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Nove dos dez que foram encontrados estavam na água ou em rochas próximas, disse a
guarda costeira. Havia 24 passageiros, incluindo duas crianças, e dois tripulantes a
bordo. As crianças ainda estão desaparecidas.
Gelo flutuante podia ser visto no mar ao redor da área até março, e a temperatura da
água estaria em torno de 2 a 3 graus Celsius nesta época do ano, disse à Reuters um
funcionário de uma cooperativa de pesca local. "Você começa a perder a consciência
apenas alguns minutos após entrar nesse tipo de água", disse ele.
A guarda costeira disse que não estava claro o que aconteceu com o barco. Na empresa
que operava o Kazu não havia ninguém disponível para comentar. Ondas altas e ventos
fortes foram observados por volta do meio-dia de sábado (no horário local) na região,
disse a Kyodo.
Há pouco mais de um século, qualquer pessoa que olhasse para as margens do extremo
leste de Amsterdã em um dia claro teria visto pescadores holandeses puxando suas redes
do mar.
Hoje em dia, a vista é muito diferente — mais de 200 mil pessoas vivem na área que já
foi coberta pelas águas do IJsselmeer, um mar interior criado quando a abertura para o
Mar do Norte foi fechada por um longo dique na década de 1930.
O assentamento criado onde antes havia água se chama Almere — é a cidade mais nova
da Holanda, que passou de inexistente na década de 1970 para a oitava maior cidade do
país hoje.
Se Atlântida era a antiga cidade que, reza a lenda, desapareceu sob as ondas, Almere é
sua réplica moderna, que emergiu do mar.
E fez isso talvez como a cidade mais experimental do mundo, colocando em prática
diferentes vertentes do conceito de "design para viver".
Muitos dos bairros em expansão de Almere oferecem um fórum tanto para a inovação
urbana quanto para a expressão pessoal individual.
Nos últimos 15 anos, por exemplo, o bairro de Homeruskwartier forneceu telas para
cerca de 1,5 mil autoconstrutores darem asas à sua imaginação, criando uma infinidade
de casas personalizadas, localizadas em avenidas arborizadas, parques e vias
navegáveis, acompanhadas de escolas locais, mercados e instalações comunitárias.
A gerente distrital por trás da primeira década desta explosão de autoexpressão
arquitetônica liderada pela população foi a arquiteta experimental holandesa Jacqueline
Tellinga. "Os designers concordaram em uma coisa: Almere não deveria ser como um
arranha-céu, anônimo, monótono", diz ela.