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REPUBLICA DE MOCAMBIQUE LASSEMBLEIA DA REPUBLICA LEI DE BASES DAS AUTARQUIAS Lei n?, 2/97, de 28 de Maio Havendo necessidade de criar o quadro juridico legal para a implanta;o das autarquias locais, ao abrigo do n°. 1 do artigo 135 da Constituisao, a Assembleia da Republica determina CAPITULO 1 PRINCIPIOS GERAIS Artigo 1 (Autarquias Locais) 1. Na organizaro democrética do Estado, o poder local compreende a existéncia de autarquias locais. 2. As autarquias locais so pessoas colectivas puiblicas dotadas de érgaos representativos préprios que visam a prossecupo dos interesses das populapdes respectivas, sem prejuizo dos interesses nacionais da patticipayao do Estado. 3. As antarquias locais desenvolvem a sua actividade no quadro da unidade do Estado e organizam-se com pleno respeito da unidade do poder politico e do ordenamento juridico nacional Astigo 2 (Categorias) 1. As autarquias locais so os municipios e as povoa;des. 2. Os municipios correspondem a circunscrigao territorial das cidades e vilas 3. As povoa;des comespondem a circunscrigao territorial da sede do posto administrative 4. A Lei podera estabelecer outras categorias autarquicas superiores ou inferiores a circunscrigdo temitorial do municipio ou da povoagao Astigo 3 (Classificacaio) ‘As formas de classificayao das autarquias locais de cada categoria so definidas por Lei Artigo 4 (Estatuto da cidade capital) © Estatuto Municipal da cidade capital do pais é definido por Lei Artigo 5 (Factores de decisio) 1. A criapfo e extingo das autarquias locais é regulada por Lei, devendo a altera;do da respectiva area ser precedida de consulta aos seus orgaos 2. A Assembleia da Reptiblica, na apreciayfo das iniciativas que visem a criapfo, extingdo modificarao das autarquias locais, deve ter em conta a) factores geograficos, demograficos, econémicos, sociais, culturais e administrativos, b) interesses de ordem nacional ou local em causa, c) razes de ordem histérica e cultural, d) avaliayo da capacidade financeira para a prossecusdo das atnibuisdes que Ihe estiverem cometidas Artigo 6 (Atribuigdes) 1. As atribuigdes das autarquias locais respeitam os interesses proprios, comuns ¢ especificos das populagdes respectivas e, designadamente: a) desenvolvimento econémico e social local, b) meio ambiente, saneamento basico e qualidade de vida, «) abastecimento publico, 4) saide, 6) educa, cultura, tempos livres e desporto, ®) policia da autarquia, h) urbanizarao, construgéo e habitaro 2. A prossecupo das atribuicdes das autarquias locais é feita de acordo com os recursos financeiros ao seu alcance e respeita a distribuipdo de competéncias entre os érgos autarquicos ¢ os de outras pessoas colectivas de direito publico, nomeadamente o Estado, determinadas pela presente Lei e por legislago complementar. Astigo 7 (Autonomia) 1. As autarquias locais gozam de autonomia administrativa, financeira e patrimonial 2. A autonomia administrativa compreende os seguintes poderes a) praticar actos definitivos e executorios na area da sua circuncuscris&o territorial, ») criar, organizer e fiscalizar servicos destinados a assegurar a prossecugo das suas atribui 3. A autonomia financeira compreende os seguintes paderes a) elaborar, aprovar, alterar e executar planos de actividades e orsamento, b) elaborar e aprovar as contas da geréncia, ¢) dispor de receitas proprias, ordenar e processar as despesas e arecadar as receitas que, por Lei, forem destinadas as autarquias, d) geniro patriménio autarquico, ¢) recorrer a empréstimo nos termos da legislaga em vigor. 4. A autonomia patrimonial consiste em ter patriménio préprio para a prossecuso das atribuigdes das autarquias locais. Artigo 8 (Representagdo do Estado e dos seus servicos) 1. A Administraro do Estado poderé manter a sua representago e servigos na circunscrigao temitorial cuja area de jurisdigo coincida total ou parcialmente com ada autarquia local. 2. Os servigos referidos no mimero anterior subordinar-se-do aos érgéos centrais ou locais do Estado, devendo articular-se com os Orgdos autarquicos no exercicio de competéncias que respeitem a atribuipo que a Administraro do Estado partilhe com a autarquia local. Artigo 9 (Tutela) 1. As autarquias locais esto sujeitas a tutela administrativa do Estado, segundo as formas e nos casos previstos na Lei. 2. A tutela administrativa sobre as autarquias locais consiste na verificapo da legalidade dos actos administrativos dos érgos autarquicos nos termos fixados na Lei 3. O exercicio do poder tutelar pode ser ainda aplicado sobre o mérito dos actos administrativos, apenas nos casos e nos termos expressamente previstos na Lei 4, As autarquias locais podem impugnar contenciosamente as ilegalidades cometidas pela autoridade tutelar no exercicio dos poderes de tutela Artigo 10 (Orgio de tutela) 1. O exercicio da tutela administrativa sobre as autarquias locais ¢ efectuado através de orgéo proprio cuja aco se desenvolva em todo o temritério nacional 2. Os pressupostos, requisitos, proceso e forma de exercicio dos poderes tutelares e seus efeitos so definidos por Lei Artigo 11 (Poder regulamentar) ‘As autarquias locais dispoem de poder regulamentar proprio sobre matéria integrada no quadro das suas atribuises, nos limites da Constituigao, de leis e de regulamentos emanados das autoridades com poder tutelar Artigo 12 (Dever de fundamentagao) s decisbes e deliberagdes dos orgdos autarquicos que afectem direitos ou interesses legalmente As d deliberasdes de r fectem diet c legalments protegidos, imponham ou agravem deveres, encargos ou sanpies, so expressamente fundamentadas Artigo 13 (Publicidade dos actos) 1. As deliberagées e decisdes dos érgios das autarquias so publicadas, mediante afixarfo, durante 30 dias consecutivos, na sede da autarquia local. 2. Os érgaos das autarquias locais promoverdo a criaydo de um sistema adequado de informa;ao sobre a actividade publica autarquica Artigo 14 (Legalidade) ‘A autarquia local desenvolve a sua actividade em estreita obediéncia a Constituicdo, aos preceitos legais e regulamentares ¢ aos principios gerais de direito, dentro dos limites dos poderes que lhes estejam atribuidos e em conformidade com os fins para que os mesmos Ihes foram conferidos. Artigo 15 (Especialidade) Os orgaos das autarquias locais s podem deliberar ou decidir no ambito das suas competéncias e para a realizapo das atribuigdes que lhes so proprias. Artigo 16 (Orgios) 1. As autarquias locais tém como érgéos uma Assembleia - dotada de poderes deliberativos - e um érgao executivo que responde perante ela, nos termos fixados na Lei 2. A Assembleia ¢ eleita por sufrégio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periddico dos cidadaos eleitores residentes na circunscrigao territorial da autarquia local, segundo o sistema de representacao proporcional. 3. O érgio executivo da autarquia local é dirigido por um presidente, eleito por suftagio universal, directo, igual, secreto e pessoal dos cidadfos cleitores residentes na respectiva circunscricao territorial Axtigo 17 (Mandato) ‘A durapo do mandato dos érgéos eleitos das autarquias locais é de cinco anos. Artigo 18 (Quadro de pessoal das autarquias locais) 1. As antarquias locais dispdem de quadro de pessoal proprio, organizado de acordo com as respectivas necessidades permanentes 2. As formas de mobilidade dos funcionérios entre os quadros da administrayo do Estado ¢ das autarquias locais so determinadas por Lei 3. E aplicavel aos funcionérios e agentes da administraro autarquica o regime dos funcionarios e agentes do Estado 4, Em caso de necessidade, as autarquias locais poderao solicitar ao Estado os recursos humanos disponiveis para o seu funcionamento Astigo 19 (Finangas e patriménio) 1. As autarquias locais tém finangas e patrimonio proprios. A Lei define e estabelece o regime das finangas e do patriménio das autarquias locais que, dentro dos interesses superiores do Estado, garanta a justa repartieao dos recursos puiblicos ¢ a necessaria comecyao dos desequilibrios entre elas existentes 2. As autarquias locais poderdo ser encarregues da gestao de bens do dominio publico do Estado 3. O Estado transferira gradualmente para as antarquias locais os recursos materiais disponiveis que se mostrarem necessarios para a prossecugo das atribuicdes cometidas as mesmas Artigo 20 (Regras orgamentais) 1. As autarquias locais possuem orgamentos préprios, elaborados e geridos de acordo com os principios do Orgamento Geral do Estado 2. O orpamento das autarquias locais obedece as regras da anualidade, unidade, universalidade e de especificagao. 3. Sem prejuizo das especificidades que Ihe so inerentes, as autarquias locais harmonizam o seu regime financeiro com os principios gerais financeiros e patrimoniais vigentes para o Orramento Geral do Estado, de modo a gerantir a aplicapo das normas da contabilidade nacional. Artigo 21 (Receitas) 1. As receitas das autarquias locais classificam-se, pela sua natureza em correntes ¢ de capital ¢, consoante a sua proveniéncia, séo proprias ou subvencionadas. 2. So receitas proprias correntes: ) 0 produto da cobranca de impostos de natureza eminentemente autarquica ja existentes ou que venham a ser criados, b) um percentual de certos impostos cobrados pelo Estado, nos termos a definir por Lei, c) o produto integral da cobranga de impostos que, pela sua natureza, se venha a reconhecer dever ser transferido para as autarquias locais, 4) o produto da cobranra de taxas ou tarifas resultantes da prestardo de servigos ou da concessao de licengas pela autarquia local, ¢) 0 produto de multas ou coimas que caibam as autarquias locais por lei, regulamento ou postura, ) o produto de herancas, legados, doagdes e outras iberalidades. 3, Sdo receitas proprias de capital a) o rendimento de servigos da autarquia locel, por ela administrados ou concessionados, ») os rendimentos de bens proprios, moveis ou imeveis, ¢) os rendimentos de participardes financeiras, 4) 0 produto da alienarao de bens patrimoniais proprios, ) 0 produto de empréstimos contraidos pela autarquia local, ) 0 produto de herancas, legados, doardes e outras liberalidades, desde que incidentes sobre bens patrimoniais ou destinados a aplicapo em investimento especifico. 4, So receitas subvencionadas as resultantes de subven;des do Estado e de outras pessoas colectivas de direito publico a autarquia local, as quais sero consideradas comrentes ou de capital, consoante os fins a que se destinam 5. A Lei poderd criar outras receitas autarquicas. Artigo 22 (Despesas) 1. So despesas correntes ou de funcionamento as que se destinam ao custeio da actividade corrente dos 6rgios das autarquias locais 1. As despesas correntes dividem-se em fundos de salérios e de bens e servigos IL So despesas de capital as que implicam alteraro do patriménio, pelo seu enriquecimento ou formayo de capital fixo, consubstanciando-se néo s6 pelos investimentos, mas também pelos activos e passivos financeiros. Artigo 23 (Empréstimo) ‘A Assembleia Municipal ou da Povoaro pode autorizar a contracyao de empréstimos desde que a sua amortizagéo anual ou plurianual seja devidamente fimdamentada em mapa demonstrative da capacidade de endividemento da antarquia Artigo 24 (Controlo financeiro) 1. A gestdo financeira esta sujeita a controlo intemo e extemo CO controlo intemo efectua-se através de inspecydes ou de auditorias financeiras e de desempenho 3. O controlo extemo da gestio financeira ¢ exercido a) pela Inspecedo Geral de Finangas, b) pelo Tbunal Administrativo Astigo 25 (Transfer éncia de competéncias) ‘A transferéncia de competéncias de érgdos do Estado para orgios autérquicos € sempre acompanhada pela correspondente transferéncia dos recursos financeiros ¢, se necessério, humanos e patrimoniais Artigo 26 (Sectores do investimento piblico) A repattigdo dos sectores de investimento publico entre o Estado, as empresas publicas ¢ estatais, ¢ as autarquias locais, sera objecto de decreto do Conselho de Ministros Artigo 27 (Articulagao e cooperagio) 1. As antarquias locais ¢ as estruturas locais das organizardes sociais e da administrapao directa e indirecta do Estado coordenardo os respectivos projectos e programas e articulardo as suas acres actividades com vista realizapo harmoniosa das respectivas atribui 2. A Administrapdo Central do Estado aprovara sempre que necessério, regras de cooperarao técnica e financeira com as autarquias locais para a prossecugdo de politicas e programas de desenvolvimento local para a implementarao de politicas globais e sectoriais e/ou que impliquem areconversao de sectores sociais e econdmicos. Artigo 28 (Enquadramento das autoridades tradicionais) 1. O ministro que superintende na fungao publica e na Administraro Local do Estado, coordenara as politicas de enquadramento das autoridades tradicionais e de formas de orgeniza;ao comunitaria definidas pelas autarquias locais. 2. No desempenko das suas fingées, os érgios das autarquias locais poderdo auscultar as opinides e sugesties das autoridades tradicionais reconhecidas pelas comunidades como tais, de modo a coordenar com elas a realizarao de actividades que visem a satisfaro das necessidades especificas das referidas comunidades 3. A actuardo dos orgéos das autarquias locais, prevista nos nimeros anteriores, concretiza-se no estrito respeito pela Constituipao e pela Lei Artigo 29 (Responsabilidade Civil) ‘As antarquias locais respondem civilmente perante terceiros pelas ofensas dos direitos destes ou pela violardo das disposisies destinadas a proteger os seus interesses, resultantes dos actos ilicitos praticados com dolo ou mera culpa pelos respectivos orgios e agentes administratives no exercicio das suas fungGes e por causa desse exercicio nos temmos e na forma prescritos na Lei. Artigo 30 @issolugio) 1. O Govemo, reunido em Conselho de Ministros, pode dissolver os drgios deliberativos das autarquias locais, por razBes de interesse piiblico, baseado em acgdes ou omissées ilegais graves, previstos na Lei enos termos por ela estabelecidos, 2. A dissoluggo da Assembleia da autarquia local implica o termo do mandato do Presidente do Conselho Municipal ou da Povoarao. 3. A dissoluyao sera ordenada por resolugo na qual constardo a) 0s fundamentos da dissolu0, ) a designago da comisséo administrativa que substituira os érgios dissolvidos até & tomada de posse dos titulares dos novos érgios eleitos, ) 0 prazo para arealizapio das eleisdes intercalares prazo referido na alinea c) do n®. 3 do presente artigo nao podera exceder 120 dias. CAPITULO II DO MUNICIPIO SECCAOI Disposicées Gerais Artigo 31 (Designagao) A designarao do municipio ¢ ada respectiva cidade ou vila Axtigo 32 (Orgios) S40 Grgios do municipio a Assembleia Municipal, o Presidente do Conselho Municipal e 0 Conselho Municipal. Axtigo 33 (Unidades administrativas) Os érgéos executivos municipais poderdo estabelecer unidades administrativas ao nivel dos respectivos escaldes territoriais inferiores sEcCAO II Assembleia Municipal Artigo 34 (Natureza) A Assembleia Municipal é 0 érgéo representativo do municipio dotado de poderes deliberativos Axtigo 35 (Constitnicao) ‘A Assembleia Municipal é constituida por membros eleitos por sufragio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periddico dos cidados eleitores residentes no respectivo circulo eleitoral Artigo 36 (Composisao) 1. A Assembleia Municipal é composta por a) 13 membros quando o mimero de eleitores for igual ou inferior a 20.000; 'b) 17 membros quando o miimero de eleitores for superior a 20.000 e inferior a 30.000; ©) 21 membros quando o mimero de eleitores for superior a 30.000 e inferior a 40.000; d) 31 membros quando o mimero de eleitores for superior a 40.000 e inferior a 60.000; ¢) 39 membros quando o ntimero de eleitores for superior a 60.000 2. Nos municipios com mais de 100.000 eleitores, o mimero de membros referido na alinea e) do mimero anterior é aumentado para mais | por cada 20.000 eleitores 3, Participam nas sessdes da Assembleia Municipal mas sem direito a voto: a) 0 Presidente do Conselho Municipal ou seu substituto, ') os vereadores, quando forem convocados especificamente Artigo 37 (Mandato) Omandato da Assembleia Municipal ¢ de cinco anos. Artigo 38 (nstalagao) 1. O Presidente da Assembleia Municipal cessante procedera a instalaro da nova Assembleia Municipal no prazo de 15 dias, a contar do apuramento definitivo dos resultados eleitorais 2. No acto de instalapéo, o Presidente da Assembleia Municipal cessante verificara a identidade e legitimidade dos eleitos designando, de entre os presentes, quem redigira e subscrevera a acta da ocorréncia, que sera assinada pelo presidente cessante e pelos membros presentes da nova Assembleia 1. Compete ao cidado que tiver encabegado a lista mais votada ou, na sua auséncia, ao melhor posicionado na mesma lista presidir a primeira reunido da assembleia municipal, que se efectuara imediatamente a seguir ao acto de instalaro para a eleigao da Mesa 2. Apés a eleiggo mencionada no ntimero anterior, dar-se-a inicio a discussio do regimento da Assembleia Municipal Astigo 39 (Mesa) 1. A Mesa @ composta por um presidente, um vice-presidente e um secretario eleitos pela Assembleia Municipal, de entre os seus membros, por escrutinio secreto. 2. A Mesa ¢ cleita pelo periodo do mandato, sem embargo de os seus membros poderem ser substituidos pela Assembleia Municipal, em qualquer altura, por deliberapo da maioria absoluta dos membros em efectividade de funcdes. 3. Terminada a votaro para a Mesa e verificando-se empate na eleigdo do Presidente, realizar-se-a novo escrutinio 4, Se 0 empate se mantiver apos 0 segundo escrutinio, sera declarado Presidente o cidadéo que, de entre os membos que tiverem ficado empatados, se encontrava melhor posicionado na lista mais votada na eleigdo para Assembleia Municipal 5. Se o empate se verificar relativamente ao Vice-Presidente, proceder-se-4 a nova eleigfio, apds 0 que, mantendo-se o empate, cabera ao Presidente a respectiva designar&o de entre os membros que tiverem ficado empatados 6. O Presidente é substituido, nas suas faltas e impedimentos, pelo Vice-Presidente 7. O Secretirio € substituido, nas suas faltas e impedimentos, pelo membro designado pela Assembleia 8. Na auséncia de todos os membros da Mesa, a Assembleia Municipal elegera, por voto secreto, uma Mesa “ad hoc” para presiir a essa sesso 9. Compete a Mesa proceder a marcayo de faltas e apreciar a justificaro das mesmas, podendo os membros considerados faltosos recorrer para a Assembleia Municipal 10. As faltas tém de ser justificadas por escrito, no prazo de dez dias, a contar da data da reuniao em que se tiverem verificado. Astigo 40 (Alteracao da composi¢ao da Assembleia Municipal) 1. Nos casos de morte, rentincia, suspenséo ou perda de mandato ou qualquer outra razo que implique que um dos membros da Assembleia Municipal deixe de fazer parte dela a sua substitui;ao ¢ feita pelo suplente imediatamente a seguir na ordem da respectivalista 2. Compete ao Presidente da Assembleia Municipal comunicar o facto ao membro substitute e devera ser feita antes dareuniao seguinte deste orgo 3. Esgotada a possibilidade de substituicao prevista no mimero anterior e desde que ndo esteja em efectividade de fngdes 2/3 do mimero de membros que constituem a Assembleia 0 Presidente comunicaré o facto ao Governo para que este marque novas eleigdes, no prazo de 30 dias. 4. Asnovas eleigies deverdo ocorrer entre o segundo ¢ 0 terceiro més apés a data da marcaro. 5, Anova Assembleia Municipal completara o mandato da anterior. 6. Nao se realizardo eleigdes se faltarem 12 meses ou menos para o fim do mandato dos membros da Assembleia Municipal Artigo 41 (Sessées ordinarias) 1. A Assembleia Municipal realiza cinco sessGes ordinérias por ano. 2. Duas das sessGes ordinarias indicadas no niimero anterior destinar-se-do, respectivamente, a aprovaro do relaterio de contas do ano anterior e aprovarao do plano de actividades e do orgamento para o ano seguinte 3. O calendario das sessdes ordinarias é fixado pela Assembleia Municipal na primeira sesso ordinaria de cada ano. 4. As sessties da Assembleia Municipal so convocadas pelo seu Presidente com base no calendario fixado de acordo com o ntimero anterior Artigo 42 (Sessées extraordinarias) 1. A Assembleia Municipal pode reunir-se extraordinariamente, por iniciativa do seu Presidente, por delibera;o da Mesa ou a requerimento @) do conselho municipal, ) do 50% dos membros da Assembleia em efectividade de fingées, ¢) de pelo menos 5% de cidadaos eleitores inscritos no recenseamento eleitoral do municipio, 4) do Presidente do Conselho Municipal, a pedido do membro do Conselho de Ministros com poderes de tutela sobre as autarquias locais, para apreciayo de questdes suscitadas pelo Governo. 1. O Presidente da Assembleia Municipal ¢ obrigado a convocé-la no prazo de dez dias a contar da data da tomada de conhecimento da iniciativa, devendo a sesso realizar-se no prazo de trinta dias a contar da data da convocapo, sob pena de se considerar automaticamente convocada para 0 trigésimo dia apés a data do pedido formalmente efectuado 2. Nas sessBes extraordinarias a Assembleia Municipal sé podera tratar dos assuntos especificos para que tenha sido expressamente convocada Astigo 43 (Duragio das sessées) A durapio das sesstes da Assembleia Municipal ¢ determinada pelo seu regimento Antigo 44 (@ublicidade das sessées) ‘As sessées da Assembleia Municipal séo publicas Artigo 45 (Competéncia) 1. Compete @ Assembleia Municipal pronunciarse e deliberar, no quadro das atribuigdes municipais, sobre os assuntos e as questies fundamentals de interesse para o desenvolvimento econémico, social e cultural da comunidade municipal, a satisfayo das necessidades colectivas e a defesa dos interesses das respectivas populagées, bem como acompanhar e fiscalizar a actividade dos demais orgaos e dos servigos e empresas municipais 2. Compete a Assembleia Municipal, designadamente a) eleger, por voto secreto, a Mesa, b) elaborar e aprovar o regimento, ©) verificar ou tomar conhecimento da morte, impossibilidade fisica duradoura ou rentincia do mandato do Presidente do Conselho Municipal, declarando o impedimento permanente ¢ comunicando o facto a entidade tutelar, 4d) comunicar a entidade tutelar qualquer facto de que tome conhecimento que entenda ser motive de perda de mandato, ¢) registar, mediante comunicarao do Conselho Municipal, os periodos de suspenséo do mandato do Presidente do Conselho Municipal, ) acompanhar e fiscalizar a actividade dos drgéos executivos municipais e servigos dependentes, @) apreciar, em cada sesso ordinéria, uma informarao escrita do Presidente do Conselho Municipal acerca do estado do cumprimento do seu plano de actividades, h) solicitar a qualquer momento e receber, através da Mesa, informagies sobre os assuntos de interesse para municipio, e sobre a execusao de deliberapdes anteriores, 4) tomar posigo perante os érgos do Estado e outras entidatles piblicas sobre os assuntos. de interesse para o municipio devendo, para o efeito, ser por aqueles consultada, }) ser ouvido, quando solicitado pelo Conselho de Ministros, sobre a modificapo de limites, criazo extinyo de novas autarquias locais que afectem a respectiva area de jurisdi;0, 1e) pronunciar-se e deliberar sobre assuntos que digam respeito aos interesses proprios da autarquia local, 1) exercer os demais poderes conferidos por Lei, nomeadamente pela legislaro avulsa destinada a comporizar a autonomia administrativa em reas até aqui dependentes dos departamentos locais, provinciais ou centrais do Estado 2. Compete @ Assembleia Municipal, sob proposta ou a pedido de autorizagéo do Conselho Municipal: a) aprovar regulamentos ¢ posturas, ») aprovar o plano de actividades e o orgamento da autarquialocal, bem como as suas revisées, «) aprovar anualmente o relatorio, 0 balango e a conta de geréncia, @) aprovar o plano de desenvolvimento municipal, o plano de estrutura e, de um modo geral, os planos de ordenamento do territorio, bem como as regras respeitantes a urbanizapo e construgéo, nos termos da Lei, ¢) aprovar a celebrayo, com o Estado, de contratos-programa ou de desenvolvimento, ou de quaisquer outros que visem a transferéncia ou o exercicio de novas competéncias pelas autarquias, aprovar a contraceo de empréstimos nos termos legais e observando o artigo 23, @) criar ou extinguir aunidade de policia municipal e corpos de bombeiros voluntarios, h) aprovar os quadros de pessoal dos diferentes servigos da autarquia local, 4) conceder autonomia administrativa ¢ financeira a servigos ou sectores funcionais autérquicos ¢ autorizar 0 Conselho Municipal a chiar empresas municipais ou a participar em empresas interautarquicas, 4) aprovar a participaro da autarquia local no capital de empresas de direito privado que prossigam fins de reconhecido interesse publico local, 1p) fixar, nommativamente, as condigSes em que a autarquia local, através do Conselho, pode alienar ou onerar bens iméveis préprios , 1) fixar um montante a partir do qual a aquisiso de bens imoveis proprios pelo Conselho Municipal dependera da autorizacdo da Assembleia, 1m) autorizar o Conselho Municipal a alienar ou onerar bens iméveis proprios nos termos da alinea 1e) deste ntimero n) autorizar 0 Conselho Municipal a outorgar a explora;o de obras e servigos em regime de concessdo, nos termos e prazos previstos na Lei, 0) estabelecer, nos termos da Lei, taxas autarquicas, derramas e outras receitas proprias ¢ fixar os respectivos quantitativos, p) fixar tarifas pela prestapio de servigos ao publico através de meios préprios, nomeadamente no ambito da recolha, depésito ¢ tratamento de residuos, conservayo e tratamento de esgotos, fomecimento de agua energia eléctrica, utilizaro de matadouros municipais, manutengo de jardins e mercados, transportes colectivos de pessoas e mercadorias, manutenyao de vias, funcionamento de cemitérios, 1) estabelecer a configurarao do braséo, selo e bandeira da autarquia local, s) estabelecer o nome de ruas, praras, localidades e lugares no terntério da autarquia local, 1) propér a entidade competente a mudanca de nomes de ruas, prapas, localidades ¢ lugares do territrio da autarquia local, wu) criar e atribuir distingdes e medalhas autarquicas 4. Compete ainda a Assembleia Municipal, sob proposta do Presidente do Conselho Municipal, fixar o niimero de vereadores de acordo com o artigo 50 da presente Lei. 5. Os pedidos de autorizayao para a contracyo de empréstimos, nos termos da alinea f) do n° 3, so acompanhados pelo mapa demonstrative da capacidade de endividamento da autarquia local 6. As propostas referentes as alineas b) e c) do n® 3, apresentadas pelo ergo executivo competente, nao podem ser alteradas pela Assembleia Municipal e carecem da devida fundamentapo quando rejeitadas, podendo 0 orgao executivo proponente reformular a proposta de acordo com sugestdes © recomenda;des feitas pela Assembleia Artigo 46 (Competéncias da Assembleia Municipal na gestéo ambiental) ‘No ambito das suas atribuigdes de protecro do meio ambiente, compete a Assembleia Municipal, mediante proposta do Conselho Municipal, aprovar a) 0 plano ambiental e zoneamento ecologico do municipio; ») programas de incentivos a actividades protectoras ou reconstituintes das condiées ambientais, c) programas de uso de energia altemativa, d) processos para a remorao, tratamento e depésito de residuos s6lidos, incluindo os dos hospitais e os toxicos, ¢) programas de florestamento, plantio e conservaro de arvores de sombra, ) programas locais de gestdo de recursos naturais, @) normas definidoras de multas e outras sangies ou encargos que onerem actividades especialmente poluidoras na érea do municipio, h) programas de difiiséo de meios de transporte nao poluentes, 4) 0 estabelecimento de reservas municipais, }) propostas e pareceres sobre a defini;ao e estabelecimento de zonas protegidas Artigo 47 (Competéncias do Presidente da Assembleia) Compete ao Presidente da Assembleia Municipal: a) representar a Assembleia Municipal, b) convocar as sessées ordinérias e extraordinévias, c) dirigir os trabalhos e manter a disciplina das sessdes, 4) exercer os demais poderes que lhe sejam conferidos por Lei e pelo regimento da Assembleia Artigo 48 (Competéncia do Secretario) Compete ao Secretario secretariar as sessdes, lavrar e subscrever as respectivas actas, que sero também assinadas pelo Presidente, e assegurar o expediente sECCAO III Conselho Municipal Artigo 49 (Natureza) © Conselho Municipal € o orgao executive colegial do municipio, constituido pelo Presidente do Conselho Municipal e por vereadores por ele escolhidos e nomeados Artigo 50 (Composisao) 1, OConselho Municipal, incluindo o Presidente, é composto por: a) 1 para os municipios de populaeéo superior a 200.0000 habitantes, 'b) 9 para os de populapo compreendida entre 100.000 e 200.000 habitantes, ©) 7paraos de populacéo compreendida entre 50.000 ¢ 100.000 habitantes, d) 5 para os de popula;ao infenor a 50,000 habitantes 2, Podera haver vereadores em regime de permanéncia ou em regime de tempo parcial, cabendo ao Presidente do Conselho Municipal definir quais os vereadores que exercem fungdes em cada um dos regimes 3. Cada vereador podera ficar encarregue, por deciso do Presidente do Conselho Municipal, da superintendéncia de uma ou mais unidades administrativas do municipio, sem prejuizo do poder geral de coordenagfo ¢ superintendéncia do Presidente Artigo 51 (Designagao e cessagaio de fungées de vereador) 1. O Presidente do Conselho Municipal designara os vereadores de entre pessoas da sua confianga politica e pessoal, no seio da Assembleia Municipal e fora dela 2. Pelo menos metade dos vereadores séo escolhidos de entre os membros da respectiva Assembleia 3. Os vereadores respondem perante o Presidente do Conselho Municipal e submetem-se as delibera;des tomadas por este érgéo, mesmo no que toca s areas funcionais por si superintendidas 4. Os vereadores em regime de permanéncia podem acumular essa qualidade com a de membros da Assembleia Municipal ou suspender o seu mandato, sem sujeigao ao limite previsto no n° 4 do artigo 98. 5. Os vereadores cessam as suas funcdes na data da tomada de posse de um novo Presidente do Conselho Municipal ou na data em que este os exonere Artigo 52 (ncompatibilidades) E incompativel com a qualidade de membro do Conselho Municipal, 0 exercicio das seguintes fungées a) de membro da Mesa da Assembleia Municipal, b) de pessoal ou de funcionario dirigente em organismo que integre o departamento ministerial de tutela das autarquias locais, c) de agente ou fincionério do municipio. Artigo 53 (Mandato) 1, Omandato do Conselho Municipal é de cinco anos. 2. O Conselho Municipal cessante assegura a gestdo corrente dos assuntos municipais até & tomatla de posse do novo Conselho. Artigo 54 (astalasao) A instalarao do Conselho Municipal compete ao Presidente da Assembleia Municipal e faz-se no prazo de 15 dias aps o apuramento dos resultados e nos termos do artigo 38, Artigo 55 (Reuniées do Conselho Municipal) ‘A periodicidade das reunides e o proceso de deliberaro do Conselho Municipal so definidos por regulamento intema Artigo 56 (Competéncia) 1. Compete ao Conselho Municipal: a) executar e realizar as tarefas e programas econdmicos, culturais e sociais de interesse local definidos pela Assembleia Municipal e enquadrados pela Let, ») coadjuvar o Presidente do Conselho Municipal na execuso e cumprimento das delibera;des da Assembleia Municipal, ©) patticipar na execuyo do plano de actividades e do orgamento, de acordo com os principios da estrita disciplina financeira, 4) apresentar @ Assembleia Municipal propostas e pedidos de autorizapio e exercer as competéncias autorizadas no émbito das matérias previstas no n® 3 do artigo 45; ¢) fixar um valor a partir do qual a aquisiro de bens maveis depende de uma deliberapo sua, £) alienar ou onerar bens iméveis proprios nos termos da alinea m) do n° 3 do artigo 45 @) aceitar doardes, legados e herangas, h) designar os responsaveis superiores dos servigos e sectores funcionais antarquicos autorizados, 4) deliberar sobre as formas de apoio a organizardes néo-governamentais e outros organismos que prossigam fins de interesse piblico no municipio, }) propor ainsténcia competente a declarayao de utilidade publica para efeitos de expropriayo, 1k) exercer os poderes e faculdades estabelecidos na Lei de terras e o seu regulamento, 1) conceder licensas para constru;éo, reedificaro ou conservarao, bem como aprovar os respectivos projectos, nos termos da Lei; m) ordenar, apés vistoria a demoligéo total ou parcial, ou beneficiaso de construgdes que ameacem ruina ou constituam perigo para a saide e seguranya das pessoas, n) conceder licengas para estabelecimentos insalubres, incdmodos, perigosos ou téxicos, nos termos da Let, 0) deliberar sobre a administrapo de aguas publicas sob sua jurisdi p) deliberar sobre tudo o que interesse a seguranca e fluidez da circulapo, trénsito ¢ estacionamento nas ruas e demais lugares piblicos e que néo se insira na competéncia de outros érgios ou entidades, @) estabelecer anumerarao dos edificios e a toponimia, 1) deliberar sobre a deambulaso de animais vadios ou de espécies bravias e mecenismos organizativos de enquadramenta 1. Verificando-se a situagdo prevista no n° 3 do artigo 40, o Conselho Municipal pode, excepcionalmente, substituir a Assembleia Municipal no exercicio das competéncias das alineas ¢), @, 6) 4), k) el) do n® 2, f) e alineal) e m) do n° 3 do artigo 45, ficando as deliberapies sujeitas a ratificayo, na primeira sesso da Assembleia, apos arealizayao de eleigdes, sob pena de nulidade SECCAO IV Presidente do Conselho Municipal Artigo 57 (Natureza) O Presidente do Conselho Municipal ¢ 0 org executivo singular do municipio Artigo 58 Eleigio) 1. O Presidente do Conselho Municipal ¢ eleito por suftagio universal, igual, directo, secreto periddico dos cidadaos eleitores recenseados na area do respectivo municipio 2. A lei eleitoral das autarquias locais regulara o processo eleitoral do Presidente do Conselho Municipal Artigo 59 (Substituigao) O Presidente do Conselho Municipal ¢ substituido, nas suas faltas e impedimentos, por um dos vereadores por ele designado. Artigo 60 (inpedimento permanente do Presidente do Conselho Municipal) 1. Nos casos de morte, incapacidade fisica permanente, remtincia ou perda do mandato, o Presidente do Conselho Municipal sera substituido interinamente pelo Presidente da Assembleia Municipal, até nova eleig&o. 2. No prazo de 15 dias a contar da declararao do impedimento permanente, a entidade competente para marcar eleiges para Presidente do Conselho Municipal marcara eleigao intercalar para esse orga. 3. A cleig&o realizar-se- dentro de 45 dias a contar da data da marcayo 4. O novo Presidente do Conselho Municipal limita-se @ concluir 0 mandato do anterior, nfo transitando automaticamente para o novo mandato. 5. Nao se realizara a eleigdo intercalar se o tempo que faltar para a concluséo do mandato, for igual ou inferior a 12 meses. 6. O Presidente interino do Conselho Municipal exerce a plenitude dos poderes podendo inclusive substituir os vereadores Artigo 61 @osse) 1. O Presidente do Conselho Municipal ¢ empossado pelo Presidente da Assembleia Municipal no prazo de 10 dias a contar da instalayo do orgao representativo. 2. No intervalo entre a data da declarapo do impedimento permanente e a data da tomada de posse, 0 Presidente interino do Conselho Municipal praticaré apenas os actos de gesto estritamente necessérios para o bom andamento dos assuntos urgentes do municipio. Artigo 62 (Competéncia) 1. Ao Presidente do Conselho Municipal compete @) dirigir a actividade corrente do municipio, coordenando, orientando e superintendendo a acyo de todos os vereadores, ») dirigir e coordenar o funcionamento do Conselho Municipal, c) exercer todos os poderes conferidos por Lei ou por deliberarao da Assembleia Municipal. 2. Ao Presidente do Conselho Municipal compete ainda a) representar o municipio em juizo e fora dele, ») executar e velar pelo cumprimento das deliberagdes da Assembleia Municipal, c) escolher, nomear e exonerar livremente os vereadores do Conselho Municipal, @) coordenar e controlar a execuso das deliberapies do Conselho Municipal, 6) orientar a elaborapio e patticipar na execugao do orgamento autarquico, autorizando o pagamento de despesas orgamentais, quer resultem de delibera;ao do Conselho Municipal, quer resultem da decisdo propria, ) assinar ou visar a correspondéncia do Conselho Municipal com destino a qualquer entidade publica ou privada, @) representar os drgaos executives do municipio perante a Assembleia Municipal e responder pela politica e linha programatica seguida por esses Orgs, h) adquirir os bens méveis necessarios ao funcionamento regular dos servigos desde que 0 seu custo se situe dentro do limite fixado pelo Conselho Municipal, i) mandar publicar as decisées que disso caregam nos locas de estilo, }) dinigiro serviro municipal de proteceo civil, em coordenago com as estruturas nacionais, k) superintender na gestda e direcyo do pessoal ao servigo do municipio, 1) modificar ou revogar os actos praticados por funcionérios autérquicos, 1m) outorgar contratos necessarios ao funcionamento dos servigos, n) efectuar contratos de seguro, 0) instaurar pleitos e defender-se neles, podendo confessar, desistir, transigir ou aceitar composigao aitral, p) promover todas as acres necessarias a administrardo corrente do patriménio autérquico e a sua conservarao, assegurando a actualizarao do cadastro dos bens moveis e iméveis do municipio, @) promover a execusdo das obras ¢ intervencSes de responsabilidade directa do municipio que constem dos planos aprovados pela Assembleia Municipal e que tenham cabimento adequado no orgamento relativo ao ano de execuyao das mesmas, bem como inspeccionélas, nos termos da Lei e da regulamentardo autarquica especifica, 1) outorgar contratos necessarios a execupo das obras referidas na alinea anterior, s) conceder licencas para habitayo ou para outra utilizarfo de prédios construidos de novo ou que tenham softide grandes modificardes, procedendo a verificaro, por comissdes apropriadas, das condigées de habitebilidade e de conformidade com o projecto aprovado, de acordo com a regulamentapo autarquica especifica, #) embargar e ordenar a demolicao de quaisquer obras, construgdes ou edifica;Ses efectuadas por particulares, sem observancia da Let, 1) ordenar o despejo sumario de prédios expropriados ou cuja demoligo ou beneficiapio tenha sido deliberada nos termos da Lei, v) conceder terrenos nos cemitérios municipais para jazigos e sepulturas perpetuas, vw) conceder licensas policiais ou fiscais de hammonia com o disposto nas leis, regulamentos ¢ posturas, x) exercer as fungBes de chefe da policia municipal, quando exista Em caso de urgéncia e em circunstancias em que o interesse publico autarquico excepcionalmente 0 determine, 0 Presidente do Conselho Municipal pode praticar actos sobre matérias da competéncia do Conselho Municipal 3. Os actos referidos no miimero anterior esto sujeitos 4 ratifica;o do Conselho Municipal na primeira reuniao apés a sua pratica, o que devera acontecer no prazo maximo de 15 dias. 4. A recusa de ratificao ou a sua néo submissio para ratifica;o no devido tempo é causa de nulidade do acto Artigo 63 (Delegacao de poderes nos vereador 1. O Presidente do Conselho Municipal pode delegar competéncias nos vereadores, bem como em dirigentes das unidades administrativas autarquicas 2. Néo so delegaveis as competéncias das alineas a) e b) do nl, c) e g) do n°? eo n°3 do artigo anterior. CAPITULO III DAPOVOACAO, SECCAOI Disposicées Gerais Artigo 64 (Designagao) A designarao da povoario é ada sede do posto administrativo. Astigo 65 (Orgios) Sdo drgdos da povoapo a Assembleia da Povoarao, 0 Conselho da Povoaggo e o Presidente do Conselho da Povoaréi. sEcCAO II Assembleia da povoagio Artigo 66 (Natureza) ‘A Assembleia da Povoarao ¢ o orgao representativo da povoarao, dotado de poderes deliberativos Artigo 67 (Constituicao) ‘A Assembleia da Povoarao é constituida por membros eleitos por sufrégio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periédico dos cidadaos eleitores residentes no respectivo circulo eleitoral Artigo 68 (Composisao) 1. A Assembleia da Povoarao é composta por a) 11 membros quando o mimero de eleitores for igual ou inferior a 3.000; b) 15 membros quando o mimero de eleitores for superior a 3.000 ¢ inferior a 6.000, ©) 19 membros quando o mimero de eleitores for superior a 6.000 ¢ inferior a 12.000 2. Nas povoagdes com mais de 12.000 eleitores, o mimero de membros referido na alinea c) do mimero anterior é aumentado para mais 1 por cada 2.000 eleitores. 3, Participam nas sessdes da Assembleia da Povoagéio mas sem direito a voto: a) 0 Presidente do Conselho da Povoagdo ou seu substituto, ') os vereadores, quando forem convocados especificamente Artigo 69 (Mandato) Omandato da Assembleia da Povoagéo é de cinco anos Artigo 70 (nstalagao) 1. O Presidente da Assembleia da Povoasao cessante procedera a instalago da nova Assembleia da Povoasao no prazo de 15 dias a contar do apuramento definitive dos resultados eleitorais. 2. No acto de instalarao, o Presidente da Assembleia da Povoapfo cessante verificara a identidade e legitimidade dos eleitos designando, de entre os presentes, quem redigira e subscreverd a acta da acorréncia, que sera assinada pelo Presidente cessante e pelos membros presentes da nova Assembleia 3. Compete ao cidadéo que tiver encaberado a lista mais votada ou, na sua auséncia, a0 melhor posicionado na mesma lista presidir a primeira reunido da Assembleia da Povoardo, que se efectuara imediatamente a seguir ao acto de instalarao para a eleigao da Mesa 4. Apds a eleigo mencionada no mimero anterior, dar-se-A inicio discusso do regimento da Assembleia da Povoarao. 5. Enquanto no for aprovado 0 novo regimento, vigorara o anteriormente aprovado, Artigo 71 (Mesa) 1. A Mesa é composta por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretério, cleitos pela Assembleia da Povoarao de entre os seus membros, por escrutinio secreto 2. A Mesa ¢ cleita pelo periodo do mandato, sem embargo de os seus membros poderem ser substituidos pela Assembleia da Povoarao, em qualquer altura, por delibera;o da maioria absoluta dos membros em efectividade de funcdes. 3. Terminada a votaro para a Mesa e verificando-se empate na eleigdo do Presidente, realizar-se-a novo escrutinio 4, Se 0 empate se mantiver apés 0 segundo escrutinio, sera declarado Presidente o cidadéo que, de entre os membros que tiverem ficado empatados, se encontrava melhor posicionado na lista mais votada na eleigdo para a Assembleia da Povoa;ao 5. Se o empate se verificar relativamente ao Vice-Prersidente, proceder-se-A 4 nova eleigao, apés 0 que, mantendo-se o empate, cabera ao Presidente a respectiva designar&o de entre os membros que tiverem ficado empatados 6. O Presidente é substituido, nas suas faltas e impedimentos, pelo Vice-Presidente 7. O Secretirio € substituido, nas suas faltas e impedimentos, pelo membro designado pela Assembleia 8. Na auséncia de todos os membros da Mesa, a Assembleia da Povoarfo elegera, por voto secreto, uma Mesa “ad hoc” para presidir a essa sesso 9. Compete a Mesa proceder a marcayao de faltas e apreciar ajustificaro das mesmas, podendo os membros considerados faltosos recorrer para a Assembleia da Povoapio 10, As faltas tém de ser justificadas, por escrito, no prazo de cinco dias a contar da data da reunido em que se tiverem verificada Artigo 72 (Alteragao da composi¢ao da Assembleia da Povoagio) 1. Nos casos de morte, remincia, suspensfo ou perda de mandato ou qualquer outra razo que implique que um dos membros da Assembleia da Povoarao esteja ausente, a sua substituipo é feita pelo suplente imediatamente a seguir na ordem da respectiva lista 2. A comunicarZo do facto 20 membro substituto compete ao Presidente da Assembleia da Povoapao ¢ devera ser feita antes da reuniao seguinte deste argio. 3. Esgotada a possibilidade de substituicao prevista no ntimero anterior e desde que nfo esteja em efectividade de fimgdes 2/3 do mimero de membros que constituem a Assembleia, o Presidente comunicaré o facto ao Governo para que este marque novas eleisdes no prazo de 45 dias 4. Asnovas eleigies deverdo ocorrer entre o segundo ¢ 0 terceiro més apés a data da marcaro. 5. Anova Assembleia da Povoa;ao completaré o mandato da anterior. 6. Nao se realizardo eleigdes se faltarem 12 meses ou menos para o fim do mandato dos membros da Assembleia da Povoarao. Astigo 73 (Sessées ordinarias) 1. A Assembleia da Povoasao realiza cinco sessdes ordinarias por ano. 2. Duas das sessGes ordinarias indicadas no niimero anterior destinar-se-do, respectivamente, a aprovaro do relaterio de contas do ano anterior e aprovarao do plano de actividades e do orgamento para o ano seguinte 3. O calendario das sessdes ordinérias é fixado pela Assembleia da Povoayo na primeira sesso ordinaria de cada ano. 4. As sessdes da Assembleia da Povaa;fo séo convocadas pelo seu Presidente com base no calendério fixado de acordo com o ntimero anterior Artigo 74 (Sessdes extraordinarias) 1. A Assembleia da Povoayao pode reunir-se extraordinariamente, por iniciativa do seu Presidente, por deliberago da Mesa ou a requerimenta a) do Conselho da Povoa;ao, b) de 50% dos membros da Assembleia em efectividade de finges, c) de pelo menos 5% de cidadaos eleitores inscritos no recenseamento eleitoral da povoarao, 4) do Presidente do Conselho da Povoarao, a pedido do membro do Conselho de Ministros com poderes de tutela sobre as autarquias locais, para apreciayao de questdes suscitadas pelo Governo. 2. O Presidente da Assembleia da Povoarfo é obrigado a convacé-la no prazo de dez dias a contar da data da tomada de conhecimento da iniciativa, devendo a sesso realizar-se num prazo de 30 dias a contar da data da convocagéo, sob pena de se considerar automaticamente convocada para 0 trigesimo dia apos a data do pedido formalmente efectuado. 3. Nas sessGes extraordinarias a Assembleia da Povoacio s6 podera tratar dos assuntos especificos para que tenha sido expressamente convocada Artigo 75 (Duragao das sessées) ‘A duragao das sessdes da Assembleia da Povoarao é determinada pelo seu regimento. Artigo 76 (Publicidade das sessées) As sessGes da Assembleia da Povoario séo publics. Artigo 77 (Competéncia) 1. Compete a Assembleia da Povoa;ao pronunciar-se ¢ deliberar sobre os assuntos ¢ as questdes fundamentais de interesse para o desenvolvimento econémico, social e cultural da povoagio, a satisfayo das necessidades colectivas ¢ a defesa dos interesses das respectivas populares, bem como acompanhar e fiscalizar a actividade dos demais argos e dos servigos e empresas, 2. Compete a Assembleia da Povoacio, designadamente: a) eleger, por voto secreto, a Mesa, b) elaborar e aprovar o regimento, c) verificar ou tomar conhecimento da morte, impossibilidade fisica duradoura ou rentincia do mandato do Presidente do Conselho da Povoarao, declarando o impedimento permanente comunicando o facto a entidade tutelar, 4) comunicar, a entidade tutelar, qualquer facto de que tome conhecimento que entenda ser motivo de perda de mandato, ¢) registar, mediante comunicaréo do Conselho da Povoasii, os periodos de suspenstio do mandato do Presidente do Conselho de Povoa acompanhar e fiscalizar a actividade dos orgaos executivos da povoagio e servigos dependentes, ®) apreciar, em cada sesso ordinéria uma informayo escrita do Presidente do Conselho de Povoagao acerca do estado do cumprimento do seu plano de actividades, h) solicitar, a qualquer momento e receber, através da Mesa, informaydes sobre os assuntos de interesse para a povoario e sobre a execuyao de deliberardes anteriores, i) tomar posiso perante os érgéos do Estado e outras entidades publicas sobre os assuntos de interesse para a povoarao devendo, parao efeito ser por aqueles consultada, ) Ser ouvido, quando solicitado pelo Conselho de Ministros, sobre a modificay extinyo de novas autarquias locals que afectem a respectiva area de junisdi;0, 1c) pronunciar-se e deliberar sobre assuntos que digam respeito aos interesses proprios da povoa 1) exercer os demais poderes conferidos por lei, nomeadamente pela legislaro avulsa destinada a comporizar a autonomia administrativa em areas até aqui dependentes dos departamentos locais, provinciais ou centrais do Estado de limites, criago 3. Compete a Assembleia da Povoarao, sob proposta ou a pedide de autorizarao do Conselho da Povoagao: a) aprovar regulamentos e posturas, ») aprovar o plano de actividades e 0 orgamento da autarquialocal, bem como as suas revisées, «) aprovar anualmente o relatorio, o balango e a conta de geréncia, 4) aprovar o plano de desenvolvimento da povoarao, o plano de estrutura e, de um modo geral, os planos de ordenamento do temitério, bem como as regras respeitantes a urbanizarao e constru;éo, nos termos da Lei, ¢) aprovar a celebrapo, com o Estado, de contratos-programa de contratos de desenvolvimento ou de quaisquer outros que visem a transferéncia ou o exercicio de novas competéncias para povoarao, £) aprovar a contraceo de empréstimos nos termos legais e observando o artigo 23, @) criar ou extinguir aunidade de policia da povoasao e corpos de bombeiros voluntérios, h) aprovar os quadros de pessoal dos diferentes servigos da povoarao, 4) conceder autonomia administrativa e financeira a servigos ou sectores fincionais da povoaydo © autorizar o Conselho da Povoar&o a criar empresas ou a participar em empresas interautérquicas, }) autorizar o conselho de povoarao a outorgar a explora;o de obras e servigos em regime de concessao, nos termos e prazos previstos na Let, 1e) estabelecer, nos termos da Lei, taxas autérquicas, derramas e outras receitas proprias e fixer os respectivos quantitativos, 1) fixar tarifas pela prestapo de servigos ao ptiblico, nomeadamente no ambito da recolha, depésito e tratamento de residuos, conservarao e tratamento de esgotos, fomecimento de agua, utilizardo de matadouros da povoaréo, manutenro de jardins e mercados, transportes colectivos de pessoas ¢ mercadorias, manutengo de vias, fincionamento de cemitérios, m) estabelecer a configurapio do bras, selo e bandeira da povoaro, n) criar e atribuir distingdes e medalhas da povoa, 0) fixar o ntimero de vereadores nos termos do artigo 82 da presente Lei 4. Os pedidos de autorizapéo para a contracgo de empréstimos, nos termos da alinea f) do n° 3, so acompanhados pelo mapa demonstrative da capacidade de endividamento da povoaro 5. As propostas referentes as alineas b) ¢ c) do n° 3, apresentadas pelo ergo executivo competente, no podem ser alteradas pela Assembleia da Povoarao e carecem da devida findamentarao quando rejeitadas, podendo o orgao executivo proponente reformular a proposta de acorde com sugestdes © recomenda;des feitas pela Assembleia Artigo 78 (Competéncias da Assembleia da Povoacao na gestio ambiental) ‘No Ambito das suas atribuigdes de protecsfo do meio ambiente, compete a Assembleia da Povoa;ao, mediante proposta do Conselho da Povoarao, aprovar: a) 0 plano ambiental da povoarao, ») programas de incentivos a actividades protectoras ou reconstituintes das condi;ées ambientais, c) programas de uso de energia altemativa, d) processos para a remopo, tratamento e depésito de residuos s6lidos, incluindo os das unidades sanitarias e 0s toxicos, ¢) programas de florestamento e plantio de arvores de sombra, £) programas de gestao local de recursos naturais, @) normas definidoras de multas e outras sangies ou encargos que onerem actividades especialmente poluidoras na area da povoarao, h) o estabelecimento de reservas da povoagéo, 1) propostas e pareceres sobre a definiro ¢ 0 estabelecimento de zonas protegidas Artigo 79 (Competéncias do Presidente da Assembleia) Compete ao Presidente da Assembleia da Povoagiio: a) representar a Assembleia da Povoarao, b) convocar as sessées ordinérias e extraordinévias, ¢) dinigir os trabalhos e manter a disciplinanas sessées, 4) exercer os demais poderes que lhe sejam conferidos por Lei e pelo regimento da Assembleia Artigo 80 (Competéncia do Secretario) Compete ao Secretario secretariar as sessdes, lavrar e subscrever as respectivas actas, que sero também assinadas pelo Presidente, e assegurar o expediente sECCAO III Conselho da Povoagio Artigo 81 (Natureza) © Conselho da Povoagio é o érgio executive colegial da povoarao, constituido pelo Presidente do Conselho da Povoarao e por vereadores por ele escolhidos e nomeados. Artigo 82 (Composisao) 1. O niimero de membros do Conselho da Povoasio, incluindo o Presidente, é de 5 para as povoagdes de popula;ao superior a 5.000 habitantes e de 3, para as de popularao inferior a 5.000 habitantes 2. Poderd haver vereadores em regime de permanéncia ou em regime de tempo parcial, cabendo ao Presidente do Conselho da Povoa;o definir quais os vereadores que exercem fun;Ges em cada um dos regimes Artigo 83 (Designagao e cessagaio de fungées de vereador) 1. Presidente do Conselho da Povoarao designara os vereadores de entre pessoas da sua confianga politica e pessoal, no seio da Assembleia da Povoayao e fora dela 2. Quando o niimero de vereadores for de 5, pelo menos 2 so designados de entre os membros da Assembleia da Povoarao, sendo 3 0 niimero de vereadores, 1 sera designado de entre os membros do orgao representativo. 3. Os vereadores respondem perante o Presidente do Conselho da Povoario e submetem-se as decisdes ¢ delibera;des tomadas por este orgie, mesmo no que toca as areas fimcionais por si superintendidas 4. Os vereadores em regime de permanéncia podem acumular essa qualidade com a de membros da Assembleia representativa ou suspender o seu mandato, sem sujeigSo ao limite previsto no n° 4 do artigo 98. 5. Os vereadores cessam as suas fungdes na data da tomada de posse de um novo Presidente do Conselho da Povoa;ao ou na data em que este os demita Artigo 84 (ncompatibilidades) E incompativel com a qualidade de membro do Conselho da Povoarao, o exercicio das seguintes fungées a) membro da Mesa da Assembleia da Povoagéo, ») agente ou funcionario dirigente em organismo que integre o departamento ministerial de tutela das antarquias locais, ©) agente ou funcionario de servigos do municipio Artigo 85 (Mandato) 1.O mandato do Conselho da Povoarao é de cinco anos 2. © Conselho da Povoagdo cessante assegura a gestéo corrente dos assuntos da povoago até tomatia de posse do novo Conselho. Astigo 86 (Instalagao) A instalapéo do Conselho da Povoagéo compete ao Presidente da Assembleia da Povoarao ¢ faz-se no prazo de 15 dias apés o apuramento dos resultados e nos termos do artigo 38 Artigo 87 (Reuniées do Conselho de Povoario) A periodicidade das reuniGes e o processo de deliberarao do Conselho de Povoario so definidos por regulamento interno Artigo 88 (Competéncia) 1. Compete ao Conselho da Povoagao a) executar e realizar as tarefas e programas econdmicos, culturais e sociais de interesse local definidos pela Assembleia da Povoarao e enquadrados pela Lei, ») coadjuvar o Presidente do Conselho da Povoarao na execuo e cumprimento das delibera;des da Assembleia da Povoa, ©) patticipar na execuo do plano de actividades e do orgamento, de acordo com os principios da estrita disciplina financeira, d) apresentar, a Assembleia da Povoarfo, propostas e pedidos de autorizardo e exercer as competéncias autorizadas no ambito das matérias previstas no n° 3 do artigo 77, 6) aceitar doagies, legados e heran;as, £) designar os responsaveis superiores dos servigos e sectores funcionais autarquicos autorizados, @) deliberar sobre as formas de apoio a organizardes nZo-governamentais e outros organismos que prossigam fins de interesse publico na povoara h) propor ainsténcia competente a declara;ao de utilidade publica, para efeitos de expropria;ao, 4) exercer os poderes ¢ faculdades estabelecidos na Lei de Terras e 0 respective regulamento, }) conceder licengas para construpéo, reedificapo ou conserva, bem como aprovar os respectivos projectos, nos termos da Lei; 1k) ordenar, apos vistoria, a demoligéo total ou parcial, ou a beneficiayo de construydes que ameacem ruina ou constituam perigo para a sade e seguranya das pessoas, 1) deliberar sobre tudo o que interesse a seguranga e fluidez da circulayao, trénsito e estacionamento nas ruas e demais lugares publicos e néo se insira na competéncia de outros érgaos ou entidades, m) estabelecer anumerarao dos edificios, n) deliberar sobre a deambulaygo de animais vadios ou de espécies bravias e mecenismos organizativos de enquadramenta 2. Verificando-se a situao prevista no n° 3 do artigo 72, 0 Conselho da Povoarao pode, excepcionalmente, substituir a Assembleia da Povoaro no exercicio das competéncias das alineas ) d), ©), D, k) el) do n° 2, 8, 1) e m) do n® 3 do artigo 77, ficando as deliberagdes sujeitas a ralificayo, na primeira sesso da Assembleia, apos arealizarao de eleigSes, sob pena de nulidade SECCAO IV Do Presidente do Conselho da Povoagio Artigo 89 (Natureza) O Presidente do Conselho da Povoarao ¢ 0 érgio executive singular da povoaréo Axtigo 90 Eleisao) 1. O Presidente do Conselho da Povoarao ¢ eleito por sufragio universal, igual, directo, secreto ¢ periddico dos cidadaos eleitores recenseados na area da respectiva povoa;ao 2. Alei cleitoral das autarquias locais regularé o proceso eleitoral do Presidente do Conselho da Povoayao. Artigo 91 (Substitui¢ao) O Presidente do Conselho da Povoapio ¢ substituido, nas suas faltas e impedimentos, por um dos vereadores por ele designado. Artigo 92 (inpedimento permanente do Presidente do Conselho da Povoagio) 1. Nos casos de morte, incapacidade fisica permanente, remincia ou perda do mandato, o Presidente do Conselho da Povoarao é substituido interinamente pelo Presidente da Assembleia da Povoara até nova eleicao. 2. No prazo de 10 dias a contar da declararao do impedimento permanente, a entidade competente para marcar eleigdes para Presidente do Conselho da Povoago marcara eleipo intercalar para esse orgio. 3. A cleig&o realizar-se- dentro de 30 dias a contar da data da marca;ao 4. O novo Presidente do Conselho da Povoarao limita-se a concluir 0 mandato do anterior, nfo transitando automaticamente para o novo mandato. 5. Nao se realizara a eleis&o intercalar se o tempo que faltar para a concluséo do mandato for igual ou inferior a 12 meses. 5. O Presidente interino do Conselho da Povoasao exerce a plenitude dos poderes podendo inclusive substituir os vereadores Artigo 93 @osse) 1. O Presidente do Conselho da Povoarao ¢ empossado pelo Presidente da Assembleia da Povoaréo no prazo de 10 dias a contar da instalapo do orgao representativo 2. No intervalo entre a data da declarapo do impedimento permanente e a data da tomada de posse, 0 Presidente interino do Conselho da Povoarfo praticara apenas os actos de gestdo estritamente necessérios para o bom andamento dos assuntos urgentes da povoa;ao Artigo 94 (Competéncia) 1. Ao Presidente do Conselho da Povoagéio compete: a) dirigir a actividade corrente da povoa;ao coordenando, orientando e superintendendo a acyo de todos os vereadores, ») dirigir e coordenar o funcionamento do Conselho da Povoa ©) exercer todos os poderes conferidos por Lei ou por deliberapao da Assembleia da Povoayto 2. Ao Presidente do Conselho da Povoarao compete ainda: a) representar a povoaro em juizo e fora dele, ») executar e velar pelo cumprimento das deliberagdes da Assembleia da Povoario, c) escolher, nomear e exonerarlivremente os vereadores do Conselho da Povoario; 4) coordenar e controlar a execupo das deliberasies do Conselho da Povoaro, 6) orientar a elaborapio e patticipar na execugao do oryamento autarquico, autorizando o pagamento de despesas orramentais, quer resultem de delibera;o do Conselho da Povoarao, quer resultem de decisdo propria, £) assinar ou visar a correspondéncia do Conselho da Povoarao com destino a qualquer entidade publica ou privada, 8) representar os orgéos executivos da povoagio perante a Assembleia da Povoaro e responder pela politica e linha programatica seguida por esses 6rgéos, h) adquirir os bens méveis necessarios ao funcionamento regular dos servigos desde que 0 seu custo se situe dentro do limite fixado pelo Conselho da Povoagio, i) mandar publicar as decisdes que disso carezam nos locais de estilo, 4) dinigiro servigo de protec civil da povoaro em coordena;ao com as estruturas nacionais, 1p) superintender na gestao e direcro do pessoal ao servico da povoario, 1) modificar ou revogar os actos praticados por funcionérios da povoa;ao, 1m) outorgar contratos necessarios ao funcionamento dos servigos, n) instaurar pleitos e defender-se neles, podendo confessar, desistir, transigir ou aceitar composi;o aitral, 0) promover todas as acpdes necessérias a administrapo corrente do patriménio da povoardo e a sua conserva;ao, assegurando a actualizarao do cadastro dos bens maveis e iméveis da povoarao, p) promover a execupio das obras e intervencdes de responsabilidade directa da povoagéo que constem dos planos aprovados pela Assembleia da Povoa;ao e que tenham cabimento adequado no orgamento relative ao ano de execurao das mesmas, bem como inspeccioné-las, nos termos da lei e da regulamentarao autérquica especifica, @) outorgar contratos necessérios a execusao das obras referidas na alinea anterior, 1) conceder licencas para habitaro ou para outra utilizaro de prédios construidos de novo ou que tenham sofide grandes modificardes, proceder a venificago, por comissies apropniadas, das condigfes de habitabilidade e de conformidade com o projecto aprovado, de acordo com a regulamentapo autarquica especifica, s) embargar e ordenar a demoligao de quaisquer obras, construgies ou edifica;des efectuadas por particulares sem observancia da Lei, #) ordenar o despejo sumario de prédios expropriados ou cuja demoliso ou beneficiayao tenha sido deliberada nos termos da Lei, u) conceder terrenos nos cemitérios da povoarao para jazigos e sepulturas perpetuas, v) conceder licengas policiais ou fiscais de hamonia com o disposto nas leis, regulamentos ¢ posturas, vw) exercer as fungées de chefe da policia autarquica, quando exista 3. Em caso de urgéncia e em circunsténcias em que o interesse puiblico da povoarao excepcionalmente 0 determine, o Presidente do Conselho da Povoayo pode praticar actos sobre matérias da competéncia do Conselho de Povoa;ao. 4. Os actos referidos no mimero anterior esto sujeitos a ratificargo do Conselho da Povoa;éo na primeira reunido apés a sua pratica o que devera acontecer no prazo méximo de 10 dias. 5. A recusa de ratificapo ou a sua no submisséo para ratificargo no devido tempo ¢ causa de nulidade do acto Artigo 95 (Delegagao de poderes nos vereadores) 1. O Presidente do Conselho da Povoayao pode delegar competéncias nos vereadores ‘Nao so delegaveis as competéncias das alineas a) ¢ b) do n’l, c) e g) do n°? e 0 n°3 do artigo anterior. CAPITULO IV DAS DISPOSICOES COMUNS AOS ORGAOS DAS AUTARQUIAS LOCAIS SECCAOI Direitos e deveres Artigo 96 @ireitos, deveres e garantias dos ‘Srgios autarquicos) 1. So deveres dos titulares dos argos das autarquias locais, nomeadamente a) prestar regularmente contas perante os respectivos eleitores no desempenho do seu mandato, ) desempenhar activa e assiduamente as respectivas funces, «) contactar as popularées da artarquia, 4) votar nos assuntos submetidos a apreciapfo dos érgos de que faram parte, salvo impedimento legal 1. Sao direitos dos membros dos rgéos das autarquias locais a) elaborar e submeter a deliberarao dos orgéos municipais e das povoapdes projectos e propostas no ambito da competéncia dos mesmos, b) solicitar e obter, de quaisquer entidades publicas ou privadas na autarquia local, informagdes ¢ bem assim solicitar e obter, de quaisquer entidades publicas, informagies sobre assuntos que interessam a vida das popula;des do municipio ou povoa c) paticipar nas reunides dos orgéos colegiais nos termos legais e regimentais, 2. Os membros dos érgios municipais e de povoa;des nfo podem ser prejudicados no seu emprego permanente, carreira profissional e beneficios sociais por causa do exercicio do seu mandato 3. Outras prerrogativas, distingées e beneficios materiais dos titulares dos orgéos deliberativos e executivos das autarquias locais sero estabelecidos por Lei. Artigo 97 (Responsabilidade civil e criminal) Os membros dos orgéos das autarquias locais esto sujeitos a responsabilidade civil e criminal pelos actos ou omissdes realizados no exercicio dos seus cargos sEcCAO II Mandatos Artigo 98 (Fundamento da perda de mandato e dissolugio dos érgios) 1. E fundamento de perda do mandato, em caso de prética individual por titulares de érgéos autarquicos ou dissoluso do érgo, em caso de acyo ou omissio deste a) aprética de ilegalidades graves no ambito da gesto autarquica, b) a responsabilidade culposa pela inobservancia, por parte da autarquia local, das atribuizdes enunciadas no artigo 6; c) amanifesta negligénciano exercicio das suas competéncias 2. A perda do mandato ou dissolugéo pode também ocorrer em caso de no aprovago, em tempo Util, de instrumentos essenciais ao funcionamento da autarquia local. 3. Tratando-se do Presidente do Conselho Municipal ou da Povoagéo, a perda do mandato obriga a realizagao de eleigdes nos termos do artigo 30. 4. A dissolugao da Assembleia Municipal ou da Povoarao implica o termo imediato do mandato do Presidente do Conselho Municipal ou da Poveacéo 5, No decreto do Conselho de Ministros que dissolva uma Assembleia Municipal ou da Povoa;ao sera designada uma comissdo administrativa e determinar-se-a a realizardo de eleigdes, no prazo de seis meses, para Orgéos preenchidos, por sufragio universal, directo, igual, secreto e peniédico, salvo se, a data daquele decreto, faltarem menos de doze meses para as eleigées autarquicas gerais, circunstancia em que a comisséo funcionara até tomarem posse os eleitos nessas elei;Ses. 6. A comissao administrativa tera a composigao ¢ as competéncias enumeradas no decreto do Conselho de Ministros, referido no mimero anterior Artigo 99 (Perda do mandato) 1. Para além do disposto no artigo anterior, perdem o mandato os titulares dos cargos dos érgéos autarquicos que pratiquem actos contrarios a Constituicao, que desrespeitem persistentemente a Lei, que violem gravemente a ordem publica que sejam condenados por crime punivel com prisdo maior, que sejam intemados por medida de preven¢ao ou segurana ou que incorram em qualquer causa de perda de mandato prevista na Lei 2. Perdem ainda o mandato os titulares dos cargos dos érgéos autarquicos que tenham entrado em situapo de incompatibilidade, sem que tenham renunciado, num prazo de 15 dias, ao cargo ou a actividade incompativel. 3. Quando a perda do mandato dependa de operardes materiais ou apreciarSes factuais da Assembleia Municipal ou da Povoaro esta comunicara ao érgio de tutela a verificayo do facto motivador da perda do mandato para os efeitos do mimero seguinte 4. A perda do mandato é declarada por decreto do Conselho de Ministros, apds realizario de inquéntos ou sindicancias, se necessario, e é comunicada a Assembleia Municipal ou da Povoasio respectiva para efeitos de substituigo das pessoas por ela atingidas. 5. A data da perda do mandato é a do decreto do Conselho de Ministros podendo contra esta serem movidos todos os meios de impugnapo graciosa e contenciosa previstos pela Lei contra actos administrativos de érgaos do Estado 6. No que for omisso, o presente artigo sera regulado pela lei referente ao exercicio dos poderes tutelares do Estado Artigo 100 (Remincia ao mandato) 1. Os membros eleitos dos érgios autarquicos podem renunciar ao respective mandato 2. A remincia deveré ser comunicada por escrito, @ Mesa da Assembleia Municipal ou da Povoagao. Artigo 101 (Suspensio do mandato) 1. O Presidente do Conselho Municipal ou da Povoago pode decidir a suspenséo do seu mandato 2. Os membros das Assembleias Municipais e das Povoagies podem, por iniciativa propria, solicitar & Mesa, nos termos fixados no regimento, a suspensdo do respective mandato 3. So motivos de suspens&o, nomeadamente a) doenga comprovada, ») afastamento temporario da area da autarquia local por periodo superior a 30 dias, ) impossibilidade de se deslocar a sede da autarquia local por dificuldade de transporte, 4) motivos profissionais ponderosos 4. A suspensto nao podera ultrapassar 365 dias, seguidos ou interpolados, no decurso do mandato, sob pena de perda do mesmo sECCAO III Deliberagdes e decisées Artigo 102 (Quérum) 1. A Assembleia Municipal e da Povoarao sb podem deliberar estando presentes mais de metade dos seus membros em efectividade de fun;Ses. 2. © Conselho Municipal e da Povoaréo sé podem deliberar quando estiverem presentes pelo menos 2/3 dos seus membros em efectividade de funcdes, 3. Nos casos em que as reunides no se efectivarem por inexisténcia de “quorum” havera lugar a0 registo das presengas e das auséncias no livro de actas Artigo 103 (Daliberagées) 1. Salvo disposiso expressa em contrério, as deliberardes so tomadas a pluralidade dos votos, tendo o Presidente voto de qualidade em caso de empate, néo contando as absten;Bes para apuramento damaioria 2. A votapao é nominal, salvo se o regimento ou o regulamento intemo estipular ou o érgo deliberar, por proposta de qualquer membro, outra forma de vota;o 3. Sempre que se realizem elei;des ou estejam em causa juizos de valor sobre pessoas, a votario é feita por escrutinio secreto Artigo 104 (Actas) Sera lavrada, nos termos do regimento, acta que registe o que de essencial se tiver passado nas reunides, nomeadamente as faltas verificadas, as deliberapdes tomadas ¢ as posigdes contra elas assumidas Artigo 105 (Executoriedade das deliberagées) ‘As deliberapies e decistes dos orgéos autarquicos tomam-se executorios no décimo quinto dia apés a sua afixarao, salvo se tiver havido deliberaro por maioria de dois terzos dos membros do rgao que deliberou, reconhecendo a urgéncia da executoriedade, caso em que esta se verificara a partir de cinco dias do momento da afixaréo. Artigo 106 (Deliberagées nulas) 1. So nulas, independentemente da declarayo dos tribunais, as decistes dos érgos autérquicos a) que forem estranhas as atribuisdes da autarquia local, ») que forem tomadas sem “quorum, ou sem amaioria legelmente exigida, c) que transgridam as disposigdes legais respeitantes ao lancamento de impostos, 4) que carezam absolutamente de forma legal, ¢) que nomeiem funcionérios a quem faltem requisitos exigidos por Lei, com preteriso de formalidades essenciais ou de preferéncias legalmente previstas, 8) que violem direitos fandamentais dos cidadaos 2. As deliberagdes e decisdes nulas sfo impugnaveis, sem dependéncia de prazo, por via de interposigao de recurso contencioso ou de defesa em qualquer processo administrativo ou judicial Artigo 107 (Deliberagées anulaveis) 1. So anulaveis pela jurisdipo administrativa as deliberagdes e decisdes de orgéos autérquicos feridas de incompeténcia, vicio de forma, desvio de poder, violayo da lei, regulamento ou contrato administrativo 2. As deliberagies e decisdes anulaveis sé podem ser impugnadas, em recurso contencioso, dentro do prazo legal 3. A nfo impugnagfo do vicio dentro do prazo de recurso contecioso sana a deliberarao ou decisao anulavel Artigo 108 (Impugnabilidade dos actos administrativos autarquicos) As deliberapdes ou decisdes de érgios autarquicos, que contenham actos administrativos definidores de situardes juridicas de particulares com eficacia extema imediata, ficardo submetidos, para efeitos de impugnayfo graciosa ou contenciosa a regime idéntico ao dos actos de nafureza equivalente emanados por drgaos do Estado Artigo 109 (Patrocinio judiciario) O municipio e a povoarao séo patrocinados, em juizo, pelo representante do Ministério Piblico ou por advogado legalmente constituido. Artigo 110 (Participagao dos moradores) 1. Os cidadéos moradores no municipio ou na povoapfo podem apresentar, verbalmente ou por escrito, sugestdes, queixas, reclamagtes ou petigdes a respectiva Assembleia 2. A apresentapio far-se-€ ao Secretario da Assembleia pelos cidadaos, individualmente ou através dos corpos directivos de organizaySes sociais ou por outro mecanismo organizativo por estes designado 3. Nos casos referidos no presente artigo, um representante do peticionario e dos cidadéos moradores podera patticipar, por delibera;éo da respectiva assembleia nos debates que eventualmente tiverem lugar CAPITULO V DISPOSICOES FINAIS E TRANSITORIAS Artigo 111 (Regimento) 1, Os principios fimdamentais a constarem do Regimento das Assembleias Municipais ¢ das Povoaydes so fixados por decreto do Conselho de Ministros 2. Enquanto nZo for aprovado o novo regimento, vigorara o anteriormente aprovado. Axtigo 112 (Marcagio da data para as primeiras dleicées) ‘As primeiras eleigdes para os orgdos das autarquias locais realizar-se-do em 1997, em data a definir por decreto do Conselho de Ministros. Axtigo 113 (Primeira instalacao das Assembleias Municipais e da Povoacio) ‘A primeira instalardo da Assembleia Municipal ou da Povoardo ¢ feita pelo Juiz Presidente do Tribunal Judicial, Provincial e Distrital, respectivamente Axtigo 114 (Criagio) O Conselho de Ministros submetera a Assembleia da Republica uma proposta de criapéo das autarquias locais nas circunscrigdes temitoriais que retinam condigSes para uma administraréo autarquica Axtigo 115 (Gabinetes técnicos) 1. Nas autarquias locais poderdo funcionar gabinetes técnicos locais 2. Os gabinetes técnicos locais assistirgo os orgdos da autarquia local na conceppéo e implementaro das acgdes tomadas necessérias pela descentralizagio. 3. Os gabinetes técnicos so compostos por técnicos vinculados por contratos de consultoria de curto prazo, suportados por fundos especiais mobilizados pela administra; do Estado 4, A escolha dos membros dos gabinetes técnicos resultara de comun acordo entre o ministério de tutela e o Presdente do Conselho Municipal ou da Povoagéo Artigo 116 (Converséo de distritos municipais em municipios) Os distritos municipais criados pela Lei 3/94 de 13 de Setembro passam a designar-se municipios, nos termos da Lei Artigo 117 (Revogasao da lei anterior) E revogada a Lei n°. 3/94 de 13 de Setembro. Artigo 118 (Entrada em vigor) A presente Lei entra imediatamente em vigor. Aprovada pela Assembleia da Republica, aos 27 de Dezembro de 1996 O Presidente da Assembleia da Republica, em exercicio Abdul Carimo Mohamed Issi Promulgada, aos___de de 1997 Publique-se O Presidente da Republica, Joaquim Alberto Chissano

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