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22/02/2018 Fichamento do livro “O Príncipe” escrito por Maquiavel, Niccolo

Fichamento do livro “O Príncipe” escrito


por Maquiavel, Niccolo
Trabalho apresentado à Faculdade de Direito da
Universidade Presbiteriana Mackenzie com apresentação do
fichamento referente ao livro “O Príncipe” escrito por Niccolo
Maquiavel

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Publicado por Andressa Steil


ano passado 5.468 visualizações

RESUMO

Este trabalho consiste em reflexões baseada em meu entendimento


pessoal sobre o livro “O Príncipe” escrito por Niccolo Maquiavel.

A obra “O Príncipe” escrito por Maquiavel é direcionada a um Príncipe


que exerce função de governador de um Estado, oferecendo conselhos
sobre como manter seu governo da forma mais eficiente possível, sendo
essa eficiência a ciência política de Maquiavel e como acender ao poder.

“O Príncipe” foi dedicado ao Príncipe Lorenzo de Médici.

Capítulo I De quantas espécies são os principados e dos modos


de conquistálos

De acordo com Nicolau, os Estados de forma generalizada consistem em

republicas ou principados. Os principados podem ser por meio de direito


sucessório (hereditariamente, neste caso) ou novo. Os novos, por sua vez,
dividemse em: completamente novos e anexos a um Estado por meio de
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herança. Os anexos são submissos ao comando do príncipe que o anexa
ou possuem a liberdade de serem adquiridos com tropas tanto de terceiro
quanto próprios, tendo como motivo de ambição para as conquistas, a
fortuna ou e/ou o mérito.

Capítulo II Dos principados hereditários

O autor optou por não discorrer sobre a república, dando enfoque


exclusivamente aos principados. A manutenção e o governo de um
principado hereditário são vistos como mais simples, pois o povo já
possui certo afeto pela família no poder, facilitando a trilha do novo
príncipe, sendo que este só precisaria seguir a linha de atuação já trilhada
por sua família.

Capítulo III – Dos principados Mistos

A concepção de “Principados Mistos” consiste em principados anexos a


um Estado hereditário, tendo como principais dificuldades as mesmas
enfrentadas pelos principados novos.

Os inimigos são aqueles que se sentiram intimidados pela invasão e todos


aqueles que ajudaram na tomada do espaço do antigo regente, sendo que
desta forma existe então um débito com os mesmos, não podendo lutar
contra. Ainda que o príncipe possua um exército poderoso sempre será
necessário o apoio popular para que possam ocupar uma província.

No caso do Estado dominado e anexo possuir a mesma linguagem e


província, o mesmo será submetido de forma mais rápida, ainda mais se
já estiverem acostumados a falta de liberdade, sendo apenas necessário a
destruição da linhagem anterior, de forma que os costumes que os
habitantes do Estado adquirido mantenhamse os mesmos, assim como
as leis e impostos não o alterandoos.

Entretanto, ao conquistar um Estado de província e língua distintas,


assim como leis e costumes do povo deste Estado, a sorte atua como fator
determinante para a conservação. Uma maneira eficaz de melhor
aceitação pelo povo conquistado é a presença do príncipe em pessoa,
habitando o novo Estado recémadquirido e respondendo imediatamente
a eventuais consequências que possam surgir.

Outra forma disponível é organizar as colônias separando aquelas que


como postos avançados. Desta maneira os gastos são menores e a
dignidade da população não sofre grandes abalos. Caso contrário, seria
necessário o uso da força e imposição que tornaria a adaptação do povo
mais complexa e extensa. Além desta ainda é possível conservar os menos
poderosos e por fim nos mais poderosos, impedindo ainda que
estrangeiros intrometamse.

Capítulo IV – Por que razão o reino de Dario, ocupado por


Alexandre, não se rebelou contra os sucessores deste após a
morte de Alexandre

Os principados podem ser governados dos modos a seguir: 1) via um


príncipe tutelado por ministros (que só exercem algum poder devido à
concessão do próprio príncipe; 2) via um príncipe e barões que em
decorrência da hereditariedade possuem grandes poderes, ainda que
contra a vontade espontânea do príncipe.

No primeiro modo o príncipe ocupa um papel de governador absoluto (de


exemplo fica o Império GrãoTurco), enquanto que no segundo modo os
barões possuem, por sua vez, domínios e súditos próprios (tendo como
exemplo o reinado francês).

No Império GrãoTurco o rei secciona sei reinado e tem servidores à sua


disposição que realizam as tarefas que lhe são dadas conforme sua
determinação. Conquistar o Estado turco exige muito esforço, porém
uma vez conquistado, a manutenção é mais simples, pois o poder fica
concentrado e o povo já era acostumado a obedecer a um soberano. Na
França, porém, o rei está inserido na corte em meio a senhores muito
poderosos. A conquista seria mais fácil, visto que é possível conseguir
uma aliança com alguns barões descontentes. Entretanto, depois da
conquista o rei poderá encontrar muitos problemas oriundos daqueles
que o mesmo oprimiu ou então que o auxiliam a chegar ao poder.

Desta maneira é possível visualizar o motivo de porque após a morte de


Alexandre o reino não se mostrou rebelde contra os sucessores, perdendo
o reino devido as suas próprias ambições.

Capítulo V – Da maneira de conservar cidades ou principados


que antes da ocupação, se regiam por leis próprias

Maquiavel acredita que existiam três formas de conservar cidades ou


principados que antes da ocupação, se regiam por leis próprias: 1)
destruílos, 2) habitálos, 3) deixálos seguir com suas leis, recolhendo
tributos e gerando um governo de poucos. A terceira forma é a que
apresente menos resultado dentre as três levantadas, pois independente
de como o novo governador decidir seguir, os cidadãos sempre terão em
mente sua vida de antes da invasão comparandoa com a atual. Por fim,
concluise que, para conservar com sucesso uma república conquistada, o
modo mais fácil consiste em destruíla ou habitála pessoalmente.
Capítulo VI – Dos principados novos que se conquistam pelas
próprias armas e valor

Nos principados recémadquiridos, governados estes por príncipes


novos, a luta pela conservação da posse está diretamente ligada à
capacidade do conquistador. Alguém pode se tornar um príncipe pelo
valor ou boa sorte (virtude ou fortuna). Aqueles que se tornam príncipes
devido à virtude conquistam o principado com maior dificuldade, porém
conseguem mantêlos com mais facilidade.

A principal dificuldade encontrada no processo de conquista consiste na


tentativa de inserir novas leis e costumes para a fundação do Estado
conquistado. Isto ocorre, pois o novo legislador terá então como inimigos
todos aqueles a quem as antigas leis traziam benefícios e poucos
defensores, pois ainda não haveria tempo de conseguir parcerias fiéis.

Capítulo VII – Dos principados novos que se conquistam com


armas e a fortuna de outrem

Aqueles que pela fortuna (leiase sorte) conseguem acender ao poder e


chegar a tornaremse príncipes, chegam com facilidade, porém mantêm
se com dificuldade. Estes casos são observados quanto o Estado é
concedido ao príncipe por dinheiro ou por graça de quem o concede.

Capítulo VIII – Dos que alcançaram o principado pelo crime

Além de fortuna e mérito é ainda possível chegar ao poder e status de


príncipe por outras maneiras (menos éticas): 1) pela maldade,
contrariando as leis humanas e divinas; 2) por mercê do favor de seus
conterrâneos.
Quando o poder é adquiro por meio de um crime, as injurias devem ser
feitas de forma única, pois desta forma geram menos ofensas. Em
contrapartida, os benefícios devem ser realizados pouco a pouco para que
sejam mais bem aproveitados pelos beneficiários.

Capítulo IX – Do principado civil

Partindo do pressuposto que o cidadão pode tornarse príncipe por meio


de seus concidadãos, entendese ser via o povo ou via os mais poderosos.
Apesar de ambos serem concidadãos, essas correntes são completamente
opostas, visto que o povo não deseja ser governado, enquanto que os
poderosos desejam exercer poder sobre o povo.

Dessas diferenças surgem as seguintes consequências: principado,


liberdade e desordem.

O principado é determinado pelo povo ou pelos mais poderosos segundo


as oportunidades constantes no momento. Satisfazer o povo é mais fácil,
pois seu desejo é apenas não ser oprimido, sendo que o pior que um
príncipe pode esperar de um povo hostil é perder seu apoio e cair em
abandono. O príncipe, porém deve também temer a inimizade dos
poderosos, pois este o podem trair e o tirar do poder.

Por mais que em ambas correntes existam armadilhas, o príncipe é


obrigado a equilibrar ambas de forma que a convivência seja harmoniosa
concedendo ao povo o que eles pedem e utilizando os grandes como
massa de manobra a seu favor.

Os poderosos podem ser divididos em dois grupos: os que se ligam a sua


fortuna e os que agem diversamente. Os primeiros, quando honestos,
devem ser respeitados e queridos pelo príncipe. Os demais, como não
dependem diretamente do príncipe pensam mais em si próprios e por
isso são mais propícios a tornaremse inimigos em potencial.

O cidadão que subiu ao poder como príncipe através do povo, deve


mantêlo como amigo. Porém aquele que se torna príncipe contra a
opinião popular, devido ao auxílio dos grandes, deve tentar esforçarse
para adquirir a confiança do povo, o que não é difícil, pois quando os
homens recebem o bem de quem só esperavam o mal, se “desarmam” e
passam a considerar o novo príncipe.

Capítulo X – Como se devem medir as forças de todos os


principados

Deve ser levado em consideração se um príncipe possuiu a força


necessária em seu Estado, para que em época de necessidade ele consiga
manterse por si só ou recorrer a ajuda de terceiros.

Um principado poderoso possui riquezas e súditos para resistir a


qualquer invasor. Um principado considerando como fraco é aquele que
não tem força para lutar em uma batalha em campo aberto e para se
proteger precisa se refugiar detrás de seus muros. Assim um príncipe que
tenha uma cidade forte e respeito de seu povo, não será atacado.

Capítulo XI – Dos principados eclesiásticos

Os principados eclesiásticos, segundo Maquiavel, são alcançados por


meio de sofrimento ou sorte do indivíduo, porém permanecem devido à
rotina da religião. Apensas estes: tem Estados em sua posse, mas não os
defendem, têm súditos, mas não governam seus Estados. Entretanto,
ainda que indefesos, permanecem intactos. Somente principados desta
categoria são ao mesmo tempo seguros e felizes, devido a proteção divina
que acreditam ter.

Capítulo XII – Dos gêneros de milícias e dos soldados


mercenários

Leis e armas justas e úteis constituem as principais bases de um Estado.


Os esforços que o príncipe dedica voltados para a manutenção de seu
Estado são sempre próprias ou derivadas de mercenárias auxiliares ou
mistas.

As mercenárias e auxiliares são consideradas, porém ineficazes e


perigosas, pois não demonstram real afeto ao príncipe, lutando com o
mesmo apenas por questão de dinheiro, fazendo com que não entreguem
suas vidas pela causa.

Capítulo XIII – Das tropas auxiliares, mistas e nativas

As tropas auxiliares são consideradas inúteis e enviadas por poderosos


em busca de fornecer auxilio a um príncipe em necessidade. São as mais
perigosas, pois perdendo o príncipe solicitante, perdem junto. Porém
ganhando, o príncipe solicitante tornase um prisioneiro da tropa.

As tropas mercenárias, por sua vez, são consideradas covardes perante os


quesitos auxílio e bravura. Príncipes mais razoáveis, racionais, entendem
ser mais vantajoso perderem com suas próprias tropas em vez de
conseguir uma falsa vitória com a ajuda das tropas auxiliares, visto que
estas prestam obediência a outros poderosos.
Além destas, temse ainda os exércitos mistos entre mercenários e
soldados próprios. São muito mais eficientes que as tropas auxiliares ou
mercenárias, porém muito inferiores aos exércitos próprios. As forças
próprias, unidas pelos súditos, são consideradas as mais confiáveis e
seguras.

Desta forma é possível observar que sem possuir armas próprias, o


principado corre risco de ser arruinado.

Capítulo XIV – Dos deveres do Príncipe para com suas tropas

Um príncipe tem como dever sempre ter em mente estratégias de guerra,


assim como seu regulamento e disciplina. A guerra é tão poderosa e
decisiva que pode tanto eternizar um príncipe no poder ou elevar simples
cidadão ao trono, quanto destruir seus reinados.

Um príncipe que demonstra falta de domínio na arte militar, não terá o


respeito de seu exército. Desta maneira, o príncipe deve sempre
preocuparse com a guerra e fazer uso da mesma inclusive em busca a paz
pela ação e pelo pensamento: pela ação por manter suas tropas
disciplinadas e sempre em treinamento, além de conhecer muito bem
suas terras. Pelo pensamento, estudando estratégias, feitos de homens
grandiosos e as histórias das guerras.

Capítulo XV – Das razões por que os homens, e especialmente


os Príncipes, são louvados ou censurados

O comportamento de um príncipe em face de seus súditos e amigos é


muito importante. Um príncipe, para manterse no poder deve por vezes
utilizar de maldades. Os príncipes são qualificados por suas
características boas quanto ruins. Entretanto, um príncipe não deve levar
unicamente em consideração essa classificação, visto que uma virtude se
aplicada poderia leválo a ruína e um defeito acarreta em segurança e
bemestar à um príncipe.

Capítulo XVI – Da liberdade e da parcimônia

Omitir demonstrações de brilhantismo leva a crer que o príncipe não é


considerado liberal. Todo esse brilhantismo é difícil de obter e se o
príncipe tem interesse em mantêlo deverá este oprimir o povo, o que
ocasionará no ódio do povo pelo mesmo.

Concluísse então que é melhor ter fama de miserável, o que ocasiona em


má fama sem ódio, do que adquirir a fama de liberal e ser obrigado, por
consequência, a onerar o povo e tornarse odiado.

Capítulo XVII – Da crueldade e da piedade e se é melhor ser


amado ou temido

O ideal para um príncipe seria ser aceito pelo seu povo como piedoso e
não como cruel. Entretanto, precisa ser sabido como manejar a parte da
piedade.

A partir deste ponto fica o questionamento sobre: é melhor ser temido ou


amado? Visto que é sabido que ambas as características não podem ser
absorvidas, em termos de segurança, ser temido e melhor do que ser
amado. O amor é alimentado pelo sentimento de dever, já o temor é
regido pelo receio do castigo. Um príncipe amado por seu povo gera
muitas expectativas e caso estas não sejam atendidas, e de forma breve, o
príncipe passará a ser odiado. Um príncipe temido, por outro lado, é
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respeitado sendo que a única coisa que ele deve evitar é tornarse odiado
pelo povo.

Capítulo XVIII – De que forma os príncipes devem manter a


palavra

Duas formas são as existentes neste caso: pelas leis e pela força. Quando
a primeira não é o bastante, fazemse o uso da segunda.

Um príncipe prudente deve desfazer de sua palavra quando esta lhe


apresenta riscos ou quando as causas que a determinam não estejam
mais presentes. O príncipe não precisa de fato ter todas as virtudes (entre
essa piedade, integridade, lealdade, humanidade e religião), porém deve
agir como se as possuísse. Todos veem o que o príncipe aparenta, mas
poucos sabem, sendo que estes nem ao menos ousariam contrariar a
opinião da maioria.

Deve ser lembrado que o que importa nas ações de todos os homens, em
especial quando se tratando de príncipes, são os fins sendo que
independente dos meios utilizados, estes devem ser sempre honrados e
louvados.

Capítulo XIX – De como se deve evitar o ser desprezado e


odiado

O que leva um príncipe a ser odiado é um comportamento de um


usurpador e "roubo" dos bens e mulheres de seus súditos, partindo do
pressuposto de que os homens vivem muito bem se seus bens e sua honra
não forem arrancados destes.

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A fim de evitar ser desprezado pelo povo o príncipe deve evitar ser:
volúvel, leviano, efeminado, pusilânime, irresoluto. Grandeza, coragem,
gravidade e fortaleza devem ser encontradas em suas ações.

O príncipe que conseguir criar uma boa imagem fica com uma boa
reputação o que lhe confere certa segurança, pois não se conspira ou
ataca aquele com reputação. Um príncipe deve, porém, recear
conspirações internas e distúrbios externos criados pelos poderosos.

Quando é amado pelo povo, as conspirações passam a não ser tão


importantes, sendo que de forma contrária, quando odiado pelo povo,
deve temer a tudo e a todos.

Antes, no Império Romano, agradar os soldados era mais importante que


agradar o povo. Agora os príncipes focam em satisfazer o povo.

Capítulo XX – Se as fortalezas e muitas outras coisas que dia a


dia são feitas pelo príncipe são úteis ou não

Um príncipe novo precisa de súditos. Desta forma, nunca deve desarmar


um súdito e se o mesmo está desarmado, deve armálo para ganhar sua
fidelidade. Visto que não é possível armar todos, os já armados defendem
o príncipe contra os nãos armados.

Um príncipe que desarma a população os ofende mostrando que não


confia no seu povo, gerando o ódio dos mesmos fazendo com que ele
tenha que recorrer a tropas mercenárias.

Quando um príncipe conquista um novo Estado, porém, e o anexa aos


seus domínios, nesse caso é necessário desarmar o Estado conquistado,
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com exceção daqueles que o ajudaram na conquista.

Um príncipe perspicaz deve arquitetar de forma inteligente certas


inimizades de forma que estas possam derrotar o inimigo e sair vitorioso.

Alguns príncipes tem o hábito de construir fortalezas para servir de


refugio no caso de sofrer algum ataque inesperado.

Segundo Maquiavel, apenas o príncipe que teme mais seu povo do que os
estrangeiros devem levantar fortalezas. Aqueles que têm mais temor
pelos estrangeiros não precisam de fortificações, seno sua melhor forma
de proteção não ser odiado pelo povo.

Capítulo XXI – O que a um príncipe convém realizar para ser


estimado

Grandes empreendimentos são a melhor maneira de estima para um


príncipe. Maquiavel cita como exemplo Fernando de Aragão e suas
grandes e vitoriosas expedições militares.

Um príncipe deve batalhar para conquistar fama grandiosa e positiva.


Fora empreendimentos, tomar partido também traz grande estima ao
príncipe.

Príncipes neutros normalmente não fazem sucesso. Se o lado que o


príncipe apoiar não sair vitorioso, as coisas permanecerão como estão e o
perdedor ficará em débito. Se ganhar terá obrigações a cumprir como
forma de agradecimento.

Um príncipe em hipótese alguma deve fazer aliança com um mais


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poderoso que o seu, pois se ganhar ficará a mercê do que te ajudou.

De modo que nem o príncipe ou os cidadãos fiquem receosos em fazem


melhorias nos seus negócios por medo de perdêlos, o príncipe deve
sempre estimular internamente cidadãos a exercer livremente suas
atividades, no comércio e na agricultura.

Capítulo XXII – Dos ministros dos príncipes

Para que se possa avaliar a inteligência de um príncipe quando este é


novo no trono, devemse avaliar os homens que possui ao seu redor, pelo
simples fato de que bons príncipes escolhem bons ministros e viceversa.

Um bom ministro deve: pensar mais no príncipe do que em si próprio e


todas suas ações buscam o proveito coletivo e não individual.
Encontrando um bom ministro o príncipe deve mimálo para que seja,
mantenhase fiel.

Capítulo XXIII – De como se devem evitar os aduladores

Neste caso o príncipe deve deixar claro que lhe dizer a verdade não o
ofende. Mas se todos disserem a verdade, faltará respeito para com o
príncipe.

Desta maneira, o príncipe deve ter em seu Estado homens sábios e só


estes tem a liberdade de lhe dizer a verdade e tão somente das coisas que
lhe perguntar. Ao consultálos e ouvilos o príncipe deve deliberar como
bem entender, porém nunca deve voltar atrás nesta deliberação ou será
arruinado.

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Capítulo XXIV – Por que os príncipes da Itália perderam seus
Estados

Um príncipe novo é mais vigiado que um hereditário, porém mostrando


virtudes, terá mais seguidores do que um príncipe de herdeiro.

Os príncipes da Itália perderam seus Estados pelos seguintes motivos


basicamente: falhas nas armas, hostilização pelo povo e por falta de
neutralização dos grandes. Seus principados hereditários formam
perdidos devido a própria indolência, pois não se preocuparam no
período de tranquilidade, sendo que com a vinda dos períodos de
tempestade, estes chegaram e eles fugiram, não defendendose.

Capítulo XXV – De quanto pode a fortuna nas coisas humanas


e de que modo se deve resistirlhes

Maquiavel defende a ideia de que a fortuna ou sorte são responsáveis por


metade de nossas ações, sendo que como existe o livre arbítrio, ficamos
responsáveis pela outra metade. A fortuna apenas se manifesta onde não
há resistência organizada.

Um príncipe que se apoia somente na fortuna tende a variar segundo ela


no sucesso e no fracasso, sendo que a sorte não é uma constante.

Um príncipe prudente governa considerando as necessidades de seu


tempo.

Capítulo XVI – Exortação para tomar e livrar a Itália das mãos


dos Bárbaros

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Maquiavel chegou à conclusão de sua fazendo menção aos Médici que
tomaram o poder em toda a Itália. Para o autor a Itália atingiu o ápice do
caos e devido a isto necessita de um novo príncipe no comando. Este
novo príncipe deve ser da família Médici e tem a tarefa de colocar a Itália
novamente em ordem, defendendoa das constantes invasões estrangeiras
e das lutas internas.

Considerações Finais

Maquiavel expõe e compara diferentes tipos de Estado informando qual a


influência de tal Estado no governo de um determinado príncipe,
ensinando ainda não só como conquistar o poder, mas também prosperar
e manter seu domínio.

Situações problemáticas e de difícil resolução são levantadas como


enigmas, porém Maquiavel habilmente demonstra soluções aplicáveis,
assim como conselhos a fim de dar a receita do sucesso ao príncipe que o
lê.

Atualmente uma das orientações do autor do livro é de uso contínuo e


utilizado por muitos, se não todos, os políticos para angariar votos e
conquistar seus cargos na governança do Estado / País e consiste no
sucesso do governante se este mostrarse como um defensor dos mais
fracos.

Muitos dos fundamentos de Maquiavel são provenientes de fatos


históricos e suas consequências serviram de estudo para seus
ensinamentos de Maquiavel.

Por fim, o enigma sobre se um governante, para prosperar em seu


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governo, deve ser amado ou temido, quando não for possível ser ambos
(dificilmente é), segundo Maquiavel a melhor opção seria ser temido,
pois não há necessidade de ser amado, basta ser aceito e não odiado pelo
povo.

Bibliografia

MAQUIAVEL; Niccolo: “O Príncipe”. São Paulo, Folha de São Paulo,


2010. Coleção livros que mudaram o mundo. Vol 02. Pág 0760.

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