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BLS/APH
EMERGÊNCIAS MÉDICAS
NOME DO ALUNO
INDICE
LIÇÃO ASSUNTO
01 INTRODUÇÃO..........................................................................
02 O SERVIÇO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR............
03 NOÇÕES DE ENFERMAGEM..................................................
04 BIOMECÂNICA DO TRAUMA..................................................
05 AVALIAÇÃO DE PACIENTES..................................................
06 DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS.....................................
07 RESSUSCITAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR..............................
08 ESTADO DE CHOQUE.............................................................
09 HEMORRAGIAS E FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES......
10 TRAUMATISMO DE ESTREMIDADES....................................
11 EMERGÊNCIAS MÉDICA E CLÍNICAS...................................
12 QUEIMADURAS.......................................................................
13 INTOXICAÇÃO.........................................................................
14 AFOGAMENTO E QUASE AFOGAMENTO............................
15 PARTO EMERGÊNCIAL..........................................................
16 EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS..............................................
17 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE ACIDENTADOS......
18 TRIAGEM – MÉTODO START E SALVAMENTO
LIÇÃO 01
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
OBJETIVOS DE DESEMPENHO
OBJETIVOS DE CAPACITAÇÃO
Ao finalizar o curso, o participante será capaz de:
1. Preparar todos os equipamentos e materiais utilizados em atendimento de emergência;
2. Descrever a forma de receber e registrar uma solicitação de auxílio, informar os dados da
situação e avaliar a necessidade de auxílio adicional;
3. Listar as ações para cuidar da segurança de um local de ocorrência e obter acesso até
as vítimas;
4. Avaliar vítimas de trauma ou de emergências médicas (casos clínicos), e determinar os
procedimentos correspondentes a cada caso, utilizando-se de materiais e equipamentos
adequados para seu atendimento pré-hospitalar;
5. Estabilizar as condições das vítimas de trauma ou emergências médicas;
6. Transportar adequadamente as vítimas e encaminhá-las ao tratamento hospitalar; e
7. Elaborar relatório e demais registros relativos ao atendimento.
AVALIAÇÃO
Instrumentos
Modulo Teórico
1. Uma avaliação teórica parcial denominada Verificação Corrente – VC com um valor total
de 60 pontos e uma Verificação Final – VF com um valor de 40 pontos.
HORÁRIO DO CURSO
O horário do curso consta da programação Será obrigatória à presença e a
pontualidade em todas as lições do curso. A responsabilidade e o respeito ao horário
deverá ser mútuo entre instrutores e participantes.
Exame
Exame
A certificação dos participantes implica na garantia que todos os objetivos do curso
foram alcançados, de acordo com a as avaliações teóricas e práticas.
Não será permitido o uso de telefones celulares ou aparelhos eletrônicos pelo
participante.
Evitar-se-á interrupções desnecessárias durante as aulas, exceto em casos de
emergência. Em caso de necessidade, a coordenação do curso se encarregará de
anotar eventuais recados telefônicos ou adotará providências possíveis para sanar
as dificuldades do participante.
A coordenação efetuará constantes avaliações junto aos participantes na qual serão
anotados os pontos positivos e os pontos a melhorar, visando à melhoria da
instrução.
LIÇÃO 02
OBJETIVOS:
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
PRINCIPAIS ASPECTOS
a. Curso de especialização:
1. Concluir com aproveitamento o Curso de Emergências Médicas;
2. Possuir o credenciamento pela Escola de Bombeiros e a DODC.
b. Condicionamento físico: necessário devido às particularidades do serviço que exige
esforço físico decorrente do grande número de ocorrências diárias atendidas. Atentar para
a segurança do trabalho.
Ex: utilizar técnicas de levantamento de pesos, correção de postura, etc.
DEFINIÇÕES
O Suporte Básico em princípio não deve considerar a morte clínica (parada cardio
respiratória) como morte definitiva. Devendo sempre retirar o paciente para um local
adequado realizando as manobras de RCP e acionar o Suporte Avançado para o local.
Somente os casos de morte óbvia devem ser constatados como morte irreversível pelo
Suporte Básico. Nos demais casos somente o Suporte Avançado poderá determinar a
morte biológica.
- decapitação
- Esmagamento do crânio (não confundir com exposição de massa encefálica)
- Secção do tronco ou esmagamento do tronco com comprometimento das vísceras
coração e pulmão.
- calcinação
- carbonização
- decomposição
- “rigor mortis”
- “livor mortis”
Providências:
Cobrir o cadáver com lençol descartável;
Solicitar serviços competentes para providências legais;
Preservar o local de crime, até a chegada do policiamento local;
Preservar as informações das vítimas, fornecendo-as somente a autoridades;
Preservar a imagem da vítima não permitindo fotos e filmagens pela imprensa.
Respeitar o cadáver é dever de todo socorrista.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Constatado óbito na ambulância jamais a vítima poderá ser retirada e colocada no chão.
Constatada a morte no interior da enfermaria esta será interditada e acionada a autoridade
policial para o local.
Determinada a morte em áreas externas do local de serviço, deverá ser acionada a
autoridade policial e o local deverá ser isolado e interditado.
Constatado óbito no interior do local de serviço, isolar a área e acionar autoridade policial
para o local.
TRANSPORTE DE PACIENTES
Deverá seguir os procedimentos protocolados para cada caso, sendo que nenhum
paciente poderá ser transportado sem a prévia autorização do médico de plantão. Salvo,
nos casos de transporte imediato expresso neste protocolo.
Natureza da ocorrência.
Informações do local da ocorrência.
Tempo decorrido desde o atendimento até o transporte ao hospital.
Dados clínicos e possíveis traumas.
Procedimentos realizados.
Sinais vitais e escala glasgow
A equipe de Socorristas deverá solicitar apoio médico nos casos listados abaixo:
Triagem de vítimas;
Assistência pré-hospitalar às vítimas;
Mobilizações de vítimas;
Transporte de vítimas;
Determinação para uma unidade hospitalar quando se for necessário;
Qual equipe deverá acompanhar o paciente.
Se houver algum prejuízo à vítima decorrente de tal ordem, o fato deve ser comunicado
por escrito imediatamente ao setor competente para que as providencias sejam tomadas.
Acatar suas orientações referentes à assistência e imobilização da vítima, desde que não
contrariem os procedimentos do protocolo de APH.
Artigo 135 – CP - “Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal,
à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em
grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”.
Uma vez que você tenha parado para auxiliar uma pessoa doente ou ferida, legalmente
iniciou-se o Atendimento Pré-hospitalar. Você, agora, tem o dever de prestar o atendimento
de acordo com o seu nível de treinamento. Se você sair do local antes da chegada do
pessoal qualificado como o do serviço de Resgate do Corpo de Bombeiros, considerar-se-á
que houve o abandono da vítima.
Lembre-se de que você não foi treinado para elaborar um diagnóstico médico ou para
predizer as condições de estabilidade do paciente; é necessário acompanhá-lo até a
chegada do pessoal qualificado.
Você também não deverá sair do local com a chegada de um Socorrista com o mesmo nível
do seu treinamento. O paciente pode piorar e seus problemas serão melhores conduzidos
com a presença de dois Socorristas.
Informe sempre ao Socorrista ou equipe especializada que lhe suceder os resultados obtidos
na avaliação inicial da vítima e qual assistência lhe foi prestada.
Deve o socorrista agir de conformidade com as técnicas de atendimento pré-hospitalar
estabelecidas para o seu nível de treinamento, estando ciente de que poderá ser
responsabilizado nos casos de:
CONSENTIMENTO FORMAL:
A identificação do Socorrista;
Por que determinados cuidados são necessários.
Os procedimentos que estão sendo realizados.
CONSENTIMENTO IMPLÍCITO:
DIREITOS DO PACIENTE:
Como Socorrista, você não poderá prestar cuidados de emergência a um paciente e depois
comentar os detalhes do atendimento com seus amigos, familiares, colegas de trabalho ou
pessoas da comunidade (incluindo imprensa ou outros órgãos de comunicação).
Você não deverá identificar o paciente, dizendo o nome dele e ao comentar sobre o
acidente, não deverá repetir o que foi dito pelo paciente ou descrever um comportamento
inadequado ou qualquer aspecto da aparência pessoal. Ao cometer esta falta você
transgredira a privacidade do paciente, quebrando o sigilo.
BIOSSEGURANÇA
Como Socorrista, avaliando ou prestando atendimento às vítimas, você deverá evitar contato
direto com o sangue do paciente, fluídos corpóreos, mucosas, ferimentos e queimaduras.
NOÇÕES DE ENFERMAGEM
1. SINAIS VITAIS
(Pulso, Pressão Arterial, Respiração, Temperatura)
BIOMECÂNICA DO TRAUMA
Desenvolvimento
3° processo - É a colisão dos órgãos do condutor com as paredes de seu próprio corpo.
Tipos de Colisão
Colisão Frontal
Colisão lateral
Colisão Angular
Colisão Traseira
Capotamento
Cases:
95% das mortes por colisões Frontais seriam evitadas com uso de airbags, e 65% de
traumas graves seriam evitados com o uso de cinto de três pontos, segundo dados da
ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego).
LIÇÃO 05
AVALIAÇÃO DE PACIENTES
OBJETIVOS:
Exame
Primário
C – 1. Checar Batimentos (Pulso);
A – 1. Checar Consciência;
2. Liberar Vias Aéreas Superiores; e
3. Estabilizar Cervical;
B – 1. Checar respiração; e
2. Fazer ventilação (se necessário);
2. Conter Grandes Hemorragias; e
TÉCNICA DO AVDI
• A – Está Alerta;
• I – INCONSCIENTE.
C – CIRCULATION AND BLEEDING
Nesta fase o Socorrista deverá checar a pulsação (pulso central) ao mesmo tempo
em que verifica a respiração (VOS).
Caso haja uma grande (grave) hemorragia o Socorrista deverá contê-la utilizando o
método da pressão direta no ferimento (hemostasia), caso contrário à vítima entrará em
estado de choque, o que por sua vez poderá levar a morte. Se a vítima não tem pulso
(batimentos do coração percebido através dos movimentos sistólicos) o Socorrista deverá
imediatamente iniciar a Reanimação Cardio Pulmonar (RCP).
QUEDA DA LÍNGUA
A inclinação da cabeça e elevação do queixo (ou nuca) resultará na liberação das vias
aéreas superiores. A língua é presa na mandíbula, sua tendência é a de acompanhar o
movimento de elevação da mandíbula.
6ª Edição - 2012 28
Suporte Básico de vida - BLS/APH
RETIRADA DE CORPOS ESTRANHOS:
A Obstrução das Vias Aéreas por
Corpos Estranhos – OVACE, que podem
ser SÓLIDOS ou LÍQUIDOS.
A abertura das VAS se dá através da
técnica dos dedos cruzados.
A retirada de Corpos Sólidos (dente,
parte da língua, alimentos) é feita através
da varredura digital (dedos). Já a retirada
de Corpos Líquidos (bebidas, fluidos
corporais, sangue) pode ser feita com a
Laterização da cabeça da vítima,
posicionando a cabeça do paciente
lateralmente (ou na posição lateral de
segurança), a fim de que os fluidos
corporais saiam livremente.
Cada ventilação deve ser aplicada durante 01 segundo, produzindo elevação do tórax
(o Socorrista deverá ser capaz de visualizar a elevação do tórax). O Socorrista deve respirar
normalmente antes de iniciar a aplicação da ventilação de resgate (não devem respirar
profundamente).
O ar insuflado pelo socorrista contém oxigênio suficiente para a necessidade da
vítima (durante uma inspiração normal dos 21% de O 2 do ar atmosférico só consumirá 4%);
TIPOS DE VENTILAÇÃO
As ventilações são realizadas de duas formas:
1º Respiração BOCA A BOCA (Direta)
Respiração BOCA – NARIZ
2º Respiração BOCA – BARREIRA DE PROTEÇÃO
(MAIS RECOMENDADO)
Respiração BOCA – LENÇO FACIAL;
Respiração BOCA – MÁSCARA; e
Respiração BOCA – BOLSA MÁSCARA.
6ª Edição - 2012 30
Suporte Básico de vida - BLS/APH
AVALIAÇÃO DO PACIENTE
AVALIAÇÃO DA CENA
CONTROLE O LOCAL E
REMOVA O PACIENTE
PARA LOCAL SEGURO
AVALIAÇÃO INICIAL
PACIENTE DE PACIENTE DE
TRAUMA EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
HISTÓRICO E HISTÓRICO E
EXAME FÍSICO EXAME FÍSICO
AVALIE O MECANISMO
DA LESÃO CONSCIENTE INCONSCIENTE
TRANSPORTE TRANSPORTE
AVALIAÇÃO CONTINUADA
COMUNICAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO
6ª Edição - 2012 32
Suporte Básico de vida - BLS/APH
AVALIAÇÃO DO PACIENTE
O atendimento compreende de:
C – Checar
C – Chamar
C – Cuidar
C – Checar
C – Chamar
O socorrista não deve perder tempo, pois cada minuto perdido pode ser a diferença entre a
vida e a morte para a vítima. O número de emergência a ser discado é 193 do Corpo de
Bombeiros ou 192 do SAMU.
C – Cuidar
ACIONAMENTO DE APOIO
È fundamental que o acionamento de apoio seja feito de imediato. Com a chegada rápida de
assistência de profissionais especializados haverá a redução dos índices de mortalidade e
das seqüelas definitivas decorrentes de ferimentos graves. Em geral, funcionam da seguinte
forma:
Vítima de trauma decorrente de acidente automobilístico. Acionamento do SEM através do telefone 193 ou 192.
Atendimento - Central do Serviço de Emergência Médica. Retirada da vítima com equipamentos especiais.
AVALIAÇÃO DA CENA
Após o socorrista ter CHECADO o ocorrido, e CHAMADO o SEM, deverá começar a
CUIDAR da vítima, para isto deve haver a AVALIAÇÃO DA CENA.
6ª Edição - 2012 34
Suporte Básico de vida - BLS/APH
Identificação dos recursos a serem empregados, incluindo a solicitação de ajuda para
atender adequadamente a situação, levando-se em conta, rigorosamente, os passos
dados anteriormente.
Caso seja possível tornar o local seguro através de isolamento ou mesmo controlando
outros fatores de risco, então os cuidados para com a vítima poderão ser iniciados.
6. Utilizar medidas iniciais de socorro com base no nível de treinamento contido neste
Manual de Primeiros Socorros.
AVALIAÇÃO INICIAL
A avaliação inicial consiste em verificar que tipo de problema que houve, ou seja, se foi um
problema provocado por um acidente (trauma – Situação 01) ou um problema de saúde
(clínica – Situação 02).
PACIENTE DE TRAUMA
Neste caso deve ser verificado o que tipo de trauma deu origem ao ocorrido.
Para constatar o tipo de trauma que deu origem à ocorrência, deve-se fazer um
levantamento através do histórico do ocorrido e exame físico visual da vítima.
Agora é preciso fazer o Exame físico, é o primeiro contato direto do socorrista com a vítima.
a. Constatar inconsciência: tocar no seu ombro e chamar pela vítima no mínimo três vezes;
b. Estabilizar manualmente a cabeça da vítima;
c. Posicione a vítima em decúbito dorsal, se necessário;
d. Libere suas vias aéreas superiores;
e. Verifique a presença da respiração;
f. Pesquise e controle as hemorragias;
g. Previna a perda de calor corporal.
EXAME SECUNDÁRIO
• Procurar e tratar outras lesões que venham a comprometer o Suporte Básico de Vida - SBV;
• Exame DETALHADO, dura em média três minutos (incluídos na hora de ouro);
• É conhecido como EXAME da CABEÇA aos PÉS.
SINAIS
- É todo tipo de informação obtida através da análise visual de qualquer alteração apresentada
durante um dos exames;
- Pele fria, pálida, pegajosa, ferimentos, hemorragias, fraturas, cianose, dilatação e
deformidades de órgãos, saliências, depressões, etc.
SINTOMAS
- São sensações experimentadas pela vítima que por sua vez é capaz de descrever;
6ª Edição - 2012 36
Suporte Básico de vida - BLS/APH
- Pergunte à vítima onde sente dor, náuseas, vertigem (tontura), calor, frio, fraqueza e
sensação de mal estar.
- Os Sintomas devem ser avaliados e confirmados através do exame dos sinais de lesão ou
doença
Exame
O EXAME SECUNDÁRIO POSSUI DUAS ETAPAS
Secundário
- INSPEÇÃO VISUAL (DCEPQLI)
- INSPEÇÃO POR PALPAÇÃO (DIC)
1. Inspeção visual (DCEPQLI) Inspeção Inspeção
D - deformidade
C - contusão Visual Tátil
E - escoriação Secundário
P - perfuração
Q - queimadura
L - laceração
I - inchaço (edema)
- Queixa principal
- idade
- sexo
- História patológica pregressa
- Uso de medicamentos
Cabeça - CRÂNIO
1º - OLHOS
2º - OUVIDOS
3º - NARINA E BOCA (VAS)
Cabeça:
Ferimentos e fraturas
Drenagem de secreções
Determinar diâmetro e reação das pupilas.
hálito
Dentes e prótese dentária
Atentar para coloração das mucosas
CAPA
ANÁLISE DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES – VAS
- As vias aéreas superiores – VAS (narinas e boca) compreende a checagem dos sinais de fraturas,
crepitações, hemorragias, ferimentos, saliências e depressões;
- Desobstrução quanto à retirada de Corpos Estranhos: sólidos (dentes, pedaço de língua, carne,
tampa de corote, camisinha, etc.) ou líquidos (vômito, saliva excessiva, sangue, líquidos ingeridos,
etc.);
- Nos corpos estranhos sólidos, poderá ser feita com as mãos (dedos) munidas de luvas (EPI) para
proteção tanto do socorrista como da própria vítima (homicida);
- Nos de origem líquida, a evasão deste pode ser feita através da lateralização da cabeça (para
vítimas de casos clínicos) que consiste em colocar a vítima na Posição lateral de Segurança. E
para vítimas de TRAUMA a retirada deste material se dará pela aspiração com equipamentos
(manual ou elétrico).
AVALIAÇÃO DO TÓRAX
AVALIAÇÃO DO ABDÔMEN
TRANSPORTE Situação 01
O transporte deve ser iniciado assim que possível. É importante que não se perca mais do
que 10 minutos desde a chegada no local até iniciar o transporte. O transporte deve ser
realizado no mínimo utilizando Prancha Longa e Colar Cervical.
Consiste no Exame Físico, porém de forma mais detalhada com a utilização de lanternas,
Esfigmomanômetro, Estetoscópio, sendo que o oxigênio dever ser sempre utilizado em caso
de trauma
6ª Edição - 2012 40
Suporte Básico de vida - BLS/APH
Pesquise ferimentos ou
deformidades.
Verifique a coluna cervical, Para indicar possíveis traumatismos
pesquisando por edemas ou na região da coluna cervical e
deformidades. protege-la.
Após este exame deverá ser
colocado o COLAR CERVICAL.
Apalpe os ombros, a clavícula e
Para indicar possíveis lesões na
a escápula da vítima
cintura escapular da vítima. Fraturas
bilateralmente, procurando por
e/ou luxações nos ossos dos
deformidades, ferimentos,
ombros.
hemorragias ou edemas.
A - Midríase ............
B - Miose .................
C - Anisocóricas .....
D - Normais .............
6ª Edição - 2012 42
Suporte Básico de vida - BLS/APH
Durante o transporte, ou enquanto o socorro adequado não chega, a vítima deve ser a cada
05 minutos.
Se a vítima não apresenta lesão significativa, deverá ser feito à avaliação especifica da
lesão.
O Socorrista deverá observar e tratar a lesão se for o caso, para depois dar continuidade no
procedimento.
AMPLA Situação 02
TRANSPORTE Situação 02
O transporte deve ser iniciado assim que possível. É importante que não se perca mais do
que 10 minutos desde a chegada no local até iniciar o transporte. O transporte deve ser
realizado no mínimo utilizando Prancha Longa e Colar Cervical.
Durante o transporte, ou enquanto o socorro adequado não chega, a vítima deve ser a cada
05 minutos.
Após constatar que se trata de uma ocorrência de Emergências Clínicas, deve-se observar o
histórico e o exame do físico visual.
Para constatar o tipo de emergência que deu origem à ocorrência, deve-se fazer um
levantamento através do histórico do ocorrido e exame físico visual da vítima e verificar se
se trata de vítima consciente (Situação 03) ou inconsciente (Situação 04).
A vítima estando consciente torna-se mais fácil chegar a um diagnóstico, e para isso é
necessário que o Socorrista levante algumas questões que é o SAMPUM.
AMPLA Situação 03
6ª Edição - 2012 44
Suporte Básico de vida - BLS/APH
Faça o exame de acordo com o problema que o paciente está relatando, como por exemplo,
dor no peito (precordial), dificuldade de respirar (dispnéia), etc.
MONITORE OS SINAIS VITAIS Situação 03
Neste momento o Socorrista deverá mensurar os sinais vitais, levantando o número de
respirações por minuto da vítima, além dos batimentos cardíacos, da pressão arterial e da
temperatura (podendo ser um contato com a pele da vítima para ver se ela esta quente, fria
ou normal).
TRANSPORTE Situação 03
O transporte deve ser iniciado assim que possível. É importante que não se perca mais do
que 10 minutos desde a chegada no local até iniciar o transporte. O transporte deve ser
realizado no mínimo utilizando Prancha Longa e Colar Cervical.
EXAME FÍSICO DETALHADO Situação 03
Consiste no Exame Físico, porém de forma mais detalhada com a utilização de lanternas,
Esfigmomanômetro, Estetoscópio, sendo que o oxigênio dever ser sempre utilizado em caso
de trauma.
Obs.: Consultar Check List.
AVALIAÇÃO CONTINUADA Situação 03
Durante o transporte, ou enquanto o socorro adequado não chega, a vítima deve ser a cada
05 minutos.
COMUNICAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO Situação 03
Deverá ser feita a comunicação e o preenchimento de documentação se for o caso.
VÍTIMA INCONSCIENTE Situação 04
O tratamento dado à vítima de emergências clinica inconsciente é na mesma seqüência do
tratamento à vítima de trauma significativo, portanto, assim se segue:
EXAME FÍSICO Situação 04
a. Constatar inconsciência: tocar no seu ombro e chamar pela vítima no mínimo 3 vezes;
b. Estabilizar manualmente a cabeça da vítima;
c. Posicione a vítima em decúbito dorsal, se necessário;
d. Libere suas vias aéreas superiores;
e. Verifique a presença da respiração;
f. Pesquise e controle as hemorragias;
g. Previna a perda de calor corporal.
SEQUENCIA DE PROCEDIMENTOS
Faça o exame rápido da cabeça aos pés, a fim de verificar os problemas mais graves
que a vítima possa ter.
Consiste no exame da vítima, feito da cabeça aos pés, procurando por problemas
graves que podem colocar a vítima em risco de vida.
Este exame pode ser baseado no Check List constante nesta apostila, porém de forma
mais rápida.
AMPLA Situação 04
Consiste em avaliar os itens abaixo:
TRANSPORTE Situação 04
O transporte deve ser iniciado assim que possível. É importante que não se perca mais do
que 10 minutos desde a chegada no local até iniciar o transporte. O transporte deve ser
realizado no mínimo utilizando Prancha Longa e Colar Cervical.
EXAME FÍSICO DETALHADO Situação 04
Consiste no Exame Físico, porém de forma mais detalhada com a utilização de lanternas,
Esfigmomanômetro, Estetoscópio, sendo que o oxigênio dever ser sempre utilizado em caso
de trauma.
AVALIAÇÃO CONTINUADA Situação 04
Durante o transporte, ou enquanto o socorro adequado não chega, a vítima deve ser a cada
05 minutos.
COMUNICAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO Situação 04
Deverá ser feita a comunicação e o preenchimento de documentação se for o caso.
6ª Edição - 2012 46
Suporte Básico de vida - BLS/APH
RECOMENDAÇÕES GERAIS
PRIORIDADE NO TRANSPORTE
ESCALA CIPE
ESCALA DE GLASCOW
ABERTURA OCULAR
Espontânea ............................................ 4 pontos
Solicitação verbal ....................................... 3 pontos
Estímulo doloroso ...................................... 2 pontos
Nenhuma .................................................... 1 ponto
MELHOR RESPOSTA VERBAL
Orientada ................................................... 5 pontos
Desorientada/confusa ............................... 4 pontos
Palavras inapropriadas .............................. 3 pontos
Sons/gemidos ............................................ 2 pontos
Nenhuma . 1 ponto
MELHOR RESPOSTA MOTORA
Obedece a comandos verbais 6 pontos
...................... 5 pontos
Localiza e tenta remover o estímulo
doloroso ... 4 pontos
Reage a dor ................................................ 3 pontos
Flexão anormal à dor (decorticação) .......... 2 pontos
Extensão anormal à dor (decerebração). 1 ponto
Nenhuma ................................................
OBSERVAÇÕES
ATENÇÃO
6ª Edição - 2012 48
Suporte Básico de vida - BLS/APH
Jamais beliscar, dar tapas, espetar com agulhas ou praticar qualquer forma de
agressão à vítima para se obter um estímulo doloroso.
EXPOSIÇÃO DA VÍTIMA:
Procedimentos Operacionais
ATENÇÃO
Pertences pessoais da vítima, mesmo roupas e/ou calçados danificados, devem ser
arrolados em recibo próprio e entregues à pessoa responsável ou à Chefia de Enfermagem
no hospital.
Procedimentos operacionais
6ª Edição - 2012 50
Suporte Básico de vida - BLS/APH
LIÇÃO 06
OBJETIVOS:
1. Prestar o atendimento pré-hospitalar adequado a vitima com obstrução parcial das vias
aéreas superiores;
2. Empregar as manobras de desobstrução em vítimas com obstrução total das vias aéreas
por corpos estranhos (OVACE);
3. Descrever as principais causas de obstrução das vias aéreas;
4. Demonstrar os passos da assistência respiratória pré-hospitalar em adultos, crianças e
lactentes, com e sem obstrução por corpo estranho;
PRINCIPAIS CAUSAS DE OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES
ADVERTÊNCIAS
6ª Edição - 2012 52
Suporte Básico de vida - BLS/APH
2.1. Em caso negativo:
Procedimentos operacionais:
1. Solicitar o SEM.
Tipos de obstruções:
Obstrução pela língua; Obstrução por corpos estranhos; Obstrução por danos aos
tecidos; Obstrução por enfermidades.
Detalhe do
posicionamento da mão
sobreposta
1. Constatar a obstrução:
Pergunte à vítima: você consegue falar?
Se a vítima não consegue falar ou a tosse é ineficiente:
Aproxime-se por trás posicionando as mãos entre o umbigo e o apêndice xifóide.
Efetue sucessivas compressões (Manobra de Heimlich), para dentro e para cima
até a desobstrução ou a vítima tornar-se inconsciente.
TÉCNICA DE AUTODESOBSTRUÇÃO
6ª Edição - 2012 54
Suporte Básico de vida - BLS/APH
DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM BEBÊS - INCONSCIENTES
- idade entre 0 a 1 ano –
A técnica difere da empregada para o adulto pela proporção de força física empregada na
compressão abdominal, podendo optar pelo uso de uma única mão sobre o abdômen.
A. Se a vítima não puder respirar tossir ou falar, realizar repetidas compressões abdominais
(Manobra de Heimlich) até que haja a desobstrução das vias aéreas ou até que a vítima se
torne inconsciente. Utilize uma mão apenas sobre o abdômen, se conveniente.
LIÇÃO 07
6ª Edição - 2012 56
Suporte Básico de vida - BLS/APH
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
OBJETIVOS:
OBSERVAÇÕES
A manobra de massagem cardíaca é realizada somente em vítimas inconscientes e que
apresentem a FV testemunhada e a Parada Cardíaca Súbita - PSC;
6ª Edição - 2012 58
Suporte Básico de vida - BLS/APH
A partir de 4 (quatro) minutos após a Parada cardio respiratória – PCR a cada 1 (um)
minuto a vítima perde 10% de chance de retorno. Tal procedimento é contra-indicado
quando seja óbvia a impossibilidade de reanimação (Morte Obvia).
Depois de iniciada a manobra de massagem cardíaca, a mesma não deverá ser
interrompida por mais que 5 segundos, os quais serão utilizados para verificações ou para
troca de socorristas na RCP.
Um estudo idealizado pelo North American Public Access Defibrillation demonstrou que o
uso do Desfibrilador Esterno Automático - DEA aliado às manobras de RCP, realizados por
socorristas treinados, melhora a sobrevivência à alta hospitalar de vítimas de PCS com FV
testemunhada. Além disso, programas de DEA e RCP para socorristas leigos e primeiros
socorristas em aeroportos e cassinos e para policiais relataram taxas de sobrevivência de
49% a 74%.
6ª Edição - 2012 60
Suporte Básico de vida - BLS/APH
CORRENTE DA SOBREVIVÊNCIA
1. Constatar inconsciência:
3. Verificar a respiração.
6. Se ausente:
1 ou 2 socorristas
6ª Edição - 2012 62
Suporte Básico de vida - BLS/APH
Profundidade das Freqüência
Compressões Ventilações 1 minuto compressões das compressões
Adulto
1/3 a 1/2 da
Criança ou
30 2 5 ciclos profundidade do 100 por min
Lactente
tórax
RECAPITULAÇÃO
Constate a inconsciência.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
É um fato real que a maioria das mortes súbitas por problemas cardíacos acontece longe
dos hospitais e este é o principal motivo para a existência dos cursos de reanimação cardio
pulmonar (RCP) e Programas de Desfibrilação Automática por Pessoal Leigo (não médico).
Um procedimento importante, que salva a vida de alguns pacientes e pode ser feito no
âmbito pré-hospitalar é chamado de desfibrilação.
COMO FUNCIONA A DESFIBRILAÇÃO EXTERNA AUTOMÁTICA?
Os desfibriladores são projetados para proporcionar um choque elétrico que interrompe a
atividade elétrica anormal do coração doente.
Não se pretende com esse processo parar o coração, mas sim eliminar certos ritmos letais e
possibilitar as condições para que o coração retorne ao ritmo normal, espontaneamente.
Este processo é chamado desfibrilação.
Atualmente, a maioria dos serviços de emergências, utiliza aparelhos desfibriladores
externos do tipo semi-automático chamados de DEA.
Eles são relativamente simples de operar e o ensino do seu manuseio está lentamente
sendo incorporado nos cursos de formação e treinamentos de atualização do pessoal da
saúde e dos serviços de emergência.
Os DEA são programados para reconhecer um ritmo anormal do coração que requer um
choque, carregar e transmitir o choque (modelo automático) ou aconselhar ao socorrrista o
acionamento do dispositivo que transmite o choque (modelo semi-automático). As
limitações do equipamento estão mais relacionadas aos tipos de problemas cardíacos do
que às dificuldades de manuseio.
Ritmo organizado, porém o coração bate muito lentamente, atividade elétrica sem pulso:
Nesses casos, também conhecidos por dissociação eletro-mecânica, a atividade elétrica do
coração está dentro do normal, mas o músculo cardíaco está muito fraco para bombear
sangue. Assim a atividade elétrica do coração está dissociada da ação mecânica de
bombear. Estes não podem ser ajudados pela desfibrilação.
Nenhum impulso elétrico ou assistolia: Sem impulsos elétricos, o músculo cardíaco não é
estimulado a contrair-se. A desfibrilação não tem finalidade nestes casos que devem ser
atendidos com RCP e deslocamento rápido para uma unidade hospitalar a fim de receber
atendimento de suporte avançado de vida.
OBSERVAÇÃO:
As várias marcas e modelos de DEAs apresentam
algumas diferenças em suas características e controles.
Os operadores devem estar habilitados para
compreender as variações de cada marca e modelo
para as quatro medidas a serem tomadas.
6ª Edição - 2012 66
Suporte Básico de vida - BLS/APH
Recomenda-se que para permitir que os socorristas trabalhem seus sentimentos e medos,
deva ser realizada uma reunião para discussão deste assunto. Estas reuniões podem ser
realizadas após qualquer tentativa de RCP sem sucesso.
Com conhecimento apropriado destes fatos e intervenções, tanto profissionais, como suas
famílias, estarão preparados para pensar no processo angustiante, que faz parte da morte e
das doenças críticas.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
ATENÇÃO
Utilizar este tipo de ventilação somente na ausência de outro recurso material.
Manter a coluna cervical numa posição neutra ao realizar a ventilação no caso de vítimas
de trauma.
Na presença de vômitos, girar rapidamente a cabeça da vítima lateralmente e limpar os
resíduos de sua boca antes de reiniciar a ventilação, exceto nos casos de vítimas de
trauma, situação em que a vítima deve ser girada lateralmente em monobloco,
protegendo sua coluna por inteiro.
Na impossibilidade de abrir a boca da vítima, efetuar a insuflação de ar pelo nariz.
Cuidado para não exceder a quantidade de ar insuflado; para tal, assim que o tórax
começar a erguer, cessar a insuflação.
ATENÇÃO
Manter as bordas da máscara com pressão adequada para vedar a face, certificando-se
que o ar não escape pelas laterais da máscara durante as insuflações.
Escolher a máscara de tamanho adequado à vítima.
6ª Edição - 2012 68
Suporte Básico de vida - BLS/APH
Procedimentos operacionais:
1. Posicionar-se atrás da cabeça da vítima.
2. Manter vias aéreas pérveas.
3. Posicionar a máscara corretamente sobre a boca e o nariz;
3.1. Colocar a máscara realizando abertura de suas bordas, proporcionando perfeita
vedação com a face da vítima.
4. Posicionar o reanimador manual da seguinte forma:
4.1. Segurar a máscara com uma das mãos, posicionando os dedos como indicado na figura a
diante;
4.1.1. Dedo polegar na porção superior da máscara;
4.1.2. Dedo indicador na porção inferior da máscara;
4.1.3. Demais dedos elevando da mandíbula.
4.2. Com a outra mão comprimir a bolsa do reanimador que deverá estar conectado à
máscara e posicionado transversalmente à vítima.
5. Observar a elevação do tórax a cada insuflação.
6. Conectar uma fonte de oxigênio suplementar na entrada apropriada do balão ou válvula do
reanimador oferecer 500 a 600ml de volume ao paciente.
ATENÇÃO
Ter cautela ao realizar a vedação da máscara para não fazer flexão da cabeça e obstruir as
vias aéreas.
Estar atento para a ocorrência de vômito, principalmente em máscaras não transparentes.
LIÇÃO 08
ESTADO DE CHOQUE
OBJETIVOS:
6ª Edição - 2012 70
Suporte Básico de vida - BLS/APH
CHOQUE
PERFUSÃO
1. CHOQUE NEUROGÊNICO
Esse tipo de choque é decorrente de uma lesão na medula espinhal. Esta lesão leva à
paralisia da parede das artérias devido à interrupção da comunicação com o sistema
nervoso central causando um imenso vaso dilatação na periferia do corpo da vítima. Há
diminuição do retorno do sangue venoso ao coração e conseqüente queda do volume de
sangue bombeado pelo coração.
2. CHOQUE CARDIOGÊNICO
2. CHOQUE ANAFILÁTICO
3. CHOQUE SÉPTICO
4. CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Procedimentos operacionais
6ª Edição - 2012 72
Suporte Básico de vida - BLS/APH
Procedimentos operacionais
1. Efetuar a análise primária e secundária e tratar os problemas em ordem de prioridade;
2. Acionar e aguardar o SEM ou efetuar o Transporte Imediato se for o caso;
3. Manter a vítima em decúbito dorsal com a cabeceira ou prancha elevada
(aproximadamente 20 centímetros);
4. Monitorar os sinais vitais constantemente.
OBSERVAÇÃO
OBJETIVOS:
6ª Edição - 2012 74
Suporte Básico de vida - BLS/APH
HEMORRAGIAS
DEFINIÇÃO DE HEMORRAGIAS
Hemorragia ou sangramento significa a mesma coisa, isto é, sangue que escapa de artérias,
veias ou vasos capilares. As hemorragias podem ser definidas como uma considerável
perda do volume sangüíneo circulante. O sangramento pode ser interno ou externo e em
ambos os casos são perigosos.
6ª Edição - 2012 76
Suporte Básico de vida - BLS/APH
Pressão dos Pontos Arteriais: está indicado quando os métodos anteriores não puderem
ser utilizados imediatamente. Ex. Um operário com o braço preso em uma máquina
(compressão da artéria braquial), em múltiplos ferimentos em uma perna, enquanto se
pratica a primeira técnica (compressão da artéria femoral), etc.
HEMORRAGIAS INTERNAS
De difícil diagnóstico, exigem que o socorrista tenha um bom nível de treinamento para
pesquisar a história do acidente relacionado o mecanismo do trauma com a possibilidade de
lesões ocultas e para realizar um exame secundário detalhado.
Nunca obstrua a saída de sangue através dos orifícios naturais: boca, nariz, orelha,
ânus, vagina.
SINAIS VITAIS
Pulso: rápido, fraco e fino.
Respiração: rápida, superficial e trabalhosa.
Pressão arterial: diminuição com o passar do
tempo.
Outros sinais possíveis: sede intensa, pupilas
dilatadas, cianose nos lábios e leito das unhas.
TRATAMENTO DE FERIDAS
6ª Edição - 2012 78
Suporte Básico de vida - BLS/APH
FERIMENTOS NA FACE:
FERIMENTOS DE PESCOÇO:
TRAUMA DE TÓRAX
SINAIS E SINTOMAS
a. Dor local;
b. Equimose ou hematoma local;
c. Dificuldade ao respirar;
d. Diminuição da expansão torácica do lado afetado;
e. Crepitação óssea.
6ª Edição - 2012 80
Suporte Básico de vida - BLS/APH
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Restrição de movimento
utilização de Bandagem
Triangular.
Confecção de tipóia de
TÓRAX INSTÁVEL
sustentação.
Tórax instável é causado geralmente por impacto direto no esterno ou impacto lateral
causando fratura de dois ou mais arcos costais consecutivos em dois ou mais pontos.
Inspiração Expiração
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR
PNEUMOTÓRAX
PNEUMOTÓRAX ABERTO
Quando há comunicação da cavidade torácica com o meio externo, causado por ferimentos
penetrantes no tórax (ferida soprante de tórax).
Exemplos: ferimentos causados por arma branca, ferimentos causados por arma de fogo.
PNEUMOTÓRAX FECHADO
Quando não há comunicação da cavidade torácica com o meio externo, causado por
traumas contusos na região do tórax.
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
Quando o mediastino é empurrado para o lado oposto ocorre o pinçamento dos vasos da
base do coração (Veia Cava Inferior e Superior). Além disto, existe um aumento significativo
da pressão dentro do tórax. Estas duas situações diminuem significativamente o retorno do
sangue venoso ao coração. Por isso é que a vítima apresenta um importante sinal clínico: a
estase sanguínea na veia jugular. Com a diminuição do Retorno Venoso, o volume de
sangue bombeado pelo coração (Débito Cardíaco) diminui deixando de oxigenar
adequadamente os tecidos estabelecendo-se assim o estado de choque.
Um outro fator que agrava ainda mais esta situação é o desvio da traquéia, isto ocorre,
porque o mediastino quando é empurrada para o lado oposto à lesão, leva consigo a
traquéia. O desvio da traquéia leva a uma hipoventilação com hipóxia nos tecidos do
organismo. Isto somado com a diminuição da circulação de sangue no corpo provoca uma
situação de morte iminente.
6ª Edição - 2012 82
Suporte Básico de vida - BLS/APH
TAMPONAMENTO CARDÍACO
ATENÇÃO
Estar atento para alteração da voz, dos ruídos respiratórios, aumento de hematomas,
enfisema de subcutâneo e desvio de traquéia que podem comprometer a
permeabilidade das vias aéreas.
Se na vítima com idade superior a 8 anos, a FR for menor que 08 mrm e na vítima entre
28 dias a 8 anos for menor que 12 mrm, ventilar a vítima com o ressuscitador manual
associado ao oxigênio.
Não utilize equipamento de pressão positiva para ventilação na vítima com traumatismo
torácico, pois pode produzir ou agravar um pneutomotórax. Cuidado no uso do ressuscitador
manual.
TRATAMENTO PARA EVISCERAÇÃO ABDOMINAL
TRATAMENTO
AMPUTAÇÕES:
6ª Edição - 2012 84
Suporte Básico de vida - BLS/APH
vértice
base ponta
ponta
TRAUMATISMOS DE EXTREMIDADES
OBJETIVOS:
1. Conceituar fratura, luxação e entorse, citando suas causas bem como enumerar 4 sinais
ou sintomas que identificam tais lesões;
2. Reconhecer as condições que ameaçam a vida de pacientes com trauma de
extremidades
3. Citar duas razões para a imobilização provisória;
4. Reconhecer os imobilizadores e suas formas de utilização de acordo com o tipo de
lesão;
5. Demonstrar através de uma simulação, os passos para imobilizar fraturas em
extremidades superior-inferiores e na pelve.
6ª Edição - 2012 86
Suporte Básico de vida - BLS/APH
FRATURAS
FECHADAS
- Ocorre a perda da continuidade
Osso sem o rompimento da pele.
EXPOSTAS
- Ocorre o rompimento da pele,
Podendo apresentar ferimentos
Com graves hemorragias.
QUAIS OS TIPOS DE FRATURAS?
LUXAÇÕES
O desencaixe de um osso da articulação pode ser ocasionado
por pressão ou torção intensa que deixará o osso em posição
anormal. As luxações possam ainda ser ocasionadas por contração
muscular. Com isso haverá a ruptura dos ligamentos, deformando a
articulação sendo que as articulações mais comuns a sofrerem
esse tipo de lesão são as do ombro, polegares, joelho, tornozelo,
dedos e maxilar.
FRATURA CONTÍNUA ou Obs.: Ás COMINUTIVA
FRATURA vezes as luxações FRATURA
ou são DE GALHO
confundidas com asVERDE ouna
fraturas,
SIMPLES – É a simples ruptura – Termo
dúvida, trata-se das
FRAGMENTADA FISSURA
luxações como – Segmento não comple-
nas fraturas.
ou trinca de um osso, dividindo o utilizado quando o osso é divi- tado de uma fratura mais comum nos ossos
osso em duas partes distintas. dido em fragmentos. em formação (crianças)
ENTORSES
6ª Edição - 2012 88
Suporte Básico de vida - BLS/APH
COMO RECONHECER UMA FRATURA?
A principal dificuldade nos casos de fraturas, tanto para o socorrista como para a vítima é sem
dúvida alguma a DOR, por isso o objetivo da equipe de socorro será reduzir (e não extinguir) a DOR
da vítima antes da remoção para o hospital. Para tanto o socorrista deverá primeiramente realizar
uma leve tração no membro fraturado a fim de alinhar o mesmo junto a um ponto de apoio para
que possa ser realizado o processo de imobilização.
- Não alinhar:
Fraturas expostas;
Fraturas envolvendo articulações;
Luxações.
Imobilização de Fraturas
6ª Edição - 2012 90
Manual de Fundamentos do Bombeiro Civil
91
ROLAMENTO 90º
ROLAMENTO 180º
ELEVAÇÃO À CAVALEIRO
6ª Edição - 2012 92
Manual de Fundamentos do Bombeiro Civil
IMOBILIZAÇÃO EM MACA
93
LIÇÃO 11
OBJETIVOS:
6ª Edição - 2012 94
Manual de Fundamentos do Bombeiro Civil
URGÊNCIA MÉDICA
URGÊNCIA CLÍNICA
95
EPI LEPSIA - CONVU LSÕES
RECONHECIMENTO:
TRATAMENTO:
Convulsões
Situação em que o cérebro comanda contrações musculares
descontroladas. Essas contrações violentas, não coordenadas e
involuntárias de parte ou da totalidade dos músculos, podem ser
provocadas por diversas doenças neurológicas e não neurológicas ou ainda
por traumatismos crânios-encefálicos.
6ª Edição - 2012 96
Manual de Fundamentos do Bombeiro Civil
Epilepsia:
Doença neurológica convulsiva crônica. Manifesta-se por perda súbita da
consciência, geralmente acompanhada de convulsões tônico-clônicas. A
atividade cerebral anormal de indivíduos portadores de epilepsia é a causa
do ataque. É uma desordem orgânica e não uma enfermidade mental.
DESMAIO
RECONHECIMENTO:
Inconsciência.
Pele pálida, fria e úmida.
Pulso rápido e fraco.
TRATAMENTO:
RECONHECIMENTO:
TRATAMENTO:
FISIOPATOLOGIA
(músculo cardíaco).
6ª Edição - 2012 98
Manual de Fundamentos do Bombeiro Civil
ANGINA PECTORIS
DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
SINAIS E SINTOMAS
CRISE HIPERTENSIVA
1. Cefaléia;
2. Dor em outras regiões (tórax, abdome, membros);
3. Náuseas;
4. Escotomas (distúrbios visuais – pontos brilhantes coloridos);
5. Hemorragia nasal (epistaxe);
6. Taquicardia;
7. Parestesia (formigamento) em algum segmento do corpo.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
INSIFICIÊNCIA CARDÍACA
Fisiopatologia:
101
acontecimento súbito e catastrófico e que ocorre devido a qualquer situação
que torne o coração incapaz de uma ação eficaz.
Sinais e sintomas:
nesses órgãos.
103
isquemia ou redução do fluxo sanguíneo. O mais afetado é o cérebro, por
isso, ser mais comum à expressão “Acidente Vascular Cerebral”.
DEFINIÇÃO DE AVC
FISIOPATOLOGIA
OBSTRUÇÃO CIRCULATÓRIA
Como explicado na fisiopatologia do IAM, umas placas de ateroma pode se
instalar numa artéria, como a carótida interna, ao longo do tempo. Ocorrendo a
fissura da placa, a coagulação é ativada e um trombo * é formado no local. O
desprendimento de uma parte do trombo, denominada êmbolo* *, é deslocado
ao longo da circulação e pode impactar-se num vaso que participa da irrigação
encefálica. A obstrução acarreta infarto ou necrose cerebral. Dependendo do
local atingido, haverá diferentes sinais e sintomas.
O trombo pode ser formado em outras situações, tais como a fibrilação atrial,
situada no coração.
HEMORRAGIA CEREBRAL
SINAIS E SINTOMAS
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR
2. Manter a vítima em
repouso, na Posição
de Recuperação;
DEFINIÇÃO
FISIOPATOLOGIA
SINAIS E SINTOMAS
105
LIÇÃO 12
QUEIMAURAS
OBJETIVOS
QUEIMADURAS
PRINCIPAIS CAUSAS
1. Térmicas – por calor (fogo, vapores quentes, objetos quentes) e por frio
(objetos congelados, gelo).
OBSERVAÇÃO
107
CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS
DE ACORDO A EXTENSÃO DA ÁREA QUEIMADA
2.3. O socorrista que for utilizar o croque deverá ter amarrado na cintura uma
“linha de vida” (cabo multiuso) com a finalidade de retirá-lo rapidamente em
caso de contato com a fonte de energia.
3. Realizar análise primária da vítima;
3.3. Observar atentamente a qualidade do pulso, pois nessas situações
podem ocorrem arritmias cardíacas.
4. Informar a Central de Operações e aguardar determinação.
5. Tratar as queimaduras.
6. Tratar os ferimentos com técnica adequada.
109
Os problemas mais graves produzidos por uma descarga elétrica são:
parada respiratória ou cardio respiratória, dano ao sistema nervoso
central, lesões em órgãos internos e traumas associados.
ATENÇÃO
TRATAMENTO:
ATENÇÃO
Vítimas de queimaduras com 30% ou mais de área corpórea atingida, tendem
a apresentar hipotermia severa. Após interromper a reação de calor, cubra
imediatamente a vítima.
111
LIÇÃO 13
INTOXICAÇÕES
OBJETIVOS:
TÓXICO
INTOXICAÇÃO
113
VIAS DE INGRESSO DO AGENTE NOCIVO
SUBSTÂNCIA EXEMPLOS
Gases Monóxido de carbono, ozônio, cloro, bromo, ácido
cianídrico.
Compostos voláteis Etanol, metanol, anilina, gasolina, querosene,
benzeno, clorofórmio, acetona, tolueno.
Metais Mercúrio, chumbo, arsênico, cromo, manganês.
Inseticidas Organofosforados, carbamatos, organoclorado.
Herbicidas Pentaclorofenol, paraquat, diquat, dinitrofenóis.
Rodenticidas Cumarínicos
Fungicidas Organofosforados, carbamatos.
Hipnoanalgésicos Ópio, opióides, meperidina, meta dona.
Neurolépticos Haloperidol (Haldol), tioridazida.
Ansiolíticos Benzodiazepínicos
Estimulantes centrais Anfetaminas, cocaína, xantinas.
Compostos barbitúricos Fenobarbital,
MONÓXIDO DE CARBONO
Sobre aguda
CLORO E BROMO
São gases de ação cáustica que, se inalados podem reagir com a água
presente nas mucosas bronco pulmonar e formar os ácidos clorídrico e
bromídrico, respectivamente. Os ácidos promovem a corrosão sobre os
alvéolos e dos capilares sangüíneos, ocasionando o edema pulmonar que
leva à morte por asfixia.
8. Dor abdominal;
9. Náuseas; vômitos;
10. Diarréia;
11. Hemorragias digestivas;
12. Distúrbios visuais;
13. Tosse;
14. Reações na pele, que podem variar de irritação até queimaduras químicas;
15. Coceiras (pruridos) e ardência na pele;
16. Aumento da temperatura da pele;
17. Picadas e mordidas visíveis na pele com dor ou inflamação;
18. Confusão mental, inconsciência;
19. Convulsões;
20. Choque anafilático;
21. Parada respiratória ou cardio respiratória.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
117
NÃO induzir o vômito, exceto se houver orientação médica através do
COBOM.
NÃO tente neutralizar o veneno ou a droga, exceto nos casos em que
houver orientação médica através do COBOM.
As serpentes peçonhentas
encontradas no Brasil pertencem aos
gêneros Bothrops, Crotalus, Micrurus e
Lachesis. Com exceção da Lachesis,
encontrada com mais freqüência na região
Amazônica, às demais podem aparecer nas
Coral 0,7%
outras regiões do Brasil. A maioria dos
Surucucu 2,9% acidentes é causada pelas serpentes do
Cascavel 8,2% gênero Bothrops (88,2%), seguido pelo
Jararaca 88,2%
Crotalus (8,2%); lachesis (2,9%) e micrurus
(0,7%).
ACIDENTE BOTRÓPICO
ACIDENTE LAQUÉSICO
ACIDENTE ELAPÍDICO
119
paralisia respiratória. O óbito é causado por insuficiência respiratória
aguda.
ACIDENTE CROTÁLICO
121
O quadro clínico cutâneo caracteriza-se por edema, eritema, dor local
semelhante à queimadura. Quando há comprometimento da pele e vísceras,
observamos febre, mal-estar generalizado, icterícia, equimose, vesículas,
bolhas, necrose e ulceração. A urina torna-se escura, cor de "coca-cola".
ESCORPIÕES
Tytius serrulatus
Tytius bahiensis Tytius stigmurus
Tytius serrulatus
123
RESUMO DOS SINAIS E SINTOMAS GERAIS DOS ACIDENTES COM
ANIMAIS PEÇONHENTOS
1. Dor local intensa;
2. Marcas de picada, mordedura;
3. Edema, vermelhidão, hematoma, bolhas;
4. Dificuldades respiratórias, sinais de edema de glote;
5. Queda da pálpebra e distúrbios visuais;
6. Alteração no nível de consciência;
7. Reação anafilática;
8. Náuseas e vômitos;
9. Convulsões;
10. Relato de alteração da cor (escura) e quantidade (diminuída) da urina.
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Procedimentos operacionais
ATENÇÃO
125
LIÇÃO 14
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
AFOGAMENTO
Definição
QUASE AFOGAMENTO
Definição
1. Uso de
drogas.....................................................................................................32,2%
2. Epilepsia (crise convulsiva)
................................................................................18,1%
3. Traumatismos
.....................................................................................................16,3%
4. Doenças cardíacas e/ou
pulmonares..................................................................14,1%
5. Acidentes de
mergulho..........................................................................................3,7%
127
6. Não
especificadas................................................................................................11,
6%
Fonte: 17º GB – 2008 (São Paulo).
FISIOPATOLOGIA DO AFOGAMENTO
A função respiratória fica prejudicada pela entrada de líquido nas vias aéreas,
interferindo na troca de oxigênio (O 2) por gás carbônico (CO2) de duas formas
principais:
Pela obstrução parcial (freqüente) das vias aéreas superiores por uma
coluna de líquido;
Pela inundação dos alvéolos com este líquido.
FASES DO AFOGAMENTO
CLASSIFICAÇÃO DO AFOGAMENTO
Afogamento Primário
Afogamento Secundário
Quando a vítima que tenha sido removida da água ainda com vida venha a
falecer em conseqüência dos eventos da aspiração de líquido e hipóxia.
QUASE-AFOGAMENTO GRAU I
129
3. Geralmente encontram-se lúcidas, porém, podem estar agitadas ou
sonolentas. Seu aspecto geral é bom.
4. Apresenta-se com frio, freqüência respiratória e cardíaca aumentadas
pelo esforço e pelo estresse do afogamento.
5. Sem sinais importantes de comprometimento cardíaco ou respiratório
(ausência de secreção oral ou nasal).
6. A cianose pode estar presente pela ação do frio e não pela hipóxia.
Necessitam de repouso, aquecimento e medidas que visem e seu
conforto e tranqüilidade. O socorrista sempre conduzira a vítima ao
hospital para avaliação.
QUASE-AFOGAMENTO GRAU II
QUASE-AFOGAMENTO GRAU IV
QUASE-AFOGAMENTO GRAU V
QUASE-AFOGAMENTO GRAU VI
131
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR PARA VÍTIMAS DE QUASE-
AFOGAMENTO
ATENÇÃO
LIÇÃO 15
PARTO EMERGENCIAL
OBJETIVOS:
133
1. INTRODUÇÃO - ANATOMIA DA MULHER GRÁVIDA
PLACENTA
CORDÃO
UMBILICAL
COLO DO ÚTERO
OSSO DO PÚBIS
BEXIGA URINÁRIA RETO
Primeira Fase:
Inicia com as contrações e termina no momento em que o feto entra no canal
de parto (dilatação completa do colo do útero).
Segunda Fase:
Vai do momento em que o feto está no canal de parto até seu completo
nascimento.
Segunda fase
Terceira Fase:
Vai do nascimento até a completa expulsão da placenta, que tem duração
média de 10 a 30 minutos.
Entrevista:
Perguntar o nome e idade da mãe;
Perguntar se realizou exame pré-natal? Qual o nome de seu médico?
Pergunte o que disse o médico, se espera parto normal ou há alguma
complicação prevista;
Perguntar se é o primeiro filho? Se for primipara, o trabalho de parto poderá
demorar cerca de 16 horas. O tempo de trabalho de parto será mais curto a
cada parto subseqüente;
A que horas iniciaram-se as contrações? Já houve a ruptura da bolsa
(perda de líquidos)?;
Sente pressão na bacia, vontade de defecar ou sente o bebê saindo pela
vagina?
O socorrista deve avaliar as contrações quanto ao tempo que elas duram e
o tempo entre uma contração e outra;
Finalmente, o socorrista deverá pedir autorização à mãe para retirar suas
roupas e realizar uma avaliação visual.
135
Se após a entrevista, o socorrista achar que o parto não é iminente,
Deverá proceder ao translado da parturiente para o hospital!
Sucção
da
boca e nariz
Tratamento pré-hospitalar:
1. O mais importante é criar uma via aérea para o feto. Fale com a mãe o que
vai ser feito e por quê
2. O socorrista deverá formar com os dedos um “V” entre a face do feto e a
parede da vagina, criando assim um espaço para que ele possa vir e
respirar;
3. Uma vez criada uma via aérea para o bebê, devemos mantê-la. Não puxe o
bebê. Permita que o nascimento prossiga, mantenha a sustentação da
cabeça e do corpo do bebê;
4. Se a cabeça não sair em 3 minutos, o transporte deverá ser realizado
imediatamente. Mantenha as VA durante todo o transporte.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Retirar a parturiente da posição ginecológica, colocando-a em posição
geno-peitoral (posição da prece Maometana);
2. Não tentar empurrar o cordão para dentro;
3. Não colocar a mão dentro da vagina;
4. Envolver o cordão umbilical com gaze estéril ou compressas cirúrgicas
estéreis, para mantê-lo aquecido;
5. Monitorar e transportar a parturiente para hospital informado sobre o caso.
Instruir a parturiente para que respire lenta e profundamente.
HEMORRAGIA EXCESSIVA:
139
Se durante o período gestacional, a parturiente começar a ter um sangramento
excessivo pela vagina, é muito provável que terá um aborto. Porém, se a
hemorragia ocorrer durante o trabalho de parto ou na etapa final da gravidez,
provavelmente pode estar ocorrendo um problema relacionado com a placenta.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Posicionar a parturiente em decúbito lateral esquerdo;
2. Colocar absorvente higiênico sobre a abertura da vagina;
3. Colocar novos tampões quando estiverem embebidos, sem remover os
primeiros;
4. Guardar e conduzir ao hospital todos os materiais ensangüentados, bem
como, todo e qualquer material expulso;
5. Ofertar oxigênio suplementar e prevenir o estado de choque;
6. Monitorar os sinais vitais da parturiente até o hospital.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Retirar a parturiente da posição ginecológica e colocá-la em decúbito lateral
esquerdo;
2. Instruir para que respire lenta e profundamente;
ABORTO:
A expulsão de um feto antes que ele possa sobreviver por si só, ou seja, no
início da gravidez, até em torno da 22 semana, aproximadamente, é
considerado aborto.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Prevenir estado de choque da parturiente;
2. Deitar a gestante e colocar absorvente higiênico ou similar sobre a abertura
da vagina.
3. Acondicionar e conduzir ao hospital todos os tecidos ensangüentados e
qualquer material expulso;
4. Oferecer suporte emocional e transportar a parturiente até um hospital.
NASCIMENTO DE BEBÊ MORTO:
Existem casos em que o bebê nasce morto ou morre logo ao nascer.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Não tentar reanimar o bebê;
2. Monitorar a parturiente e tratar qualquer complicação pós-parto;
3. Ofertar apoio psicológico à parturiente e sua família.
4. Transportar para o hospital à parturiente e o bebê morto.
Observação:
Todas as parturientes ou grávidas que apresentarem quadro de hipertensão
deverão ser encaminhadas pelos socorristas para avaliação médica imediata!
PARTO MÚLTIPLO:
Depois que o primeiro bebê nasce, começam novamente as contrações e não
é a dequitação biológica. O procedimento para o nascimento do segundo bebê
é o mesmo com relação à mãe e o primeiro. Recomenda-se clampear o cordão
umbilical do primeiro bebê antes do nascimento da segunda criança.
141
PARTO PREMATURO:
Os bebês que nascem antes da 37ª semana de gestação ou do 9 mês são
considerados prematuros. Também são considerados prematuros, aqueles
com menos de 2,5 Kg. Os procedimentos para o parto são idênticos ao de um
parto normal. O principal cuidado é mantê-los aquecidos.
LIÇÃO 16
EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
OBJETIVOS:
143
INTRODUÇÃO
largamente utilizada para abrir as vias aéreas de adultos (sem lesão cervical), é
desnecessária para bebês e crianças pequenas. No atendimento de pacientes
pediátricos, basta que o socorrista promova uma leve inclinação da cabeça para
conseguir assegurar a abertura das vias aéreas.
Cuidado com as obstruções das vias aéreas causadas por corpos estranhos
(OVACE). Não faça pesquisa às cegas com os dedos quando tentar desobstruir
as vias aéreas de crianças e lactentes, pois essas manobras poderão forçar a
descida do corpo estranho a acabar obstruindo a faringe ou a laringe/traquéia.
As crianças e os lactentes respiram automaticamente pelo nariz e no caso desse
ficar obstruído, não abrirão a boca para respirar como um adulto. O socorrista
deverá remover as secreções das narinas para assegurar uma boa respiração.
Os músculos do tórax também não estão completamente desenvolvidos, assim a
criança usará muito mais o diafragma para respirar.
2.4 A Pelve
Tal qual nos adultos, as crianças poderão perder quantidades consideráveis de
sangue dentro da cavidade pélvica, como resultado de um trauma grave nesta
região. É recomendável que os socorristas permaneçam monitorando
constantemente os sinais vitais dos pacientes para identificarem a presença de
choque hipovolêmico. A avaliação dos sinais vitais inclui a aferição da respiração,
do pulso, da pressão arterial e da temperatura relativa da pele. O aspecto externo
da pele também é importante para identificar uma perfusão deficitária. O
socorrista poderá checar a perfusão comprimindo a região distal das
extremidades do paciente (dorso da mão ou pé) e avaliando o tempo necessário a
reperfusão (considerar grave quando o tempo do enchimento capilar for maior que
dois segundos).
145
2.5 As Extremidades
Como já vimos anteriormente, os ossos das
crianças são menos desenvolvidos e
consequentemente mais flexíveis que os dos
adultos. Dessa forma, enquanto os ossos de
adultos normalmente fraturam numa situação de
trauma, os ossos de crianças dobram e lascam
antes de fraturar (quebrar). O socorrista deverá
suspeitar de fraturas sempre que ao avaliar uma
extremidade, encontrarem sinais e sintomas tais
como: dor, edema e deformações.
3. ABUSO A CRIANÇAS
Atualmente, o abuso a crianças e a lesão intencional é uma ocorrência mais
comum do que se imagina.
147
LIÇÃO 17
OBJETIVOS:
149
Como Mobilizar um Paciente
Técnicas de Levantamento:
Você deverá usar corretamente as técnicas de levantamento do paciente para
evitar danos nas suas costas ou no joelho. Mantenha o equilíbrio e previna
uma queda, ferindo você e o paciente. Ao levantar um paciente, você deverá:
151
Com a outra mão por baixo do braço da vitima, segurar a parte anterior do ombro,
fazendo uma pequena rotação com ambas as mãos, simultaneamente,
desencostando-a parcialmente do assento para facilitar a remoção.
EMPREGO DO KED
153
TÉCNICA DA COLOCAÇÃO
DOS TIRANTES
Lição 18
OBJETIVOS:
155
O primeiro socorrista que chega numa cena de emergência com múltiplas
vítimas enfrenta um grave problema. A situação é diferente e seus métodos
usuais de resposta e operação não são aplicáveis. Este profissional deve
modificar sua forma rotineira de trabalho, buscando um novo método de
atuação que lhe permita responder adequadamente a situação.
TRIAGEM:
Processo utilizado em situações onde a emergência ultrapassa a capacidade
de resposta da equipe de socorro. Empregado para alocar recursos e
hierarquizar vítimas de acordo com um sistema de prioridades, de forma a
possibilitar o atendimento e o transporte rápido do maior número possível de
pacientes.
Simplicidade;
Rapidez;
Baixo custo.
Cor Vermelha
Significa que a vítima é de primeira prioridade.
Estas vítimas estão em estado crítico e necessitam tratamento e transporte
imediato.
Cor Amarela
Significa que a vítima é de segunda prioridade.
Cor Verde
Significa que a vítima é de terceira prioridade.
Cor Preta
Significa que a vítima é de sem prioridade.
Respiração
Avaliar se a vítima respira ou não e se respira, observar quantas vezes por
minuto.
Perfusão
Avaliar se a vítima tem ou não, pulso radial palpável.
Status neurológico
157
AÇÃO DOS PRIMEIROS SOCORRISTAS NA CENA COM MÚLTIPLAS
VÍTIMAS:
É de responsabilidade do socorrista que primeiro chegar ao local do acidente
com múltiplas vítimas, assumir o comando da operação, dimensionar o
problema e iniciar a montagem de um esquema de trabalho de forma a
propiciar o melhor cuidado possível para cada uma das pessoas envolvidas,
normalmente solicitando recursos adicionais para conseguir atender
adequadamente essa situação. Como poderá então esses profissionais prestar
um socorro adequado?
Primeiro passo:
Assumir o comando da operação e dimensionar o problema. Em seguida,
solicitar o envio de recursos adicionais e iniciar o trabalho de triagem das
vítimas. Determine para que um socorrista de sua equipe dirija todos os
pacientes que possam caminhar (poderá ser utilizado um megafone para isso)
para uma área de concentração previamente delimitada. Estes pacientes
receberão uma identificação verde, entretanto, esse não é o momento de
rotulá-las com etiquetas ou fitas, sendo que tal providência será realizada
posteriormente e de forma individual.
Segundo passo:
Determine para que outro socorrista de sua equipe inicie a avaliação dos
pacientes que permaneceram na cena de emergência e que não apresentam
condições de caminhar. Deverá ser avaliada a respiração. A respiração está
normal, rápida ou ausente? Está-se ausente, abra imediatamente as VA para
determinar se as respirações iniciam espontaneamente. Se o paciente
reassume a respiração, receberá a fita de cor vermelha (nesses casos, tente
conseguir voluntários para manter abertas as VA abertas), mas, se continua
sem respirar, recebe a fita de cor preta (não perca tempo tentando reanimá-lo).
Se a freqüência respiratória for igual ou superior a 30 vpm, o paciente receberá
uma fita de cor vermelha. Caso a respiração esteja normal (menor de 30 vpm),
vá para o passo seguinte.
Terceiro passo:
O socorrista deverá verificar a perfusão do paciente através da palpação do
pulso radial ou da prova do enchimento capilar. Se o enchimento capilar é
superior a 2 segundos ou se o pulso radial está ausente, o paciente deverá
receber uma fita de cor vermelha. Se o enchimento capilar é inferior a 2
segundos ou se o pulso radial está presente, vá ao passo seguinte. Qualquer
hemorragia grave que ameace a vida deverá ser detida nesse momento.
Posicione o paciente com as pernas elevadas para prevenir o choque
(novamente tente conseguir voluntários para fazer pressão direta sobre o local
do sangramento e prevenir o choque).
Quarto passo:
159
DISCUSSÃO PARA REDUÇÃO DO ESTRESSE CRÍTICO
(Técnicas para reduzir o estresse crítico)
Perturbações estomacais;
Aumento dos batimentos cardíacos;
Pressão arterial elevada;
Dor no peito;
Sudorese na palma das mãos;
Problemas de concentração;
Cansaço;
Fadiga;
Diminuição do controle emocional.
BIBLIOGRAFIA
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