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Gestão da Crise Hídrica | 2016 – 2018 | Experiências do Distrito Federal
Ressalta‑se o fato de a gestão de recursos hídricos ser efetuada por bacia ou uni-
dade hidrográfica, o que torna extremamente relevante a distribuição espaço‑tem-
poral dessas informações, principalmente onde não existem grandes reservatórios
de regularização de vazões.
Na sequência do Capítulo, as demandas de água no DF terão seus dados deta-
lhados.
Figura 1. Localização e principal finalidade das outorgas para a captação de águas superficiais no DF
De forma geral, observa‑se na Figura 1 que, na região leste do DF, há uma con-
centração grande de captações para fins de irrigação, bem como, na região oeste,
aparecem muitas demandas para fins de abastecimento humano. As captações da
Caesb estão mais próximas das áreas urbanas. Esses dados, evidentemente, pos-
suem alta correlação com ao uso e ocupação do solo do DF apresentado no Capí-
tulo 1 deste livro.
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Capítulo 2 – Demanda hídrica no Distrito Federal
Figura 2. Vazão outorgada para captações de águas superficiais por Unidade Hidrográfica
Figura 3. Localização e principal finalidade das outorgas para a captação de águas subterrâneas no DF
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mais central e urbana do DF, destacam‑se as captações para fins comerciais e irri-
gação, nos casos do Lago Sul e do Lago Norte, em geral, para irrigação de jardins.
Na Figura 4 é apresentado o mapa de vazão outorgada para captação de águas
subterrâneas por Unidade Hidrográfica (UH) no DF.
Figura 4. Vazão outorgada para captações de águas subterrâneas por Unidade Hidrográfica
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Capítulo 2 – Demanda hídrica no Distrito Federal
Figura 5. Consumo per capita e consumo médio no Distrito Federal de 2000 a 2016
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Nota: O consumo per capita foi calculado utilizando‑se os dados de população projetados pela Assessoria de
Planejamento, Regulação e Modernização Empresarial da Caesb.
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Capítulo 2 – Demanda hídrica no Distrito Federal
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Figura 7. Evolução da vazão média anual de consumo e de perdas em relação à captação no Santa
Maria
Embora seja evidente o impacto das perdas no volume captado dos reservató-
rios, cabe salientar que elas já foram consideradas no projeto e no dimensiona-
mento dessas captações, tendo em vista que todo sistema de abastecimento apre-
senta perdas e trata‑se de um desafio para os operadores reduzi‑las a um nível
mínimo econômico.
Conforme detalhado no Capítulo 18, a C aesb está empreendendo uma série de
medidas visando à redução das perdas de água nos sistemas de abastecimento do
Distrito Federal. Para a compreensão de como a redução de perdas pode impactar
a demanda, deve‑se ressaltar que os volumes de perdas não são oriundos somente
de desperdícios ou vazamentos. Uma parcela dessas perdas tem outras origens,
como os consumos não autorizados, os quais, mesmo que regularizados, continu-
ariam parcialmente a fazer parte da demanda total, por se tratarem de uso com
aproveitamento humano.
Referências bibliográficas
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do irrigante. São Paulo: Mater. 1987, 160 p.
DE MORAES, H. M. ; MADEIRA, E. F.; LOPES, M. L. O reservatório de Santa Maria e a estiagem nos
últimos anos no Distrito Federal. Brasília, Caesb ‑ Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito
Federal, 1986.
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