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CRISTIANO SABIÃO

ELIAS DA SILVA COSTA FILHO


RAFAEL DA SILVA LEVANDOSKI
RAFAEL MASSANEIRO
VANDERLEI DOS SANTOS LIMA

MOVIMENTO RELATIVO E SISTEMAS DE PARTÍCULA.

Trabalho de graduação apresentado à


disciplina de Física, do curso de Engenharia de
Produção da Faculdade Educacional de
Araucária.
Orientadora: Prof-a Márcia Manfra

ARAUCÁRIA
2009
Introdução

Neste trabalho estaremos dissertando sobre Movimento relativo e sistemas de Partícula.


Na parte de movimento relativo, estaremos dissertando sobre o referencial, o movimento em
uma, duas e três dimensões, e ainda na parte do sistema de partículas dissertaremos sobre o
centro de massa.
Este trabalho será entregue à disciplina de Física, segundo orientações da Professora
Márcia. Ele tem por objetivo a obtenção de novos conhecimentos relacionados a Mecânica e
também obtenção de nota parcial do primeiro bimestre.
Não é de hoje que o homem procura explicações para os fenômenos ocorridos na
natureza, essa busca vem desde a Antigüidade, principalmente no que diz respeito à explicação
para os movimentos que os corpos executam. Homens famosos como Aristóteles, Galileu,
Ptolomeu foram alguns dos muitos cientistas que estiveram na busca por explicações sobre os
movimentos, além de serem os responsáveis por estabelecer muitas das leis que hoje
conhecemos.
Referencial

Em física, os sistema de coordenadas de referência ou referencial é um sistema de coordenadas


utilizado para se medir e registrar as grandezas físicas como por exemplo posição, velocidade,
aceleração, campos eletromagnéticos, campos gravitacionais, etc. Cada observador deve a priori
escolher um referencial para que se possa realizar suas medidas ou formular suas teorias.
Um conceito importante da física é o de que as conclusões tiradas das medidas ou análises
em dado referencial não podem depender da escolha, ou posição ou velocidade do referencial.
Para que isto seja verdade as leis da física devem ser independentes do sistema de coordenadas
escolhido para sua formulação.
Dado dois observadores com suas escolhas de referenciais e suas medidas ou observações,
para que se possa realizar comparações destes resultados é necessário se obter uma forma de
transformar as medidas e observações feitas em um referencial para o outro (A para B). A
diferença entre estes referenciais pode ser tanto em relação a posição escolhida para a origem,
como em relação a velocidade de movimento relativo entre eles.
Na mecânica clássica estas transformações são realizadas através das transformações de
Galileu e na relatividade restrita através de transformações de Lorentz. Na relatividade geral as
transformações lineares entre referenciais são as mais gerais possíveis, fruto do entendimento de
Einstein de que não poderia haver distinção de status entre referenciais, como a distinção que
havia entre referenciais inerciais e referências não-inerciais na mecânica clássica e mesmo na
relatividade restrita.

- Diagramas de Minkowski ou digramas espaço-tempo. Eles foram introduzidos por H.


Minkowski em 1908. Minkowski em 1908.

Figura 1: Diagrama de Minkowski


Isto permite evidenciar aspectos ligados ao espaço-tempo. Por exemplo:

• A e B acontecem simultaneamente em lugares distintos.


• A e D ocorrem no mesmo lugar x=2m embora em instantes diferentes de modo que o
intervalo de tempo entre eles, é um intervalo de tempo próprio.
• C ocorreu no passado ( ct=0 é o presente) já que ct=-1 para este evento.

O referencial no movimento unidimensional

No movimento unidimensional, é possível obter diferentes descrições do que pode ser


considerado o mesmo movimento, através do uso de diferentes "referenciais". Isso está
relacionado à origem da reta. Suponhamos que há uma partícula que obedece à equação

x(t) = 0

Ou seja, ela está sobre a origem em qualquer tempo. Agora, imaginemos outra partícula cujo
movimento se restringe à nossa reta. Podemos associar a essa partícula uma nova reta, de modo
que a origem da nova reta esteja na mesma posição dessa partícula, em qualquer instante (e que
as duas retas estejam sobrepostas). Ou seja, essa reta se move em relação à primeira! Chamemos,
então, a primeira reta de R, ou referencial R, e a segunda de R', ou referencial R'.
Denotemos, então, por x' a coordenada de uma partícula qualquer no referencial R'. Ou
seja, o módulo de x' é a distância dessa partícula à origem de R', e o seu sinal segue a mesma
regra que o sinal de x, dado na seção "Partículas e movimento sobre uma reta". A partir de agora,
chamaremos essas coordenadas (como x e x') de "posições". É claro que x' raramente coincidirá
com x, ou seja, o movimento depende do referencial! Segue que, se sabemos o valor de x',
podemos descobrir o valor de x através de

x = x' + r

Onde r é a posição da origem de R' em relação a R. Isso é facilmente verificável: a origem de R',
no próprio referencial R', tem x'=0. Usando na equação acima, temos: x = r, o que é de se esperar.
Aplicando o oposto: x = 0 leva a x' = -r (enquanto a origem de um referencial está à esquerda do
outro, a origem do outro está à direita do primeiro, o que justifica o sinal de -r). É importante
notar que, como os referenciais estão em movimento um em relação ao

outro, r varia com o tempo. Ou seja,

x(t) = x'(t) + r(t)

E as velocidades também dependem do referencial. Derivando ambos os lados da

equação acima, temos:

v(t) = v'(t) + V(t)


Onde V(t) é a derivada temporal de r(t).
Movimento em Uma Dimensão

Movimento em uma dimensão é aquele que ocorre ao longo de uma linha reta, como no
caso de um veiculo trafegando por uma estrada retilínea.

Deslocamento:

A Figura 2.1 mostra a posição do veiculo em dois pontos de uma trajetória. A variação na
posição do veiculo, chamada de deslocamento, é expressa por x2 – x1. Utiliza-se a letra grega Δ
( delta maiúscula) para indicar a variação de uma grandeza, assim, a variação é expressa por Δx .
Δx = x2 - x1

Figura 2.1
Veiculo movendo-se em linha reta. O eixo da coordenada x consiste em uma linha ao longo da
trajetória do veiculo. Um ponto dessa linha é escolhido como a origem 0. Outros pontos sobre a
linha estarão associados a um numero x, tendo x um valor proporcional a distância do veiculo em
relação a origem 0. Os pontos a direita de 0 são positivos, e os pontos a esquerda são negativos.

A notação Δx estabelece para uma única grandeza a variação em x. Ela não representa o
produto de Δ por x , da mesma forma que cos θ não é o produto entre cos e θ. Por convenção, a
variação de uma grandeza é sempre igual ao seu valor final menos o seu valor inicial.
Velocidade é a taxa com a qual a posição varia. A velocidade média de uma partícula é
definida como a relação entre a variação de seu deslocamento Δx e o intervalo de tempo Δt.

O deslocamento e a velocidade média podem ser positivos ou negativos. Um valor


positivo indica que o movimento ocorre no sentido positivo da direção x . No sistema
Internacional de unidades ( SI), a velocidade é expressa em metros por segundo ( m/s), e no
sistema inglês, freqüentemente utilização nos Estados Unidos, é pé por segundo ( fp/s).

A velocidade média de percurso de uma partícula é a relação entre a distância total


percorrida e o tempo total desde a partida até a chegada:

Velocidade média de percurso= Distância total = s


Tempo total t
Uma vez que a distância total e o tempo total são sempre positivos, a velocidade média de
percurso é sempre positiva.

A Figura 2.2 ilustra graficamente, a velocidade média.

Figura 2.2

Uma linha reta liga os pontos P1 e P2, definindo-se a hipotenusa do triângulo cujos lados são Δx e
Δt. A relação Δx/ Δt representa a inclinação da linha e fornece uma interpretação geométrica da
velocidade média.
A velocidade média é igual a inclinação da linha reta que liga os pontos cujas
coordenadas são ( t1, x1) e ( t2, x2).
Geralmente, a velocidade média depende do intervalo de tempo em relação ao qual ela é
calculada.

Velocidade Instantânea

A primeira vista, definir velocidade de uma partícula em um determinado instante parece


impossível. Em um dado instante, uma partícula se situa em um ponto específico. Se ela está
posicionada em um ponto, como poderia se mover? Caso ela não esteja se movendo, como
poderia possuir velocidades? Esse paradoxo é resolvido se lembrarmos que para se observar e
definir um movimento é necessária que se olhe para a posição do objeto em mais de um tempo.
Quando consideramos intervalos de tempo sucessivamente menores, começando em t1, a
velocidade média para o intervalo se aproxima da inclinação da reta tangente em t1. Define-se a
inclinação dessa tangente como a velocidade instantânea em t1. Essa tangente é o limite da
relação Δx/ Δt quanto Δt e, portanto, Δx tendem a zero. Assim, pode-se estabelecer que:
A velocidade instantânea é o limite da relação Δx/ Δt, quanto Δt tende a 0. Esse limite é
chamado derivada de x em relação ao tempo. Na notação usual do cálculo, a derivada é
representada por dx/dt.
A inclinação da linha pode ser positiva, negativa ou nula; conseqüentemente, a velocidade
instantânea pode ser positiva( aumentando o valor da coordenada x), negativa( diminuindo o
valor da coordenada x) ou nula( não há movimento). A intensidade da velocidade instantânea é
igual a velocidade instantânea de percurso.
Para uma rápida obtenção das derivas, pode ser utilizada a seguinte regra:

Se x = CtN, então dx = Cntn-1 onde C e n são constantes quaisquer.


dt

Velocidade Relativa

Se você está sentado no assento de um avião que se move com velocidade de 500mi/h em
direção ao leste, sua velocidade é também de 500mi/h em direção ao leste. Entretanto, 500mi/h
em direção ao leste pode ser sua velocidade relativa à superfície da Terra ou pode ser sua
velocidade relativa ao ar externo ao avião. Além disso, sua velocidade é nula relativa ao avião.
Para determinar a velocidade de uma partícula você também deve definir o sistema de referência.
Nessa discussão três sistemas de referência distintos podem ser identificados, a superfície da
Terra, o ar externo ao avião e o avião propriamente dito.

Um sistema de referência é um objeto estendido cujas partes estão em repouso uma relativamente
a outra.
Para se fazer medidas de posição utilizam-se eixos coordenados solidários a sistemas de
referência. Para um eixo coordenado horizontal fixado ao avião sua posição permanece constante,
pelo menos assim será se você permanecer em seu assento. Todavia, para um eixo coordenado
horizontal, fixado a um balão flutuante no ar externo ao avião, sua posição estará variando. O ar e
o balão estão em repouso um relativamente ao outro, logo, juntos eles formam um único sistema
de referência.
Se uma partícula se move com velocidade VpA relativamente a um sistema de referência A
que, por sua vez, se move com velocidade VAB relativamente a um sistema B, a velocidade da
partícula relativamente a B é:

VpB = VpA + VAB

Por exemplo, se você nada em um rio paralelamente a direção do fluxo, sua velocidade relativa à
margem, Vvm , é igual a sua velocidade relativamente à água, Vva , mais a velocidade da água
relativamente à margem, Vam :

Vvm = Vva + Vam

Caso você esteja nadando rio acima a 2m/s relativamente à água e a água estiver fluindo a
um 1,2m/s relativamente à margem, então sua velocidade relativamente à margem será Vvm = -2
m/s + 1,2 m/s = -0,8 m/s, onde o movimento rio abaixo foi adotado como o sentido positivo.
Aceleração

A aceleração é a faixa de variação da velocidade instantânea. Por exemplo,quando você


pisa no acelerador de seu carro você sente uma variação em sua velocidade. A aceleração média
corresponde a um determinado intervalo de tempo, Δt = t2 – t1, é determinada como a relação
Δv/Δt, onde Δv = v2 – v1:

améd = Δv
Δt

A aceleração possuir dimensão de comprimento dividido pelo quadrado do tempo. Sua


unidade no SI é o metro por segundo ao quadrado, m/s2. Se uma partícula em repouso é acelerada
a 5,1m/s2, sua velocidade após 1s é de 5,1m/s, sua velocidade após 2s é de 10,2 m/s, e assim
sucessivamente. A aceleração instantânea é o limite da relação Δv/Δt quando Δt tende a 0. Em
um gráfico da velocidade em função do tempo, a aceleração instantânea no tempo t é a inclinação
da linha tangente à curva naquele tempo:

= inclinação da linha tangente à curva v versus t

Assim, a aceleração é derivada da velocidade em relação ao tempo, dv/dt. Uma vez que a
velocidade é a derivada da posição x em relação a t , a aceleração é a segunda derivada de x
relativamente a t, isto é, d2x/dt2. Pode-se justificar a razão dessa notação escrevendo a aceleração
como dv/dt e substituindo v por dx/dt:

a = dv = d(dx/dt) = d2x
dt dt dt2

Caso a aceleração permaneça nula ,não haverá variação da velocidade com o tempo - a
velocidade será constante. Nesse caso, a curva de x em função de t será uma linha reta. Se a
aceleração for não-nula e constante, então a velocidade irá variar linearmente com o tempo e x
variará de forma quadrática com o tempo.

Movimento com Aceleração Constante

Se uma partícula possui aceleração a constante, a aceleração média para qualquer


intervalo de tempo é também igual a a.
Assim:

améd = Δv = a
Δt
Se a velocidade é v0 no tempo t = o e v para um tempo t posterior, a aceleração correspondente é:
a = Δv = v- v0 = v- v0
Δt t – 0 t

Esta é uma equação de uma linha reta em um gráfico v x t.


Para aceleração constante, a velocidade varia linearmente com o tempo e a velocidade
média é o valor médio entre as velocidades inicial e final. Caso v0 seja a velocidade inicial e v a
velocidade final, a velocidade média será:

vméd = 1 (v0 + v )
2

Assim o deslocamento pode, também ser expresso por:

Δx = x – x0 = v0t + 1at2
2
O primeiro termo do lado direito, v0t, é o deslocamento que ocorreria se a aceleração a fosse
nula, e o segundo termo, 1/2at2, é o deslocamento adicional derivado à aceleração constante.
A aceleração constante é dada por:

v 2 = v 20 + 2a Δx

Exercício:

1- Um cometa, movendo-se em direção ao Sol, é inicialmente observado a uma distância x1


= 3,0 x 1012 m relativamente ao Sol. Exatamente após um ano, ele é observado na posição
x2 = 2,1 x 1012 m. Determine seu deslocamento e sua velocidade média. Considerando t1=
0 e t2 = 3,16 x 107 .
R.:

Deslocamento
Δx = x2 - x1
12 12
= 2,1 x 10 - 3,0 x 10
= -9 x 1011 m

Velocidade Média
vméd = Δx
Δt
= -9 x 1011
3,16 x 107
=-
2,85 x 104 m/s
= -28,5 Km/s
Movimento em duas e três Dimensões

Quando o movimento de uma partícula esta confinado num plano, a sua posição pode ser
descrita ,por dois números. Por exemplo,podemos escolher a distancia x em relação ao eixo y e a
distancia y em relação ao eixo x, onde os eixos x e y são dois eixos cartesianos ortogonais que se
interceptam na origem .
Podemos especificar a mesma posição mediante a distancia r à origem e o ângulo entre a
reta que passa pelo ponto e pela origem e o eixo x ,existe e como é natural ,outras escolhas mas
em qualquer caso são precisos dois números para especificar a localização de um ponto num
plano.

X = r cos Ө
Y = r sen Ө
r = √ x² + y²

Quando a partícula não esta confinada num plano,mas se desloca em três dimensões ,são
necessários três números para especificar a sua posição, um método conveniente e o de usar as
três coordenadas x,y e z ,um método alternativo e o de adotar as coordenadas esféricas r , Ө e Ø.
As relações entre as coordenadas esféricas e as cartesianas ortogonais são convenientes
quando a simetria esférica.Por exemplo se a partícula desloca-se a partícula desloca-se pois r
permanece constante e somente Ө e Ø. São variáveis
x = r sen Ө cos c
y = r sen Ө sem Ø
z = r cos Ө
r = √ x² + y² + z²
tan Ө = √ x² + y² / z
tan Ø = y/x

O vetor deslocamento

Em duas ou três dimensões ,o deslocamento é indicado por uma seta ,tem como uma
direção e um sentido e uma grandeza ,devemos notar que o deslocamento não depende da
trajetória da partícula quando ela assa de p1 para p2, mas apenas dos pontos inicial e final.
As grandezas possuidoras de tamanho e direção e que obedecem à lei de adição, ilustrada por
estes deslocamentos,são chamados de grandezas vetores , e representadas por vetores .

C = A+ B

Componentes de um vetor

A projeção de um vetor sobre uma reta é chamada a componente,também se diz o


componente do vetor na direção da reta,um vetor são as projeções do vetor sobre os eixos de um
sistema cartesiano ortogonal.quais são os simbolizadas por Ax, Ay e Az.
Ax

O vetor velocidade

Este vetor posição,ou raio vetor ,é especial ,pois na sua definição especificamos a
localização do inicio ,vemos que o vetor deslocamento é a diferença de dois vetores posição ,por
analogia com a notação unidimensional,simbolizamos por Δr o deslocamento em duas ou tres
dimensões.

Δr = r² - r¹

V méd = Δr
Δt

0 vetor aceleração

O vetor aceleração media é definido como a razão entre a variação do vetor velocidade
instantânea Δv e o intervalo de tempo Δt.

O vetor aceleração instantânea é definido como a derivada do vetor velocidade em relação ao


tempo.

a = lim Δv = dv
Δt dt
0
Movimento uniformemente acelerado: movimento dos projeteis

Um caso especial importante de movimento em duas ou três dimensões ocorre quando a


aceleração é constante,não só em modulo mas também em direção.

V o = Vo cos Ө o V o y = V o sen Ө o

Velocidade Relativa

Combinadas da mesma forma adotada para os problemas unidimensionais a única


diferença é que as linhas de ação dos vetores velocidade não são necessariamente as mesma. Se
uma partícula se move com velocidade Vp A em relação ao sistema de referencia A que,por sua
vez, se move com a velocidade V AB em relação ao sistema de referencia B, a velocidade da
partícula relativamente ao sistema B é expressa assim.

VpB = VpA + V AB

Exercício

1 - Uma caminhada de 3 Km para leste e , em seguida,4 Km para norte. Determine


o módulo do deslocamento resultante, a direção e o sentido?
N

C
B = 4 Km

Ɵ
L

A = 3 Km
Deslocamento resultante :

C2 = A2+B2
C2 = (3)2+(4)2
C2 = 9 + 16
C= √ 25
C= 5 Km

Direção e sentido

Tg Ɵ = B
A

Tg Ɵ = 4
3

Tg-1 = 53.1° de L/N

Sistemas de Partículas

Centro de Massa

O centro de massa é o movimento de qualquer corpo ou sistema de partículas que pode ser
descrito em termos de movimento do centro de massa, superposto ao movimento das partículas
individuais do sistema relativamente ao centro de massa.
Considera-se, inicialmente, um sistema simples de duas partículas com movimento
unidimensional. Se duas partículas pontuais com massas M1 e M2 tem coordenadas X1 e X2, sobre
o eixo X, então a coordenada do centro de massa, Xcm é definida por:

MXcm = M1X2 + M1X2

Onde M = M1 + M2 é massa total do sistema. Apenas duas partículas, no caso o centro de massa
se situa em algum ponto da linha que une as partículas, caso as massas das partículas sejam
iguais, o centro de massa estará exatamente no meio dessa linha.
Se as duas partículas tiverem massas distintas, o centro de massa estará mais próximo da
partícula de maior massa.
A origem e o sentido do eixo X de modo que a massa M1, seja posicionada na origem e a massa
M2 esteja sobre o eixo X positivo, então X1 = 0 e X2 = d, em que d é a distância entre as
partículas, e o centro de massa pode ser calculado como:

MXcm= M1X2 + M1X2 = M1(0) + M2d


Xcm= M2 d = __M2___ d
M1 + M2
Energia Potencial Gravitacional de um Sistema
A energia potencial gravitacional de um sistema de partículas em um campo gravitacional
uniforme coincide com a energia que teria o sistema de toda a sua massa fosse concentrada no
correspondente centro de massa.
A energia potencial gravitacional do sistema pode ser expressa por

U = ∑i m i gh i = g i ∑ i h i

Entretanto, pela definição do centro de massa a altura desse centro para o sistema é expressa por:

Mhcm = ∑ i m i h i

Logo que:

U = Mghcm
Utilizando esse resultado para localizar o experimentalmente o centro de massa de um corpo. Por
exemplo, dois corpos conectados através de uma barra leve estarão em equilíbrio se o pivô de
apoio estiver no centro de massa.
Se o pivô estiver em outro ponto o sistema gira até ocupar a posição de energia potencial mínima,
ocorre quando a massa estiver no seu ponto mais baixo possível, diretamente abaixo do pivô.

Obtenção do centro de massa por Integração

Obtém-se o centro de massa por integração:

Mrcm =∫ r dm

A técnica do cálculo por integração, será utilizado o problema simples da determinação do centro
de massa de uma barra esbelta uniforme.

Barra Esbelta Uniforme

Define-se Inicialmente, um sistema de coordenadas. Esse sistema é considerar que o eixo X é


alinhado com a barra e sua origem coincide com uma de suas extremidades.
Assim a equação fornece:

Mrcm = ∫ r dm = ∫xi dm

A massa é distribuída ao longo do eixo X no intervalo 0 ≤ X ≤ L. A varredura do dm ao longo da


barra significa que os limites da integral são 0 e L. (A varredura no sentido do aumento da
coordenada X.) A taxa dm/ dx representa a massa por unidade de
comprimento λ, assim, dm = λdX:

Mrcm = i = ∫ x dm = i ∫0L= Xλ dX

Sendo a barra uniforme, λ é constante e igual a M/L. Substituindo esse valor para λ na equação
anterior e realizando a integração, obtém-se o resultado esperado.

rcm = │L= 1 i M L² = 1 Li
1 i λ X²
M 2 │0 M L 2 2

Aro Semicircular

No cálculo do centro de massa de um aro semicircular uniforme, é aquele onde a origem


coincide com o centro de geração do semicírculo e com o eixo X passando pela bissetriz do
semicírculo.
A distribuição de massa no aro semicircular sugere o uso de coordenadas polares, para as quais X
= r cos θ e y = r sen θ.
Substituindo essas relações na integral, tem-se.

Mrcm =∫(Xi + yi) dm = ∫r (cos θi + sen θi) dm

Em seguida, expressa-se dm em função de dθ. Inicialmente o elemento de massa dm possui um


comprimento ds = r dθ, logo que:

dm= λ ds = λr dθ

onde λ = dm/ ds é a massa por unidade de comprimento. Assim obtém-se

Mrcm =∫r (cos θi + sen θj) λr dθ

O cálculo dessa integral envolve a varredura de dm ao longo do semicírculo.


Essa condição corresponde a uma distribuição de massa no intervalo 0 ≤ θ ≤ π.
Fazendo a varredura no sentido do aumento de θ, os limites de integração são 0 e π.
Isto é:

rcm = r² ∫ (cos θi + sen θj) λ d θ


M

Quando o aro é uniforme, sabe-se que λ= M/ πr, onde πr é o comprimento do semicírculo.


Assim integral fornece:

rcm = r i ∫ π cos θ d θ + r ɉ∫ π sen θ d θ = r_i sen θ │π - r ɉcos θ│π = 2r


π 0 π 0 π │0 π │0 π

O centro de massa está sobre o eixo Y, é interessante observar que esse centro de massa está fora
do volume ocupado pelo material do corpo.
Movimento do Centro de Massa

Um exemplo de movimento do centro de massa pode ser dada por um bastão lançado no ar,
embora o movimento do bastão seja complexo, o movimento do centro de massa é simples.
Enquanto o bastão está no ar, o centro de massa segue uma trajetória parabólica, a mesma
trajetória que seria seguida por uma partícula puntiforme.
Na aceleração o centro de massa de um sistema de partículas é igual a força externa resultante
atuante sobre o sistema dividida pela massa total do sistema.
Para obter a aceleração do centro de massa, determina-se, a velocidade por derivação da Equação
em relação ao tempo.

M drcm = m1 dr1 + m2 dr2 + ... = ∑ mi dri


dt dt dt dt

Uma vez que a derivada temporal da posição é a velocidade, tem-se

Mυcm = m1υ1 + m2υ1 + ... = ∑ miυi

Derivando novamente, obtém-se a aceleração:

Mαcm = m1α1 + m2α2 + ... = ∑ miαi


A segunda lei de Newton, miαi é igual ao somatório das forças atuantes sobre a i-ésima partícula;
assim,

∑ miαi = ∑ Fi

Aonde o termo da direita é o somatório de todas as forças atuantes sobre todas e sobre cada uma
das partículas do sistema. Algumas forças são internas: exercidas por alguma partícula do sistema
sobre outra partícula do sistema e outra é externa: exercidas sobre uma partícula do sistema por
uma partícula de fora do sistema.
Seja:

Mαcm = ∑ Fi, int + ∑ Fi, ext

De acordo com a terceira lei de Newton, as forças formam sempre pares de ação-reação.
Cada força interna, atuante sobre uma partícula do sistema existe igual e oposta, também interna,
atuante sobre uma outra partícula do sistema.
Todas as forças internas são somadas, cada par de forças ação-reação fornece uma resultante
nula; logo que ∑ Fi, int = 0 portanto reduz-se a

Fres, ext = ∑ Fi, ext = Mαcm

A força externa resultante que atua sobre o sistema é igual ao produto da massa total M do
sistema pela aceleração do centro de massa, αcm do sistema.
Assim o centro de massa de um sistema se move como uma partícula de massa M = ∑m, sob a
influência da força externa resultante atuando sobre o sistema.
Conclusões

A mecânica esta presente em nossa vida a todo momento, ela além de estudar os
movimentos que acontecem diariamente, busca a explicação para as suas ocorrências, fazendo
análises das forças que atuam sobre os corpos em repouso ou em movimento.
Para o desenvolvimento do estudo de mecânica, bem como o de todas as outras áreas de
estudo, é necessário ter o domínio dos conceitos de vetor e suas características( módulo, direção e
sentido) e a compreensão e diferenciação entre grandezas escalares e vetoriais.
Referências Bibliográficas

- WALKER, Resnick Halliday, Fundamentos de Física, Ed. LTC, Rio de Janeiro, 2006.

- SEARS e ZEMANSKY, Física1 Mecânica, Ed. Pearson, São Paulo, 2003.

- TIPLER, Paul A,; Física para Cientistas e Engenheiros, Ed. LTC, Rio de Janeiro, 2006.

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