Graduação em História Disciplina: Profissão Docente Professora: Maria Dolores Fortes Alves
Elaborado por Rafael da Silva Oliveira. Novembro/2021
FREIRE, Paulo. “Ensinar não é transferir conhecimento”. In: Pedagogia da Autonomia.
São Paulo: Paz e Terra, 1996.
O educador, acima de tudo, deve respeitar o educando. Quando o educador faz
piada do jeito, da fala, do andar do educando tendo atitudes autoritárias em sala de aula, ele deseduca muito mais que educa. Surge o efeito contrário no educando que gera um sentimento de rebeldia. O bom senso do educador é uma ferramenta necessária na prática docente. Ele quem vai julgar se deve ou não aceitar o trabalho de um aluno que entregou após o prazo por algum bom motivo. É ele também quem vai alertar o educador quando tomar atitudes autoritárias em sala de aula. Quando tiver um aluno cabisbaixo, solitário, disperso na aula, será ele quem se questionará se não há algo de errado com o mesmo. O educador nunca pode deixar de lado seu bom senso, senão, se tornará um professor apático com seus alunos. Todos os professores, sejam bons, ruins, carinhosos, rudes, extrovertidos, divertidos, chatos, todos eles marcaram a vida de seus alunos, indepente se foram de forma positiva ou negativa, professor nenhum deixa de marcar a vida de seus alunos. Por isso, todo professor deveria ensinar a sempre lutar pelos seus direitos, afinal, a escola é o segundo lugar no qual o aluno passa a maior parte de seu tempo e ele tem o direito de reivindicar melhores condições para todos docentes, discentes e funcionários que, como ele, passam boa parte de seu dia nesse ambiente. A diminuição dos recursos financeiros, ou verbas públicas, acarrentando também na diminuição dos salários por conta de políticas de austeridade fiscal num governo neoliberal faz com que muitos professores cruzem os braços e aceitem como vencidos e dizendo frases como “não há o que fazer” e “é assim mesmo”. Pelo contrário, é justamente nesses momentos que luta deve ser mais combativa e firme, porém, repensando formas mais efetivas que práticas como a greve, por exemplo. É como diz o próprio Paulo Freire: a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra. Com isso, o autor afirma que com base na realidade do mundo é que se constrói o conhecimento científico, como a leitura e a escrita.