Almeida) no ataúde de vidro, os sete anões. Eu te guardo no fundo da memória, E encontrei a Saudade: ia como guardo, num livro, alva e leve aquela flor na urna do passado que, que marca a tua delicada afinal, história, é como o teu caixão, Branca de Neve, meu Branca de Neve: primeiro amor. é um ataúde todo de cristal. Amei-te... E amei-te, figurinha aluada, E parecia morta: mas porque nunca exististe e vivia. porque sei Corado do meu beijo que a que o sonho é tudo — e roçou, tudo mais é nada... despertei-a do sono em E és o primeiro sonho que que dormia, sonhei. como o Príncipe Azul te despertou. Hoje ainda beijo, comovido e tonto, Sinto-me agora mais a velha mão que um dia criança ainda me mostrou do que naqueles tempos aquela estampa do teu em que li lindo conto, a tua história mentirosa e princesinha encantada de linda; Perrault! pois quase chego a acreditar em ti. Que fui eu afinal? — Um pobre louco É que o meu caso que andou, na vida, (estranha extravagância!) procurando em vão é a tua história sem tirar sua Branca de Neve que nem pôr... era um pouco E esta velhice é uma do sonho e um pouco de segunda infância, recordação... Branca de Neve, meu primeiro amor. Procurei-a. Meus olhos esperaram vê-la passar com flores e galões,