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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO

CAMPUS ENGENHEIRO COELHO


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

MATHEUS OLIVEIRA FERNANDES

SOFTWARE PARA DIMENSIONAMENTO DE PILARES


RETANGULARES EM CONCRETO ARMADO

ENGENHEIRO COELHO

2018
MATHEUS OLIVEIRA FERNANDES

SOFTWARE PARA DIMENSIONAMENTO DE PILARES


RETANGULARES EM CONCRETO ARMADO

Relatório final do trabalho de conclusão


de curso do Centro Universitário
Adventista de São Paulo, curso de
Engenharia Civil, sob orientação do
prof. Dr. Artur Lenz Sartorti.

ENGENHEIRO COELHO

2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
2 METODOLOGIA ...................................................................................................... 5
2.1 Classificação dos pilares.................................................................................... 5
2.1.1 Classificação quanto a posição ...................................................................... 6
2.1.2 Classificação quanto a natureza da solicitação ............................................ 6
2.1.3 Classificação quanto a esbeltez ..................................................................... 7
2.2 Excentricidades ................................................................................................... 9
2.2.1 Excentricidades iniciais ................................................................................. 10
2.2.2 Excentricidade acidental ............................................................................... 10
2.2.3 Excentricidade de segunda ordem ............................................................... 11
2.2.4 Excentricidades mínimas .............................................................................. 13
2.3 Dimensões mínimas .......................................................................................... 14
2.4 Processo computacional para determinação da taxa mecânica de armadura
em caso de flexão composta normal em seções retangulares ........................... 15
2.4.1 Domínios de deformações............................................................................. 18
2.4.2 Equações de equilíbrio .................................................................................. 21
2.4.3 Desenvolvimento das equações de equilíbrio para concretos C20-C90 ... 22
2.5 Processo computacional para determinação da taxa mecânica de armadura
em caso de flexão composta oblíqua em seções retangulares .......................... 24
2.5.1 Domínios de deformações............................................................................. 26
2.5.2 Equações de equilíbrio .................................................................................. 30
2.5.3 Desenvolvimento das equações de equilíbrio ............................................. 30
3 ANÁLISE E RESULTADOS................................................................................... 34
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................37
5 REFERÊNCIAS......................................................................................................38
APÊNDICE A ........................................................................................................... 40
APÊNDICE B ........................................................................................................... 41
APÊNDICE C ........................................................................................................... 42
APÊNDICE D ........................................................................................................... 43
APÊNDICE E ........................................................................................................... 44
APÊNDICE F ........................................................................................................... 45
3

1 INTRODUÇÃO

Em geral as estruturas convencionais em concreto armado utilizam os


pilares para a transferência de esforços, até que tais esforços sejam finalmente
destinados aos elementos de fundação. A sua importância na distribuição dos
esforços e na estabilidade global da estrutura, requer que tal elemento estrutural
seja dimensionado de forma correta e segura.
De acordo com Kimura “por definição, pilar é um elemento linear (uma
dimensão preponderante perante as demais) disposto na vertical e
predominantemente comprimido”. (KIMURA, 2014, p.6).
Kimura (2014) destaca que um pilar apresenta funções como a resistência
a esforços verticais e transmissão dos mesmo até os elementos de fundação,
resistência as solicitações oriundas de esforços horizontais e a contribuição do
mesmo para a estabilidade global de uma estrutura.
Pinheiro (2007) afirma que a deficiência do concreto quanto ao suporte de
esforços de tração pode ser tratada com uso de armadura composta de barras
de aços, o que se denomina concreto armado. A utilização de tal armadura
também garante um aumento da ductilidade do concreto e o aumento de sua
resistência a compressão.
Conhecido que o concreto é um material que resiste bem aos esforços
normais de compressão e que um pilar recebe preponderantemente esforços
normais de compressão, entende-se que um pilar de concreto armado trabalha
de forma muito eficiente, por conta das características resistivas dos materiais
que o constitui.
Kimura (2014) afirma que é importante que o engenheiro civil entenda que
o processo de cálculo de pilares admita diversas simplificações, e que
aproximações serão feitas tanto na etapa de dimensionamento como na etapa
de detalhamento.
Alva, El Debs e Giongo (2008) comentam sobre as considerações iniciais
no processo de dimensionamento de pilares em concreto armado, que a análise
dos domínios de deformações em vigas de concreto armado, assim como os
conceitos de equilíbrio de forças e momentos são os mesmos utilizados aos
pilares. Os autores também comentam sobre a dificuldade do uso de equações
4

como solução geral quando a situação a ser analisada for de flexão composta
oblíqua. Fato explicado pelos autores devido à dificuldade de determinação da
distância e inclinação da linha neutra.
Carvalho e Pinheiro (2009) destacam que a determinação da armadura
necessária para seções em que um esforço normal produza uma flexão
composta normal ou composta oblíqua pode ser feita através de ábacos ou
programas.
O uso de ábacos de dimensionamento para pilares apresenta limitações.
Uma delas a ser citada é que em caso de valores intermediários da relação d’/h
é necessário adotar um ábaco com um valor de relação d’/h superior, gerando
um dimensionamento acima do realmente necessário. Tal limitação reforça ainda
mais a utilização de programa computacional que por meio de processos mais
apurados gere resultados mais próximos possíveis da realidade.
Segundo Santos (1983) o dimensionamento e verificação de peças em
concreto armado que estão submetidas a flexão composta normal tem sido feita
com uso de fórmulas desenvolvidas para seções fixas, em geral seções
retangulares e circulares. A complexidade do dimensionamento de peças de
concreto armado submetidas a flexão composta normal é menor quando
comparada a complexidade de dimensionamento de peças de concreto armado
submetidas a flexão composta oblíqua. Fato que se explica pela fácil
determinação da posição da linha neutra na flexão composta normal, pois a
mesma em caso de peças simétricas se encontrará sem inclinação.
Conforme Santos (1981) a dificuldade do dimensionamento de peças de
concreto armado submetidas à flexão oblíqua se dá pela não existência de
ortogonalidade entre o plano de momento e a linha neutra, esta última deverá ter
sua posição definida variando-se os valores de inclinação e profundidade da
mesma. A configuração ideal igualará dentro de uma certa tolerância os valores
resistivos e de cálculo.
A pesquisa desenvolvida trata de um estudo sobre o dimensionamento de
pilares retangulares sujeitos a flexão composta oblíqua e normal. Que tem como
objetivo a elaboração de materiais que auxiliam no dimensionamento manual de
seções retangulares e a elaboração do software iColumn que verifica seções
retangulares de concreto armado e dimensiona pilares conforme normatização.
5

2 METODOLOGIA

O software desenvolvido funciona como um combo de dimensionamento


de pilares vinculados nas duas extremidades onde o usuário pode dimensionar,
detalhar e consultar ábacos de flexão composta normal e oblíqua. Esta última
funcionalidade é feita com auxílio do Microsoft Excel. A linguagem de
programação utilizada para a elaboração da ferramenta foi Visual Basic através
da IDE Visual Studio 2017.

Figura 1 – Visão geral iColumn

Fonte: Autor (2018).

2.1 Classificação dos pilares

Os pilares retangulares em concreto armado podem ser classificados de


acordo com a sua posição em planta, de acordo com o tipo de solicitação imposta
e quanto a sua esbeltez. A classificação dos pilares é de muita importância, pois
o procedimento de dimensionamento é diferente para cada tipo, sempre de
acordo com a caracterização de cada pilar.
6

2.1.1 Classificação quanto a posição

Segundo Alva, El Debs e Giongo (2008) os pilares podem ser


classificados de acordo com sua posição na planta de forma em: pilares
intermediários ou de centro, pilares de extremidade ou de borda, e pilares de
canto. Tal classificação permite definir o tipo de solicitação que está sendo
submetida ao elemento estrutural.

Figura 2 – Classificação dos pilares quanto a posição

Fonte: Autor (2018).

2.1.2 Classificação quanto a natureza da solicitação

Os pilares de acordo com sua classificação quanto à posição em planta


podem também ser caracterizados nas seguintes situações de solicitações:

a. Pilares Intermediários: de acordo com Fusco (1981) os pilares


intermediários estão basicamente submetidos a esforços normais de
compressão e que nos mesmos pode ser considerada inicialmente a
compressão centrada. Os momentos fletores iniciais podem ser
desprezados.
b. Pilares de extremidade: segundo Fusco (1981) os pilares de
extremidade em geral estão submetidos a flexão composta normal. A
7

flexão é consequente da interrupção da viga em umas das direções do


pilar, logo é considerado momento inicial em uma direção apenas.
c. Pilares de canto: Alva, El Debs e Giongo (2008) destacam que além
do esforço normal de compressão em pilares de canto, devem ser
considerados momentos iniciais atuantes nas duas direções do pilar.
A espécie de solicitação se difere, portanto das demais, havendo
flexão composta oblíqua.

2.1.3 Classificação quanto a esbeltez

Quanto a esbeltez os pilares podem ser classificados em: pilares curtos,


pilares medianamente esbeltos, pilares esbeltos ou muito esbeltos e pilares
excessivamente esbeltos. Segundo a NBR 6118:2014 (ABNT, 2014) o índice de
esbeltez de um pilar de concreto armado é a razão entre seu comprimento
equivalente e o raio de giração da seção. Para seções de pilares retangulares a
esbeltez é definida pela Equação 1.

𝑙𝑒 . √12
𝜆= (1)

Considerando pilares vinculados em ambas as extremidades o valor de le


é definido pela Equação 2.
𝑙0 + ℎ
𝑙𝑒 ≤ { (2)
𝑙

Sendo:

l0 a distância entre as faces internas dos elementos que vinculam o pilar;

h a altura da seção transversal do pilar na direção considerada;

l o comprimento entre os eixos dos elementos que vinculam o pilar.

De acordo com a NBR 6118:2014 (ABNT, 2014) a classificação dos


pilares quanto a esbeltez deve ser feito em relação ao coeficiente λ1, definido
pela Equação 3.
8

𝑒1
25 + 12,5.
𝜆1 = ℎ (3)
𝛼𝑏

Sendo:

e1 a excentricidade de primeira ordem.

O coeficiente αb é obtido pelas Equações 4,5 e 6. O coeficiente depende


das seguintes situações:

a. Pilares bi apoiados sem cargas transversais:

𝑀𝐵
𝛼𝑏 = 0,6 + 0,4. ≥ 0,4 (4)
𝑀𝐴

Os valores MB e MA são o menor e o maior valor de momento solicitante


de primeira ordem nas extremidades do pilar, respectivamente. Caso o valor de
MB e MA sejam opostos no diagrama de momento fletor, o valor da relação deve
ser negativo.

b. Para pilares bi apoiados com cargas transversais significativas ao


longo da altura:
𝛼𝑏 = 1 (5)

Sendo:

MC o momento de primeira ordem no centro do pilar;

MA o momento de primeira ordem no engaste.

c. Para pilares bi apoiados ou em balanço com momentos menores que


o momento mínimo:
𝛼𝑏 = 1 (6)

O software desenvolvido considera a influência da atuação de cargas


transversais conforme Figura 3.
9

Figura 3 – Consideração de cargas transversais iColumn

Fonte: Autor (2018).

O valor de λ1 deve respeitar o seguinte limite: 35≤ λ1≤90. Logo quanto a


sua esbeltez um pilar pode ser classificado como:

• Pilar curto (λ≤λ1): de acordo com a NBR 6118:2014 (ABNT, 2014) em


pilares curtos os efeitos de ordem não são considerados;
• Pilar medianamente esbelto (λ1<λ≤90): conforme a NBR 6118:2014
(ABNT, 2014) há a necessidade que esse tipo de pilar tenha a
consideração dos efeitos de segunda ordem por processos de cálculos
compatíveis;
• Pilar esbelto (90<λ≤ 140): para tal esbeltez o processo de
dimensionamento deve ser mais rigoroso. Segundo Fusco (1981) um
método válido para o dimensionamento desse tipo de pilar é a utilização
do método do equilíbrio;
• Pilar excessivamente esbelto (140<λ≤ 200): conforme a NBR 6118:2014
(ABNT, 2014) há a exigência para pilares excessivamente esbeltos que
o processo de cálculo seja exato para a verificação do estado limite de
instabilidade.

A NBR 6118:2014 (ABNT, 2014) recomenda que não haja em qualquer


possibilidade a projeção de pilares com indice de esbeltez superior a 200.

2.2 Excentricidades

Segundo a NBR 6118:2014 (ABNT, 2014) as excentricidades possíveis


no dimensionamento de pilares são: excentricidade de primeira ordem e
segunda ordem, excentricidade inicial, excentricidade acidental e excentricidade
10

suplementar. Esta última é considerada devido ao efeito de fluência e é


obrigatória para pilares com índices de esbeltez superiores a 90.

2.2.1 Excentricidades iniciais

Segundo Scadelai (2004) as excentricidades iniciais são provenientes das


ligações entre vigas e pilares, sob a condição de interrupção das vigas nos
mesmos, e que tais excentricidades ocorrem em pilares de canto e de
extremidade. Em geral a excentricidade inicial é calculada como sendo a razão
entre os momentos fletores iniciais de cálculo no topo e base do pilar e o esforço
normal de cálculo atuante no pilar conforme a Equação 7.

𝑀𝑑𝑡𝑜𝑝𝑜 𝑀𝑑𝑏𝑎𝑠𝑒
𝑒𝑖𝑡𝑜𝑝𝑜 = 𝑒 𝑒𝑖𝑏𝑎𝑠𝑒 = (7)
𝑁𝑑 𝑁𝑑

A ferramenta desenvolvida possibilita ao usuário uma entrada interativa


para inserção das solicitações impostas a um pilar. É possível a visualização em
tempo real dos esforços inseridos.

Figura 4 – Inserção e visualização de esforços iColumn

Fonte: Autor (2018).

2.2.2 Excentricidade acidental


11

Segundo a NBR 6118:2014 (ABNT, 2014) no dimensionamento e


verificação de um lance de pilar o efeito de desaprumo do pilar deve ser
considerado, e que nas estruturas reticuladas a consideração apenas do
desaprumo é suficiente. Tal imperfeição pode ser analisada pela inclinação θ1
(radianos) definida pela Equação 8.

1 1 1
Ɵ1 = ≥ ≥ (8)
200 100. √𝐻 300
Sendo:
H é a atura do lance do pilar em metros.

A excentricidade acidental é obtida pela Equação 9.

𝐻
𝑒𝑎 = Ɵ1 . (9)
2

2.2.3 Excentricidade de segunda ordem

Segundo Carmo (1995) a análise dos efeitos de segunda ordem considera


a estrutura deformada no processo de dimensionamento. Conforme Sias (2014),
os efeitos de segunda ordem serão considerados de acordo com o índice de
esbeltez do pilar, exceto em casos de pilares curtos (λ<λ1).
Podem ser adotados dois métodos simples de cálculo para a obtenção da
excentricidade de segunda ordem em pilares até no máximo medianamente
esbeltos, são eles: método do pilar-padrão com curvatura aproximada e o
método do pilar padrão com rigidez κ aproximada. O último está disponível na
ferramenta apenas para pilares intermediários.

Figura 5 – Consideração dos efeitos de segunda ordem iColumn

Fonte: Autor (2018).


12

• Método do pilar padrão com curvatura aproximada:

De acordo com Leitão (2016) esse método é restringido a pilares no


máximo medianamente esbeltos (λ≤90) que possuam seção transversal
constante. A não linearidade geométrica é considerada supondo-se a
configuração do pilar como senoidal. A não linearidade física é computada por
este método por meio de uma expressão aproximada para a curvatura da seção
mais crítica, que será no centro do elemento em caso de pilares considerados
vinculados em ambas as extremidades.
O cálculo da excentricidade de segunda ordem se dá com a utilização das
Equações 10,11 e 12.
𝑙𝑒 2 1
𝑒2 = .( ) (10)
10 𝑟

0.005
1 ℎ. (𝜈 + 0.5)
( )≤ (11)
𝑟 0.005
{ ℎ

𝑁𝑑
𝜈= (12)
ℎ. 𝑏. 𝑓𝑐𝑑

Sendo:
(1/r) a curvatura na seção mais crítica;
h a altura da seção da direção considerada;
ν a normal adimensional.

• Método do pilar padrão κ aproximada:

Alva, El Debs e Giongo (2008) destacam que esse método de cálculo


pode ser utilizado para pilares com λ≤90, com seção constante e armadura
simétrica em todo o eixo do pilar.
O momento total é dado pela Equação 13.
13

𝛼𝑏 . 𝑀1𝑑𝐴 𝑀
𝑀𝑑𝑡𝑜𝑡 = ≥ ( 1𝑑𝐴 )
𝜆² 𝑀1𝑑𝑚𝑖𝑛 (13)
1−
120 ∗ ᴋ/𝜈

O valor da rigidez κ é obtido pela Equação 14.

𝑀𝑑𝑡𝑜𝑡
ᴋ = 32. (1 + 5. ).𝜈 (14)
ℎ. 𝑁𝑑

O processo iterativo será feito até que o valor de Mdtot seja maior ou igual
ao maior valor entre o momento de primeira ordem e o momento de primeira
ordem mínimo. Após o fim desse processo o valor da excentricidade total pode
ser determinado com auxílio da Equação 15.

𝑀𝑑𝑡𝑜𝑡
𝑒𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (15)
𝑁𝑑
Sendo:
M1dmin o momento mínimo de primeira ordem (produto do esforço normal de
cálculo pela excentricidade mínima);
M1dA o maior valor de momento de primeira ordem atuante no pilar.

2.2.4 Excentricidades mínimas

Alva, El Debs e Giongo (2008) destacam que o efeito das imperfeições


locais será atendido se o valor do momento total mínimo for respeitado e que no
caso da flexão oblíqua esse momento total mínimo seja respeitado em ambas
as direções.
O valor da excentricidade mínima é definido pela Equação 16.

𝑒𝑖𝑚𝑖𝑛 = 0,015 + 0,03. ℎ (16)

Sendo:
h a altura da seção transversal na direção considerada, em metros.
14

2.3 Dimensões mínimas

De acordo com a NBR 6118:2014 (ABNT, 2014) a menor dimensão da


seção de um pilar não deve ser inferior a 14 cm e deve haver a consideração de
um coeficiente de majoração adicional γn.

Tabela 1 – Coeficiente adicional γn


b (cm) ≥19 18 17 16 15 14
γn 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25
Onde:
ϒ𝑛 = 1,95 − 0,05 ∗ 𝑏
b é a menor dimensão da seção transversal em centímetros (cm).
Fonte: Adaptado de NBR 6118:2014 (ABNT, 2014).

A norma vigente também recomenda que a área mínima da seção


transversal de um pilar em concreto armado seja de 360 cm². O software informa
ao usuário caso a seção não atenda a essa determinação; caso a seção não
apresente algum tipo de erro é possível um detalhamento simplificado do pilar.

Figura 6 – Detalhamento genérico iColumn

Fonte: Autor (2018).


15

2.4 Processo computacional para determinação da taxa mecânica de


armadura em caso de flexão composta normal em seções retangulares

Santos (1981) recomenda que a resolução do problema da flexão


composta normal seja feita por meio de grandezas adimensionais, o que melhora
a representação por meio de ábacos, abrangendo um campo muito mais vasto
de solicitações do que se fosse trabalhado com grandezas não adimensionais.
De acordo com Montoya (1987) o problema de dimensionamento para a
flexão composta é em geral indeterminado, pois existem várias soluções entre
as quais será escolhida uma que seja econômica e de fácil execução.
A taxa mecânica de armadura define o valor da área de aço necessária
para um pilar e é definida pela Equação 17.

𝐴𝑠. 𝑓𝑦𝑑
𝜔=
𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑 (17)

Sendo:
As a área de aço calculada para o pilar;
Ac a área da seção transversal;
fyd a tensão de escoamento de cálculo do aço (para CA-50 A vale 43,478
kN/cm²);
fcd a resistência compressão de cálculo do concreto.

De acordo com Venturini e Rodrigues (1987) é admitido ao concreto, no


estado limite último, uma relação tensão/deformação no concreto que é
representada por um diagrama parábola-retângulo.
Conforme Venturini e Rodrigues (1987) a ferramenta desenvolvida
também considera para tensões e deformações de compressão o sinal negativo
e para tensões e deformações de tração, sinal positivo.
É importante o conhecimento do limite deformação última do concreto
(εcu), pois na rotina computacional os valores de deformações de compressão no
aço não podem ser inferiores a esse limite. Todas as limitações de deformações
no aço e concreto são respeitadas pelo iColumn.
16

Figura 7 - Diagrama parábola-retângulo

Fonte: Adaptado de NBR 6118:2014 (ABNT, 2014).

O software considera o diagrama simplificado que é representado por


apenas um trecho retangular. Tal simplificação torna a rotina de cálculo mais
simples, reduzindo o tempo de execução do algoritmo.
De acordo com Fusco (1981) em caso de adoção do diagrama
simplificado, na região que se encontra entre a posição da linha neutra e o fim
do trecho retangular deve haver desconsideração da resistência a compressão
do concreto.

Figura 8 – Diagrama simplificado de tensões

Fonte: Adaptado de NBR 6118:2014 (ABNT, 2014).

O diagrama tensão/deformação do aço CA50-A conforme Venturini e


Rodrigues (1987) considera material elasto-plástico perfeito. A tensão de
17

compressão do aço se limita a εcu por conta do concreto e a tensão de tração se


limita a 1%. A tensão é linear até o início do escoamento do aço, depois
considera-se constante; não podendo a tensão superar o valor de tensão de
escoamento de cálculo do aço (fyd).

Figura 9 - Digrama tensão/deformação aço CA50-A

Fonte: Adaptado de NBR 6118:2014 (ABNT, 2014).

Para o cálculo de taxa mecânica de armadura será necessário conhecer


a parcela de resistência a compressão do concreto para uma determinada
profundidade da linha neutra e as tensões atuantes no aço. Isso só é possível
com utilização dos diagramas citados acima e com o conhecimento das
deformações do concreto e aço de acordo com os domínios de deformação.
O roteiro para determinação da taxa mecânica de armadura executado
pela ferramenta desenvolvida segue os seguintes passos:
a. Adota-se uma profundidade inicial para a linha neutra (0,001 cm).
b. Para esta profundidade o iColumn identifica o domínio de deformação
e determina as deformações existentes nas barras de aço e
consequentemente suas respectivas tensões.
c. Iguala-se a equação normal adimensional resistente ao valor da
normal adimensional de cálculo e isola-se o valor de ω.
d. Com o valor de ω, calcula-se o valor do momento resistente com uso
da equação de equilíbrio do momento adimensional.
18

e. Verifica-se se o valor do momento adimensional resistente calculado


no item anterior está abaixo da tolerância de 0,01% em relação ao
momento adimensional de cálculo. Caso respeite a tolerância, o valor
obtido de ω é o procurado, caso contrário retorna-se ao primeiro passo
com uma nova profundidade da linha neutra (a ferramenta soma mais
0,001 cm a última profundidade da linha neutra).

O iColumn possibilita ao usuário a consideração de qualquer arranjo


simétrico para a seção de um pilar. Possibilitando também um preview do arranjo
em tempo real.

Figura 10 – Escolha do arranjo de um pilar iColumn

Fonte: Autor (2018).

2.4.1 Domínios de deformações

De acordo Venturini e Rodrigues (1987) o problema das deformações


pode ser analisado com uso de três regiões: Região I, Região II, Região III. A
posição da linha neutra definirá em qual região a peça se encontra.
Na Região I segundo Venturini e Rodrigues (1987) fixa-se o valor último
de deformação no aço (εsu) igual a 0,01 para a armadura tracionada e se obtém
as deformações de interesse. Válido ressaltar que esta região corresponde ao
domínio 2 e que o domínio 1 não será considerado no cálculo da taxa mecânica
de armadura, pois nele há existência apenas de tração; em pilares essa condição
não é possível.
19

Os valores de εcu e εc2 são obtidos com uso das Equações 18, 19 e 20.

• Concretos C20-C50:
𝜀𝑐𝑢 = −0,35% 𝑒 𝜀𝑐2 = −0,2 % (18)

• Concretos C55-C90:

𝜀𝑐2 = −(0,2% + 0,0085%. (𝑓𝑐𝑘 − 50)0,53 ) 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (19)

90 − 𝑓𝑐𝑘 4
𝜀𝑐𝑢 = − (0,26% + 3,5%. [ ] ) 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (20)
100

O coeficiente 𝛽𝑥 define os limites entre as regiões (usa-se valores


positivos para deformações):
𝛽𝑥 = 𝑥/𝑑 (21)

• Região 1 ( 0 < 𝛽𝑥 < (𝜀𝑐𝑢/(0.01 + 𝜀𝑐𝑢) );


• Região 2 ( (𝜀𝑐𝑢/(0.01 + 𝜀𝑐𝑢) ≤ 𝛽𝑥 < (ℎ/𝑑) );
• Região 3 ( 𝛽𝑥 ≥ (ℎ/𝑑) ).

Figura 11- Deformações na Região I

Fonte: Autor (2018).


20

Aplicando-se regra de três simples o valor de qualquer deformação pode


ser obtido pela Equação 22.

1%. (𝑑𝑖 − 𝑥)
𝜀𝑖 =
𝑑−𝑥 (22)

A tensão no aço é obtida pelo produto da deformação encontrada pelo


módulo de elasticidade do aço CA50-A que vale 21000 kN/cm².
Á Região II pertence os domínios 3,4 e 4a. De acordo com Venturini e
Rodrigues (1987) para esta região fixa-se o valor de deformação εcu na borda
mais comprimida.

Figura 12 - Deformações Região II

Fonte: Autor (2018).

Aplicando-se regra de três simples o valor de qualquer deformação é


obtido pela Equação 23.

𝜀𝑐𝑢 . (𝑑𝑖 − 𝑥)
𝜀𝑖 = (23)
𝑥

A Região III corresponde ao domínio 5. De acordo com Santos (1983)


neste domínio ocorre compressão não uniforme, com ausência de tensões de
tração.
21

Figura 13 – Deformações na Região III

Fonte: Autor (2018).

Aplicando-se regra de três simples o valor de qualquer deformação é


obtido com uso da Equação 24.

−𝜀𝑐2 . (𝑥 − 𝑑𝑖 )
𝜀𝑖 = 𝜀 −𝜀 (24)
𝑥 − 𝑐𝑢𝜀 𝑐2 . ℎ
𝑐𝑢

Conhecido as formulações para as deformações nas diferentes regiões é


possível o desenvolvimento das equações de equilíbrio para formulação de
equações gerais que atenda aos diferentes valores de resistência característica
a compressão do concreto.

2.4.2 Equações de equilíbrio

Para seções submetidas a flexão normal composta as equações de


equilíbrio são definidas pelas Equações 25 e 26.

𝑁𝑟 = ∫ 𝜎𝑐 𝑑𝐴𝑐𝑐 + ∑ 𝜎𝑠𝑖 . 𝐴𝑠𝑖 (25)


𝐴𝑐𝑐 𝑖=1

𝑀𝑟 = ∫ 𝜎𝑐 . 𝑦 𝑑𝐴𝑐𝑐 + ∑ 𝜎𝑠𝑖 . 𝐴𝑠𝑖 . 𝑦𝑖 (26)


𝐴𝑐𝑐 𝑖=1

Sendo:
22

Acc a área comprimida de concreto;


σc a tensão resistente de compressão do concreto;
σsi a tensão em uma barra de aço qualquer;
Asi a área de uma barra de aço qualquer;
yi a distância do centro de gravidade de uma barra qualquer ao centro de
gravidade da seção;
y a distância de um elemento infinitesimal de concreto ao baricentro da seção.

2.4.3 Desenvolvimento das equações de equilíbrio para concretos C20-


C90

Será utilizado o diagrama simplificado para determinação da parcela de


resistência do concreto a compressão. O coeficiente λ que determina a
profundidade da linha neutra é obtido pela Equação 27.

𝑓𝑐𝑘 − 50
𝜆 = 0,8 − ≤ 0,8 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (27)
400

Segundo Santos (1981) a parcela de resistência do concreto a


compressão pode ser simplesmente definida como sendo o produto da tensão
de cálculo do concreto pela área de concreto comprimida. Recomendação
somente válida para a adoção do diagrama retangular. É convencionado o sinal
negativo para representar compressão.
O valor da tensão de compressão de cálculo do concreto para C55-C90 é
obtido com uso das Equações 38, 39.

𝜎𝑐𝑑 = 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 (28)

𝑓𝑐𝑘 − 50
𝛼𝑐 = 0,85. [1 − ] ≤ 0,85 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (29)
200

Logo pode-se escrever a Equação 30.


23

∫ 𝜎𝑐 𝑑𝐴𝑐𝑐 = 𝜆. 𝑥. 𝑏. (−𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 ) (30)


𝐴𝑐𝑐

Sendo:
x a profundidade da linha neutra;
b a base da seção transversal na direção considerada.

Para tornar a primeira equação de equilíbrio adimensional, conhecendo-


se a equação da taxa mecânica de armadura e imposta a condição de todas as
barras apresentarem o mesmo diâmetro, divide-se os termos por 𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑,
obtendo-se a Equação 31.

𝑁𝑑 𝜆. 𝑥. 𝑏. (−𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 ) ∑𝑛𝑖=1 𝜎𝑠𝑖 . 𝐴𝑠𝑖


= + (31)
𝐴𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 𝐴𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 𝐴𝑐 . 𝑓𝑐𝑑

A área de uma barra é expressa pela Equação 32.

𝜔. ℎ. 𝑏. 𝑓𝑐𝑑
𝐴𝑠𝑖 = (32)
𝑓𝑦𝑑 . 𝑛

A equação final de equilíbrio é definida pela Equação 33.

𝑛
−𝜆. 𝑥. 𝛼𝑐 𝜔
𝜈= + . ∑ 𝜎𝑠𝑖 (33)
ℎ 𝑓𝑦𝑑 . 𝑛
𝑖=1

Sendo:
n o número total de barras.

Conforme Santos (1981) a parcela de resistência ao momento do concreto


pode ser escrita como o produto do momento estático da área comprimida pela
tensão de cálculo do concreto. Recomendação também válida somente para a
simplificação do diagrama. A resistência ao momento do concreto em caso de
flexão composta normal é definida pela Equação 34.
24

ℎ 𝜆. 𝑥
∫ 𝜎𝑐 . 𝑦 𝑑𝐴𝑐𝑐 = 𝑏. 𝜆. 𝑥. ( − ) . 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 (34)
𝐴𝑐𝑐 2 2

Para tornar a equação do momento resistente em termos adimensionais


divide-se todos os termos por 𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑. ℎ. Define-se a Equação 35.

ℎ 𝜆. 𝑥 𝑛
𝜆. 𝑥. (2 − 2 ) . 𝛼𝑐 𝜔 𝜎𝑠𝑖 . 𝑦𝑖
µ= + .∑ (35)
ℎ² 𝑓𝑦𝑑 . 𝑛 ℎ
𝑖=1

2.5 Processo computacional para determinação da taxa mecânica de


armadura em caso de flexão composta oblíqua em seções retangulares

Conforme Santos (1981) denomina-se a flexão como oblíqua quando não


se conhece previamente a direção da linha neutra. Segundo o autor a flexão
sempre será oblíqua quando a seção transversal não apresentar eixo de
simetria.
De acordo com Pinheiro, Baraldi e Porem (2009) a flexo-compressão
oblíqua é comum em peças de concreto armado, em sua maioria ocorrente em
pilares. Ainda de acordo com os autores, devido ao desconhecimento da
profundidade e inclinação da linha neutra é muito difícil obter uma solução geral
para o problema; deve-se ser imposta algumas restrições e simplificações.
Sussekind (1987) ressalta a importância da utilização de ábacos para
análise da flexão composta oblíqua. Segundo o autor a utilização de um
processo iterativo para cada situação tornaria o trabalho diário de um engenheiro
muito trabalhoso e que a utilização de tais ábacos facilita o estudo deste tipo de
flexão.
De acordo com Fusco (1981) tendo-se definido a forma da seção
transversal, a armadura e as resistências de cálculo é possível a determinação
da força normal resistente de cálculo, do momento resistente de cálculo em x e
o momento resistente de cálculo em y.
A NBR 6118:2014 (ABNT, 2014) especifica que em caso da largura da
seção, medida de forma paralela a linha neutra, apresente redução no sentido
desta para a borda comprimida considere-se a Equação 36.
25

𝜎𝑐𝑑 = 0,9. 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 (36)

De acordo com Fusco (1981) essa consideração deve ser feita nas seções
circulares, seções triangulares ou trapezoidais em que o vértice esteja na parte
mais comprimida e nas seções retangulares sob flexão composta oblíqua. O
iColumn considera esta recomendação, gerando resultados que respeitam os
parâmetros normativos atuais.

Figura 14 – Exemplos largura de seção reduzida no sentida da borda comprimida

Fonte: Autor (2018).

Conforme Santos (1981) a ferramenta desenvolvida também considera


para tensões e deformações de compressão o sinal positivo e para tensões e
deformações de tração, sinal negativo. Essa adoção é contrária a adoção feita
nas considerações sobre flexão composta normal.
Devido à alta complexidade de uma resolução geral para a flexão
composta oblíqua a ferramenta utiliza-se do diagrama retangular simplificado
para todas as classes de concreto (C20-C90).
O diagrama tensão/deformação do aço CA50-A é o mesmo adotado para
a situação de flexão composta normal. Para o cálculo de taxa mecânica de
armadura será necessário conhecer a parcela de resistência a compressão do
concreto para uma determinada profundidade e inclinação da linha neutra e as
tensões atuantes no aço. A rotina para determinação da taxa mecânica de
armadura é descrita:
26

a. Adota-se uma inclinação inicial para a linha neutra;


b. Para esta inclinação varia-se a profundidade da linha neutra e
determina-se as deformações e tensões atuantes na armadura;
c. Um valor de taxa mecânica de armadura é calculado igualando-se a
equação de momento adimensional resistente ao momento
adimensional solicitante de cálculo em y;
d. Verifica-se se o valor do momento resistente em x atende a uma
tolerância já definida em relação ao momento adimensional de cálculo
em x. O mesmo é feito para o valor da normal adimensional resistente
em relação ao valor da normal adimensional de cálculo;
e. Verifica-se se o valor do momento resistente em x atende a uma
tolerância já definida em relação ao momento adimensional de cálculo
em x. O mesmo é feito para o valor da normal adimensional resistente
em relação ao valor da normal adimensional de cálculo;
f. Caso ambas as verificações atendam as tolerâncias o valor atual da
taxa mecânica de armadura calculado é o valor que atende as
solicitações impostas. Caso contrário retorna-se ao primeiro passo
somando-se 0,01 a inclinação anterior da linha neutra e zera-se a
profundidade da linha neutra.

2.5.1 Domínios de deformações

O problema de determinação das deformações na flexão oblíqua não é


tão simples. Para cada inclinação da linha neutra haverá uma nova altura útil e
uma nova altura da seção, o que também é válido para a posição das barras.
Santos (1981) utiliza do conceito de curvatura para determinação das
deformações conforme a inclinação da linha neutra e sua profundidade.
Nesta pesquisa optou-se por utilizar um método próprio e mais simples:
rotaciona-se o sistema calculando-se uma nova altura da seção e uma nova
altura útil para cada barra de aço. Agora a situação se torna semelhante a flexão
composta normal.
O valor da altura (h) da seção para uma determinada inclinação α vale:
27

ℎ𝑦 ℎ𝑥
ℎ = 2. ( . cos(𝛼) − (− . 𝑠𝑒𝑛(𝛼))) (37)
2 2

Figura 15 – Seção submetida a flexão composta oblíqua (adotado pelo software)

Fonte: Autor (2018).

O valor da altura útil (d) da seção é dado pela posição da barra inferior
direita e para uma determinada inclinação α vale:

ℎ ℎ𝑦 ℎ𝑥
𝑑= − ((− + 𝑑 ′ 𝑦 ) . cos(𝛼) − ( − 𝑑 ′ 𝑥 ) . sen(𝛼)) (38)
2 2 2

O valor da altura útil de cada barra de aço vale:


𝑑𝑖 = − (𝑦𝑖 . cos(𝛼) − 𝑥𝑖 . 𝑠𝑒𝑛(𝛼)) (39)
2

As regiões de deformações sãos as mesmas definidas no caso de flexão


composta normal. A seção é rotacionada e cada barra apresentará um valor de
deformação diferente da outra. Na flexão composta normal é possível que barras
28

na mesma posição apresentem o mesmo valor de deformação; na flexão


composta oblíqua tal igualdade em geral não é possível.

Figura 16 – Deformações na Região I

Fonte: Autor (2018).

Aplicando-se regra de três simples o valor de qualquer deformação pode


ser obtido pela Equação 40.

−1%. (𝑑𝑖 − 𝑥)
𝜀𝑖 = (40)
𝑑−𝑥

Figura 17 - Deformações Região II

Fonte: Autor (2018).

Aplicando-se regra de três simples o valor de qualquer deformação é


obtido pela Equação 41.
29

−𝜀𝑐𝑢 . (𝑑𝑖 − 𝑥)
𝜀𝑖 = (41)
𝑥

Figura 18 – Deformações na Região III

Fonte: Autor (2018).

Aplicando-se regra de três simples o valor de qualquer deformação é


obtido com uso da Equação 42.
𝜀𝑐2 . (𝑥 − 𝑑𝑖 )
𝜀𝑖 = 𝜀 −𝜀 (42)
𝑥 − 𝑐𝑢𝜀 𝑐2 . ℎ
𝑐𝑢

Os coeficientes valem:

• Concretos C20-C50:

𝜀𝑐𝑢 = 0,35% 𝑒 𝜀𝑐2 = 0,2 % (43)

• Concretos C55-C90:

𝜀𝑐2 = 0,2% + 0,0085%. (𝑓𝑐𝑘 − 50)0,53 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (44)

90 − 𝑓𝑐𝑘 4
𝜀𝑐𝑢 = 0,26% + 3,5%. [ ] 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (45)
100
30

2.5.2 Equações de equilíbrio

Para seções submetidas a flexão composta oblíqua as equações de


equilíbrio são definidas pelas Equações 46, 47 e 48.

𝑁𝑟 = ∬ 𝜎𝑐 𝑑𝐴𝑐𝑐 + ∑ 𝜎𝑠𝑖 . 𝐴𝑠𝑖 (46)


𝐴𝑐𝑐 𝑖=1

𝑀𝑥𝑟 = ∬ 𝜎𝑐 . 𝑥 𝑑𝐴𝑐𝑐 + ∑ 𝜎𝑠𝑖 . 𝐴𝑠𝑖. 𝑥𝑠𝑖 (47)


𝐴𝑐𝑐 𝑖=1

𝑀𝑦𝑟 = ∬ 𝜎𝑐 . 𝑦 𝑑𝐴𝑐𝑐 + ∑ 𝜎𝑠𝑖 . 𝐴𝑠𝑖. 𝑦𝑠𝑖 (48)


𝐴𝑐𝑐 𝑖=1

Sendo:
Acc a área comprimida de concreto;
σc a tensão resistente de compressão do concreto;
σsi a tensão em uma barra de aço qualquer;
Asi a área de uma barra de aço qualquer;
ysi e xsi as distâncias do centro de gravidade de uma barra qualquer em x e y ao
centro de gravidade da seção;
y a distância de um elemento infinitesimal de concreto ao baricentro da seção.

2.5.3 Desenvolvimento das equações de equilíbrio

É necessária uma rotina computacional eficiente que possibilite a


determinação da área comprimida de concreto, a qual varia de acordo com a
inclinação e profundidade da linha neutra.
Será utilizado o diagrama simplificado para determinação da parcela de
resistência do concreto a compressão e ao momento. O coeficiente λ que
determina a área comprimida obtém-se segundo a Equação 49.
31

𝑓𝑐𝑘 − 50
𝜆 = 0,8 − ≤ 0,8 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (49)
400

Segundo Santos (1981) a resistência a compressão pode ser definida pelo


produto entre a área comprimida e a tensão de cálculo do concreto. Ressaltando
que essa consideração é apenas válida quando se considera o diagrama
retangular.
O valor da tensão de compressão de cálculo é obtido com uso da
Equações 50 e 51.

𝜎𝑐𝑑 = 0,9. 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 (50)

𝑓𝑐𝑘 − 50
𝛼𝑐 = 0,85. [1 − ] ≤ 0,85 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎 (51)
200

Logo pode-se escrever a Equação 52.

∬ 𝜎𝑐 𝑑𝐴𝑐𝑐 = 𝐴𝑐𝑐 . (0,9. 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 ) (52)


𝐴𝑐𝑐

Conhecida a equação da taxa mecânica de armadura e imposta a


simplificação de todas as barras terem o mesmo diâmetro, divide-se os termos
por 𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑, obtendo-se a Equação 53.

𝑁𝑑 0,9. 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝐴𝑐𝑐 ∑𝑛𝑖=1 𝜎𝑠𝑖 . 𝐴𝑠𝑖


= + (53)
𝐴𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 𝐴𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 𝐴𝑐 . 𝑓𝑐𝑑

A área de uma barra é expressa pela Equação 54.

𝜔. ℎ. 𝑏. 𝑓𝑐𝑑
𝐴𝑠𝑖 = (54)
𝑓𝑦𝑑 . 𝑛

Substituindo-se, a equação final de equilíbrio é definida pela Equação 55.


32

𝑛
0,9. 𝛼𝑐 . 𝐴𝑐𝑐 𝜔
𝜈= + . ∑ 𝜎𝑠𝑖 (55)
ℎ𝑥 . ℎ𝑦 𝑓𝑦𝑑 . 𝑛
𝑖=1

Conforme Santos (1981) a parcela de resistência ao momento do concreto


pode ser escrita como o produto do momento estático da área comprimida pela
tensão de cálculo do concreto. Recomendação também válida somente para a
simplificação do diagrama. Na flexão composta oblíqua é necessário o cálculo
dos momentos estáticos da área comprimida de concreto em x e y. Os momentos
estáticos de uma figura plana qualquer são definidos pelas Equações 56 e 57.
As coordenadas dos vértices têm como origem o centro de gravidade da seção
e o cálculo deve ser feito no sentido anti-horário.

𝑛
1
𝑆𝑥𝑐 = . ∑(𝑦𝑖 + 𝑦𝑖+1 ). (𝑥𝑖. 𝑦𝑖+1 − 𝑥𝑖+1. 𝑦𝑖 ) (56)
6
𝑖=1

𝑛
1
𝑆𝑦𝑐 = . ∑(𝑥𝑖 + 𝑥𝑖+1 ). (𝑥𝑖. 𝑦𝑖+1 − 𝑥𝑖+1. 𝑦𝑖 ) (57)
6
𝑖=1

Sendo:
xi e yi as coordenadas x e y respectivamente dos vértices da área comprimida
com origem no centro de gravidade da seção.

As resistências ao momento de uma certa área comprimida de concreto


em caso de flexão composta oblíqua são definidas pela Equação 58 e 59.

∬ 𝜎𝑐 . 𝑥 𝑑𝐴𝑐𝑐 = 0,9. 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑆𝑦𝑐 (58)


𝐴𝑐𝑐

∬ 𝜎𝑐 . 𝑦 𝑑𝐴𝑐𝑐 = 0,9. 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑆𝑥𝑐 (59)


𝐴𝑐𝑐

Para tornar as equações do momento resistente em termos


adimensionais, divide-se todos os termos por 𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑. ℎ.
33

𝑛
0,9. 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑆𝑦𝑐 𝜔 𝜎𝑠𝑖 . 𝑥𝑠𝑖
µ𝑥 = 2
+ .∑ (60)
ℎ𝑥 . ℎ𝑦 . 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑 . 𝑛 ℎ𝑥
𝑖=1

𝑛
0,9. 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑆𝑥𝑐 𝜔 𝜎𝑠𝑖 . 𝑦𝑠𝑖 (61)
µ𝑦 = + . ∑
ℎ𝑦2 . ℎ𝑥 . 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑 . 𝑛 ℎ𝑦
𝑖=1

As equações finais de momentos adimensionais são, portanto, definidas


pelas Equações 62 e 63.
𝑛
0,9. 𝛼𝑐 . 𝑆𝑦𝑐 𝜔 𝜎𝑠𝑖 . 𝑥𝑠𝑖
µ𝑥 = + . ∑ (62)
ℎ𝑥2 . ℎ𝑦 𝑓𝑦𝑑 . 𝑛 ℎ𝑥
𝑖=1

𝑛
0,9. 𝛼𝑐 . 𝑆𝑥𝑐 𝜔 𝜎𝑠𝑖 . 𝑦𝑠𝑖
µ𝑦 = + . ∑
ℎ𝑦2 . ℎ𝑥 𝑓𝑦𝑑 . 𝑛 ℎ𝑦 (63)
𝑖=1
34

3 ANÁLISES E RESULTADOS

O primeiro resultado é a análise dos ábacos gerados por algoritmo fruto


da pesquisa, para flexão composta normal e oblíqua. Os resultados obtidos
foram bastante semelhantes quando comparados aos ábacos existentes. O
APÊNDICE A apresenta a alta semelhança entre um ábaco proposto por
Venturini e Rodrigues (1987) e o mesmo ábaco confeccionado pelo código
computacional desenvolvido, com auxílio do Microsoft Excel.
Os ábacos disponíveis atualmente estão configurados matematicamente
para atenderem concretos C20-C50, a utilização desses ábacos para
dimensionamento de seções com fck que não se enquadre nesse intervalo não é
correto mesmo que leve a resultados próximos.
O APÊNDICE B exibe um ábaco gerado por algoritmo da pesquisa para
um arranjo com seis barras distribuídas simetricamente na seção transversal
para concreto C55.
Os resultados da pesquisa relativos a flexão composta oblíqua é em
primeira parte uma análise comparativa entre ábacos. O APÊNDICE C exibe a
comparação entre um ábaco para flexão composta oblíqua existente e outro
gerado pela pesquisa; ambos sob mesmas considerações.
Os ábacos para flexão composta oblíqua propostos atualmente são
apenas para concretos C20-C50, e se encontram desatualizados. A NBR
6118:2014 (ABNT, 2014) orienta que seja considerada a Equação 50; os ábacos
propostos atualmente utilizam a Equação 64 para consideração da tensão de
cálculo do concreto.

𝜎𝑐𝑑 = 0,8. 𝑓𝑐𝑑 (64)

A ferramenta também possibilita a geração de ábacos de flexão composta


oblíqua para uma normal adimensional qualquer conforme exemplificado no
APÊNDICE E. No APÊNDICE D é mostrado um ábaco para flexão composta
oblíqua gerado por código da pesquisa com vários quadrantes de normais
adimensionais.
35

A segunda etapa de análise de resultados foi a comparação de resultados


referentes ao dimensionamento de três pilares de uma estrutura modela no
software Eberick. Os dados de solicitações necessários para inserção no
iColumn foram obtidos pela análise dos esforços na estrutura através do
processo de pórtico espacial via software Eberick.

Tabela 2 – Dados pilares analisados


MÉTODO
SEÇÃO DMC DMC
PILAR TIPO fck (Mpa) CAA SEGUNDA
(cm) (mm) (mm)
ORDEM
P1 20x40 19 CANTO 25 19 II CA
P2 20x50 19 EXTREMIDADE 25 19 II CA
P3 20x50 19 INTERMEDIÁRIO 25 19 II RA
Mkx Mkx
Mky TOPO Mky BASE
PILAR TOPO BASE Nk (kN) lex (cm) ley (cm)
(kN.cm) (kN.cm)
(kN.cm) (kN.cm)
P1 -3067,14 1357,14 -461,43 252,86 153,85 400 400
P2 1514,28 -922,86 0 0 193,07 500 500
P3 0 0 0 0 595,07 500 500
Fonte: Autor (2018).

A Figura 20 mostra os resultados da análise comparativa, assim como a


situação crítica de dimensionamento considerada pelo iColumn. O APÊNDICE F
exibe a rotina de cálculo para o P3 em arquivo .txt gerado pelo software.

Figura 19 - Dados inseridos no iColumn para a segunda análise

Fonte: Autor (2018).


36

Figura 20 – Resultados armadura longitudinal necessária aos pilares analisados por iColumn e Eberick

Fonte: Autor (2018).


37

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando comparado os ábacos gerados pelo código desenvolvido, com os


ábacos de flexão composta normal e oblíqua disponíveis, percebeu-se uma imensa
semelhança. Porém os ábacos disponíveis atualmente se limitam até concretos C50,
inviabilizando um processo manual via ábaco em casos de concretos de alta
resistência. No caso de flexão composta oblíqua os ábacos existentes se encontram
desatualizados.
A ferramenta possibilita ao usuário a funcionalidade de gerar ábacos para
ambos os tipos de flexão para qualquer relação 𝑑 ′ /ℎ e para qualquer arranjo simétrico
de armaduras. Tais possibilidades são revolucionárias devido alta limitação dos
ábacos existentes e por muitos não mais atenderem especificações normativas atuais.
Portanto essa primeira análise foi satisfatória: os ábacos desenvolvidos são
coerentes e inovadores. Contribuindo assim academicamente para confecção de
novos ábacos que atendam a concretos com f ck acima de 50 MPa e que estejam de
acordo com a normatização mais atual.
Quando feito a análise de uma estrutura simétrica comparando-se os
resultados de armadura longitudinal necessária obtidos pelo iColumn e o Eberick
todos os resultados foram iguais. Houve diferenciação apenas na consideração dos
estribos suplementares no P3, isso foi devido ao Eberick considerar a proteção de
barras adjacentes por um estribo suplementar; o iColumn não faz essa consideração.
Os bons resultados dão credibilidade e confiabilidade a ferramenta
desenvolvida. Porém cabe ao usuário entender como funciona o dimensionamento de
pilares para um melhor aproveitamento da ferramenta, podendo usá-la como um
método de validação e análise de resultados de softwares mais robustos.
Conclui-se que a ferramenta desenvolvida apresenta um bom desempenho, em
todos os cenários obteve ótimos resultados. Logo o dimensionamento da área efetiva
de aço de pilares retangulares intermediários, de canto e de extremidade em concreto
armado e a geração de ábacos são feitos de forma eficiente pela ferramenta
desenvolvida até o presente momento.
38

5 REFERÊNCIAS

ALVA, G. M. S.; El DEBS, A. L. H. de C. E.; GIONGO, J. S. Concreto armado: projeto


de pilares de acordo com a NBR 6118:2003. Notas de Aula, Departamento de
Engenharia de Estruturas, Escola de Engenharia de São Carlos, São Carlos 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de


estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

BASTOS, Paulo Sérgio dos Santos. PILARES DE CONCRETO ARMADO. Notas de


Aula, Departamento de Engenharia Civil, Universidade Estadual Paulista, Bauru 2017.

CARMO, R. M. EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM EM EDIFÍCIOS USUAIS DE


CONCRETO. 1995. 135 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas) -
Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos.

CARVALHO, R. C. & PINHEIRO, L. M. Cálculo e Detalhamento de Estruturas


Usuais de Concreto Armado. São Paulo: Editora Pini, 2009. v. 2.

FUSCO, Péricles Brasiliense. Estruturas de Concreto Solicitações Normais. São


Paulo: LCT,1981.

KIMURA, A. E. Cálculo de Pilares de Concreto Armado: Introdução, Visão Geral &


Exemplos. São Paulo: TQS, 2014.

LEITÃO, E. M.M. Estudo Comparativo de Métodos Aproximados para Análise do


Efeito de Segunda Ordem em Pilares Esbeltos de Concreto Armado sob Flexão
Composta Reta. 2016. 126 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas) -
Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016.

MONTOYA, P. Jiménez, MESEGUER, A. García e CABRÉ, F Morán. Hormigón


armado. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, S. A., 1987.

PINHEIRO, L. M. FUNDAMENTOS DO CONCRETO ARMADO E PROJETO DE


EDIFÍCIOS. Notas de Aula, Departamento de Engenharia de Estruturas, Escola de
Engenharia de São Carlos, São Carlos 2007.

PINHEIRO, L.M.; BARALDI; L.T.; POREM, M.E. (1994). Concreto armado: Ábacos
para flexão oblíqua. São Carlos, EESC-USP.

SANTOS, L. M. dos. Cálculo de Concreto Armado, Vol. 1. São Paulo: LMS, 1983.

SANTOS, L. M. dos. Cálculo de Concreto Armado, Vol. 2. São Paulo: LMS, 1981.

SCADELAI, M. A. DIMENSIONAMENTO DE PILARES DE ACORDO COM A NBR


6118:2003. 2004. 136 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas) - Escola
de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos.
39

SIAS, F. M. DIMENSIONAMENTO ÓTIMO DE PILARES DE CONCRETO ARMADO.


2014. 153 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Departamento de
Engenharia Civil, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2014.

SUSSEKIND, J. C. CURSO DE CONCRETO, Vol. 2. Rio de Janeiro: Editora Globo


S.A, 1987.

VENTURINI, W. S.; RODRIGUES, R. de O. DIMENSAIONAMENTO DE PEÇAS


RETANGULARES DE CONCRETO ARMADO SOLICITADAS À FLEXÃO RETA.
Notas de Aula, Departamento de Engenharia de Estruturas, Escola de Engenharia de
São Carlos, São Carlos 1987.
40

APÊNDICE A - Ábaco flexão composta normal existente (esquerda) e ábaco desenvolvido pelo iColumn (direita)

2,6
ν
2,4

2,2

2,0 LIM. 4A/5

1,8 LIM. 4/4A

COMPRESSÃO
1,6

1,4

1,2

1,0

0,8
1.5 1.7 LIM 3/4
1.1 1.3
0,6 0.9
0.5 0.7
0.1 0.3
0,4

0,2

0,0 µ
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
0,2

0,4

0,6 LIM 2/3

0,8

TRAÇÃO
1,0

1,2

1,4
LIM 1/2
1,6

1,8
41

APÊNDICE B – Ábaco flexão composta normal C55 gerado pelo iColumn


ν C55 ϒs=1,15 d'/h = 0,05
2,6
CA-50
2,4

2,2

2,0

1,8 LIM. 4A/5

1,6 LIM. 4/4A

COMPRESSÃO
1,4

1,2

1,0

0,8

1.5 1.7
0,6 1.1 1.3
0.9 LIM 3/4
0.5 0.7
0.1 0.3
0,4

0,2
µ
0,0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
0,2
LIM 2/3
0,4
TRAÇÃO

0,6

0,8

1,0

1,2
LIM 1/2

1,4

1,6

1,8
42

APÊNDICE C – Comparação ábacos flexão composta oblíqua: 17-A (esquerda) e iColumn (direita), sob mesmos parâmetros
43

APÊNDICE D - Ábaco flexão composta oblíqua via iColumn vários quadrantes

µy
0,5
𝛎 = 0,05 𝛎 = 0,00

0,4

0,3

1.2 1.2
1 1
0,2
0.8 0.8
0.6 0.6
0,1 0.4 0.4
0.2
0.2
0
0,0 µx
0 0
0.2 0.2
0,1 0.4
0.4 0.6
0.6 0.8
1
0.8
0,2 1.2
1
1.2

0,3

0,4

𝛎 = 0,10 𝛎 = 0,15
0,5
0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
44

APÊNDICE E - Ábaco flexão composta oblíqua via iColumn, único quadrante (C80)

0,5

ν = 1,0

0,4

0,3

1.8
0,2 1.6
1.4
1.2
1
0,1
0.8

0.6

0.4
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
45

APÊNDICE F – Rotina de cálculo exportada pelo iColumn para o P3

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