolvidos no projeto, a começar pela definição do
escopo da modelagem, alinhando a metodologia de trabalho dos vários
departamentos envolvidos no projeto, desde os métodos de
levantamento de quantitativos, à nomenclatura dos insumos e
parametrização dos objetos. Por isso, muda a forma como os
processos se relacionam dentro da empresa: atividades que antes
eram sequenciais passam a ser simultâneas, exigindo maior integração
entre as equipes e maior esforço de coordenação por parte dos
gestores.
Passando por todas as visões dos participantes dos projetos nota-se que
uma das maiores dificuldades do gerente é fazer a gestão da informação.
Sendo assim, percebe-se que se têm um mercado crescente para a
aquisição e utilização da tecnologia BIM na indústria de construção civil
possuindo, consequentemente, uma nova forma de se projetar. A utilização da
plataforma BIM nos empreendimentos mostra que além de ser uma ferramenta
com interface confiável, auxilia na transparência e comunicação das informações
para o campo/ gerência/ engenharia e cliente. A integração entre todos os
envolvidos no empreendimento mostra ser o grande ponto forte na utilização da
plataforma, e a empresa que deseja implantar esse tipo de tecnologia deve se
adequar a metodologia de trabalho sendo que para o sucesso do
empreendimento com o uso da plataforma o gestor deve ser capaz de envolver
todos os setores da cadeia produtiva.
A mudança exigirá desenhistas com vivência de campo, portanto, com
mais senioridade. Por isso, as atribuições do cadista deverão ser revistas. Todo
desenhista deverá ser um projetista, alguém que toma decisões de projeto. Com
o BIM, o arquiteto retoma responsabilidades perdidas ao longo do tempo na
criação de um projeto, no envolvimento direto com o canteiro e até na gerência
da obra. As relações entre arquitetos, projetistas e construtoras mudam. A
construtora precisará disponibilizar informações que seriam cedidas só no final do
processo, logo no anteprojeto, como o acabamento e detalhes dos sistemas
32
construtivos. Arquitetos e projetistas farão seus projetos de modo muito mais
integrado e concomitante, uma vez que o desenvolvimento do projeto
arquitetônico será adiantado.
Mas para que o BIM vire uma realidade entre os projetistas brasileiros, é
preciso que os programas unifiquem desenhos e cálculos; que rodem segundo as
normas e legislações nacionais - hoje os softwares só oferecem as normas de
seus países de origem, como EUA e Noruega; que os fabricantes de peças
forneçam bibliotecas com materiais modelados, pois são muitos componentes
diferentes utilizados por projeto, que serão contabilizados ao final; e que os
softwares forneçam a tradução técnica do modelo 3D em formato tradicional, de
plantas e cortes, destinados à obra.
Aos fornecedores aponta-se o desafio e a oportunidade de criação de um
diferencial competitivo: a criação de bibliotecas de componentes e produtos em
modelagem 3D. Para os fornecedores que já possuem aplicativos em formato
CAD, bastará adaptá-los a formatos tridimensionais. Ainda não há consenso
sobre o modelo ideal para criação dessas bibliotecas, porém especialistas
defendem que os catálogos abranjam não apenas especificações técnicas e
características dimensionais dos materiais, gerando modelos paramétricos, como
também informações relativas a normas técnicas, desempenho, manual de uso e
manutenção, entre outros; tudo em uma base virtual eletrônica compatível com
os mais diferentes programas utilizados para a construção e, se possível, com
níveis de acesso à informação.
O maior impacto do BIM para a área de suprimentos é a precisão e riqueza
de informações que o modelo poderá agregar à especificação das aquisições. Já
durante a execução da obra, uma vez que o banco de dados dos modelos
paramétricos esteja integrado aos sistemas de orçamento, planejamento e
controle de execução, a expectativa é de que seja possível visualizar, no próprio
modelo, quais materiais estão instalados, quais estão em estoque e assim por
diante. Isto melhorará a gestão de suprimentos, pois haverá maior controle e
precisão sobre quais insumos devem ser adquiridos e os prazos disponíveis,
facilitando o planejamento das aquisições e garantindo maior poder de
negociação com os fornecedores, inclusive com antecipação do processo de
33
compra. A redução de retrabalho e do desperdício de material também diminuirá
a necessidade da consideração de contingências no projeto.
Conclui-se então, que a tecnologia BIM é uma ferramenta multifuncional e
integradora para os empreendedores e usuários, uma vez, que vem auxiliar e
permitir novas tomadas de decisões.
34
CAPÍTULO 4:
EXEMPLOS PROJETUAIS DE BUILDING DESIGN
Como dito nos primeiros capítulos, o building design não é algo recente, é
uma forma de integração de saberes que vem de muitos anos atrás, anos
remotos ao surgimento das profissões de arquitetura, engenharia e design.
Nesse capítulo, serão apresentados alguns trabalhos e personalidades
que, desde sempre, estiveram inseridos nesse pensamento de trabalho
transdisciplinar e onde pode-se perceber, claramente, o reflexo da passagem de
conhecimento de uma área para outra quando analisa-se a produção desses
profissionais.
Leonardo da Vince:
2a 2b 2c
35
Destacou-se pelos seus desenhos de análise e observação, da
composição dos sistemas físicos e do corpo humano como máquina. Também,
pela construção de esquemas de funcionamento físico que sintetizam as leis da
física e que, depois, originam as soluções mecânicas projetadas por ele próprio.
Ou seja, Leonardo da Vince, teria uma dupla capacidade: a capacidade de
análise própria de um engenheiro e um pensamento visual, uma estratégia
cognitiva própria de um designer.
Sua geniosidade aflorou desde jovem. Aos dezenove anos, o pensador foi
encarregado de posicionar uma esfera de bronze no topo da cúpula da Catedral
de Santa Maria del Fiore, o jovem então desenvolveu um sistema de gruas para
elevar e posicionar o objeto. Dando início a uma produtiva faceta de engenheiro e
arquiteto.
Leonardo fez esboços de importantes edifícios, como o palácio de um
nobre de Milão, a casa de campo de um governador francês e um projeto para a
Residência Medici, em Florença. Seu mais ousado projeto como arquiteto não foi
construído: uma cidade utópica, que deveria ser erguida onde hoje fica a
pequena Romorantin-Lanthenay, na França. A metrópole, que seria a nova
capital francesa, tinha a estrutura baseada na produção de energia hidráulica, em
complexos sistemas de esgoto e em outros avançados conceitos de urbanismo.
(MACHADO, 2015).
Zaha Hadid:
Figura 3 (a, e b): Abu Dhabi Performing Arts Centre e Sandália Melissa – Zcar.
37
Figura 4 (a, b, c, d e e): Algumas das peças assinadas por Zaha Hadid
4d
4a
4c
4e
4b
Philippe Starck:
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suas criações. Philipe transita por várias áreas do saber e devido a isso suas
produções apresenta um caráter livre, encantador e de grande qualidade
Figura 5 (a, e b): (Wireless speakers Parrot) – Restaurante Ramses (Madrid) e Asahi
Building (Tokyo).
5a 5b
Le Corbusier:
39
Figura 6 (a, e b):Modulor (sistema modular clássico) e Unidade Habitacional de Marseille.
Irmãos Campana:
7a 7b
40
LADE – Escola de Arquitetura/ UFMG
42
CONSIDERAÇÕES FINAIS
43
REFERÊNCIAS
ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
BURGARDT, Lilian; KINDLE, Mariana; REIS, Pâmela. Como o BIM impacta cada
agente do setor da construção. Revista digital Construção Mercado PINI. Edição
115 - Fevereiro/2011. Disponível em:
<http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-
construcao/115/artigo282478-1.aspx>. Acesso em 31 de janeiro de 2017.
44
COSTA, Lúcio. Arquitetura. São Paulo: José Olympio, 2002.
FORTY, Adrian. Objetos de desejo: design e sociedade desde 1750. São Paulo:
Cosac Naify. 2007. 352p.
MACHADO, Roberta. Muito mais que pintor, Leonardo da Vince foi um criativo
cientista e inventor. Jornal Estado de Minas On-line. 2015. Disponível em:
<http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2015/01/05/interna_tecnologia,604747
/leonardo-o-arquiteto.shtml>. Acesso em 30 de janeiro de 2017.
MEGIDO, Victor. A revolução do design: conexões para o século XXI. São Paulo:
Editora Gente, 2016.
45
NICOLESCU, Basarab. O manifesto da transdisciplinaridade. Tradução de Lúcia
Pereira de Souza. São Paulo: Tirom, 1999. 153 p.
PEREIRA, Andréa Franco; SOUZA, Roberta Viera; PEGO, Kátia Andrea. Building
Design e Sustentabilidade: valorização da madeira de eucalipto na produção de
componentes arquitetônicos no Vale do Jequitinhonha - MG. 8º Congresso
Brasileiro de pesquisa e desenvolvimento em design. São Paulo: 8 a 11 de
outubro de 2008,
RUA, Maria Helena. Os dez livros de arquitetura de Vitrúvio. Lisboa: Gráfica Artes
gráficas Lda, 1998.
46
ZEISEL, John. Inquiry by design. Environment/ Behavior/Neuroscience in
architecture, interiors, landscape and planning. Nova York: W. W. Norton &
Company, 2006. 400p.
ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
47