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ESCOLA DE POS-GRADUAGAO EM ECONOMIA FGV ANALISE I Prof. Alexandre Madureira Gustavo Pereira Solugées da terceira lista de exercicios 13 de fevereiro de 2014 Solugdes EXERCICIO 1. Seja (xx) sequéncia em R" convergente para x. Mostre que {xx : k € N}U{x} é compacto, SUGESTAO DE RESPOSTA 1, Defina X := {x,:k © N}U {x}. SejaG uma cobertura de X por abertos. Devemos mostrar que existem n € Ne abertos Go, G1 X CGoUGLU..UGs Ga em G tais que Como x € X, exis te um Gp € G tal que x € Go. Repare que o conjunto ¢ Go} ie., 0 conjunto dos elementos da sequéncia que nao pertencem a X deve ser finito. De fato, como Go é aberto, pelo Lema 3.44 das notas podemos tomar um natural K* tal que, para ke > K*, xe € Go. Segue que axa. xKe} Nesse caso, tomando G1, G2, . G+ em G tais que x; € Gi (tais Gi existem pois cada est4, por hip6tese, coberto por um elemento de g), temos que X= (x1, 22,0. XK+) U Peep XK 2} C G1 UG2U... UGK UG. Ss oberon por Go ~ SUGESTAO DE RESPOSTA 2, Do Teorema 3.1.8 das notas, a sequéncia x; é limitada. Segue que o conjunto X = {x1,x2,..}U{x} élimitado. Vou mostrar agora que X ¢ fechado. Dado y € C(X), existe um § > 0 tal que Bs(y) {x1,%2,...} = 0). De fato, se tal 5 nao existisse, seria possivel construir uma subsequéncia de x, convergindo para y. Como y # x (pois y € C(X)), isso contradiria a convergéncia de x;, pelo Lema 3.2.1. Repare agora que x ¢ Bs(y), pois, se pertencesse, aplicariamos 0 Lema 3.44 (com 2 = By(y)) ¢ encontrariamos um elemento x; em By(y). Segue que Bs(y) © C(X). Como y foi tomado arbitrariamente, X é um conjunto fechado. Pelo teorema de Heine-Borel, portanto, X € compacto. EXERCICIO 2. Seja (1) uma sequéncia em R” limitada,e tal que toda subsequéncia convergente converge para x € R". Mostre que (c,) converge para SUGESTAO DE RESPOSTA 1. — Repare que, se sr, for convergente, entao limrz = « (Porque (17,) seré uma subsequéncia convergente dela mesma; pela hipétese do enunciado, portanto, ela convergird para 2!) Suponhamos que x, nao converge para x. Pelo Lema 3.2.2, existe uma subsequéncia (1r.,) tal que || — 2g,|| > © para todo j € N. Chamemos tal subsequéncia de (yj) para aliviar a notacao. Note que nenhuma subsequéncia de (y;) pode convergir para sr. De fato, se yj, con- vergisse para «, teriamos || — y,,|| < ¢ para n suficientemente grande, contradizendo a construgao de (yj). Ao mesmo tempo, como (7 € limitada, a subsequéncia (y,) também 0 €. Segue de Bolzano-Weierstrass que existe uma subsequéncia y,, convergente. Jé vimos que seu limite nao pode ser .r, Por outro lado, y;,. € subsequéncia convergente de «rn logo, por hipétese, deve convergir para ©. Obteve. assim, uma contradigdo supondo-se que (7,) nao converge para ~ EXERCICIO 3. Sefa (1) uma sequéncia de Cauchy contendo uma subsequéncia convergente para sr, Mostre que (r,) converge para x. SUGESTAO DE RESPOSTA 1. Considere « > 0. Como (rx) € de Cauchy, e que ste, um N tal m,n 2N => ||tm—2nll <€/2 a Seja (.r,,) uma subsequéncia de (zr,) tal que lim; rz, = x. Para qualquer « > 0, existe um natural J tal que J2I => lea; al] < 6/2 @Q) Fixe um j* > J tal que ky > de naturais Seja agora n > (Lembre-se que (4,); 6 uma sequéncia estritamente crescente Temos Wen — a] Slltn — are + [ye — 2 6) Repare que, de n e hy+ serem maiores que J, temos de (1) que | outro lado, como kj- = N, a relacdo (2) implica que || de (3) que n= hye] < €/2. Por . —2|| < ¢/2. Portanto, concluimos [tn — || <€ sempre que n > N. ~ EXERCICIO 4. Dizemos que uma sequéncia (1r;) no R™ tem variacdo limitada se a sequéncia (vg) de renis definida por k er converge. Mostre que toda sequéncia de variacio lintada é convergente. SUGESTAO DE RESPOSTA 1. Seja xr; uma sequéncia de variacao limitada e vp definida como no enunciado. Defina também v= limo, Como vej1 — v4 = |[Ze41 — 2e|] > 0, temos que v. € mondtona. Dado « > 0, portanto, existe um K€ N tal que, para k > K, temos O K +1, Sem perda de generalidade, suponha k > j. Entao fee —2r5l| = |lre — tea bk tea tke aj tj — 45] |[ee — all + |lsee—-1 — te-a|| + + | ep — 25 = 1-1 Yj-1) — (0 %-1) (2) € convergent Segue que (rj) € de Cauchy. Pelo Teorema 3. EXERCICIO 5. Seja F um conjunto fechado em R" nito vazio, e seja y ¢ F. Mostre que existe a € F tal que ||" — yl = int{|\2 —yl|:2 € F}. SUGESTAO DE RESPOSTA 1. Em exercicio de lista anterior, vimos que 0 infimo do enunciado esta bem definido. Seja 6 = inf {|r — yl]: € F) Dado n € N, da definigao de infimo de um conjunto, existe, € F tal que d+ (Un) > |lan = yl] 26 Repare que isso define uma sequéncia limitada, pois, para todo n € N, |leal] < [len ~ ull + lyl| < 3+ 2 + lly <4 1+ |lyll Usando Bolzano-Weierstrass, encontramos uma subsequéncia ir», der tal que tin, —> 0" para algum ©" € R", Entao: (i) Como tn; € F para todo j, e como F ¢ fechado, 0 Lema 3.4.1 implica que x" € F. (ii) Como a* € F, temos 4 < ||x* — y|| (segue de d ser inf) (ii) ded < Jr, —yl] <6+1/n, ,concluimos que ||", ~yl| + 4 quando j — oe. (sanduiche) Afirmo que |2* — yl] = 6. Usando (ii), basta mostrar que || = ll $5. Ora, para todo j, temos [l2* = ull < Ila? — 20, + lla; — all ‘Tomando o limite em j, o primeiro termo a direita da desigualdade se anula e o segundo, por (iii), tem limite 6, Logo ||x* — yl] <6. EXERCICIO 6. Seja (1) sequéncia monétona em R, e suponha que (rg) contenha subsequéncia convergente. Mostre que (.r,.) converge. SUGESTAO DE RESPOSTA 1. Suponha :rg (fracamente) crescente. Seja (r.,) a subsequén- cia convergente de (74) e defina x im a, Afirmo que ry wv entdo: (i) 0 fato de kj ser crescente implicaria que, para algum J, terfamos k; > k” para todo j2d (ii) 0 fato de (74) ser monstona implicaria que rg, > xy > # para todo j > J. Passando ao limite, teriamos x > ry > 2, absurdo. Logo 24 0, entao, seja J tal que key > ray, <6 Sek > ky,entao rth S 0h, y. Segue que x = (—1)ye -* —y, pelo Lema 3.1.4 ~

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