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1- Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados

A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto. É verificar o


que realmente está escrito nele. Já a interpretação de texto imagina o que as
ideias do texto tem a ver com a realidade.

O leitor tira conclusões subjetivas do texto.

Compreensão de textos

A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto. É verificar o


que realmente está escrito nele. Tem que estar escrito e não imaginar o que o
autor quis dizer, ou seja, todas as informações devem estar presente no texto

Deve-se analisar os dados concretos e objetivos do texto.

Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer analisar é a
compreensão do texto:

Segundo o autor….

Segundo o texto….

O texto informa que….

No texto…..

O autor afirma que….

De acordo com o autor….

De acordo com o texto….

Fica claro nas expressões acima que as respostas deverão estar clara no texto,
ou seja, você deve compreender o texto para tirar as conclusões.

Interpretação de textos

A interpretação de texto imagina o que as ideias do texto tem a ver com a


realidade.

O leitor tira conclusões subjetivas do texto (deduzir o que o autor do texto quis
dizer).

As informações não estão escrita claramente no texto, elas estão fora do texto,
mas tem ligação com ele. Você deve deduzir o que o autor está querendo dizer
dentre as ideias que foram escritas no texto.

Para você fazer uma boa interpretação de um texto é necessário que você
tenha algum conhecimento prévio sobre o assunto que está sendo abordado
pelo autor. Você deve fazer uma análise pessoal e crítica para ter uma
conclusão mais completa.

Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer analisar é a
interpretação do texto:

Conforme o texto, podemos concluir…

Pela leitura do texto é possível perceber…

É possível inferir que através….

O texto permitem levantar a hipótese de que…..

Conclui-se do texto que…

O texto encaminha o leitor para…

Para você fazer uma boa compreensão e interpretação do texto você deve ler
atentamente todo o texto. Se possível releia o texto, pois você terá uma ideia
melhor do que está escrito.

Grife as partes que você ache mais importante.

Analise o que é fato (compreensão) e o que é opinião (interpretação).

Observe que de um parágrafo a outro pode indicar uma conclusão ou uma


continuação de alguma ideia.

E para concluir preste muita atenção nas colocações das vírgulas, elas podem
dar um sentido completamente diferente em um texto.

Existem vários tipos de gêneros discursivos, que na verdade são os tipos


de textos.

 OS gêneros textuais são realizações linguísticas concretas, definidas por


propriedades socio-comunicativas e Costumam classificar os gêneros nos
seguintes grupos:

Narrativo: Neles tem um personagem em algum lugar e época. Tem a


introdução, desenvolvimento, tensão e seu final. Ex.: Romance, contos,
Crônica, fábulas e novelas

Descritivo: É a descrição de uma pessoa, lugar ou objeto mostrando suas


características, com o objetivo de transmitir para a pessoa com quem fala uma
visualização que muitas vezes pode ver e sentir o que ele quer passar.

Ex.: Diário, classificados de jornais, cardápios e currículo


Dissertativo argumentativo: Seu objetivo é defender um ponto de vista
através da argumentação. Você introduz o assunto ou tema, desenvolve com
seus motivos e depois conclui fechando a argumentação.

Ex.: Editorial, manifesto e sermões

Dissertativo Expositivo: Seu objetivo é expor e esclarecer uma ideia através


de comparações e pontos de vista sem o objetivo de tentar convencer e sim de
informar.

Ex.: Textos jornalísticos, resumos escolares e enciclopédias

Injuntivo: Tem o objetivo de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando


uma certa liberdade para quem recebe a informação.

Ex.: Bula de remédios, receitas de bolo e manuais de instrução

Prescritivo:  Como o injuntivo, seu objetivo é instruir guiando a pessoa como


deva proceder.Mas ele não dá nenhuma liberdade de ação à pessoa que
recebe a informação, ela obriga, ou seja, ordena que deve ser cumprida a risca
a determinação.

Ex.: Leis e editais de concursos

Agora Falarei sobre os alguns gêneros discursivos como o romance, conto,


novela, crônica, poesia, editorial, entrevista, receita e cantiga de roda.

Romance:

É uma descrição longa de ações e sentimentos de personagens fictícios,


podendo ser de comparação com a realidade ou totalmente irreal. A diferença
principal entre um romance e uma novela é a extensão do texto, ou seja, o
romance é mais longo.

No romance é usado muitas formas de narração estilizadas e harmoniosas


para dar mais emoção ao texto. No romance nós temos uma historia central e
várias histórias secundárias.

Conto

É uma obra de ficção em que são criados seres e locais totalmente imaginário.

Linguagem linear e curta, envolve poucas personagens, que geralmente se


movimentam em torno de uma única ação, dada em um só espaço, eixo
temático e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para um desfecho.

A diferenciação entre o conto, a novela e o romance também se baseia na sua


extensão, ou seja, dos três ele é o que tem o texto mais curto. Outro diferencial
do conto com o romance é que só tem uma história central, ou seja, não se
desenvolve outras histórias secundárias.

Novela:

A novela é muito parecida com o conto e o romance, diferenciado por sua


extensão. ela fica entre o conto e o romance

Ela tem a história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são definidos pelas
histórias dos personagens. Se for uma novela de época é usado a linguagem
da época. Outra característica é a quantidade de personagem, ou seja, é bem
superior ao de um conto.

A história (enredo) tem um ritmo mais acelerado do que a do romance por ter
um texto mais curto.

Crônica

É um texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que nós mesmos já
vivemos e normalmente é utilizado a ironia para mostrar um outro lado da
mesma história.

Gênero que apresenta uma narrativa informal ligada à vida cotidiana.


Apresenta certa dose de lirismo e sua principal característica é a brevidade.

Na crônica o tempo não é relevante e quando é citado, geralmente são


pequenos intervalos como horas ou mesmo minutos.

O cronista descreve os acontecimentos em ordem cronológica e desafiando o


leitor dando a sensação de diálogo mostrando uma visão própria dos fatos.

Poesia

Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado para o estudo da linguagem,


fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, a vida dos homens
através de figuras que possibilitam a criação de imagens. 

Editorial

É um texto dissertativo argumentativo em que expressa  a  opinião do editor


através de argumentos e fatos sobre  um assunto  que está sendo muito
comentado (polêmico). Sua intenção é convencer o leitor a concordar com ele.

Normalmente o editorial reflete não só a opinião e princípios do editor, mas


também da empresa que ele trabalha.

Entrevista
Ele é um texto expositivo e é marcado pela conversa de um entrevistador e um
entrevistado para a obtenção de informações. Ela também tem como principal
característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum assunto
de interesse. Algumas revistas têm uma seção dedicada a esse gênero.

Receita

É  um texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo de informar,


aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa liberdade para quem
recebe a informação.

Cantiga de roda

Concebida como um gênero empírico, que na escola se materializa em uma


concretude da realidade. A cantiga de roda permite as crianças terem mais
sentido em relação a leitura e escrita, ajudando os professores a identificar o
nível de alfabetização delas.

2- Reconhecimento de tipos e gêneros textuais

Os estudantes costumam confundir tipos textuais com gêneros textuais, mas


são duas coisas diferentes.

 Tipo textual: O tipo textual é a estrutura do texto, ou seja, é a forma como o


texto se apresenta.

Gênero textual: O Gênero textual é o uso deste texto, ou seja, é a função


social/ comunicativa do texto. É um texto que vivencia o cotidiano, podendo
ser verbal ou não verbal.

Para visualizarmos melhor é como se os tipos textuais fossem um grupo e os


gêneros textuais fosse um subgrupo dos tipos textuais.

Existem uma infinidade de gêneros textuais, e no texto abaixo cito apenas


alguns.

 Tipos Textuais

 Temos quatro tipos de textos:

Narrativo, Descritivo, Dissertativo e Injuntivo.

 Tipo de texto narrativo (narração)

 É a narração de um fato. Podendo ser fictício ou não.


Para se ter um texto narrativo é necessário que se tenha:

Espaço: É o lugar onde ocorre a história.

Tempo: Duração que ocorre a história.

Personagens: São os seres, que normalmente são pessoas, podendo ser


animais ou mesmo objetos que participam na história.

Narrador: Pode ser em 1ª pessoa (pessoal fazendo parte da história) ou na 3ª


pessoa (impessoal, ele está longe da história).

 Gêneros textuais narrativos:

 Crônicas: Baseada no cotidiano com uma narrativa curta

Conto: É fictício e também tem uma narrativa curta

Romance: Narrativa longa que descreve um ambiente, personagens e roupas

Um texto em que se faz uma imagem escrita, dá detalhes de um ser, podendo


ser uma pessoa, objeto, animal ou lugar.

Pode até descrever sensações ou sentimentos.

Ele sempre está acompanhado de outro tipo de texto.

Gêneros textuais descritivos:

Romance: Apesar de ser narrativo ele descreve o ambiente, personagens e


roupas para atiçar o imaginário do leitor.

Diário: Ele descreve o dia a dia de uma pessoa e seus sentimentos.

Currículo: Descreve todas as informações de uma pessoa.

Tipo de texto dissertativo (Dissertação)

É explicar ou falar sobre um assunto. É um texto informativo. É narrativo e


argumentativo.

Pode ser expositivo ou argumentativo

Dissertação expositiva

Expõe um assunto, fato ou acontecimento. Ele explica e analisa ideias.


Dissertação argumentativa

Os textos argumentativos também expõem um assunto, fato ou acontecimento,


mas seu objetivo principal é persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a
respeito do assunto. Ele se posiciona com argumentos.

Gêneros textuais dissertativos

Reportagem: É um texto informativo onde se expõe os fatos. Ela é uma


dissertação expositiva.

Resumo: Conta a essência de um texto, o que se julga mais importantes.

Resenha: É também um resumo, só que tem também o ponto de vista do


autor, ou seja, sua opinião sobre o assunto. Ela é uma dissertação
argumentativa.

Tipo de texto injuntivo (Injunção)

O texto Indica como realizar uma ação. Ele é claro e objetivo. Ele expressa
uma ordem, por isso, utiliza-se o verbo no modo imperativo.

Gênero textuais injuntivo:

Receitas, regulamentos, manuais e bilhete.

3- Domínio da ortografia oficial

A ortografia oficial de uma língua é o conjunto de regras e padrões que definem


a forma correta de escrita das palavras (emprego das letras), bem como o uso
correto dos sinais de acentuação, uso do acento indicativo de crase e dos
sinais de pontuação. As regras ortográficas têm como base características
etimológicas e fonológicas da língua portuguesa, encontrando-se
convencionadas em acordos ortográficos.

Nesta postagem veremos o emprego das Letras e no final dela tem links para
as postagens sobre acentuação gráfica, uso do acento indicativo de crase 
e pontuação

Emprego das letras

Em verbos terminados em -uar, air e oar

Ex.: perdoar – perdoem


Em verbos terminados em “ir” no presente do indicativo

Ex.: verbo partir: partes

Em ditongos nasais -ãe(s) e -õe(s)

Ex.: aldeães e vilões

Em palavras com prefixo ante, indicando anterioridade.

Ex.: antebraço.

Verbos no presente do indicativo terminados em uir, oer ou air

Ex. possuir – possui.

Em palavras de prefixo anti, indicando contrariedade

Ex.: Antiácido

Em vocábulos de origem indígena, africana ou árabe

Ex.: cipó e cacique

Em palavras derivadas de vocábulos terminados em -te/-to

Ex.: marte – marcial, marciano

Sempre depois de ditongos

E.: foice

Com as terminações -ecer e -encer,

Ex.: entardecer

Nunca usado antes de E e I e sempre antes de A, O e U.

Ex.: Açai ou Moçambique


Em sufixo guaçu e açu

Ex.: Paraguaçú.

Substantivos derivados do verbo ter

Ex.: detenção (deter)

Depois de ditongo

Ex.: louça

Sufixos ês, esa e isa, para formar nacionalidade e títulos ou profissões.

Ex.: Chinês e chinesa.

Sufixos oso e osa na formação de adjetivos

Ex.: delicioso.

Após ditongo

Ex.: maisena.

 H

Tradição

Ex.: Homem e honra

Final de algumas interjeições

Ex.: Ah!, oh! ou heim?

Tradição de escrita

Ex.: Hábito

Para compor os dígrafos ch, nh e lh

Ex.: marcha

Z
Sufixos ez e eza, derivados de adjetivos

Ex.: rico – riqueza

Derivada de palavras com Z

Cruz – cruzada

 X

Após ditongo

Ex.: peixe.

Palavras que iniciam com en

Ex.: enxaqueca

Após ME

Ex.: mexer

Palavras indígenas e africanas

Ex.: xangô.

 G

Palavras que terminam com ágio, égio, ígio, ógio e úgio

Ex.: refúgio

Palavras que terminam com agem, igem e ugem

Ex.: ferrugem

 J

Palavras indígenas, africanas, árabe ou exótica

Ex.: canjica

Derivados dos verbos terminados em jar

Ex.: Arranjar – arranjo ou viajar – viajo


 K, W e Y

Abreviaturas, símbolos, palavras estrangeiras, nomes próprios


estrangeiros

Ex.: K (potássio), Darwin ou software

 SC

pode ser dígrafo (um som) ou um encontro consonantal (dois sons)

Dígrafo: descida e discípulo

Encontro consonantal: Descoberta e descanso

Usa-se em termos eruditos: acréscimo e plebiscito

 SÇ

Usa-se na conjugação de alguns verbos:

Ex.: Nascer – nasço

SS

Emprego do dígrafo SS

nos substantivos derivados de verbos primir, meter, mitir, cutir, ceder, gredir

Ex.: Agredir – agressão

4, 4.1 - Domínio dos mecanismos de coesão textual: Emprego de


elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de
outros elementos de sequenciação textual

Mecanismos de coesão textual

Dentro de um texto são usadas palavras que se relacionam para dar sentido a
ele. Esta relação entre as palavras que é feita através de preposições,
conjunções, pronomes, advérbios e locuções verbais é chamado de coesão
textual.

A coesão textual trata a articulação entre as partes do texto. É a articulação


entre as palavras, períodos e parágrafos.

Falar em coesão é falar em endófora e exófora.


 Endófora: Expressão que faz referência a algo que está dentro do texto.

Ex.: Eu vi o João hoje. Ele estava sentado lá na praça.

Ele é uma expressão endófora porque está se referindo a outra parte do texto.

 Exófora: Expressão que faz referência a algo que está fora do texto, ou seja,
não está no mesmo texto.

Ex.: Você vai se arrepender de ter feito aquilo. Aquilo é uma expressão


exófora, por que está se referindo a algo que está fora do texto.

Existem vários elementos (coesão) que ajudam para ter uma coesão textual.

 Tipos de coesão

 Coesão referencial (referenciação/referência)

 É quando um termo é substituído, referindo-se a um outro elemento do texto

Muitas vezes no decorrer de um texto repetimos várias vezes uma palavra,


deixando o texto sem coesão.

Os elementos de referenciação tem como objetivo evitar esta repetição de


termos que já foram ditos no texto.

A referenciação ocorre quando acontece o fenômeno endófora, que é dividida


por meio de dois movimentos, anáfora (retrospectivo) e catáfora
(progressivo)

Anáfora: expressão que retoma uma ideia anteriormente expressa


(retrospectivo). É quando um termo que já foi dito é recuperado.

Ex.: João não quis jogar ontem. Criticá-lo agora, só piora a situação. O “lo”
retoma “João”

A indústria automobilística não cresceu em 2019. Mas apesar


disso, ela está otimista para 2020.

“Ela” retoma “indústria automobilística”.

Catáfora: expressão que faz referência a um termo que será citado


posteriormente no texto, ou sejam antecipa uma expressão posterior do texto.

Exs.: Só desejamos isto: aumento salarial! “Isto” só é recuperado depois de


verificar a expressão “aumento salarial” que aparece posteriormente no texto.
 Coesão por substituição

 Baseia-se na substituição de um nome (pessoa, objeto e etc…), verbo ou


partes do texto por palavras ou expressão que tenha sentido aproximado,
evitando a repetição. A substituição também é feita por anáfora.

Ex.: O Papa Francisco visitou o Brasil em 2013. Sua santidade acenou aos


fiéis na praia de Copacabana.

“Papa Francisco” foi substituído por “Sua santidade”

Outro exemplo é substituir Rio de Janeiro por capital carioca.

Na substituição também pode ser usadas palavras que retomam outras já


faladas, mas dando uma nova definição a ela sem que exista uma relação total
com esta palavra.

Ex.: Minha mãe pediu uma pizza de calabresa e eu pedi uma de salaminho.

Coesão por Conjunção

Estabelece relação entre os elementos do texto através de conjunções.

Ele estava fraco porque não se alimentou direito. (causa)

Ele estava fraco, mas, mesmo assim, terminou a partida (adversidades)

Coesão por elipse

Ocorre quando elemento do texto é omitido (retirado) em algum dos contextos


em que deveria ocorrer, sem comprometer a clareza das ideias e assim
evitando a repetição.

Ex.:

– João vai comprar a bicicleta?

– Sim!

Omitiu o sujeito João, mas o texto continuou com clareza.

Cristina está fazendo o café e, ao mesmo tempo, assiste ao filme

Se não tivesse omitido Cristina na segunda expressão ficaria assim:

Cristina está fazendo café e, ao mesmo tempo, Cristina assiste ao filme.


Coesão Lexical:

Coesão lexical por repetição (reiteração)

Emprega palavras repetidas com o objetivo de realçar ou reforçar uma ideia.


Pode ser usado a mesma palavra, sinônimos, antônimos, hiperônimos ou
expressões nominais definidas

Ex.: Questionar não é duvidar, questionar é querer saber mais!

Paris, a cidade-luz, continua linda.

Coesão lexical por substituição: Substitui termos por outro sem perder o
sentido. Pode ser usado sinônimo, antônimo ou hiperônimo.

Ex.: O seu cavalo é muito bonito. Onde você comprou este equino?

Coesão sequencial

Para a coesão sequencial, são usados conjunções, conectivos e expressões


que dão continuidade aos assuntos e ligam as orações para que possam ser
articuladas e relacionadas.

A coesão textual usa expressões que são responsáveis pela coesão sequencial
nos textos.

Adição/inclusão: Além disso, também, até; é certo que…

Oposição: Todavia, mas, porém…

Afirmação/igualdade: Na verdade, realmente…

Exclusão: Senão, apenas, exceto…

Enumeração: A princípio, em…

Explicação: Como vimos, portanto, isto é, por exemplo…

Conclusão: Por fim, finalmente, em última análise…

Continuação: No geral, por sua vez…

4.2- Emprego de tempos e modos verbais:

Seria o tempo verbal, ou seja, se o verbo indica algo que já realizou, está
realizando ou se ainda realizará.
Caso preferir, no vídeo abaixo tem esta postagem em áudio e vídeo

Temos três tempos verbais:

Passado ou pretérito, presente e futuro.

Pretérito ou passado: Aconteceu antes do instante que se fala.

Ex.: Ontem fui à academia mais cedo.

Presente: Acontece no instante da fala

Ex.: Eu treino nesta academia

Futuro: Acontecerá depois do instante da fala.

Ex.: Irei à academia daqui umas duas horas

 O pretérito pode ser:

Pretérito perfeito: O fato passado foi concluído totalmente

Ex.: Ele estudou toda a matéria hoje de manhã.

 Pretérito imperfeito: O fato passado não foi concluído totalmente.

Ex.: Ele conversava muito durante a aula.

Pretérito mais-que-perfeito: O fato passado é anterior a outro fato também


passado e terminado.
Ex.: Quando eu cheguei na festa, ele já tinha saído

 O futuro pode ser:

 Futuro do presente: O fato acontece após o momento da fala, mas já


terminado antes de outro fato futuro.

Ex.: Quando sua mãe chegar, eu contarei tudo para ela.

 Futuro do pretérito: Um fato futuro que pode ocorrer depois de um fato


passado.

Ex.: Se eu tivesse os livros, estudaria nas férias.

 Emprego de modos verbais:


 Indicativo – mostra uma certeza. A pessoa que fala é precisa sobre o fato.

Ex.: Eu gosto de feijoada.

Subjuntivo – Mostra incerteza. A pessoa fala mostra dúvida sobre o fato

Ex.: Talvez eu viaje no final de semana.

Imperativo – mostra uma atitude de ordem ou solicitação

Ex.: Não jogue bola agora.

Formas nominais do verbo:

O verbo pode ter funções de nomes (nominais), como substantivo, adjetivo e


advérbio.

 Infinitivo impessoal (não flexiona o verbo): dá significado ao verbo de modo


indefinido e vago. Ele deve ser usado em locuções verbais, sem sujeito
definido, com sentido imperativo e etc..

Ex.: É preciso amar

Infinitivo pessoal (flexiona o verbo): Ele deve ser usado com sujeito definido,
quando desejar determinar o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for
diferente e quando uma ação for correspondente.

Eu pedi para as crianças lerem mais.

1ª pessoa do singular: sem desinências (eu)

estudar (1ª conjugação)

aprender (2ª conjugação)

partir (3ª conjugação)

2ª pessoa do singular: Radical + ES (tu)

estudar + es

aprenderes

partires

3ª pessoa do singular: sem desinências (eles)


estudar

aprender

partir

1ª pessoa do plural: Radical + MOS (nós)

estudar + mos

aprendermos

partirmos

2ª pessoa do plural: Radical + DES (vós)

estudar + des

aprenderdes

partirdes

3ª pessoa do plural: Radical + EM (eles)

estudar + em

aprenderem

partirem

 Gerúndio: pode servir como adjetivo ou advérbio. A ação está acontecendo no


momento que se fala.

Ex.: eu estou falando com você

Na escola havia meninos vendendo picolés (função de adjetivo)

Quando estava saindo de casa, vi um carro branco. (função de advérbio).

 Particípio: Resultado de uma ação que terminou, podendo flexionar em


gênero número e grau. È usado na formação dos tempos compostos.

O João tem dormido cedo nas últimas semanas.


5. Domínio da estrutura morfossintática do período: Relações de
coordenação entre orações e entre termos da oração.

 Período é a frase formada por uma ou mais orações, com sentido completo

O período pode ser simples ou composto.

Período Simples: Formado por apenas uma oração

Ex.: A noite está maravilhosa!

Período composto: Formado por duas ou mais orações.

Ex.: João levantou e foi para o banheiro

O período composto pode ser por coordenação e subordinação:

Período composto por coordenação: Quando as orações são independentes


e tem sentido completo, porém sem relação sintática entre si.

Ex.: Os alunos discutiram o tema, escolheram o melhor e terminam o trabalho

Período composto por subordinação: Quando uma das


orações(subordinada) depende sintaticamente da outra (principal) para fazer
sentido.

Ex.: Não fui ao treino (oração principal), por que tinha aula (oração
subordinada).

 Período Composto por Coordenação

 Um período composto por coordenação é formado por orações independentes


sintaticamente, ou seja, as orações não tem nenhuma dependência para serem
entendidas, mas que se unem para tornar a informação mais completa e
expressiva. Elas são consideradas orações coordenadas.

Antes de falarmos sobre os tipos de orações coordenadas é necessário saber o


que é uma conjunção coordenativa.

 Conjunção coordenativa: É uma conjunção usada para ligar duas orações ou


palavras que têm a mesma função gramatical. Pode ser Aditiva, adversativa,
alternativa, conclusiva e explicativa.

 Temos dois tipos de orações coordenadas:

 Orações Coordenadas Assindéticas

São as orações que não estão ligadas através de conjunção coordenativa. A


ligação é feita através de uma pausa, geralmente pela vírgula.
Ex: Vim, vi, venci.

 Orações Coordenadas Sindéticas

São orações coordenadas entre si e são ligadas por uma conjunção


coordenativa.

São classificadas em 5 tipos:

 Oração coordenada sindética aditiva:

Exprime uma ideia de soma à oração anterior.

Algumas conjunções aditivas: e, nem, mas também, mas ainda,


assim….como, bem como…

Exs.:

Eu e minha esposa almoçamos fora e fomos ao shopping

Não gosto de pimentão nem de batata-doce.

 Oração coordenada sindética adversativa:

Exprime uma ideia de oposição à da outra oração. É obrigatório o uso de


vírgula.

Algumas conjunções adversativas: mas, porém, todavia, ainda assim, no


entanto, entretanto, contudo.

Exs.:

Eu queria jogar futebol, mas a minha perna ainda dói.

Eu estava indo a pé, porém começou a chover

 Oração coordenada sindética alternativa:

Exprime ideia de opção, de alternância em relação à outra oração. Nela


também é obrigatório o uso de vírgula, entre as orações, mas se tiver só uma
oração a vírgula é opcional.

Algumas conjunções alternativas: ou, ou…ou, nem…nem, seja...seja, ora…


ora, quer… quer, já...já.

Exs.:

Faça o que seu pai mandou ou ficará de castigo

Quer jogar de manhã, quer jogar de tarde, não para de jogar futebol


Ora você está de bom humor, ora está de mau humor.

 Oração coordenada sindética conclusiva:

Exprimem conclusão ou consequência de uma ideia relacionada à oração


anterior.

A vírgula também é obrigatória.

Algumas conjunções conclusivas: logo, assim, portanto, por isso, por


conseguinte, pois, de modo que, então…

Exs.:

Fui mal na prova, portanto não vou passar no concurso.

Estudei muito, por isso devo passar no concurso.

 Oração coordenada sindética explicativa:

Indicam uma justificativa ou uma explicação de uma ideia relacionada à oração


anterior. É também obrigatório o uso da vírgula.

Algumas conjunções explicativas: que, porque e pois (antes do verbo), ou


seja, isto é, …

Exs.:

Conseguiu passar no concurso, porque estudou muito.

Dê parabéns a ele, pois passou no concurso.

 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.

 Abaixo uma tabela resumo para facilitar o aprendizado:


5.1- Classes de palavras – emprego e sentido que imprimem às relações
que estabelecem: substantivo, adjetivo, numeral, artigo, pronome, verbo,
advérbio, preposição e conjunção e interjeição.

A Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das


palavras. Ela estuda as palavras isoladamente, não observando suas funções
dentro das frases ou períodos, como faz a sintaxe.

A morfologia estuda as CLASSES DE PALAVRAS, ou seja, a forma das


palavras.

Neste artigo veremos as classes de palavras de modo geral, para você ter uma
noção sobre elas.

Em cada Classe de palavras tem um link onde eu aprofundo mais a explicação


de cada uma.

As classes de palavras são dez: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo,


numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio.

Estas classe são divididas em palavras variáveis  que podem variar em


gênero, número ou grau e palavras invariáveis que não variam a sua forma.

 Classes de Palavras

 
Palavras Variáveis

Substantivo: É a classe de palavra que nomeia os seres, coisas e ideias que


existem ou imaginamos existir. Ex.: Criança, José, mesa, inveja e saci.

Adjetivo: palavra que tem por função expressar características, qualidades ou


estados dos seres;

Exs: Fria, magro e escuro

Artigo: palavra que se coloca antes do substantivo para determiná-lo de modo


particular (definido) ou geral (indefinido);

Definido – o, a, os, as

Indefinido – um, uma, uns, umas

Numeral: palavra que exprime uma quantidade definida, exata de seres


(pessoas, coisas etc.), ou a posição que um ser ocupa em determinada
sequência;

Exs.: Metade, quarto ou quinze

Pronome: palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome),


definindo-lhe os limites de significação;

Ex.: Ele prestou socorro

Verbo: Palavra que, por si só, exprime um fato (em geral, ação, estado ou
fenômeno) e localiza-o no tempo;

Ex.: Vou caminhar na praia

 Palavras invariáveis

Preposição: palavra invariável que liga duas outras palavras, estabelecendo


entre elas determinadas relações de sentido e dependência;

Exs.: Ante, até, contra e por.

Conjunção: palavra invariável que liga duas orações ou duas palavras de


mesma função em uma oração;

Exs.: Logo, portanto e porém


Interjeição: palavra (ou conjunto de palavras) que, de forma intensa e
instantânea, exprime sentimentos, emoções e reações psicológicas.

Exs.: Coragem!, Puxa! e Silêncio!

Advérbio: palavra invariável que se relaciona com o verbo para indicar as


circunstâncias (de tempo, de lugar, de modo etc.) em que ocorre o fato verbal;

Exs.: Talvez, absolutamente e melhor.

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