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TEORIA DA GESTÃO DA PROVA

Prega que a diferença entre os sistemas acusatório e inquisitivo está na postura do juiz na fase
probatória. Nos ordenamentos em que o juiz tem uma postura ativa, podendo produzir provas
de ofício, o sistema seria inquisitivo. Naqueles em que o juiz tem uma postura inerte, atuando
como mero árbitro/gestor, o sistema seria acusatório.

Neste prisma, poder-se-ia aventar a inconstitucionalidade dos dispositivos que permitem ao


juiz atuar de ofício na fase probatória (art. 156, II, CPP), pois se parte do pressuposto que a
CF88 adotou o sistema acusatório.

No entanto, tal visão mais extremada da Teoria da gestão da Prova recebe críticas
doutrinárias, pois seria desprovida de respaldo histórico e de direito comparado.

Isso porque o sistema acusatório se divide em adversarial system (juiz totalmente inerte, da
Common Law) e inquisitorial system (juiz pode atuar na fase probatória – Alemanha, Portal,
Itália).

Ao contrário do que pregam os defensores da Teoria extremada, a doutrina europeia e


sulamericana majoritária prega que é necessária a figura do juiz ativo, no sistema acusatório,
durante a fase probatória.

Se a CFF88 adotou o sistema acusatório, ela não indicou o modelo de juiz a ser seguido. Essa
tarefa coube ao CPP que autorizou o juiz a produzir prova de ofício.

A adoção do juiz das garantias pelo Pacote Anticrime buscou compatibilizar os poderes
instrutórios do juiz, com a imparcialidade necessária ao julgamento.

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