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Olímpiadas Científicas
Olímpiadas Científicas
Publicado em
17/10/2020 01h27
Atualizado em
26/08/2021 16h15 Compartilhe:
As Olimpíadas Científicas são competições que abrangem temáticas específicas (Matemática, Biologia,
Robótica, História, Meio Ambiente, etc), voltadas para estimular a resolução de problemas teóricos e
práticos, a realização de experimentos e a promoção de debates relevantes à sociedade. Assim, aprimora a
qualidade da educação científica na educação básica, favorecendo a popularização da ciência e a
divulgação científica entre jovens estudantes dos ensinos fundamental e médio. De abrangência local,
regional, nacional ou internacional, as Olimpíadas estimulam o surgimento de novos talentos nas diversas
áreas do conhecimento, principalmente entre estudantes da rede pública de ensino no Brasil.
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Desde o início, o apoio do CNPq à realização de Olimpíadas Científicas ocorreu por meio de editais (hoje,
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
chamadas públicas). As três primeiras edições dos editais ocorreram com recursos exclusivos do CNPq
(2002, 2004 e 2005). As chamadas públicas propiciam a ampliação da participação das diversas
Instituições interessadas na realização de atividades vinculadas à divulgação da ciência e tecnologia. A
partir de 2006, o CNPq passou a contar com diferentes parceiros institucionais no aporte de recursos: além
do MCTI, que aporta recursos regularmente para as chamadas, diretamente ou por intermédio de alguma
de suas unidades, como a Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social - SECIS, também já
apoiaram as chamadas públicas para fomentar as Olimpíadas o MEC (Ministério da Educação), diretamente
ou por intermédio de suas unidades - o FNDE e a CAPES. A temática “Olimpíadas Científicas” é parte da
política de divulgação e popularização da ciência e tecnologia da Secretaria de Secretaria de Ciência e
Tecnologia para a Inclusão Social - SECIS/MCTI.
Acaba de ser lançada pelo CNPq a chamada de 2021. São R$ 4 milhões destinados a apoiar a realização de
Olimpíadas Científicas nacionais e internacionais como instrumento de popularização da ciência e melhoria
dos ensinos fundamental e médio, e também para identificar jovens talentosos que possam ser estimulados
a seguir carreiras técnico-científicas e docente. A fase de submissão se iniciou em 25/08/2021 e segue
aberta até 08/10/2021. Pode apresentar proposta à chamada a pessoa que: a) tenha seu currículo
cadastrado na Plataforma Lattes, atualizado até a data limite para submissão da proposta; b) possua,
preferencialmente, o título de Doutor; c) seja o coordenador do projeto; d) tenha vínculo formal com a
instituição de execução do projeto. Mais informações na Chamada CNPQ/MCTI Nº 09/2021 - Olimpíadas
Científicas. Participe!
Entrevista
Ouça a entrevista concedida por Denise Oliveira, Doutora em Educação em Ciências e Analista do CNPq,
à rádio UNESP, destacando a importância das olimpíadas científicas no contexto brasileiro de estímulo à
busca pelo conhecimento.
Um pouco de história
As primeiras olimpíadas científicas conhecidas foram realizadas na Hungria, no século XIX (1894), com foco
em matemática. Dali, as competições se expandiram pelo Leste Europeu e, chegando na União Soviética,
onde a Olimpíada Internacional de Matemática (IMO) entrou para o calendário oficial de 1959.
O Brasil realiza dezenas de olimpíadas científicas, sendo que algumas entidades promovem a Olimpíada
Nacional, descobrem talentos e os treinam para participar de Olimpíadas Internacionais. Entre as muitas
olimpíadas realizadas estão a Olimpíada Brasileira de Matemática e a Olimpíada Brasileira de Matemática
das Escolas Públicas – A OBMEP, a Olimpíada Brasileira de Química, a Olimpíada Brasileira de Química
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Júnior, a Olimpíada Brasileira de Física, a Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas, a Olimpíada
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feito, acesse a de
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Olimpíada
ACEITO. Nacional de História do Brasil, a
Olimpíada Brasileira de Agropecuária, a Olimpíada Brasileira de Robótica, a Olimpíada Brasileira de
Neurociências, a Olimpíada Brasileira de Astronomia,ACEITOa Olimpíada Brasileira de Linguística, a Olimpíada
Brasileira de Informática, a Olimpíada Brasileira GeoBrasil, a Olimpíada Nacional em História do Brasil.
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A primeira olimpíada foi também de Matemática (OBM), realizada em 1979, organizada pelo Instituto de
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Matemática Pura e Aplicada (IMPA); em 1991, a competição passou a ter os níveis Júnior (alunos com até 15
anos) e Sênior (alunos do ensino médio); em 2001, foi criado o nível Universitário. A partir de 2017, acordou-
se que todos os participantes da OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática para Escolas Públicas)
concorrem à classificação para a fase final da Olimpíada Brasileira de Matemática - OBM. Desse modo, a
OBM conta com cerca de 20 milhões de participantes no processo, com a estimativa de cerca de 200 mil
estudantes das redes pública e privada em olimpíadas regionais apoiadas pela OBM. Em 2020 o Brasil
obteve resultados excepcionais nas principais olimpíadas internacionais de Matemática: na IMC a
delegação brasileira formada por equipes de diversas universidades, com a coordenação central da OBM,
obteve 8 medalhas de ouro, 8 de prata e 13 de bronze, e na IMO, a principal olimpíada científica do mundo, o
Brasil ficou em 10º lugar geral, à frente de países muito tradicionais na competição, como a França, a
Alemanha, o Japão e a Romênia - todos os 6 alunos da equipe ganharam medalha, sendo uma de ouro e 5
de prata.
A segunda área a iniciar Olimpíadas foi a área de Química, sendo que o Instituto de Química da Universidade
de São Paulo promoveu a primeira edição em 1986. Em 2020 foram realizadas três etapas do Programa
Nacional Olimpíadas de Química – OBQ Modalidade A, bem como a Fase I da OBQ Júnior (em
setembro/2020, contou com 65.120 participantes). No total, participaram 354 mil estudantes. A previsão
para 2021 é de participação de cerca de 360 mil estudantes. Desde sua primeira edição, acumula-se um
total superior a 4.915.000 participantes no Programa Nacional Olimpíadas de Química, sendo 1.800.000
somente em São Paulo e 1.100.000 no Ceará.
Em 1999, a USP-São Carlos iniciou as edições da Olimpíada Brasileira de Física, no mesmo ano em que se
iniciou a Olimpíada Brasileira de Informática (OBI). Na Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas –
OBFEP de 2019, para alunos do 9º do Ensino Fundamental, 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio e 4ª série do
Ensino Técnico, houve a inscrição de 441.174 alunos para a 1ª Fase, resultando para a segunda fase cerca de
20 mil estudantes. Em 2020, a OBI contou com a participação de competidores de todas as unidades
federativas, mesmo tendo sido afetada pela pandemia de COVID-19; as provas da Fase 1 e Fase 2 foram
realizadas online, com maior prejuízo às escolas públicas (devido ao acesso muito restrito à internet e a
computadores pessoais de seus alunos). Em 2019 participaram da OBI 855 escolas da rede Pública (41.515
competidores) e 463 escolas da rede Privada (27.807 competidores).
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Além dessas, há a Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Ambiente (interdisciplinar) e a Olimpíada Brasileira de Neurociências (OBN ou Brazilian Brain Bee), na área
de Ciências Biológicas. O Instituto Butantan organiza a OBB desde 2017, acumulando a participação de
aproximadamente 350 mil alunos de escolas públicas e privadas na fase nacional; além da competição
nacional, a olimpíada de 2021 visa à capacitação dos quatro primeiro colocados para participar da 32ª
International Biology Olympiad, que ocorrerá em Portugal e dos alunos classificados do 5º ao 8º lugar para
representar o Brasil na 15ª Olimpiada Iberoamericana de Biología, que será organizada pela Costa Rica. A
OBN de 2020 foi reestruturada para um modelo completamente online, com participação de mais de 3 mil
estudantes; na jornada de 2021 (IX OBN) será selecionado o representante brasileiro que irá participar da
22a Competição Internacional de Neurociências (International Brain Bee) a ser realizada entre 12 a 15 de
agosto de 2021, durante a 128ª Convenção Anual da Associação Americana de Psicologia (American
Psychological Association), em San Diego (CA, EUA).
Em Ciências Humanas, em 2009 foi criada a Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) e a Olimpíada
Brasileira de Linguística, a partir de 2011. Em 2019 a Olimpíada Brasileira de Cartografia: Ciência e Arte
(OBRAC) contou com a participação de 1.513 professores, 6.052 estudantes, 868 escolas. Além dessas
olimpíadas nacionais, há competições estaduais, como a Olimpíada de Filosofia, no Rio Grande do Sul.
Desde 2016, ocorre também a Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), que integra as temáticas de
astronomia, biologia, física, história e química, organizada pelo MCTI, juntamente com a Associação
Brasileira de Química (ABQ), Instituto Butantã, Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), Sociedade Brasileira
de Física (SBF) e pelo Departamento de História da UNICAMP.
Em 2020 ocorreram as duas primeiras edições da Olimpíada Científica Nacional sobre Oceanos e
Ambientes Polares, com participação de mais de 3 mil estudantes de todo o Brasil, tendo sido adaptada
para a modalidade virtual, inclusive a Hackathon for new technologies for Marine and Polar research que
havia sido planejada como presencial. Em modelo menos tradicional estão o Desafio Nacional
Acadêmico, o IYPT Brasil e a olimpíada de ciências para estudantes mais jovens, a IJSO Brasil.
Histórico das Chamadas Públicas lançadas pelo CNPq e seus parceiros para apoio às
Olimpíadas Científicas:
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Na edição de 2020 (Chamada CNPq/MCTI nº 15/2020) foram apoiadas 15 Olimpíadas Científicas a serem
realizadas em 2021:
3ª Olimpíada Científica Nacional sobre Oceanos e Ambientes Polares and 3rd Hackathon for new
technologies for Marine and Polar research
ACEITO
Programa Nacional Olimpíadas de Química - OBQ
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