Você está na página 1de 12

Biografia de Olavo Bilac

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro, no


dia 16 de dezembro de 1865. Filho do cirurgião do exército, Brás Martins
dos Guimarães e de Delfina Belmira Gomes de Paula, só conheceu o pai em
1870, quando este voltou da Guerra do Paraguai.
Olavo Bilac dedicou-se à poesia e ao jornalismo, publicou suas primeiras
poesias, em 1883, na Gazeta Acadêmica.
Olavo Bilac (1865-1918) foi um poeta, contista e jornalista brasileiro.
É o autor da letra do Hino à Bandeira. Foi um dos principais representantes
do Movimento Parnasiano que valorizou o cuidado formal do poema, em
busca de palavras raras, rimas ricas e rigidez das regras da composição
poética. É membro fundador da Academia Brasileira de Letras.

”Só quem ama


pode ter ouvido capaz de ouvir e de entender
estrelas.”

Para conhecer Vinícius de Moraes


Marcus Vinicius Melo Morais, conhecido como Vinicius de Moraes,
nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913. Filho do
funcionário público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva e da pianista Lídia
Cruz desde cedo já mostrava interesse por poesia.
Vinicius de Moraes (1913-1980) foi um poeta e um dos maiores
compositores da música popular brasileira, além de ter sido um dos
fundadores da Bossa Nova - um movimento musical surgido nos anos 50.
Foi também dramaturgo e diplomata. Entre os seus maiores sucessos está
"Garota de Ipanema" que teve a letra escrita por Vinicius e a canção
composta por Tom Jobim, em 1962.
A parceria com o músico Toquinho rendeu músicas importantes como
Aquarela e A Casa. Lançou também o disco A Arca de Noé, com várias
poesias musicadas direcionadas ao público infantil.

“É melhor ser alegre que ser triste. Alegria é a


melhor coisa que existe. “
Conheça um pouco sobre Cecília Meireles

Cecília Benevides de Carvalho Meireles (1901-1964) nasceu no Rio de


Janeiro no dia 7 de novembro de 1901. Perdeu o pai poucos meses antes de
seu nascimento e a mãe logo depois de completar 3 anos. Foi criada por sua
avó materna, a portuguesa Jacinta Garcia Benevides.

Cecília Meireles foi uma poetisa, professora, jornalista e pintora


brasileira. Foi a primeira voz feminina de grande expressão na literatura
brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Com 18 anos estreou na
literatura com o livro "Espectros".

Fundou em 1934 a primeira biblioteca infantil no Rio de Janeiro. O


interesse de Cecília pela educação se transformou em livros didáticos e
poemas infantis.

"Eu canto porque o instante existe e a minha vida está


completa. -Não sou alegre nem sou triste: sou poeta."

Disponível em: https://www.ebiografia.com

O Eco
Cecília Meireles

O menino pergunta ao eco


Onde é que ele se esconde.
Mas o eco só responde: Onde? Onde?

O menino também lhe pede:


Eco, vem passear comigo!

Mas não sabe se o eco é amigo


ou inimigo.
Pois só lhe ouve dizer: Migo!

Colar de Carolina

Cecília Meireles
Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina

O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.

E o sol, vendo aquela cor


do colar de Carolina,
põe coroas de coral

nas colunas da colina.


Para ir à Lua
Cecília Meireles

Enquanto não têm foguetes


para ir à Lua
os meninos deslizam de patinete
pelas calçadas da rua.
Vão cegos de velocidade:
mesmo que quebrem o nariz,
que grande felicidade!
Ser veloz é ser feliz.
Ah! se pudessem ser anjos
de longas asas!
Mas são apenas marmanjos.

A chácara do Chico Bolacha


Cecília Meireles

Na chácara do Chico Bolacha


o que se procura
nunca se acha!

Quando chove muito,


O Chico brinca de barco,
porque a chácara vira charco.

Quando não chove nada,


Chico trabalha com a enxada
e logo se machuca
e fica de mão inchada.
Por isso, com o Chico Bolacha,
o que se procura
nunca se acha.

Dizem que a chácara do Chico


só tem mesmo chuchu
e um cachorrinho coxo
que se chama Caxambu.

Outras coisas, ninguém procura,


porque não acha.
Coitado do Chico Bolacha!

A língua do Nhem
Cecília Meireles

Havia uma velhinha Depois veio o cachorro


que andava aborrecida da casa da vizinha,
pois dava a sua vida pato, cabra e galinha
para falar com alguém. de cá, de lá, de além,
E estava sempre em casa e todos aprenderam
a boa velhinha a falar noite e dia
resmungando sozinha: naquela melodia
nhem-nhem-nhem-nhem- nhem-nhem-nhem-nhem-
nhem-nhem… nhem-nhem…
O gato que dormia De modo que a velhinha
no canto da cozinha que muito padecia
escutando a velhinha, por não ter companhia
principiou também nem falar com ninguém,
a miar nessa língua ficou toda contente,
e se ela resmungava, pois mal a boca abria
o gatinho a acompanhava: tudo lhe respondia:
nhem-nhem-nhem-nhem- nhem-nhem-nhem-nhem-
nhem-nhem… nhem-nhem…

O Relógio

Vinicius de Moraes

Passa tempo, tic-tac


Tic-tac, passa hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
O Girassol
Vinicius de Moraes
Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel.

O girassol é o carrossel das abelhas.

Pretas e vermelhas
Ali ficam elas
Brincando, fedelhas
Nas pétalas amarelas.

— Vamos brincar de carrossel, pessoal?

— “Roda, roda, carrossel


Roda, roda, rodador
Vai rodando, dando mel
Vai rodando, dando flor.”

— Marimbondo não pode ir que é bicho mau!


— Besouro é muito pesado!
— Borboleta tem que fingir de borboleta na entrada!
— Dona Cigarra fica tocando seu realejo!

— “Roda, roda, carrossel


Gira, gira, girassol
Redondinho como o céu
Marelinho como o sol.”

E o girassol vai girando dia afora...


O girassol é o carrossel das abelhas.

A casa
Olavo Bilac

Vê como as aves têm, debaixo d’asa,


O filho implume, no calor do ninho!...
Deves amar, criança, a tua casa!
Ama o calor do maternal carinho!

Dentro da casa em que nasceste és tudo...


Como tudo é feliz, no fim do dia,
Quando voltas das aulas e do estudo!
Volta, quando tu voltas, a alegria!

Aqui deves entrar como num templo,


Com a alma pura, e o coração sem susto:
Aqui recebes da Virtude o exemplo,
Aqui aprendes a ser meigo e justo,

Ama esta casa! Pede a Deus que a


guarde,
Pede a Deus que a proteja
eternamente!
Porque talvez, em lágrimas, mais
tarde,
Te vejas, triste, desta casa ausente...
E já homem, já velho e fatigado,
Te lembrarás da casa que perdeste,
E hás de chorar, lembrando o teu passado...
Ama, criança, a casa em que nascestes!

Natal
Olavo Bilac
Jesus nasceu. Na abóbada infinita
Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria...

Não houve sedas, nem cetins, nem rendas


No berço humilde em que nasceu Jesus...
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na cruz.

Sobre a palha, risonho, e iluminado


Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o Menino-Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.

Nasceu entre pompas reluzentes;


Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes
Foi para os pobres seu primeiro olhar.

No entanto, os reis da terra, pecadores,


Seguindo a estrela que ao presepe os guia,
Vem cobrir de perfumes e de flores
O chão daquela pobre estrebaria.

Sobem hinos de amor ao céu profundo;


Homens, Jesus nasceu! Natal! Natal!
Sobre esta palha está quem salva o mundo,
Quem ama os fracos, quem perdoa o mal,

Natal! Natal! Em toda a natureza


Há sorrisos e cantos, neste dia...
Salve Deus da humildade e da pobreza
Nascido numa pobre estrebaria.

Você também pode gostar