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BANCA EXAMINADORA
4
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da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação
e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de
Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.
Aos meus pais, Josué e Edilza.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por todas as suas bênçãos sobre a minha vida e por todas as
oportunidades concedidas. Sem a graça Dele, com certeza eu não teria chegado até aqui.
À minha família que sempre foi o meu sustento e em todos os momentos esteve me
dando suporte, saibam que as orações de vocês valeram a pena. Muito obrigado por me
mostrar a partir das atitudes de vocês que a garra e a dedicação são a base para uma vida
plena.
À minha namorada Sara Leticia, por ser tão companheira, conselheira e amiga mesmo
a distância. Você foi meu ponto de equilíbrio em momentos precisos, muito obrigado por
tudo.
Aos meus orientadores e amigos Me. Matheus Fernandes e Me. Rogério Santos pelas
orientações e maravilhosas correções que foram determinantes para a realização deste
trabalho. Muito obrigado pelas tardes perdidas em prol deste trabalho, vocês merecem muito
mais, que Deus continue abençoando vocês.
Em especial à Públio Leal, fazendo jus ao seu sobrenome, você foi um verdadeiro
companheiro de caminhada nessa grande jornada. Irmão, lealdade e companheirismo não se
encontram em todos os lugares, muito obrigado por tudo!
A meu pequeno grupo Jovens Cristãos Universitários (JCU) e a Juventude da Igreja
Batista qual eu compartilhei muitos momentos importantes. Obrigado pelas orações e por
todo companheirismo galera, amo vocês.
Aos meus companheiros João Carlos e Lucas Nogueira, por todos os momentos de
estudo, rizadas e raivas que passamos juntos nesse segundo ciclo. Esse trio foi massa.
De igual modo a todos os meus companheiros de curso e a todos que contribuíram
nesse meu trajeto dentro da universidade.
RESUMO
As escadas são elementos estruturais indispensáveis em uma edificação que compreenda mais
de um pavimento, negociando diferenças de alturas com o menor esforço possível, estética e
segurança. Estas estruturas são projetadas e classificadas nos mais variados tipos, formas e
dimensões, dependendo do espaço disponível, do tráfego de pessoas e dos aspectos
arquitetônicos. Entre os vários modelos têm-se as escadas autoportantes. São estruturas que
compõem o grupo de escadas especiais, as quais não se comportam de forma convencional,
mas necessitam de um tratamento especializado de analise. Desta forma, este trabalho
objetivou o desenvolvimento de um modelo analítico simples para a análise estrutural de
escadas autoportantes sem apoio no patamar. A análise do modelo tridimensional foi realizada
com a utilização do Método dos Elementos Finitos, extraindo parâmetros para o
desenvolvimento do modelo analítico. Em seguida, foi realizada a análise do modelo plano
literal, a partir dos princípios dos trabalhos virtuais e descrito a equação que descreve o
deslocamento da estrutura em seu ponto mais crítico. Concluindo assim, que o modelo
tridimensional da escada autoportante sem apoio no patamar pode ser descrito por um modelo
plano simples corrigido.
Stairs are indispensable structural elements in buildings that includes more than one floor, it
gives the possibility to exchange from the different heights of slabs with the least possible
effort, preserving the aesthetics and safety. These structures are designed and classified
between the most varied types, shapes and dimensions, depending on the space available,
traffic of people and the architectural aspects. Among these various models, the self-
supporting stairs do not present support on its landing level, this structure classifies into the
group of special stairs, as they do not behave as conventional models, they need a specialized
treatment of analysis. In this manner, this work aimed at the development of a simple
analytical model for the structural analysis of self - supporting ladders. The analysis of the
three-dimensional model was performed using the Finite Element Method, extracting
parameters for the development of the analytical model. Then, it was executed an
investigation of the literal model through use of Virtual Works Principle as well as it was
determined an equation that describes the displacement of the structure at its most critical
point. Therefore, it was made possible to conclude that is the three-dimensional model of the
self-supporting ladder with no level support can be described by a corrected simple plan
model.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 15
2 OBJETIVOS....................................................................................................................... 17
3 REVISÃO TEÓRICA........................................................................................................ 18
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 46
1 INTRODUÇÃO
15
a compreensão do problema mais difícil, o que é necessário para engenheiro responsável pela
análise.
Para tanto, existem dois grandes problemas iniciais que dificultam a análise, são eles:
a escassez bibliografia sobre o tema proposto e a inexistência de uma solução exata para a
este tipo de estrutura.
Desta forma, visando contribuir para a simplificação da análise estrutural, este
trabalho tem como intuito inicial de contribuir com a literatura existente sobre a temática com
o desenvolvimento de um modelo analítico simples e plano. Este modelo, a partir de um
critério denominado tem o objetivo de descrever o deslocamento do modelo tridimensional
analisado pelo Método dos Elementos Finitos analisado no software SAP2000.
16
2 OBJETIVOS
17
3 REVISÃO TEÓRICA
3.1 ESCADAS
As escadas são elementos constituídos pela formação de vários degraus, e tem por
finalidade fazer a conexão entre um nível e outro superior de uma edificação. Segundo Amant
e Ahmad (2001), são estruturas essenciais para todos os edifícios residenciais e comerciais
com mais de um pavimento.
Vasconcelos (2010) retrata que as escadas sempre estiveram presentes em templos
religiosos e em castelos de períodos medievais. No primeiro caso com teor simbólico
representando uma caminhada em direção à divindade, já nos castelos, as escadas permitiam
vantagem estratégica em caso de guerras.
Seja na antiguidade ou nos dias atuais, as escadas sempre tiveram a função de
expressar o poderio e soberania da arquitetura contemporânea, concedendo aos arquitetos e
projetistas a liberdade de expressar suas técnicas e ideias mais arrojadas. Desta forma, vários
modelos de projetos surgiram e surgem, integrando eficiência, conforto, elegância, segurança
e economia.
Para Quevedo (2011), a etapa inicial do projeto de uma escada é o seu projeto
arquitetônico, onde determina seu tipo, geometria, elementos e sua disposição dentro da
edificação, encontrando-se de acordo com as normas e códigos aplicados a localidade de
execução do projeto.
Como bem expressa Gelain (2016), “definir corretamente a geometria de uma escada é
fundamental para que a mesma seja funcional, segura e esteja dentro dos padrões técnicos”.
Desta forma, na esfera nacional, existem normas as quais os projetistas devem estar atentos,
são elas:
NBR 9077:2001 – Saída de emergência de edifícios.
NBR 9050:2015 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos.
As escadas são constituídas por alguns elementos, definidos como: degrau - Conjunto
dos dois elementos, o piso (horizontal) e o espelho (vertical); lance – “sucessão ininterrupta
18
de degraus entre patamares sucessivos”; guarda-corpo – barreira protetora vertical que
delimita das faces laterais da escada; patamar ou patamar de descanso – parte horizontal
entre dois lances (ABNT NBR 9077, 2001). Como pode ser visto na Figura 3.1.
Dada à diversificação das ideias dos projetistas, têm-se vários modelos de escadas.
Tendo em vista essa grande diversidade de formas, apoios, utilizações, para que seja possível
o dimensionamento estrutural é necessária a escolha conveniente do modelo estrutural.
Dentre o grupo das escadas especiais tem-se o foco deste trabalho, as escadas
autoportantes. Estas não necessitam de apoio no patamar intermediário, sendo apenas
engastado no início e fim de cada pavimento. Knijnik (1977) expressa que o fato de não
necessitarem de estruturas auxiliares para sua sustentação. Assim, estas características fazem
19
com que este tipo de escada se apresente como solução ideal, tanto em termos de
funcionalidade como sob o ponto de vista estético.
Porém, estas não são estruturas simples, devendo-se utilizar um modelo estrutural que
seja mais adequado ao comportamento depois de aplicadas as cargas atuantes (GRAVE,2013).
A configuração de uma estrutura autoportante se caracteriza como uma estrutura hiperestática,
que não pode ter seus esforços determinados apenas pelas equações de equilíbrio,
necessitando assim de um estudo mais minucioso sobre o tema (Martha, 2010).
Logo, para que a análise obtenha resultados satisfatórios, necessita-se escolher um
modelo estrutural mais adequado para o estudo. Vale lembrar que a consideração das
condições de contorno e rigidezes relativas dos elementos fazem uma grande diferença nos
esforços internos.
Segundo Oliveira (2008) a escolha do modelo estrutural que represente o real é uma
das tarefas mais importantes da análise estrutural, sendo interpretada como bastante complexa
dependendo do tipo escolhido. Por vezes, essa denominação de modelo próximo do “real” é
impossível de ser caracterizada, devido à complexidade do comportamento estrutural.
Martha (2010) descreve que na concepção do modelo estrutural é realizada uma série
de hipóteses simplificadoras, na tentativa de idealizar a estrutura real. Estas podem ser
divididas em:
Hipótese sobre a geometria;
Hipótese sobre as condições de suporte;
Hipótese sobre o comportamento dos materiais;
Hipóteses sobre as condições de solicitações que agem sobre a estrutura.
A partir destas hipóteses vários estudos já foram realizados sobre o assunto de análise
estrutural de escadas, Vasconcelos (2010) expõe um resumo dos trabalhos já publicados, e de
maneira resumida serão mostrados na Tabela 3.1.
20
Tabela 3.1: Bibliografia sobre análises de escadas
Autor Linha de pesquisa
Apresentou um cálculo aproximado
Prundon (1956)
considerando cada patamar separadamente
Elaborou um modelo para estudo de escadas
Fuchssteiner (1964)
retas e helicoidais
Modelo estrutural de laje espacial (esforços de
Lienberg (1960)
torção desprezíveis)
Análise comparativa entre a modelagem como
Siev (1962)
treliça espacial e o modelo de placas
Smith (1980)
Ahmed et al.(1996) Estudo de escadas autoportantes por meio de
Alghamdi (1998) elementos finitos
Ahmed (2001)
Analisaram vários modelos de trabalhos
Bangash e Bangash (1998)
desenvolvidos sobre escadas e rampas
Fonte: Autor (2017)
Para o estudo de escadas autoportantes, Knijnik (1977) relata que não existe uma
solução ou método exato para análise deste tipo de escada, sendo necessária a utilização de
soluções aproximadas. No entanto, entre os autores citados anteriormente, Fuchssteiner
(1964) se destaca com a simplificação da escada autoportante a um pórtico espacial com duas
barras inclinadas, unidas por uma barra curva, mostrado na Figura 3.2: Sistema estrutural de
Fuchssteiner
Os estudos que deram origem ao Método dos Elementos Finitos (MEF) se iniciaram
em meados dos séculos XVIII e XIX. A autoria para elaboração do método foi dada a Walter
Ritz (1878-1909), onde o foco das pesquisas era voltado para a solução de problemas da
mecânica dos sólidos deformáveis (CAMPOS, 2006). Os princípios e fundamentos
matemáticos deste método já eram conhecidos, no entanto, as ferramentas de cálculo da época
inviabilizavam a utilização.
Em 1943, o matemático Richard Courant (1888 – 1972) propôs atualizações para o
método de Ritz. Esta atualização aumentou consideravelmente as possibilidades do método,
pois introduzia funções lineares especiais definidas sobre regiões triangulares. Courant
afirmava que a utilização de varias funções, válidas em um domínio, para descrever um
elemento era mais precisa do que apenas uma.
A partir de então os estudos sobre análise estrutural utilizando a técnicas matriciais se
desenvolveram em todo o mundo. Em 1956 uma equipe da empresa Boeing, propôs com base
na utilização do método já consolidado de análise matricial, que se modelassem painéis de
22
aeronaves a partir de pequenos triângulos. O comportamento destes triângulos descreveria
matematicamente o comportamento global da peça em análise.
Diante disso e com a reunião de todos os conceitos da mecânica, matemática, análise
numérica e computação, o termo elemento finito foi mencionado pela primeira vez em 1960
em um trabalho científico. O artigo teve como título “The finite elemento method in plane
stress analysis”, com autoria de Clough Jr. Desde esse ano em diante o Método dos Elementos
Finitos (MEF), foi estudado de forma exponencial.
3.4.2 Conceito
23
Figura 3.4: Discretização do contínuo em elemento finito.
3.5 SAP2000
24
O software utiliza o MEF para fazer análise estrutural dinâmica, linear e não linear, de
estruturas em geral, tais como: edifícios, pontes, torres, sistemas de dutos, peças mecânicas,
entre outros. Segundo a própria empresa desenvolvedora, os resultados produzidos pelo
software foram comparados com resultados calculados a mão, resultados publicados e
resultados obtidos por outros softwares.
Para a verificação o SAP2000 utiliza um arquivo Excel especialmente preparado, com
sub-rotinas que executam as analises e processam os resultados comparando com valores de
verificação publicados. Há também a verificação com lotes integrados no próprio software,
que não necessitam de abrir a planilha do Excel para execução, o que torna a segunda forma
de verificação mais rápida.
Dentre as ferramentas utilizadas pelo SAP2000 existem um elemento muito
importantes que será utilizado na análise deste trabalho, o elemento shell descrito na seção a
seguir.
O elemento de Shell é uma ferramenta do software SAP2000, que tem como intuito
modelar estruturas planas ou tridimensionais com o com o comportamento característico de
placas, casca ou membrana. Assim, este elemento é montado a partir de 3 ou 4 nós que
combinam separadamente os comportamentos de membrana e de flexão das placas.
As estruturas que podem ser modeladas com este elemento incluem:
Cascas tridimensionais, como reservatórios e cúpulas.
Estruturas de placas, tais como lajes de piso.
Estrutura de membrana.
Uma das grandes características do elemento Shell é que cada elemento tem seu
próprio sistema de coordenadas, para a definição das propriedades do material, direções de
carga e também interpretação dos resultados. Portanto, devem ser observadas as
características dos elementos formados para uma correta análise da estrutura.
Por fim, este elemento é de grande importância para o profissional que deseja trabalhar
com estruturas não convencionais, mas que dependem de um amplo conhecimento estrutural,
onde possam compreender os caminhamentos das tensões e avaliar se a estrutura esta se
comportando como esperada (SAP2000, 2011).
25
3.6 CARGAS ATUANTES E SOLICITAÇÕES
A NBR 6118/2014 assegura que “na analise estrutural deve ser considerada a
influência de todas as ações que possam produzir efeitos significativos para a segurança da
estrutura em exame”. Desta forma, a mesma norma também classifica os carregamentos
considerando o efeito das suas ações, como descrito a seguir:
A NBR 6118/2014 classifica os tipos de carregamentos considerados:
Permanentes: Ações permanentes são as que ocorrem com valores
praticamente constantes durante toda a vida da construção ou as que aumentam no tempo,
tendendo a um valor-limite constante.
Variáveis: são constituídas pelas cargas acidentais previstas para o uso da
construção, pela ação do vento e da água, variação de temperatura da estrutura, etc.
Excepcionais: são ações cujos efeitos não podem ser controlados.
Equação 3.1
Onde:
= soma de todas as cargas atuantes na escada (kN/m²);
= soma das cargas permanentes (kN/m²);
= soma das cargas variáveis (kN/m²).
26
3.6.1 Peso próprio da laje
A escada pode ser dividida em dois trechos específicos: trecho inclinado (onde se
concentram os degraus) e trecho reto (o patamar), conforme indicado na Figura 3.5.
( ) Equação 3.2
√
Equação 3.3
Equação 3.4
( )
Onde:
= ângulo de inclinação do trecho inclinado do lance;
= largura do piso do degrau (m);
= altura do espelho do degrau em metros (m)
= carga permanente devido ao peso próprio do patamar (kN/m²)
= carga permanente devido ao peso próprio do trecho inclinado (kN/m²)
= peso específico do concreto armado (kN/m³)
= espessura do patamar (m)
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= espessura do trecho inclinado (m)
= peso específico do concreto simples ou do enchimento do degrau (kN/m³)
3.6.3 Parapeitos
Segundo Araújo (2010), quando a escada não se apoia em vigas laterais, ou é uma
escada em balanço, o parapeito se apoia na própria escada e deve ser considerado no
somatório das cargas atuantes na estrutura. Desta forma, o peso para 1 metro de parapeito de
alvenaria é dado por:
Sendo:
= peso específico da alvenaria;
= altura do parapeito;
= espessura da parede.
28
Figura 3.6 - Consideração do peso do parapeito.
Para o parapeito e balcões, segundo a NBR 6120, devem ser consideradas as cargas
atuantes de 0,8 kN/m no sentido vertical e na altura do corrimão, como também a carga
horizontal de 2 kN/m.
29
4 MODELAGEM NUMÉRICA DE ESCADA
AUTOPORTANTE
Com a utilização do Método dos Elementos Finitos (MEF) foi realizada uma
simulação tridimensional a partir do software SAP 2000 v.15. O elemento finito utilizado para
modelagem da escada foi o tipo shell(casca), representando o plano médio das lajes e
patamar.
A primeira simplificação adotada é que a escada está simplesmente apoiada na viga
superior e inferior, não transferindo torção para estas. Caso, contrário, a escada ficaria mais
30
rígida e as vigas deveriam ser dimensionadas à torção. Para a segunda simplificação da
análise, temos que a parcela por deformação axial da escada foi desprezada, diminuindo os
deslocamentos.
Logo, a estrutura foi modelada no software SAP2000 para ser obtenção dos dados
primários. A carga aplicada na estrutura foi classificada como:
A carga utilizada para análise no patamar foi o somatório das ações descritas no
referencial teórico. No entanto, para a carga utilizada no lance, foi necessária uma
correção, dada a aplicação da carga na projeção inclinada do lance pelo software. Tal correção
foi realizada a partir da equação a seguir.
Equação 4.1
Onde:
= Somatório das ações no lance
= Projeção do lance na horizontal
= Comprimento do lance
A fim de validar de forma numérica os resultados obtidos do SAP2000, foi feita uma
análise de convergência de malha. Para melhor visualização das malhas processadas, apenas o
trecho do patamar é apresentado na Figura 4.3.
MALHA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
0
DESLOCAMENTO (mm)
1
2
3
4
5
6
7
Desta forma, a malha de numero 4 foi utilizada como parâmetro para as demais
análises. A estrutura discretizada utilizada está representada na Figura 4.4a seguir.
32
Figura 4.4: Malha 4 – Discretização 6x4
33
Tabela 4.2: Reações verticais no apoio extremo
Ponto Reação (kN)
1 -5,28
2 -2,75
3 15,13
4 33,21
5 23,73
Total 64,04
Cada elemento do tipo casca (Shell) possui um sistema de coordenadas local, onde as
cargas são orientadas. Os eixos do sistema local são chamados de 1, 2 e 3 pelo software. O
eixo 3 sempre está normal ao elemento, já os dois outros eixos, estão no plano do elemento; o
qual pode ser especificado pelo usuário. A orientação dos eixos é ilustrada na Figura 4.6.
Figura 4.6: Convenção de momentos fletores nas direções locais do elemento finito de casca
34
dupla na direção do eixo 1. O momento M12 atua no sentido normal aos outros momentos,
torcendo o elemento. Para uma melhor observação de tais esforços, a Figura 4.7 retrata os
conceitos descritos em um elemento plano.
35
Assim, é possível perceber que a concentração dos maiores momentos fletores se dá na
região ligação entre as bordas do patamar com o lance, e o valor máximo desse momento se
encontra no ponto de ligação entre os três elementos da escada.
Pode-se verificar também que na borda em balaço do patamar os momentos fletores
são praticamente nulos, o que já era esperado pela falta de a rotação neste ponto.
4.1.4 Deslocamentos
Dada a análise pelo método dos elementos finitos, foi realizada a formulação da
mesma estrutura utilizando o software FTOOL. Nesta etapa foi idealizado o modelo que
descrevesse a estrutura tridimensional, para que os resultados da análise pudessem ser
comparados com o MEF.
A estrutura foi calculada semelhante ao método anterior, com os apoios, parâmetros
geométricos e especificações do material iguais. Assim, pode-se chegar ao sistema estático
mostrado na Figura 4.10.
36
Figura 4.10: Modelagem plana da escada autoportante
37
Portanto, com a aplicação dos carregamentos chegou-se à representação da estrutura
deformada e consequentemente os valores de deformação em coordenadas específicas. O
modelo deformado da estrutura pode ser observado na Figura 4.12.
Diante dos resultados obtidos nos dois modelos, tridimensional e bidimensional, foi
possível realizar uma analise comparativa entre os dados nos pontos mais críticos. Como pode
ser observado na Tabela 4.3.
38
Figura 4.13: Indicação do grau de liberdade
da estrutura
O deslocamento apresentado na Tabela 4.3: Comparativo
entre modelos para o modelo tridimensional, é relativo ao
grau de liberdade 1 indicado na Figura 4.13.
Em uma análise posterior, comparou-se o grau de
liberdade 2 indicado na mesma figura.
Ao rotacionar, o patamar gera torção em cada um dos lances. Assim, o giro por torção
do lance nas extremidades, região de ligação com o patamar, é muito maior, contribuindo
mais para o deslocamento nas extremidades de borda do patamar. Tornando o ponto do grau
de liberdade 2 o mais desfavorável.
39
4.4 REPRESENTAÇÃO BIDIMENSIONAL DO MODELO ESTRUTURAL DA
ESCADA
Nesta seção, serão realizadas as deduções, a partir da aplicação dos Princípios dos
Trabalhos Virtuais (PTV), para o cálculo dos esforços e para obtenção dos deslocamentos de
maneira analítica na escada autoportante no modelo plano. Como também a dedução de um
critério para correlação do modelo plano com o modelo tridimensional.
∑ Equação 4.2
( ⁄ )
∑ Equação 4.3
40
4.4.2 Princípio dos Trabalhos Virtuais (PTV)
Equação 4.4
A partir dos digramas, pode-se então calcular o deslocamento com a Equação 4.5.
Com a resolução da integral pode-se chegar à equação Equação 4.6. Tal equação rege
o deslocamento da estrutura na extremidade.
( )
Equação 4.6
( )
Tal que:
= Inércia do patamar
= Inércia do lance
= Carga atuante no patamar
= Carga atuante no lance
= Projeção horizontal do lance
= Dimensão horizontal do patamar
= Módulo de elasticidade do concreto
= Ângulo relativo à inclinação do lance
Equação 4.7
O valor do deslocamento calculado pela modelagem numérica diferencia-se em apenas
1,63% do resultado obtido no software Ftool. Dado que o programa utilizada o PTV para seus
42
resolver seus resultados, sendo assim é possível utilizar o resultado analítico para representar
o modelo plano do Ftool.
Equação 4.8
( )
( ) Equação 4.9
( )
Tal que:
= Inércia do patamar
= Inércia do lance
= Carga atuante no patamar
= Carga atuante no lance
= Projeção horizontal do lance
= Dimensão horizontal do patamar
= Módulo de elasticidade do concreto
= Ângulo relativo à inclinação do lance
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Esta equação esta diretamente relacionada com as dimensões da estrutura. Dado que,
alterando as dimensões da estrutura, pode-se chegar a valores de deslocamentos mínimos e
melhor eficiência da estrutura estudada.
44
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
45
REFERÊNCIAS
AMANAT, K. M. e AHMAD, S. (2001). “A new design basis for free-standing stairs.” In:
journalof Civil Engineering, 29(1), 17-31.
OLIVEIRA, C. R. Considerações sobre modelos estruturais. Ciência et práxis. v.1, n.1, 2008
46
QUEVEDO, F. P. da M. Programa computacional para otimizar o dimensionamento e
detalhamento de escadas de concreto armado em edifícios. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Porto Alegre. 2011.
47