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ENGENHEIRO COELHO
2018
MATHEUS OLIVEIRA FERNANDES
ENGENHEIRO COELHO
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
2 METODOLOGIA ...................................................................................................... 5
2.1 Classificação dos pilares.................................................................................... 5
2.1.1 Classificação quanto a posição ...................................................................... 6
2.1.2 Classificação quanto a natureza da solicitação ............................................ 6
2.1.3 Classificação quanto a esbeltez ..................................................................... 7
2.2 Excentricidades ................................................................................................... 9
2.2.1 Excentricidades iniciais ................................................................................. 10
2.2.2 Excentricidade acidental ............................................................................... 10
2.2.3 Excentricidade de segunda ordem ............................................................... 11
2.2.4 Excentricidades mínimas .............................................................................. 13
2.3 Dimensões mínimas .......................................................................................... 14
2.4 Processo computacional para determinação da taxa mecânica de armadura
em caso de flexão composta normal em seções retangulares ........................... 15
2.4.1 Domínios de deformações............................................................................. 18
2.4.2 Equações de equilíbrio .................................................................................. 21
2.4.3 Desenvolvimento das equações de equilíbrio para concretos C20-C90 ... 22
2.5 Processo computacional para determinação da taxa mecânica de armadura
em caso de flexão composta oblíqua em seções retangulares .......................... 24
2.5.1 Domínios de deformações............................................................................. 26
2.5.2 Equações de equilíbrio .................................................................................. 30
2.5.3 Desenvolvimento das equações de equilíbrio ............................................. 30
3 ANÁLISE E RESULTADOS................................................................................... 34
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................37
5 REFERÊNCIAS......................................................................................................38
APÊNDICE A ........................................................................................................... 40
APÊNDICE B ........................................................................................................... 41
APÊNDICE C ........................................................................................................... 42
APÊNDICE D ........................................................................................................... 43
APÊNDICE E ........................................................................................................... 44
APÊNDICE F ........................................................................................................... 45
3
1 INTRODUÇÃO
como solução geral quando a situação a ser analisada for de flexão composta
oblíqua. Fato explicado pelos autores devido à dificuldade de determinação da
distância e inclinação da linha neutra.
Carvalho e Pinheiro (2009) destacam que a determinação da armadura
necessária para seções em que um esforço normal produza uma flexão
composta normal ou composta oblíqua pode ser feita através de ábacos ou
programas.
O uso de ábacos de dimensionamento para pilares apresenta limitações.
Uma delas a ser citada é que em caso de valores intermediários da relação d’/h
é necessário adotar um ábaco com um valor de relação d’/h superior, gerando
um dimensionamento acima do realmente necessário. Tal limitação reforça ainda
mais a utilização de programa computacional que por meio de processos mais
apurados gere resultados mais próximos possíveis da realidade.
Segundo Santos (1983) o dimensionamento e verificação de peças em
concreto armado que estão submetidas a flexão composta normal tem sido feita
com uso de fórmulas desenvolvidas para seções fixas, em geral seções
retangulares e circulares. A complexidade do dimensionamento de peças de
concreto armado submetidas a flexão composta normal é menor quando
comparada a complexidade de dimensionamento de peças de concreto armado
submetidas a flexão composta oblíqua. Fato que se explica pela fácil
determinação da posição da linha neutra na flexão composta normal, pois a
mesma em caso de peças simétricas se encontrará sem inclinação.
Conforme Santos (1981) a dificuldade do dimensionamento de peças de
concreto armado submetidas à flexão oblíqua se dá pela não existência de
ortogonalidade entre o plano de momento e a linha neutra, esta última deverá ter
sua posição definida variando-se os valores de inclinação e profundidade da
mesma. A configuração ideal igualará dentro de uma certa tolerância os valores
resistivos e de cálculo.
A pesquisa desenvolvida trata de um estudo sobre o dimensionamento de
pilares retangulares sujeitos a flexão composta oblíqua e normal. Que tem como
objetivo a elaboração de materiais que auxiliam no dimensionamento manual de
seções retangulares e a elaboração do software iColumn que verifica seções
retangulares de concreto armado e dimensiona pilares conforme normatização.
5
2 METODOLOGIA
𝑙𝑒 . √12
𝜆= (1)
ℎ
Sendo:
𝑒1
25 + 12,5.
𝜆1 = ℎ (3)
𝛼𝑏
Sendo:
𝑀𝐵
𝛼𝑏 = 0,6 + 0,4. ≥ 0,4 (4)
𝑀𝐴
Sendo:
2.2 Excentricidades
𝑀𝑑𝑡𝑜𝑝𝑜 𝑀𝑑𝑏𝑎𝑠𝑒
𝑒𝑖𝑡𝑜𝑝𝑜 = 𝑒 𝑒𝑖𝑏𝑎𝑠𝑒 = (7)
𝑁𝑑 𝑁𝑑
1 1 1
Ɵ1 = ≥ ≥ (8)
200 100. √𝐻 300
Sendo:
H é a atura do lance do pilar em metros.
𝐻
𝑒𝑎 = Ɵ1 . (9)
2
0.005
1 ℎ. (𝜈 + 0.5)
( )≤ (11)
𝑟 0.005
{ ℎ
𝑁𝑑
𝜈= (12)
ℎ. 𝑏. 𝑓𝑐𝑑
Sendo:
(1/r) a curvatura na seção mais crítica;
h a altura da seção da direção considerada;
ν a normal adimensional.
𝛼𝑏 . 𝑀1𝑑𝐴 𝑀
𝑀𝑑𝑡𝑜𝑡 = ≥ ( 1𝑑𝐴 )
𝜆² 𝑀1𝑑𝑚𝑖𝑛 (13)
1−
120 ∗ ᴋ/𝜈
𝑀𝑑𝑡𝑜𝑡
ᴋ = 32. (1 + 5. ).𝜈 (14)
ℎ. 𝑁𝑑
O processo iterativo será feito até que o valor de Mdtot seja maior ou igual
ao maior valor entre o momento de primeira ordem e o momento de primeira
ordem mínimo. Após o fim desse processo o valor da excentricidade total pode
ser determinado com auxílio da Equação 15.
𝑀𝑑𝑡𝑜𝑡
𝑒𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (15)
𝑁𝑑
Sendo:
M1dmin o momento mínimo de primeira ordem (produto do esforço normal de
cálculo pela excentricidade mínima);
M1dA o maior valor de momento de primeira ordem atuante no pilar.
Sendo:
h a altura da seção transversal na direção considerada, em metros.
14
𝐴𝑠. 𝑓𝑦𝑑
𝜔=
𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑 (17)
Sendo:
As a área de aço calculada para o pilar;
Ac a área da seção transversal;
fyd a tensão de escoamento de cálculo do aço (para CA-50 A vale 43,478
kN/cm²);
fcd a resistência compressão de cálculo do concreto.
Os valores de εcu e εc2 são obtidos com uso das Equações 18, 19 e 20.
• Concretos C20-C50:
𝜀𝑐𝑢 = −0,35% 𝑒 𝜀𝑐2 = −0,2 % (18)
• Concretos C55-C90:
90 − 𝑓𝑐𝑘 4
𝜀𝑐𝑢 = − (0,26% + 3,5%. [ ] ) 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (20)
100
1%. (𝑑𝑖 − 𝑥)
𝜀𝑖 =
𝑑−𝑥 (22)
𝜀𝑐𝑢 . (𝑑𝑖 − 𝑥)
𝜀𝑖 = (23)
𝑥
−𝜀𝑐2 . (𝑥 − 𝑑𝑖 )
𝜀𝑖 = 𝜀 −𝜀 (24)
𝑥 − 𝑐𝑢𝜀 𝑐2 . ℎ
𝑐𝑢
Sendo:
22
𝑓𝑐𝑘 − 50
𝜆 = 0,8 − ≤ 0,8 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (27)
400
𝑓𝑐𝑘 − 50
𝛼𝑐 = 0,85. [1 − ] ≤ 0,85 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (29)
200
Sendo:
x a profundidade da linha neutra;
b a base da seção transversal na direção considerada.
𝜔. ℎ. 𝑏. 𝑓𝑐𝑑
𝐴𝑠𝑖 = (32)
𝑓𝑦𝑑 . 𝑛
𝑛
−𝜆. 𝑥. 𝛼𝑐 𝜔
𝜈= + . ∑ 𝜎𝑠𝑖 (33)
ℎ 𝑓𝑦𝑑 . 𝑛
𝑖=1
Sendo:
n o número total de barras.
ℎ 𝜆. 𝑥
∫ 𝜎𝑐 . 𝑦 𝑑𝐴𝑐𝑐 = 𝑏. 𝜆. 𝑥. ( − ) . 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 (34)
𝐴𝑐𝑐 2 2
ℎ 𝜆. 𝑥 𝑛
𝜆. 𝑥. (2 − 2 ) . 𝛼𝑐 𝜔 𝜎𝑠𝑖 . 𝑦𝑖
µ= + .∑ (35)
ℎ² 𝑓𝑦𝑑 . 𝑛 ℎ
𝑖=1
De acordo com Fusco (1981) essa consideração deve ser feita nas seções
circulares, seções triangulares ou trapezoidais em que o vértice esteja na parte
mais comprimida e nas seções retangulares sob flexão composta oblíqua. O
iColumn considera esta recomendação, gerando resultados que respeitam os
parâmetros normativos atuais.
ℎ𝑦 ℎ𝑥
ℎ = 2. ( . cos(𝛼) − (− . 𝑠𝑒𝑛(𝛼))) (37)
2 2
O valor da altura útil (d) da seção é dado pela posição da barra inferior
direita e para uma determinada inclinação α vale:
ℎ ℎ𝑦 ℎ𝑥
𝑑= − ((− + 𝑑 ′ 𝑦 ) . cos(𝛼) − ( − 𝑑 ′ 𝑥 ) . sen(𝛼)) (38)
2 2 2
ℎ
𝑑𝑖 = − (𝑦𝑖 . cos(𝛼) − 𝑥𝑖 . 𝑠𝑒𝑛(𝛼)) (39)
2
−1%. (𝑑𝑖 − 𝑥)
𝜀𝑖 = (40)
𝑑−𝑥
−𝜀𝑐𝑢 . (𝑑𝑖 − 𝑥)
𝜀𝑖 = (41)
𝑥
Os coeficientes valem:
• Concretos C20-C50:
• Concretos C55-C90:
90 − 𝑓𝑐𝑘 4
𝜀𝑐𝑢 = 0,26% + 3,5%. [ ] 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (45)
100
30
Sendo:
Acc a área comprimida de concreto;
σc a tensão resistente de compressão do concreto;
σsi a tensão em uma barra de aço qualquer;
Asi a área de uma barra de aço qualquer;
ysi e xsi as distâncias do centro de gravidade de uma barra qualquer em x e y ao
centro de gravidade da seção;
y a distância de um elemento infinitesimal de concreto ao baricentro da seção.
𝑓𝑐𝑘 − 50
𝜆 = 0,8 − ≤ 0,8 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (49)
400
𝑓𝑐𝑘 − 50
𝛼𝑐 = 0,85. [1 − ] ≤ 0,85 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (51)
200
𝜔. ℎ. 𝑏. 𝑓𝑐𝑑
𝐴𝑠𝑖 = (54)
𝑓𝑦𝑑 . 𝑛
𝑛
0,9. 𝛼𝑐 . 𝐴𝑐𝑐 𝜔
𝜈= + . ∑ 𝜎𝑠𝑖 (55)
ℎ𝑥 . ℎ𝑦 𝑓𝑦𝑑 . 𝑛
𝑖=1
𝑛
1
𝑆𝑥𝑐 = . ∑(𝑦𝑖 + 𝑦𝑖+1 ). (𝑥𝑖. 𝑦𝑖+1 − 𝑥𝑖+1. 𝑦𝑖 ) (56)
6
𝑖=1
𝑛
1
𝑆𝑦𝑐 = . ∑(𝑥𝑖 + 𝑥𝑖+1 ). (𝑥𝑖. 𝑦𝑖+1 − 𝑥𝑖+1. 𝑦𝑖 ) (57)
6
𝑖=1
Sendo:
xi e yi as coordenadas x e y respectivamente dos vértices da área comprimida
com origem no centro de gravidade da seção.
𝑛
0,9. 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑆𝑦𝑐 𝜔 𝜎𝑠𝑖 . 𝑥𝑠𝑖
µ𝑥 = 2
+ .∑ (60)
ℎ𝑥 . ℎ𝑦 . 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑 . 𝑛 ℎ𝑥
𝑖=1
𝑛
0,9. 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑆𝑥𝑐 𝜔 𝜎𝑠𝑖 . 𝑦𝑠𝑖 (61)
µ𝑦 = + . ∑
ℎ𝑦2 . ℎ𝑥 . 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑 . 𝑛 ℎ𝑦
𝑖=1
𝑛
0,9. 𝛼𝑐 . 𝑆𝑥𝑐 𝜔 𝜎𝑠𝑖 . 𝑦𝑠𝑖
µ𝑦 = + . ∑
ℎ𝑦2 . ℎ𝑥 𝑓𝑦𝑑 . 𝑛 ℎ𝑦 (63)
𝑖=1
34
3 ANÁLISES E RESULTADOS
Figura 20 – Resultados armadura longitudinal necessária aos pilares analisados por iColumn e Eberick
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERÊNCIAS
PINHEIRO, L.M.; BARALDI; L.T.; POREM, M.E. (1994). Concreto armado: Ábacos
para flexão oblíqua. São Carlos, EESC-USP.
SANTOS, L. M. dos. Cálculo de Concreto Armado, Vol. 1. São Paulo: LMS, 1983.
SANTOS, L. M. dos. Cálculo de Concreto Armado, Vol. 2. São Paulo: LMS, 1981.
APÊNDICE A - Ábaco flexão composta normal existente (esquerda) e ábaco desenvolvido pelo iColumn (direita)
2,6
ν
2,4
2,2
COMPRESSÃO
1,6
1,4
1,2
1,0
0,8
1.5 1.7 LIM 3/4
1.1 1.3
0,6 0.9
0.5 0.7
0.1 0.3
0,4
0,2
0,0 µ
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
0,2
0,4
0,8
TRAÇÃO
1,0
1,2
1,4
LIM 1/2
1,6
1,8
41
2,2
2,0
COMPRESSÃO
1,4
1,2
1,0
0,8
1.5 1.7
0,6 1.1 1.3
0.9 LIM 3/4
0.5 0.7
0.1 0.3
0,4
0,2
µ
0,0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
0,2
LIM 2/3
0,4
TRAÇÃO
0,6
0,8
1,0
1,2
LIM 1/2
1,4
1,6
1,8
42
APÊNDICE C – Comparação ábacos flexão composta oblíqua: 17-A (esquerda) e iColumn (direita), sob mesmos parâmetros
43
µy
0,5
𝛎 = 0,05 𝛎 = 0,00
0,4
0,3
1.2 1.2
1 1
0,2
0.8 0.8
0.6 0.6
0,1 0.4 0.4
0.2
0.2
0
0,0 µx
0 0
0.2 0.2
0,1 0.4
0.4 0.6
0.6 0.8
1
0.8
0,2 1.2
1
1.2
0,3
0,4
𝛎 = 0,10 𝛎 = 0,15
0,5
0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
44
APÊNDICE E - Ábaco flexão composta oblíqua via iColumn, único quadrante (C80)
0,5
ν = 1,0
0,4
0,3
1.8
0,2 1.6
1.4
1.2
1
0,1
0.8
0.6
0.4
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
45