Claretiano, para a disciplina de Comunicação e Linguagem, ministrada pelo Prof.º / Tutora Amanda Cristina Martins Raiz.
RIO CLARO – SP 22/10/2021 A paráfrase
O ato de parafrasear, se dá na elaboração de uma nova forma de expressar algo já
posto, reformulando integralmente ou apenas trechos de um texto. Tal recurso, é comumente empregado e tem alto valor em diversas áreas do conhecimento, como no campo das traduções e da psicanálise, conforme elucida a doutora em Linguística Aplicada (PUCRS), Dóris Cristina Gedrat. Seja de forma intencional ou não, parafraseamos com certa frequência, como por exemplo, ao atenuarmos ou acentuarmos uma afirmação ou determinado aspecto da ideia. Sintaticamente, a paráfrase altera de vários modos um enunciado, prezando sempre pela manutenção de seu sentido inicial, sem informações adicionais. Compreende-se a intertextualidade como uma técnica cujo objetivo é relacionar dois textos (ou obras, anúncios...) em uma espécie de diálogo, onde o segundo baseia-se no primeiro, o texto-base. Define-se portanto, que parafrasear é um recurso específico da intertextualidade, uma vez que reproduzir ou reaproveitar ideias de um discurso previamente concebido, cria relações intertextuais na comunicação. Acerca da perspectiva ideológica dos efeitos da paráfrase, Dóris sugere que a referida ferramenta linguística transpassa o efeito retórico ou estilístico ao afinar-se a um pensamento prévio, fé ou procedimento estético, continuando-os ideologicamente. A justificativa se dá pelo fato de nenhum enunciado existir para além do discurso, que pode ser compreendido como um agrupamento de convicções e práticas ideológicas de determinado segmento.
Referências
DE LÉON, Cleide Bacil. et at. Comunicação e expressão. 1. ed. Curitiba: InterSaberes;