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ARAUCÁRIA
2009
Introdução
x(t) = 0
Ou seja, ela está sobre a origem em qualquer tempo. Agora, imaginemos outra partícula cujo
movimento se restringe à nossa reta. Podemos associar a essa partícula uma nova reta, de modo
que a origem da nova reta esteja na mesma posição dessa partícula, em qualquer instante (e que
as duas retas estejam sobrepostas). Ou seja, essa reta se move em relação à primeira! Chamemos,
então, a primeira reta de R, ou referencial R, e a segunda de R', ou referencial R'.
Denotemos, então, por x' a coordenada de uma partícula qualquer no referencial R'. Ou
seja, o módulo de x' é a distância dessa partícula à origem de R', e o seu sinal segue a mesma
regra que o sinal de x, dado na seção "Partículas e movimento sobre uma reta". A partir de agora,
chamaremos essas coordenadas (como x e x') de "posições". É claro que x' raramente coincidirá
com x, ou seja, o movimento depende do referencial! Segue que, se sabemos o valor de x',
podemos descobrir o valor de x através de
x = x' + r
Onde r é a posição da origem de R' em relação a R. Isso é facilmente verificável: a origem de R',
no próprio referencial R', tem x'=0. Usando na equação acima, temos: x = r, o que é de se esperar.
Aplicando o oposto: x = 0 leva a x' = -r (enquanto a origem de um referencial está à esquerda do
outro, a origem do outro está à direita do primeiro, o que justifica o sinal de -r). É importante
notar que, como os referenciais estão em movimento um em relação ao
Movimento em uma dimensão é aquele que ocorre ao longo de uma linha reta, como no
caso de um veiculo trafegando por uma estrada retilínea.
Deslocamento:
A Figura 2.1 mostra a posição do veiculo em dois pontos de uma trajetória. A variação na
posição do veiculo, chamada de deslocamento, é expressa por x2 – x1. Utiliza-se a letra grega Δ
( delta maiúscula) para indicar a variação de uma grandeza, assim, a variação é expressa por Δx .
Δx = x2 - x1
Figura 2.1
Veiculo movendo-se em linha reta. O eixo da coordenada x consiste em uma linha ao longo da
trajetória do veiculo. Um ponto dessa linha é escolhido como a origem 0. Outros pontos sobre a
linha estarão associados a um numero x, tendo x um valor proporcional a distância do veiculo em
relação a origem 0. Os pontos a direita de 0 são positivos, e os pontos a esquerda são negativos.
A notação Δx estabelece para uma única grandeza a variação em x. Ela não representa o
produto de Δ por x , da mesma forma que cos θ não é o produto entre cos e θ. Por convenção, a
variação de uma grandeza é sempre igual ao seu valor final menos o seu valor inicial.
Velocidade é a taxa com a qual a posição varia. A velocidade média de uma partícula é
definida como a relação entre a variação de seu deslocamento Δx e o intervalo de tempo Δt.
Figura 2.2
Uma linha reta liga os pontos P1 e P2, definindo-se a hipotenusa do triângulo cujos lados são Δx e
Δt. A relação Δx/ Δt representa a inclinação da linha e fornece uma interpretação geométrica da
velocidade média.
A velocidade média é igual a inclinação da linha reta que liga os pontos cujas
coordenadas são ( t1, x1) e ( t2, x2).
Geralmente, a velocidade média depende do intervalo de tempo em relação ao qual ela é
calculada.
Velocidade Instantânea
Velocidade Relativa
Se você está sentado no assento de um avião que se move com velocidade de 500mi/h em
direção ao leste, sua velocidade é também de 500mi/h em direção ao leste. Entretanto, 500mi/h
em direção ao leste pode ser sua velocidade relativa à superfície da Terra ou pode ser sua
velocidade relativa ao ar externo ao avião. Além disso, sua velocidade é nula relativa ao avião.
Para determinar a velocidade de uma partícula você também deve definir o sistema de referência.
Nessa discussão três sistemas de referência distintos podem ser identificados, a superfície da
Terra, o ar externo ao avião e o avião propriamente dito.
Um sistema de referência é um objeto estendido cujas partes estão em repouso uma relativamente
a outra.
Para se fazer medidas de posição utilizam-se eixos coordenados solidários a sistemas de
referência. Para um eixo coordenado horizontal fixado ao avião sua posição permanece constante,
pelo menos assim será se você permanecer em seu assento. Todavia, para um eixo coordenado
horizontal, fixado a um balão flutuante no ar externo ao avião, sua posição estará variando. O ar e
o balão estão em repouso um relativamente ao outro, logo, juntos eles formam um único sistema
de referência.
Se uma partícula se move com velocidade VpA relativamente a um sistema de referência A
que, por sua vez, se move com velocidade VAB relativamente a um sistema B, a velocidade da
partícula relativamente a B é:
Por exemplo, se você nada em um rio paralelamente a direção do fluxo, sua velocidade relativa à
margem, Vvm , é igual a sua velocidade relativamente à água, Vva , mais a velocidade da água
relativamente à margem, Vam :
Caso você esteja nadando rio acima a 2m/s relativamente à água e a água estiver fluindo a
um 1,2m/s relativamente à margem, então sua velocidade relativamente à margem será Vvm = -2
m/s + 1,2 m/s = -0,8 m/s, onde o movimento rio abaixo foi adotado como o sentido positivo.
Aceleração
améd = Δv
Δt
Assim, a aceleração é derivada da velocidade em relação ao tempo, dv/dt. Uma vez que a
velocidade é a derivada da posição x em relação a t , a aceleração é a segunda derivada de x
relativamente a t, isto é, d2x/dt2. Pode-se justificar a razão dessa notação escrevendo a aceleração
como dv/dt e substituindo v por dx/dt:
a = dv = d(dx/dt) = d2x
dt dt dt2
Caso a aceleração permaneça nula ,não haverá variação da velocidade com o tempo - a
velocidade será constante. Nesse caso, a curva de x em função de t será uma linha reta. Se a
aceleração for não-nula e constante, então a velocidade irá variar linearmente com o tempo e x
variará de forma quadrática com o tempo.
améd = Δv = a
Δt
Se a velocidade é v0 no tempo t = o e v para um tempo t posterior, a aceleração correspondente é:
a = Δv = v- v0 = v- v0
Δt t – 0 t
vméd = 1 (v0 + v )
2
Δx = x – x0 = v0t + 1at2
2
O primeiro termo do lado direito, v0t, é o deslocamento que ocorreria se a aceleração a fosse
nula, e o segundo termo, 1/2at2, é o deslocamento adicional derivado à aceleração constante.
A aceleração constante é dada por:
v 2 = v 20 + 2a Δx
Exercício:
Deslocamento
Δx = x2 - x1
12 12
= 2,1 x 10 - 3,0 x 10
= -9 x 1011 m
Velocidade Média
vméd = Δx
Δt
= -9 x 1011
3,16 x 107
=-
2,85 x 104 m/s
= -28,5 Km/s
Movimento em duas e três Dimensões
Quando o movimento de uma partícula esta confinado num plano, a sua posição pode ser
descrita ,por dois números. Por exemplo,podemos escolher a distancia x em relação ao eixo y e a
distancia y em relação ao eixo x, onde os eixos x e y são dois eixos cartesianos ortogonais que se
interceptam na origem .
Podemos especificar a mesma posição mediante a distancia r à origem e o ângulo entre a
reta que passa pelo ponto e pela origem e o eixo x ,existe e como é natural ,outras escolhas mas
em qualquer caso são precisos dois números para especificar a localização de um ponto num
plano.
X = r cos Ө
Y = r sen Ө
r = √ x² + y²
Quando a partícula não esta confinada num plano,mas se desloca em três dimensões ,são
necessários três números para especificar a sua posição, um método conveniente e o de usar as
três coordenadas x,y e z ,um método alternativo e o de adotar as coordenadas esféricas r , Ө e Ø.
As relações entre as coordenadas esféricas e as cartesianas ortogonais são convenientes
quando a simetria esférica.Por exemplo se a partícula desloca-se a partícula desloca-se pois r
permanece constante e somente Ө e Ø. São variáveis
x = r sen Ө cos c
y = r sen Ө sem Ø
z = r cos Ө
r = √ x² + y² + z²
tan Ө = √ x² + y² / z
tan Ø = y/x
O vetor deslocamento
Em duas ou três dimensões ,o deslocamento é indicado por uma seta ,tem como uma
direção e um sentido e uma grandeza ,devemos notar que o deslocamento não depende da
trajetória da partícula quando ela assa de p1 para p2, mas apenas dos pontos inicial e final.
As grandezas possuidoras de tamanho e direção e que obedecem à lei de adição, ilustrada por
estes deslocamentos,são chamados de grandezas vetores , e representadas por vetores .
C = A+ B
Componentes de um vetor
O vetor velocidade
Este vetor posição,ou raio vetor ,é especial ,pois na sua definição especificamos a
localização do inicio ,vemos que o vetor deslocamento é a diferença de dois vetores posição ,por
analogia com a notação unidimensional,simbolizamos por Δr o deslocamento em duas ou tres
dimensões.
Δr = r² - r¹
V méd = Δr
Δt
0 vetor aceleração
O vetor aceleração media é definido como a razão entre a variação do vetor velocidade
instantânea Δv e o intervalo de tempo Δt.
a = lim Δv = dv
Δt dt
0
Movimento uniformemente acelerado: movimento dos projeteis
V o = Vo cos Ө o V o y = V o sen Ө o
Velocidade Relativa
VpB = VpA + V AB
Exercício
C
B = 4 Km
Ɵ
L
A = 3 Km
Deslocamento resultante :
C2 = A2+B2
C2 = (3)2+(4)2
C2 = 9 + 16
C= √ 25
C= 5 Km
Direção e sentido
Tg Ɵ = B
A
Tg Ɵ = 4
3
Sistemas de Partículas
Centro de Massa
O centro de massa é o movimento de qualquer corpo ou sistema de partículas que pode ser
descrito em termos de movimento do centro de massa, superposto ao movimento das partículas
individuais do sistema relativamente ao centro de massa.
Considera-se, inicialmente, um sistema simples de duas partículas com movimento
unidimensional. Se duas partículas pontuais com massas M1 e M2 tem coordenadas X1 e X2, sobre
o eixo X, então a coordenada do centro de massa, Xcm é definida por:
Onde M = M1 + M2 é massa total do sistema. Apenas duas partículas, no caso o centro de massa
se situa em algum ponto da linha que une as partículas, caso as massas das partículas sejam
iguais, o centro de massa estará exatamente no meio dessa linha.
Se as duas partículas tiverem massas distintas, o centro de massa estará mais próximo da
partícula de maior massa.
A origem e o sentido do eixo X de modo que a massa M1, seja posicionada na origem e a massa
M2 esteja sobre o eixo X positivo, então X1 = 0 e X2 = d, em que d é a distância entre as
partículas, e o centro de massa pode ser calculado como:
U = ∑i m i gh i = g i ∑ i h i
Entretanto, pela definição do centro de massa a altura desse centro para o sistema é expressa por:
Mhcm = ∑ i m i h i
Logo que:
U = Mghcm
Utilizando esse resultado para localizar o experimentalmente o centro de massa de um corpo. Por
exemplo, dois corpos conectados através de uma barra leve estarão em equilíbrio se o pivô de
apoio estiver no centro de massa.
Se o pivô estiver em outro ponto o sistema gira até ocupar a posição de energia potencial mínima,
ocorre quando a massa estiver no seu ponto mais baixo possível, diretamente abaixo do pivô.
Mrcm =∫ r dm
A técnica do cálculo por integração, será utilizado o problema simples da determinação do centro
de massa de uma barra esbelta uniforme.
Mrcm = ∫ r dm = ∫xi dm
Mrcm = i = ∫ x dm = i ∫0L= Xλ dX
Sendo a barra uniforme, λ é constante e igual a M/L. Substituindo esse valor para λ na equação
anterior e realizando a integração, obtém-se o resultado esperado.
rcm = │L= 1 i M L² = 1 Li
1 i λ X²
M 2 │0 M L 2 2
Aro Semicircular
dm= λ ds = λr dθ
O centro de massa está sobre o eixo Y, é interessante observar que esse centro de massa está fora
do volume ocupado pelo material do corpo.
Movimento do Centro de Massa
Um exemplo de movimento do centro de massa pode ser dada por um bastão lançado no ar,
embora o movimento do bastão seja complexo, o movimento do centro de massa é simples.
Enquanto o bastão está no ar, o centro de massa segue uma trajetória parabólica, a mesma
trajetória que seria seguida por uma partícula puntiforme.
Na aceleração o centro de massa de um sistema de partículas é igual a força externa resultante
atuante sobre o sistema dividida pela massa total do sistema.
Para obter a aceleração do centro de massa, determina-se, a velocidade por derivação da Equação
em relação ao tempo.
∑ miαi = ∑ Fi
Aonde o termo da direita é o somatório de todas as forças atuantes sobre todas e sobre cada uma
das partículas do sistema. Algumas forças são internas: exercidas por alguma partícula do sistema
sobre outra partícula do sistema e outra é externa: exercidas sobre uma partícula do sistema por
uma partícula de fora do sistema.
Seja:
De acordo com a terceira lei de Newton, as forças formam sempre pares de ação-reação.
Cada força interna, atuante sobre uma partícula do sistema existe igual e oposta, também interna,
atuante sobre uma outra partícula do sistema.
Todas as forças internas são somadas, cada par de forças ação-reação fornece uma resultante
nula; logo que ∑ Fi, int = 0 portanto reduz-se a
A força externa resultante que atua sobre o sistema é igual ao produto da massa total M do
sistema pela aceleração do centro de massa, αcm do sistema.
Assim o centro de massa de um sistema se move como uma partícula de massa M = ∑m, sob a
influência da força externa resultante atuando sobre o sistema.
Conclusões
A mecânica esta presente em nossa vida a todo momento, ela além de estudar os
movimentos que acontecem diariamente, busca a explicação para as suas ocorrências, fazendo
análises das forças que atuam sobre os corpos em repouso ou em movimento.
Para o desenvolvimento do estudo de mecânica, bem como o de todas as outras áreas de
estudo, é necessário ter o domínio dos conceitos de vetor e suas características( módulo, direção e
sentido) e a compreensão e diferenciação entre grandezas escalares e vetoriais.
Referências Bibliográficas
- WALKER, Resnick Halliday, Fundamentos de Física, Ed. LTC, Rio de Janeiro, 2006.
- TIPLER, Paul A,; Física para Cientistas e Engenheiros, Ed. LTC, Rio de Janeiro, 2006.