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F Ma Je ecn tea | PREFACIO Entendemos que o desenvolvimento de uma tecnologia mecnica dificilmente se processa sem o conhecimento cientifico dos fatéres que nela intervém, O dominio déste conhecimento possibilita uma industrializaco racional, a qual permite produtividade maior ¢ custo operacional menor. Com éste ponto de vista, temos trabalhado com dedicagdo, pensando contribuir com alguma parcela positiva no desenvolvimento tecnolégico da Indastria Me- canica. A falta de literatura especializada no campo das méquinas ferramentas, a necessidade de um livro texto para utilizagéo nos cursos de engenharia mecanica e a possibilidade do fornecimento de dados para a solugio de problemas relacionados com a usinagem dos metais, nos incentivaram a elaborar éste trabalho. Esta obra baseia-se em trabalhos anteriormente publicados, pesquisas rea- lizadas pelo autor nos Laboratérios de Maquinas Ferramentas da “Tech- nische Hochschule Miinchen” 2 da Escola de Engenharia de Séo Carlos, da U.S. P. e numa intensiva pesquisa bibliografica sGbre o assunto. Subdividimos éste trabalho em trés partes: 1,.° Volume — Fundamentos da usinagem dos metais 2.° Volume — Ferramentas de corte 3.° Volume — Méquinas ferramentas No volume Fundamentos da Usinagem dos Metais sao tratados os conceitos fundamentais, as principais teorias ¢ dados experimentais que possibilitam 0 conhecimento e utilizagao racional dos processos de usinagem, bem como suas implicagdes econémicas. Dada a importancia que os materiais empre- gados nas ferramentas de corte desempenham no estudo da usinagem, ésse assunto foi tratado neste volume. Deu-se especial relévo A parte de ensaios e seus aparelhamentos, com o fim de familiarizar o leitor com as técnicas de medida das grandezas envolvidas neste campo. No volume Ferramentas de Corte serio abordadas tédas as ferramentas de corte, agrupadas segundo caracteristicas comuns. Em cada grupo serao estudadas a geometria, afiagdo, forgas e poténcias de corte, vida da ferra- menta e condigdes econémicas de seu desempenho. Seré estudada a selegdo dos metais, no ponto de vista da usinabilidade, sua correlagdo com a ferramenta e o processo de usinagem utilizado. No volume Mdquinas Ferramentas serio estudadas as partes constituintes comuns a essas maquinas. Para cada parte constituinte serao tratados os Vil FUNDAMENTOS DA USINAGEM DOS METAIS aspectcs funcional e dimensional, A composicao ¢ o comportamento dind- mico dos principais tipos de m4quinas ferramentas serio também analisados, buscando uma solucao econémica que atende ao fabricante ¢ usuario. Sao desenvolvidos nesta colec&o, assuntos que constam nos programas de ensino das escolas de engenharia mecinica, de produgdo ¢ operagao. Aos engenheiros e técnicos industriais, possibilitam uma melhor compreensao dos problemas de usinagem dos metais. Agradecemos a colaboragéo dos colegas Prof. Dr. VICENTE CHIAVERINI, Dr. Eng.° Horst A. Daar, Eng.° RosaLvo T. RUFFINO ¢ Eng.° CaRLos A. PALLEROSI. Aos funciondrios ¢ secretdrios da Escola de Engenharia de Sao Carlos que colaboraram nos trabalhos de datilografia ¢ desenhos, assim como ao Editor, pelo apoio e incentivo, expressamos os nossos agradeci- mentos. Aos leitores que, mantendo o objetivo déste trabalho, contribuam para scu melhoramento através de sugestdes ¢ criticas, agradecemos ante- cipadamente. Sdo Carlos, agésto de 1969. DINo FERRARES] Introdugao INDICE I — CONCEITOS BASICOS SOBRE OS MOVIMENTOS E AS RELACOES GEOMETRICAS DO PROCESSO DE USINAGEM i 12— 13 — 14 ise 16— Generalidades . Movimentos entre a pega e a aresta coriante ....-....65 1.2.1 — Movimento de corte 1.2.2 — Movimento de avango .. 1.2.3 — Movimento efetive de corte 0.0... .6.. cose ee eee eee eee 1.2.4 — Movimento de posicionamento ........-..0060.0eee _ 1.2.5 — Movimento de profundidade .......... 60.000. 0seeeeeeu ee 1.2.6 — Movimento de ajuste ...... 0.6.0.6. cee ee eee ee ee eee eee Diregdes dos movimentOs 260.66 cc eevee vee eect eee ne eee ees 1.3.1 — Diregdo de corte... 0. ee cee ee ees eeee ec eee teen ences 132 __Diclodcovenco....-s=ss—<‘Ce;;!;™™™;™™™™!Cm™! 1.3.3 — Diregio efetiva de corte ......... 0. cece woe eteeeee eee Percurso da ferramenta em frente da pega «11... ..e.ceeeevveee vee 1.4.L — Percursu de corte feo... cece eee eee ee bees 1.4.2 ~~ Pereurso de avango fy... 60. eee ieee eee eee eee ete tees 1.43 — Percurso efetivo de corte & ..-:..--..565 fee : Velocidades ..... 0.0 ss ceeveceeeesec eee ncneenees 1.5.1 — Velocidade de corte ¥ 0. ...cee cece cece ee eee etre eres . 1.5.2 — Velocidade de avango va... .cee sere e etre tener ett tt eeee t.5.3 — Velocidade efetiva de corte ve oo... sseeseaee oo Conceitos auxiliares 1.6.1 — Plano de wabalho ............ errr eee reece eereey eee ee ee ee eee ae ee et w www x FUNDAMENTOS DA USINAGEM DOS METAIS 1.6.2 — Angulo g da diresio de avango 6 1.6.3 — Angulo 9 da diregdo efetiva de corte ... 7 17 —~ Superficies de corte . 9 1.7.1 — Superficie principal de corte 2.2... .66..0000 ee 1.7.2. — Superficie lateral de corte ..... 9 18 — Grandezas de COnE oo ceececceceeeeeceeeeeeeteeeeeceteeeenenses 9 Fe ee 9 1.8.2 — Avango por dente ae ......... ee 1.8.3 — Profundidade ou largura de corte p . 10 1.8.4 — Espessura de penetragio @ 2.2.0... 2.0 eee eee eeeeeee eee B 1.9 — Grandezas relativas @0 CAVACO 1.2.6 cece veeeeeee eee ssteeceeeees 13 1.9.1 — Comprimento de corte 8 .....06..ccecceseveeeeeee renee B 1.9.2 — Comprimenta efetivo de corte by 13 1.9.3 — Espessura de corte Ao ....seceseeeeeee ees ee 15 1.9.4 — Espessura efetiva de come he ..ceeseseveeeeeeeeeeeeee ees 5 1.9.5 — Area da seccfo de corte 5 . 1s LAO — Bibliografia. 6006... cece vee cec eect enevevecece ete eveteeceeeeeees 16 Il — GEOMETRIA NA CUNHA CORTANTE DAS FERRAMENTAS DE USINAGEM Aa Aes ces enceate 17 2.1 — Generalidades 1 2.2 — Superficies, arestas e pontas da cunha cortante ........00eceeeeeee 18 2.2L — Superficies 2... ce veeeeeeeeeeees seestttteeeteserteres 18 2.2.2 — Arestas 19 2.2.3 — Pontas ....escecececeeeeeeueeeeeeescueveteeeraeenaeees 19 2.3 — Sistemas de referéncla utilizados na determinacdo dos Angulos da cunka OMAR eee ce vveeeeee eet eeetaee 7 betes teneeeees 21 2.3.1 — Planos de referéncia .......seeereceeeeereeee nes bene 2s 2.3.2 — Plano de corte 26 2.3.3 — Plano de medida 26 INDICE 2.3.4 — Plano de trabalho 2.4 — Angulos na cunha cortante .... 2.4.1 — Angulos medidos no plano de referéncia ........0...0..005 2.4.2 — Angulos medidos no plano de corte .... 2.66... 0.c eee eee 2.4.3 — Angulos medidos no plano de medida da cunha cortante .., 2.4.4 — Angulos medidos em planos diferentes do plano de medida da cunha cortante ......... Beene ne ee eee seen eee 2.5 — Relagdes geométricas entre os dngulos . 2.5.1 — Relagdes geométricas entre os Angulos de diferentes planos de medida num mesmo sistema de referéncia ............ 2.5.2 — Relagdes entre os Angulos efetivos ou de trabalho e os corres- pondentes angulos da ferramenta ....,. 2.6 — Anguios da ferramenta segundo as normas americanas ............- 2.6. — Angulos da ferramenta 2.6.2 — Angulos de Trabalho... 2.0.0... e cece ee ceueee ee ee ee 2.7 — Conversio de dngulos da ferramenta segundo a norma DEN 6581 aos dngilos especificadus pelas normas omericanas e vice-versa ... 27.1 — Exemplos de aplicagdo 00.60.00... c eevee eee eeeee eee 28 —~ Bibliogrufia. 606.66... cece eee cote eeeeeeeeeeeees Ill — NOCOES SOBRE A TEORIA CRISTALOGRAFICA DOS METAIS 3.1 — Estrutura do domo oo... ccc e cee eee eaten oe 3.2 — Ligagdo metdlica «2.1.6.2... 6c cece seeeeee errr 3.3 — Cristalografia w...... 04. seen eee eee e ete ee ene beeeteranntnenne . 3.3.1 — Sistemas cristalinos ...........06 cece cece eee ve 3.3.2 — Cristais metélicos 3.4 — Deformagdo dos cristais .-..60.c ccc ccc cece ee eet cence eee eeeees 3.5 — Origem das estruturas metdlicas 066.06... cece eee 3.5.1 — Solidificagiio de Metais puros ........0000e.cseeeeeree eens 3.5.2. — Solidificagéio de Metais com impurezas ............-...-4- 60 60 65 XID 75 37 — 22 39 310 — aii 312 — 3B FUNDAMENTOS DA USINAGEM DOS METAIS Ruptura dos materiais cristalinos ... 26.0... 00.6 cece eee e eee Discordancias Mecanismo da deformagdo plastica ...,....... _--. Movimento das discorddncias Ejeito de liga na resisténcia 0.0.0.2... 0.0 beeeees Ruptura dos materiais diiteis e frdgeis ...0.....0. 00000 Escoamenia em metal poticristalino Bibliografia oe erect eee ete e renee IV — MECANISMO DA FORMACAO DO CAVACO 4i 42— 44 —~ 43 — Generalidades Caracteristicas dos cavacos 4.21 ~ Tipos de cavaco .. 4.2.2 — Formas de cavaco Corte ortogondl 6.0.6. ve vce cee cece 4.3.1 — Generalidades -..-..........008 452 — Relates geométrices == tt ti i‘CSCSCS 4,33 — Relagdes cinematicas 4.3.4 — Grau de deformacio €, ¢ consideragées complementares .. 4.3.5 — Forgas na cunha cortante. Consideragies energéticas ...... 4.3.6 — Atrito na superficie de saida e no plano de cisalhamento .. 4.3.7 — Tensdes no plano de cisalhamento ........... Determinagao do dngulo de cisathamento ............45 se teeees 4.4.1 —- Teoria de Ernst ¢ Merchant .. 0... .00c cere eee c eee e eee a4Agd — Teors ce Lee ce See ee es bees 4.4.3 —- Teoria de Shaw, Cook e Finnie ..... 0600. eet cence eens 4.4.4 — Teoria de Hucks ©0000... 6. eee eee beeen eens eee Temperatura de corte 4.5.1 + Generalidades 78 ay 83 85 85 86 87 88 89 89 97 7 101 106 106 109 0 Wy 119 122 123 124 127 130 131 INDICE 4.6 — Bibliografia 45.2 — Balango energético. 4.5.3 — Medida da Temperatura de Corte 4.5.3.1 — Medida da temperatura de cavaco pelo método calorimétrico .......40, 4.5.3.2 — Medida da temperatura do gume cortante através de termo-pares colocados na ferramenta ........ 4.3.3.3 — Determinagio da temperatura de corte pelo termo- par pegaforramenta 022.000.0062. 0 eee cccaee 4.5.3.4 — Determinagio da temperatura de corte através de vernizes térmicas 4.5.3.5 — Determinagio da temperatura de corte através da medida da irradiagdo térmica . V — FORGAS E POTENCIAS DE USINAGEM .............. 5.1 — Generalidades ......... $.2 — Férgas durante a usinagem 53 5.2.1 —- Férca de usinagem Pa ...... eee t eben eenne eens ae Componentes da férga de usinagem ..,....,.. 5.2.2.1 — Componentes da férga de usinagem no plano de trabalho Licveveeeeees 5.2.2.2 — Componentes du forga de usinagem no plano efeti- vo de referéncia ...... fete eee sete eevee ees Poi@nciag de usingeem «............................... 1. S.3.1 — Poténcia de corte Ne... .cceseceeeeeeeeeeeseeeev ene $.3.2 — Poténcia de avango Ny ..... cee ete eee eete nent yer ees $3.3 — Poténcia efetiva de corte Ne ......... fee et eee ee ee eres 5.3.4 — Relagdo entre a poténcia de corte e de avango . 5.3.8 — Poténcia fornecida pelo motor 60.0... scree eee e eee Variagao das componentes da jérga de usinagem com as condigbes de trabalho XI 145 146 150 151 152 155 155 155 155 155 156 158 159 159 159 159 159 160 XIV FUNDAMENTOS DA USINAGEM DOS METAIS 5.4.2 — Fatéres que influem sébre a pressio especifica de corte ke .- 5.43 Caleulo da pressio especifica de corte 2.0.6.6... 0. cee eee $4.4 — Exemplo numérico 00.00... 00. 0.00 cee cee eeceee ee ee ees 5.4.5 — Férca de avango P, e de profundidade P, .. 5.4.6 — Exemplo numérico 0.0.0.0. cece sevens eeceee ee eeeee 5.5 — Bibliografia ©... 6... cece eee VI — MEDIDA DA FORCA DE USINAGEM ...........002500eeeeeee 6.1 — Generalidades 2.0.6.6. . cece cee cnet eet e tee eect nee eet eee .2 — Requisitos que devem satisfazer os dinamémetros 6.2.1 — Sensibilidade .......... wevdeee nett neenes cece eeeeen es 6.2.2 — PrOCISHO ooo ee cece eevee ce eeeee eects eecee esses eeseees 6.2.3 — Rigidez 2.0.0 0.0. 00 cece eee eee e eens 6.2.4 — Exatidio de reprodugdo de fSrgas varidveis com o tempo .- 6.2.5 -— Insensibilidade quante A variagio de temperatura ¢ & umidade 63 — Principios de medida ....... 63.1 — Principio mecinico 00.2.0... 00 eceeevee ener ees 6.3.2 — Principio pneumético .......0cee cree beeveeteeeneeeees 6.3.3 — Principio hidréulico 6.3.4 — Principio da variagio da indutancia .....- _ 6.3.5 — Principio da variagao da capacitancia . 6.3.6 — Principio da variacéo da resisténcia elétrica ............. 6.3.7 — Principio da piezo-eletricidade <...-.......6.- 0065 6.3.8 — Principio da magneto-extricgdO 0... 00. 50 cece oneness 6.4 — Medida dindmica da forga de usinagem . 6.4.1 — Consideragées gerais .. 6.4.2. — Escolha da freqiiéncia natural f, ¢ do grau de amortecimento 8 6.4.3 — Medida da férca de corte Pe na operacdo de torneamento .. 6.8 — Dinamémetros empregados na medida dindmica da forga de torneamento 6.5.1 — Dinamémetro modélo Ferraresi ...... 6.000 cc ee eee cece eee 163 3 188 193 202 203 205 205 205 206 207 209 210 210 211 242 213 2146 215 219 219 232 234 234 240 243 INDICE XV 6.5.1.1 — Céleulo da freqiéncia natural mais baixa para o dinamémetro oscilando livremente ....... 250 6.5.1.2 — Aferigio estatica do dinamdmetro .............. 255 65.1.3 — Aferigéo dinamica para o caso do dinamémetro oscilando livremente (néo em operagic) ......, 259 65.1.4 — Medidas com o dinamémetro ........6...0000-5 264 65.2 — Dinamémetro Berthold 22.66... 6 ee cece cceececeveceeeees 265 6.5.3 —~- Fenémenos transitérios que ocorrem durante a medida da férga de corte na usinagem dos metais .................. 268 6.6 — Bibliografia oie eee eee eee cec net cceeecuveceneevees 215 VII — MATERIAIS PARA FERRAMENTAS .....0....00.0000000000000- 277 TA — Introdugdo o.oo c cece cece becuase 217 7.2 — Classificagto dos materiais para ferramentas ......... 06.2000 - 0000, 219 7.2.1 — Agos-carbono para ferramentas -.........0..00eeee eee ees 285 7.2% — Agos rapidos 2... eee eee be evet nese eeee 296 TRDA — Untrodugdo oo... eee cece eee ee eee 296 7.2.2.2 — Fatéres de que depende a selegdo de agos para ferramentas 300 7.2.2.3 — Classificagio dos agos répidos .........- 5005-5 302 7.2.2.4 — Efeito dos elementos de liga nos acos répidos .. 305 7.2.2.5 — Propriedades dos agos répidos 2.0... .2. 20.08 308 7.2.2.6 — Tratamentos térmicos dos agos répidos ........ 314 7.22.7 — Selegdo dos agos répidos .....00. 002 eee 325 7.2.2.8 — Agos semi-répidos .....00...000cee ee +» 325 7.2.3 — Ligas fundidas para ferramentas 328 724 — Metal duro ....0.... ee. 330 7.2.4.1 — Nogbes de fabricagdo do metal duro .........4.. 331 7.2.4.2 — Caracleristicas gerais do metal duro . 333 7.2.43 — Classes ou tipos de metal duto ...........208-- 337 7.2.4.4 — Selegio do metal duro... eis. eee e eee eee . 339 XVI FUNDAMENTOS DA USINAGEM, DOS METAIS 7.2.5 = Materiais cerimicas .. : ceeeeeeeeee 344 7.2.6 — Outros materiais para ferramentas oo... 0000.00 ees eccee 347 7.3 — Conclusdes 3a 1.4 — Bibliografia . 350 VIII — AVARIAS E DESGASTES DA FERRAMENTA .............0500- 352 B.1 =~ Avarias da ferramenia ..... eee ee eee eee eee ee 352 BAL Quebra ieee eee eecce ees eeeete sense erees 352 8.1.2 — Trincas devidas as variagSes de temperatura 00... .s ess + 352 8.1.3 — Sulcos distribuidos em forma de pente ............. cess 354 8.2 — Desgastes da ferramenta . 360 8.2.1 — Desgastes convencionais ............ 6. ce cece eee eee eee 360 022 — Medida dos denguses 2s 362 83 — O mecanismo do desgaste das ferramentas de usinagem .. 0.2... 002+ 366 8.3.1 — © mecanismo do desgaste das ferramentas de metal duro .. 366 8.3.1.1 — Curvas “desgaste-velocidade de corte” . 367 8.3.1.2 — Aresta postica de corte ...... 6 eee ee seca . 368 8.3.1.3 — Mecanismo do desgaste da ferramenta na presenga de uma aresta postiga de corte .....0... cere 380 8.3.1.4 — Condigdes fisicas que reinam nas zonas de conta- tato do material usinado com a ferramenta, em altas velocidades de corte ............seeeee oe 382 8.3.1.5 — Mecanismo do desgaste da superficie de saida da ferramenta, segundo Trigger ¢ Chao ............ 388 8.3.1.6 — Mecanismo do desgaste da superficie de folga da ferramenta, segundo Takeyama e Murata ....... 39% 8.3.1.7 — Transformagio g — -y dos agos ¢ mecanismo do desgaste, segundo H. Opitz, G. Ostermann, M. Gappisch dete eeeeee neers 397 8.3.1.8 — Difusio nas zonas de contato ¢ desgaste das ferra- mentas, segundo E. Schaller e G. Vieregge . 401 8.3.1.9 — Oxidagdo das ferramentas nas zonas de contato .. 409 8.3.2 — Mecanismo do desgaste das ferramentas de ago rapido .... 410 InNDice XVID 8.3.2.1 —- Influéncia da velocidade de corte sdbre o desgaste da ferramenta .... 8.3.2.2 — Influéncia do avango sébre o desgaste da ferramenta 8.3.2.3 — Influéncia da geometria da ferramenta sdbre o desgaste da ferramenta .... 8.3.2.4 — Influéncia do refrigerante sébre o desgaste da fer- ramenta -.............. . 8.3.2.5 — Influéncia dos materiais da peca e da ferramenta sObre o desgaste da ferramenta ....... . 8.3.2.6 -- Os fendmenos fisico-quimicos responsiveis pelo des- gaste das ferramentas de ago rapido ............ 91 9.2 — Desgaste de jerramentus de metal duro em operagéo de desbaste .... 9.3 — Desgaste de ferramentas de metal duro em operagdo de acabamento .. 9.4 — Desgaste de ferramentas de aco rdpido em operagiio de desbaste .. 9.5 — Desgaste de ferramentas de aco rapido em operagao de acabamento .. 9.6 — Desgaste de ferramentas de material cerdmico ..............-.2045 97 = Bibhogafia .. 2s bee eeeteeeeeee teens X — CURVA DE VIDA DE UMA FERRAMENTA E FATORES QUE IN- FLUEM NA SUA FORMA 2.0.00... 000. e cece cece cence eee ener ee 1O.L —~ Generalidades 00.0.6 cece coe eee eee cent teen ee uteeee 10.2 — Fatéres que influem na vida da ferramenta ............ Feeeceenes 10.2.4 — Wariagfio dos parametros C ¢ y da férmula de Taylor com o material da pega e da ferramenta .................24, 10.2.2 — Variagio do parimetro € da férmula de Taylor com a du- reza Brinell do material da pega ..........-2ceceeceeee 10.2.3 —- Influéncia da forma ¢ da drea da seco de corte ........ 10.2.3.1 — Influéneia da area da secgao de corte .,.... 10.2.3.2 —- Influéncia da forma da secgio de corte ...... 4t1 412 412 413 Al? 419 422 424 424 426 436 439 456 456 465 465 XVII FUNDAMENTOS DA USINAGEM DOS METAIS 10.2.4 — Comentarios 10.2.4.1 — Exemplo numérico 10. 2 — Escolha do avango ¢ da profundidade de corte .. 496 10.2.5 — Infiuéncia dos Angulos da ferramenta na velocidade dtima de COME 6. ieee cece eee eee eee nee e eee eee 500 10.2.5.1 — Angulo de 10.2.5.2 — Angulo de 10.2.5.3 — Angulo de 10.2.5.4 — Angulo de 10.2.5.5 — Angulo de inclinaglo A +--.seeeeceeeees eee 507 10.2.6 — Influéncia do raio de curvatura da ponta roo... ss eeeee 509 10.3 — Bibliografia .....-.... 510 XE — FLUIDOS DE CORTE . 512 Mil — Teirodugo 512 1.2 — Historica vec cece cece v ue vee eeeece tees eec eens nese nese as 512 11.3 — Fungdes dos fluidos de corte ......0ccvse reese enece esse este neses 513 113.1 — Atrito na regio ferramenta-cavaco 514 11.3.2 — Expulsio do cavaco da regia de corte ....see-2eceeeeeee 515 11.3.3 — Refrigeragéio da ferramenta .......00sseeeeeeeev eee eeees 516 11.3.4 — Refrigeragio da pega em usinagem .....+-,2+-000ee ee 518 11.3.5 — Melhorar 0 acabamento superficial da pega usinada ...... 518 11.3.6 —- Refrigeraciio da m4quina ferramenta 11.3.7 — Redugo do consumo de energia de corte .....-.66--000 s21 11.3.8 — Reducio no custo da ferramenta na operagho ...-...-+-+- 521 11.3.9 — Impedimento da corrosio da pega em usinagem .....--++- 521 11.4 — Penetracéo do fluido de corte 522 11.4.1 — Penetrag&io dos s6Hd0s 0... ..cceeeeee eee eeeeseeeete ees 522 11.4.2 — Penetragio dos liquidos ........-2.e2eseeeereeeeeeee es 522 11.4.3 — Penetracio dos gases {NDICE XIX 11s — 11.6 — 1.7 — Agio dos fluidos de corte .. 11.5.1 — Ag&a dos sélidos 11.5.2 — Agdo dos liquides 11.5.3 — Ago dos gases Oe 526 Tipos de fluidos de corte ........... _. $26 11.6.1 — Sélidos 526 11.6.2 — Liquides 527 11.6.2.1 — Oleos de corte puros .0... eee cece 527 11.6,2.2 — Oleos emulsionaveis (ou dleos soltiveis) ....., 531 11.6.2.3 — Fluidos de corte quimicos ,............ 3 11.6.2.4 — Meretirio ...., 535 11.6.3 — Fluidos de corte gasosos ... 536 M631 AT... ....... a 536 11.6.3.2 — Diéxido de carbono (CO) vo... eee cece eae 536 11.6.3.3 — Outros gases ...... cc. ccceeeeeseceeeveecees 537 11.6.4 — Outros sistemas de refrigeracio 538 Operapoes decorte 8-8 ect 539 IL7.t — Brochamento ... 0.0.0... c eevee eee eee cence eee - 539 11.7.2 — Roscamento com macho e roscamento com cossinete ...... 540 11.7.3 — Usinagem dos dentes de engrenagens ......... 0.0.0.0. 5 540 11.7.4 — Usinagem em tornos automaticos ......... 540 11.7.5 — Usinagem em fresadoras ........... viteceeeceeee S41 WL7.6 — Furagdo occ ccs eens ee renee 542 11.7.7 — Torneamento .. 2.0... 0.0. .cc eee eee Dee en eee ee eens aan J1.7,8 —~ Mandrilamento . 543 11.7.9 — Aplainamento com -plaina limadora ....--.....00e0..002 S43 F710 — Serramento - 2.2... 00. eee eee $43 117.11 — Laminagao de résca 0.20... eee cece eee eee eens 117.12 — Retificacho de roca... ss 543 11.7.13 — Retificagdo .. 0. eee cece eee 544 xX FUNDAMENTOS DA USINAGEM DOS METAIS 11.8 — Moateriais em usinagem .....66c.00ccecceceeee ee eeee teens neste es 544 11.8.1 — Escolha do fluido de corte ........... 0005 cee 549 ALBLL — Agos 2.6.6.2 eee eee ener 549 11,8.1.2 — Ferro-fundido 20sec eeeeee cece rere eee eeees SSB 14.8.1.3 — Aluminio ¢ suas ligas .. vee 584 11.8.1.4 — Magnésio ¢ suas ligas ... 555 11.8.1.5 — Cobre ¢ suas ligas ...........6 0. eee cree . S55 11.8.1,6 — Niquel e suas ligas ..... 0... eee eee ee eee 557 11.8.1.7 — Ligas resistentes ao calor ......-... 06000200 $57 11.8.1,8 —- Materiais nfo metélicos .....-..-.ss sence ee 359 11.9 — Aplicagao e manuseio dos fluidos de corte ......-.+-+s00eees eee eee 559 41.9.1 — Aplicacdo do flvido de corte .....-..- 6.066 vanes 589 11.9.2 — Manutengio dos fluides de corte ......6....00.0 05 .- S61 11,9.2.1 — Gleos de corte ....... sheen eee pete e nena 3561 11.9.2.2 — Oleos emulsiondveis ¢ fluidos quimicos ........ 562 11,9.2.3 — Cuidados na operagao vase $63 11.10 — Bibliografia 6.0... cee cee cece cee eens 563 XII — ENSAIOS DE USINABILIDADE DOS METAIS ...-.-- see eee eevee 566 12.1 — Generalidade .. 12.1.1 — Principais fatéres que influem na determinacio do indice de usinabilidade dos metais ......-... been eee ete ee eens » $68 12.1.2 — Critérios empregados nos ensaios de usinabilidade ........ 569 12.1.3 — Padrio de usinabilidade ....--.--sseee rere sores : 570 12,14 — Relagdes entre a usinabilidade determinadas propriedades tecnoldgicas de um metal ...... +0. -0e 0 eee erent eee eee S74 12.2 — Ensaios de usinabilidade baseados na vida da ferramenta .... +... +++. 575 12.2.1 — Método de ensaio de longa duragao - 575 12.2.2 — Métodos de ensaio de curta durago .....--.++----- ese S77 12,2.2.1 — Método do comprimento usinado (1938) ...... S77 12.3 — Ensaios de usinabilidade baseados na férca de usinagem 12.4 — Ensaios de usinabilidade baseados no acabamento superficial . 12.6 — Ensaio de usinabilidade baseado na andlise dimensional . INDICE 12,2.2.2 — Método do faceamento de Brandsma (1936) ., 12.2.2.3 — Método do aumento progressivo da velocidade de corte no torneamento cilindrico . 12.2,2.4 — Ensaio de sangramento com ferramenta bedame 12.2.2.5 — Método radioativo de medida do desgaste .... 12.3.1 — Método da pressio especifica de corte 12.3.2 — Método da tensio de cisalhamento 12.3.3 — Método da férga de avango constante 12.4.1 — Generalidades 12.4.2 — Caracteristicas geométricas das formas das superficies .... 12.4.3 — Principais fat6res que influem sdbre a rugosidade superficial 12.4.3.1 — Avango ¢ raio de curvatura da ponta da ferra- meee ficial 12.4.5 —. Influéncia de vibragdes durante a usinagem .. 12.4.6 — Influéncia do fluido de corte 12.4.7 — A rugosidade de superficie como indice de usinabilidade .. 12.5 — Ensaios de usinabitidade baseado na produtividade ................ 32.6.1 — Generalidades . 12.6.2 — Aplicagéo da andlise dimensional no céleulo do desgaste k ¢ da velocidade de corte de uma ferramenta, correspon- dentes a uma determinada vida ...............00..00008 12,6.2.3 — Aplicagdes praticas. Exemplos de célculo XXI 578 601 601 603 605 609 609 609 610 615 615 XXII FUNDAMENTOS DA USINAGEM DOS METAIS 12.6.3 — Céiculo da temperatura média na zona de contato ferramen- ta-pega 12.6,3.1 — Aplicagio do método 12.6.3.2 — Obtengdo de dados experimentais 12.6.3.3 — Céileulo da temperatura .... 12.6,3.4 — Procedimente no ensaio de usinabilidade . 12.7 — Consideracées sdbre alguns ensaios de usinabilidade de curta duragao 12.8 — Ensaios de usinabilidade baseadas em critérios especificos ...... ee 12.9 — Bibliografia 12.8.1 — Método baseado na temperatura de corte 12.8.2 — Método’ baseado nas caracteristicas do cavaco ......+.++ . 12.8.3 — Método Pendular 12.8.2.1 — Grau de recalque - 12.8.2.2 —- Coeficiente volumétrico e forma do cavaco 12.8,2.3 — Freqiiéncia ¢ amplitude de vibra da forca de usinagem XIII — DETERMINACAO DAS CONDICOES ECONOMICAS DE USINA- 13.1 13.2 13.3 13.4 13.5 GEM Generalidades Ciclo ¢ tempos de usinagert .. 22.00.00 Velocidade de corte para mdxima produg&o ......--.-+ oe Custos de produgéo .. Velocidade econémica de corte para 0 caso de mdquina operatriz com uma unica ferramenta de corte 13.5.1 13.5.2 13.5.3 13.5.4 13.5.5 Céleulo para oc avango e a profundidade de corte constantes Céleulo da velocidade econémico de corte para o caso do avango varidvel . Influéncia da profundidade de corte sébre o minimo custo Influéncia dos térmos x e K da formula de Taylor sobre © custo de usinagem Influéncia de fatéres secundérios s6bre as curvas de custo 635 646 646, 647 649 653 656 656 659 662 663 666 INDICE XXIII 13.5.6 — Determinagiio da rotacéo da pega na operagio de facea- mento 13.5.7 — Determinagio da rotagdo da Pega, quando a mesma é tor- neada em diferentes diametros com uma Gnica ferramenta 669 13.6 — Intervalo de mdxima eficiéncia ........ 0. . cc ccc eceee es seuss, 61) 13.7 — Determinagaéo do campo de trabatho eficiente da médquina para um determinado par ferramenta-peca .. 13.8 — Determinagdo das condigdes econdmicas de usinagem e de mdxima produgéio para 0 caso de varias ferramentas de corte vee 676 13.8.1 — Generalidades . . Oa 13.8.2 — Céleulo da velocidade de corte e da vida da ferramenta para a mé4xima produgio 13,8.2.1 -- Cada ferramenta trabalha com um determinado avanco, profundidade ¢ velocidade de corte (con- digo de m4xima produsio) 13.8.2.2 — As ferramentas trabalham simultaneamente com © mesmo avango e rotagio da pega (condi¢io de méxima produgio) 679 3 — Determinados grupos de ferramentas miltiplas trabalham com o mesmo avango e rotacio da pega (condig&io de maxima produsfo) ........ 683, 13.8.3 — Céleulo da velocidade de corte e da vida da ferramenta para a condigéo de minimo custo 13.8.3.1 — Cada ferramenta trabalha com um determinado avango, profundidade e velocidade de corte (con- digdes de minimo custo) 13.8.3.2 — As ferramentas trabalham simultineamente com © mesmo avango e rotagfio da peca (condicio de minimo custo) 685 13.8.3.3 — Determinados grupos de ferramentas miiltiplas trabalham com o mesmo avanco ¢ rotagio da pega (condigdes de minimo custo) .......... 685 13.9 — Determinagéo do desgaste econdmico da ferramentd .......0..004 . 685 13.9.1 — Generalidades .....-..0.s00. 006 Fane eee nee eee e ences 685 13.9.2 — Custo da ferramenta por pega . 13.9.3 — Custo de afiagio ...........600. XXIV 13.9.4 — Niimero de afiagdes da ferramenta ...... pees eneeeeeeee 13.9.5 — Determinagdo do desgaste econdmico da ferramenta ...... 13.9.6 — Consideragdes sébre a quebra prematura da ferramenta .. 13.10 — Exemplos de aplicagéo .......--+ baeeenees beeen ene beeen 1310.1 — Exemplo n° 1 13.10.2 -- Exemplo n° 2 . 13.10.3 — Exemplo n° 3 13.10.4 — Exemplo n° 4 .... 13.105 — Exemplo n° 5 13.11 — Bibliografia ....1-..0+-+ . APENDICE ..-...----..--+ peinurters se penne peter ee A — Tabelas de materiais B — Consideracoes sdbre a norma de rugosidade das superficies NB-93 da ABNT FUNDAMENTOS DA USINAGEM DOS METAIS 689 689 693 697 697 705 709 720 727 735 737 737 INTRODUCAO No estudo das operagdes dos metais, distinguem-se duas grandes classes de trabalho: As operagdes de usinagem As operagies de conformacao Como operacées de usinagem entendemos aquelas que, ao conferir a pega a forma, ou as dimensées ou o acabamento, ou ainda uma combinacio qualquer déstes trés itens, produzem cavaco. Definimos cavaco, a porgao de material da peca, retirada pela ferramenta, caracterizando-se por apre- sentar forma geomeétrica irregular. Além desta caracterfstica, estao envol- vidos no mecanismo da formacdo do cavaco alguns fendmenos particulares, tais como 0 recaique, a aresta pos de corte, a craterizagdo na superticie de saida da ferramenta e a formagdo periddica do cavaco (dentro de deter- minado campo de variacaa da velocidade de corte) *. Como eperagées de conformacao entendemos aquelas que visam conferir & pega a forma ou as dimensdes, ou o acabamento especifico, ou ainda qualquer combinagio déstes trés itens, através da deformagio plastica do metal. Devido ao fato da operacfio de corte em chapas estar ligada aos Processos de estampagem profunda, dobra e curvatura de chapas, essa operagaéo € estudada no grupo de operacées de conformagio dos metais. A inexisténcia de nomenclatura padronizada e de normas sébre a usinagem dos metais ¢ suas maquinas, conduziu-nos a sugerir a Associagéo Brasileira de Normas Técnicas a instalagio de uma comissdéo para elaborar tais estudes, Esta comissdo, instituida com o nome de Comisséo de Méquinas Operatrizes e presidida pelo autor, tem como objetivos: Nomenclatura e classificagZo dos processos de usinagem dos metais. Normas sdbre a geometria da ferramenta e dos movimentos relativos ao processo de usinagem. Normas s6bre ferramentas de corte; nomenclatura e classificagao. Normas sobre maquinas ferramentas e seus elementos; nomenclatura e classificagdo. Ensaios de recepgdo em mAquinas ferramentas. Normas de seguranca de trabalho com mdquinas ferramentas. * Vide capitutos IV, VII, VIL € ix. XXVI FUNDAMENTOS DA USINAGEM DOS METAIS Com relacdo a Nomenclatura e classificagéo dos processos de usinagem dos metais, a Comissao ja elaborou o primeiro trabalho, ©, por ser de interésse imediato para éste livro, apresentamos em seguida um estudo baseado nesse trabalho. Classificasao © nomenciatura d processes mecdnicos de usinagem | — ToRNEAMENTO — Processo mecAnico de usinagem destinado a obten- cdo de superficies de revolugdo com auxilio de uma ou mais ferramentas monocortantes*. Para tanto, a peca gira em t6rno do eixo principal de rotaco da mAquina ¢ a ferramenta se desloca simultaneamente segundo uma trajetéria coplanar com o referido eixo. Cuanto a forma da trajetéria, o torneamento pode ser retilineo ou curvilineo. 1.1 — Torneamenio retilineo — Processo de torneamento no qual a ferra- menta se desloca segundo uma trajetéria retilinea. © torneamento retilineo pode ser: 1.1.1 — Torneamento cilindrico — Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetéria paralela ao eixo principal de rotacio da maquina. Pode ser externo (figura 1) ou interno (figura 2). Quando o torneamento cilindrico visa obter na pega um entalhe circular, na face perpendicular ao eixo principal de rotacio da maquina, o torneamento é denominado sangramento axial (figura 3). 1.1.2 — Torneamento cénico — Processo de torneamento no qual a ferra- menta se desloca segundo uma trajetéria retilinea, inclinada em relag4o a0 eixo principal de rotacao da maquina. Pode ser externo (figura 4} ou interno (figura 5). 1.1.3 — Torneamento radial — Processo de torneamento no qual a fer- tamenta se desloca segundo uma trajetéria retilinea, perpendicular ao eixo principal de rotagdo da maquina. Quando o torneamento radial visa a obtencfio de uma superficie plana, 0 torneamento € denominado forneamento de faceamento (figura 6). Quando o terneamento radial visa a obtencio de um entalhe circular, 0 torneamento & denominado sangramento radial (figuca 7). 7.1.4 — Perfilamento —- Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetéria retilinea radial (figura 8) ou axial (figura 9), visando a obtencio de uma forma definida, determinada pelo perfil da ferramenta. J Denomina-se ferramenta de usinagem mecdntca a ferramenta destinada 2 remogio de corms. Denominase ferrair uma Gnica superficie de safds, a ferramenta é chamada ferramenta Tne No caso de possi ur mess de ama superficie de saida, ¢ chamada ferramenia mullicarsinit, cortante: auang>, Poss fice de saida, vide §22 do Capitulo 11 — Geometria na cuniia cortante das ferramentas de wsinagem. TORNEAMENTO. Fig | = Torneamento cilindrico externo Fig, 2-Torneamento cilindrico interno. Fig.3-Sangramento axial Fig.8- Perfitamento radial TORNEAMENTO Fig 9 - Perfilomento axial Fig IO-Torneomento curvelinio Fig.l - Aplainamento de guias Z Fig \3- Aplainamento de perfis Fig. IS - Aplaitomento de rosgos Fig|6—Aploinomento de ronhuros em"'T" < INTRODUGAG XXIX 1.2 — Torneamento curvilineo — Processo de tornecamento, no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetéria curvilinea (figura 10). Quanto 4 finalidade, as operagdes de torneamento podem ser classificadas ainda em torneamento de desbaste ¢ torneamento de acabamento. Entende-se Por acabamento a operagdo de usinagem destinada a obter na pega as dimensées finais, ou um acabamento superficial especificado, ou ambos, O desbaste é a operacio de usinagem, anterior a de acabamento, visando a obter na peca a forma e dimensées proximas das finais. 2 — APLAINAMENTO — Processo mecdnico de usinagem destinado a obten- ao de superficies regradas, geradas por um movimento retilineo alternativo da peca ou da ferramenta. O aplainamento pode ser horizontal ou vertical (figuras 11 a 18). Quanto & finalidade, as operagées de aplainamento podem ser classificadas ainda em aplainamento de desbaste ¢ aplainamento de acabamento, 3 — Furacdo — Processo mecdnico de usinagem destinado a obtengao de um furo geralmente cilindrico numa pega, com auxilio de uma ferramenta getalmente multicortante. Para tanto, a ferramenta ou a peca giram ¢ simultaneamente a ferramenta ou a pega se deslocam segundo uma trajetéria retilinea, coincidente ou paralela ao eixo principal da maquina. A furacao subdivide-se nas operagdes: 3.1 — Furagéo em cheio — Processo de furagdo destinado a abertura de um furo cilindrico numa pega, removendo todo o material compreendido no volume do furo final, na forma de cavaco (figura 19), No caso de furos de grande profundidade ha necessidade de ferramenta especial (figura 23). 3.2 — Escareamento — Processo de furaco destinado a abertura de um furo cilindrico numa pega pré-furada (figura 20). 3.3 — Furagdo escalonada — Processo de furagio destinado a obtengao de um furo com dois ou mais diametros, simultaneamente (figura 21): 3.4 — Furagéo de centros — Processo de furagdo destinado & obtengao de furos de centro, visando uma operacdo posterior na peca (figura 22). 3.5 — Trepanacaéo — Processo de furagao em que apenas uma parte de material compreendido no volume do furo final ¢ reduzida a cavaco, per- manecendo um nucleo macico (figura 24). 4 — ALARGAMENTO —- Processo mecanico de usinagem destinado ao desbaste ou ao acabamento de furos cilindricos ou cénicos, com auxilio de ferramenta geralmente multicortante. Para tanto, a ferramenta ou a peca giram e a ferramenta ou a peca se deslocam segundo uma trajetéria retilinea, coincidente ou paralela ao eixo de rotagio da ferramenta. O alar- gamento pode se ___APLAINAMENTO Fig.I7- Aplainamento ce sup.cilindricos de Fig !8~ Aptcinomento de sup. cilindricas revolugao aon Fig 23 - Furogéo profunda em cheio ak CSN NZS laces OMT TOOT, eS ALARGAMENTO CILINORICO Fig 25- Alargamento cilindrico de Fig, 26-Alorgomento cilindrico de acabomento LI--UD REBAIXAMENTO Fig. 33-Reboixomento quiado Fig, 34- Rebaixamento Fig .39-Fresomenta cilindrico tonganciat Fig. 40-Fresomento cilindrico tangencial RU 5 —_ SS Concordante Discordante INTRODUGAO XXXII 4.1 — Alargamento de desbaste — Processo de alargamento destinado ao desbaste da parede de um furo cilindrico (figura 25) ou cénico (figura 27). 4.2 — Alargamento de acabamento — Processo de alargamento destinado ao acabamento da parede de um furo cilindrico (figura 26) ou cénico (figura 28). 5 — REBAIXAMENTO — Processo mecinico de usinagem destinado 4 obten- cao de uma forma qualquer na extremidade de um furo. Para tanto, a ferramenta ou a peca giram e a ferramenta ou a peca se deslocam segundo uma trajetéria retilinea, coincidente ou paralela ao eixo de rotagéo da ferramenta (figuras 29 a 34)*. 6 — MANpRiILAMENTO — Processo mecdnico de usinagem destinado a obtengao de superficies de revolugio com auxilio de uma ou varias ferra- mentas de barra. Para tanto, a ferramenta gira e a peca ou a ferramenta se deslocam simulténeamente segundo uma trajetéria determinda. 6.1 — Madrilamento cilindrico — Processo de mandrilamento no qual a superficie usinada ¢ cilindrica de revolugio, cujo eixo coincide com o eixo em t6rno do qual gira a ferramenta (figura 35). 6.2 — Mandrilamento radial — Processo de mandrilamento no qual a superficie usinada é plana e perpendicular ao eixo em térno do qual gira a ferramenta (figura 36). 6.3 — Mandrilamento cénico ~— Processo de mandrilamento no qual a superficie usinada € cénica de revolugio, cujo eixo coincide com o eixo em térno do qual gira a ferramenta (figura 37). 6.4 — Mandrilamento de superficies especiais — Processo de mandrila- mento no qual a superficie usinada ¢ uma superficie de revolucdo, diferente das anteriores, cujo eixo coincide com o eixo em térna do qual gira a ferramenta, Exemplos: mandritamento esférico (figura 38), mandrilamento de sangramento, etc. Quanto a finalidade, as operacdes de mandrilamento podem ser classificadas ainda em mandrilamento de desbaste e mandrilamento de acabamento. 7 — FRESAMENTO — Processo mecdnico de usinagem destinado & obtengdo de superficies quaisquer com o auxilio de ferramentas geralmente multicor- tantes. Para tanto, a ferramenta gira ¢ a pega ou a ferramenta se deslocam segundo uma trajetéria qualquer. Distinguem-se dois tipos basicos de fre- samento: 7.4 — Fresamento cilindrico tangencial — Processo de fresamento destinado 4 obtencdo de superficie plana paralela ao eixo de rotacdo da ferramenta (figuras 39, 40 e 42), Quando a superficie obtida nao fér plana ou o * As operagdes iidicadas nas figuras 33 ¢ 34 s40 denominadas por alguns autores, de escareamento, FRESAMENTO Fig 41-Fresamento frontal Fig, 43-Fresomento de duas superficies ‘artogonais WI: Ye Predominantemente — Predominantemente tangencial frontal Fig.45-Fresamento frontal de conoletas com fresa de tdpo Fig. 42-Fresomento cilindrico tangertial Fig 44- Fresomento tangencial de encalxes"rabo de andorinha” Fig 46-Fresomento frontal (caso especial } Fig.48~-fresamento composto INTRODUGCAO XXXV eixo de rotagao da ferramenta fér inclinado em relagdo & superficie originada na pega, scra considerado um processo especial de fresamento tangencial (figuras 44 e 47), 7.2 — Fresamento frontal — Processo de fresamento destinado a obtengio de superficie plana perpendicular ao eixo de rotacdo da ferramenta (figuras 41 ¢ 45). O caso de fresamento indicado na figura 46 & considerado como um caso especial de fresamento frontal. Ha casos que os dois tipos basicos de fresamento comparecem simult&nea- mente, podendo haver ou nao predominancia de um sdbre outro (figura 43). A operacdo indicada na figura 48 pode ser considerada como um fresamento composto. 8 — SERRAMENTO — Processo mec4nico de usinagem destinado ao seccio- namento ou recorte com auxilio de ferramentas multicortantes de pequena espessura. Para tanto, a ferramenta gira ou se desloca, ou executa ambos os movimentos ¢ a pega se desloca ou se mantém parada. O serramento pode ser: 8.1 — Serramenio retilineo Processo de serramento no qual! a ferramenta se desloca segundo uma trajetéria retilinea, com movimento alternative ou nao. No primeiro caso, o serramento é retilineo alternativo (figura 49); no segundo caso, o serramento é retilineo continuo (figuras 50 e 51). 8.2 — Serramento circular — Processo de serramento no qual a ferramenta gira ao redor de seu eixc e a pega ou ferramenta se desloca. Cfiguras 52 a 54). 9 — BROCHAMENTO — Processo mec4nico de usinagem destinado A obten- g4o de superficies quaisquer com auxilio de ferramentas multicortantes, Para tanto, a ferramenta ou a pega se deslocam segundo uma trajetéria retilinea, coincidente ou paralela ao eixo da ferramenta. O brochamento pode ser: 9.1 — Brochamento interno — Processo de brochamento executado num furo passante da pega (figura 55). 9.2 Brochamento externo — Processo de brochamento executado numa superficie externa da pega (figura 56). 10 — RoscaMENTO — Processo mecdnico de usinagem destinado a obten- cdo de filetes, por meio da abertura de um ou varios sulcos helicoidais de passo uniforme, em superficies cilindricas ou cénicas de revolugio, Para tanto, a pega ou a ferramenta gira e uma delas se desloca simultaneamente segundo uma trajetéria retilinea paralela ou inclinada ao cixo de rotacao. O roscamento pode ser interno ou externo, 10.1 — Roscamento interno — Processo de roscamento executado em superficizs internas cilindricas ou cénicas de revolugdo (figuras 57 a 60). SERRAMENTO Fig. 49—Serramento alternative Fig 50-Serromente continuo (Seccionamenta} serra de fita Fig Si-Seramento continuo Fig 52= Serramento circular (Recorte} serra de fita serra circular Fig.53~Serramento circutor Fig $4- Serramento circulor serra circular repdlo de corte BROCHAMENTO Fig. $5-Brochamento interno Fig 56- Brochamento externo brocha peco INTRODUGCAO XXXVII 10.2 Roscamento externo —— Processo de roscamento executado em superficies externas cilindricas ou cdnicas de revolugdo (figuras 61 a 66). 11 — LimacemM — Processo mec4nico de usinagem destinado 2 obtencao. de superficies quaisquer com auxilio de ferramentas multicortantes (elabo- radas por picagem) de movimento continuo ou alternativo (figuras 67 e 68). 12 — RasqueTEAMENTO — Processo manual de usinagem destinado a ajus- tagem de superficies com auxflio de ferramenta monocortante( figura 69), 13 — TAMBORAMENTO — Processo mec4nico de usinagem no qual as pecas sdo colocadas no interior de um tambor retativo, juntamente ou nado com materiais especiais, para serem rebarbadas ow receberem um acabamento (figura 70). 14 — RetiricagAo — Processo de usinagem por abrasdo destinado a obtengdo de superficies com auxilio de ferramenta abrasiva de revolugdo*, Para tanto, a ferramenta gira ¢ a pega ou a ferramenta se desloca segundo uma trajetéria determinada, podendo a pega girar ou nio. A retificagfo pode ser tangencial ou frontal. 14.1 — Retificagaéo tangencial — Processo de retificagio executado com a superficie de revolugio da ferramenta (figura 71). Pode ser: 44.1.1 — Retificagéo cilfdrica — Processo de retificagdo tangenciai no qual a superficie usinada é uma superficie cilindrica (figuras 71 a 74). Esta superficie pode ser externa ou interna, de revolugdo ou ndo. Quanto ao avango automético da ferramenta ou da pega, a retificagdo cilindrica pode ser com avango longitudinal da peca (figura 71), com avanco radial do rebdlo (figura 73), com avango circular do rebélo (figura 74) ou com avango longitudinal do rebélo**, 14.1.2 — Retificagéo cénica — Processo de retificagio tangencial no quai a superficie usinada é uma superficie cénica (figura 75). Esta superficie pode ser interna ou externa. Quanto ao avanco automdtico da ferramenta ou da pega, a retificacdo cénica pode ser com avango longitudinal da pega (figura 75), com avango radial do rebélo, com avango circular do rebélo ou com avango longitudinal do rebélo. * Denomina-se de usinagem por abrasdo 20 processo mecanico de usinagem no qual séo_ empre- gados abrasivos ligados ou soltot. Segundo a Norma PB-26 — Ferramentas Abrasivat da A.B.N.T., denominace ferramenta abrasive a ferramenta constituida de gros abrasivos ligados por aglutinante, com formas e dimensOes definidas. A ferramenta abrasiva com a forma de superticle de’ revolugdo, adaptdvel a um cixo, € denominada reblo abrasive. Nia sao considerados rebélos abrasivo# todas ou discos de metal, madeira, tecido, papel, tendo uma gu varias camadas de sbrasivos na superficie. _ . ** Vide Capitulo 1 — Conceites basics scbre os movimentos e as relardes geométricas do processo te usinagem. CLL oavioen fF y YA oe -— LLLLLALLLLLLLA Fig, 59-Roscamento interno com macho ROSCAMENTO Fig, 57-Roscomento interno com ferramenta | Fig 58~ de perfil Unico Roscomento interno com ferramerita perfit tnico iL Fig.61- Roscamento externa com ferramenta fe perfil Fig. 62-Rescomento externo com ferramenta de perfil midltiplo INTRODUGAO XXXIX 14.1.3 — Retificacgao de perfis — Processo de Tetificagao tangencial no qual a superficie usinada é uma superficie qualquer gerada pelo perfil do rebélo (figuras 76 e 77). 14.1.4 — Retificagéo tangenciat plana — Processo de retificagdo tangencial no qual a superficie usinada é uma superficie plana (figura 78). 14.1.5 — Retificagéo cilindrica sem centros — Processo de Tetificagfo cilindrica no qual a peca sem fixagdo axial é usinada por ferramentas abrasivas de revolugiio, com ou sem movimento longitudinal da pega (figuras 79 a 82). A retificagao sem centros pode ser com avango longitudinal da pega (reti- ficagéo de passagem) ou com avango radial do rebélo (retificagéo em miergulho) (figuras 80 a 82), 14.2 — Retificugdo frontal — Processo de retificagio executado com a face do rebdlo. £ geralmente executada na superficie plana da pega, per- pendicularmente ao eixo do rebélo, A retificacaio frontal pode ser com avango retilineo da pega (figura 83), ou com avang¢o circular da peca (figura 84). 15 — BRrUNIMENTO — Processo mecinico de usinagem por abraséo em- pregado no acabamento de furos cilindricos de tevolugéo, no qua! todos os grdos ativos da ferramenta abrasiva estéo em constante contato com a superficie da pega e descrevem trajetérias helicoidais (figura 85). Para tanto, a ferramenta ou a pega gira e se desloca axialmente com movimento alternativo. 16 — SUPERACABAMENTO Processo mec&nico de usinagem por abrasado empregado no acabamento ce pegas, no qual os gras ativos da ferramenta abrasiva estio em constante contato com a superficie da pega. Para tanto, 4 peca gira lentamente ¢ a ferramenta se desloca com movimento alternativo de pequena amplitude e freqiiéncia relativamente grande (figuras 87 ¢ 88). 17 — Lapipacdo — Processo mecdnico de usinagem pot abrasdo executado com abrasivo aplicado por porta-ferramenta adequado, com objetivo de se obier dimensdes especificadas da peca (figura 86)*. 18 — EsPELHAMENTO — Processo mecAnico de usinagem por abrasio no qual é dado o acabamento final da pega por meio de abrasivos, associados a um porta-ferramenta especifico para cada tipo de operaciio, com o fim de se obter uma superficie especular. 19 — Po.mmENtTo — Processo mecinico de usinagem por abrasio no qual a ferramenta é constituida por um disco cu conglomerado de discos reves- tidos de substancias abrasivas (figura 89 e 90). * Segundo a Padronizagdo Brasileira PB-26 da A.B.N.T., abrasive € um produto natural on sintético, granulado, usado de vdrias formas, com 2 finalidade de remover o material das superficies das pegas até 0 desejado. Fig. 65-Roscamento externo com fresa de perfil mcltiplo ROSCAMENTO Fig.66-Roscamento externo com freso de perfil tnica Fig.68-Limagem continua lima de segmentos RASQUETEAMENTO Fig, 69-Rasqueteamento RETIFIC. Fig.7!-Retificagdo cilindrica externa com avanco longitudinal Superficie periférica ACKO ————- Fig. 72-Retificagdo cilindrica interna com ovango longitudinal RETIFICACAQ Fig.73-Retificagdo cllindrica externc Fig.74-Retificagdo cilindrica Interna com avango radial com avango circular Fig. 75-Retiticagdo cénica externa Fig.76-Retificagao de perfil com com avango longitudinal avango radial pega Fig.77-Retificagda de perfil com Fig.78-Retificagio tangencial piana com avenge longitudinal may, retilineo da peca Fig.79-Retificagdo cilindrica sem centros Fig.80-Retificacdo ciiindrica sem centros c/avanco long. continuo da pega rebdélo de corte rebdto de arraste rebéio de arraste RETIFICACAG Fig.8\-Retificagdo cilindrica sem centros | Fig.82-Retiticagao cilindrica sem centros com avan¢o em’fileira de peas” com avange radial ‘eddlo de arraste Fig. 83-Retificagdo frontal com avanco Fig.84-Retificagto frontal com avango retilineo da pega cireulor do pega Fig.86-Lapidagao Farca sibre a peca Fig.88-Super—acabamento plano pe oscilacdo transversal ms toroa_sObre oO peca INTRODUGAO XLII 20 — LIxaMENTO — Processo mecinico de usinagem por abraséo exe- cutado por abrasivo aderido a uma tela e movimentado com pressao contra a peca (figuras 91 e 92). 21 — JATEAMENTO — Processo mecinico de usinagem por abrasio no qual as pecas séo submetidas a um jato abrasivo, para serem rebarbadas, asperizadas ou receberem um acabamento (figura 93). 22 — Artacko — Processo mecAnico de usinagem por abrasio, no qual & dado 0 acabamento das superficies da cunha cortante da ferramenta, com © fim de habilité-la desempenhar sua fungdo. Desta forma, sdo obtidos: os Angulos finais da ferramenta ( figura 94) *. 23 — DENTEAMENTO — Processo mecinico de usinagem destinado & obtencio de elementos denteados. Pode ser conseguido basicamente de duas maneiras: formagdo e geragao. ‘A formagéo emprega uma ferramenta que transmite a forma do seu perfil 4 pega com os movimentos normais de corte e avanco. A geragéo emprega uma ferramenta de perfil determinado, que com os movimentos normais de corte, associados aos caracteristicos de geraciio, produz um perfil desejado na pega. O estudo déste processo nao é feito aqui, por fugir do nosso objetivo de fornecer os conhecimentos gerais dos Processos de usinagem. * Vide Capitulo II — Geomerria da Cunha Cortante das Ferramentas de Usinagem, POLIMENTO | Fig.89-Patimento Fig.90-Poiimento disco com abrasive disco com abrasivo ferramenta suporte CONCEITOS BASICOS SOBRE OS MOVIMENTOS E AS RELACOES GEOMETRICAS DO PROCESSO DE USINAGEM 1.1 — GENERALIDADES Para o estudo racional dos dngulos das ferramentas de corte, das férgas de corte e das condigées de usinagem é imprescindivel a fixagao de conceitos basicos sébre os movimentos e as relacdes geométricas do processo de usinagem. Estes conceitos devem ser seguidos pelos técnicos e engenheiros que se dedicam a usinagem, 4 fabricagaéo das ferramentas de corte e maquinas operatrizes. Desta forma, torna-se necessdria a uniformizacao de tais conceitos, objeto das associacgdes de normas técnicas, Cada pafs indus- trializado tem assim as suas normas sobre angulos das ferramentas, formas dimensées das mesmas, etc. Na falta de norma brasileira sdbre ésse assunto, vamos seguir a norma DIN 6580 [1], a qual, a nosso ver, € a mais completa ¢ a que melhor se aplica aos diferentes processos de usinagem. A norma DIN 6580, objeto do presente estudo, substitui a antiga norma DIN 768 — Conceitos sébre ferramentas de corte [2], a qual nao satisfaz mais 4s necessidades atuais da pratica industrial, que exige conceitos gerais validos para todos os processos de usinagem. A recente norma DIN contém os fundamentos sébre uma sistematica uniforme de usinagem, constituindo 4 base para uma série de normas referentes ao corte dos metais, Aplica-se fundamentalmente a todos os processos de usinagem. Quando resultam limitagdes através de particularidades sébre certas ferramentas (por exemplo, ferramentas abrasivas), as mesmas s40 indicadas através de anotacées. A numerosidade de conceitos, que servem sdmente para uma ferramenta ou um processo de corte, néo ¢ tratada nesta norma. Por outro lado, a validade universal do conceito para todos os processos de usinagem fornece a possibilidade de reduzir ao minimo a quantidade de conceitos necessérios a pratica, Os coneeitos tratados nessa norma se referem a um ponto genérico da aresta cortante, dito ponto de referéncia. Nas ferramentas de barra éste ponto é fixado na parte da aresta cortante préximo a ponta da ferramenta. w FUNDAMENTOS DA USINAGE’ DOS METAIS 1.2 — MOVIMENTOS ENTRE A PECA © A ARESTA CORTANTE Os movimentos no processo de usinagem s40 movimentos relativos entre a pega € a aresta cortante. Estes movimentos séo referidos 4 pega, consi- derada como parada. Devem-se distinguir duas espécies de movimentos: os que causam direta- mente a saida de cavaco e aquéles que nao tomam Parte directa na formacéo do cavaco. Origina diretamente a saida de cavaco 0 movimento efetivo de corte, o qual na maioria das vézes é 0 resultante do movimento de corte ¢ do movimento de avanco. 1.2.1 — Movimento de corto O movimento de corte € 0 movimento entre a peca e a ferramenta, o qual sem 0 movimento de avanco origina somente uma Unica remogao de cavaco. durante uma volta ou um curso (figuras 1.1, 1,2 € 1.3). Mov etetivo de corte Mov. de corte Vy ‘Mov. efetwwo de corte Mov. de avonpo Fic. 1.1 — Furagao com broca helicoi- Fic. 1.2 — Fresamento com fresa cilin- dal, mostrando os movimentos de corte drica, mostrando os movimentos de € avanco, corte ¢ avanco. 1.2.2 — Movimento de a O movimento de avanco é o movimento entre a pega ¢ a ferramenta, que, juntamente com o movimento de corte, origina um levantamento repetido ou continuo de cavaco, durante varias revolugées ou cursos (figuras 1.1. 1.2¢ 1.3). O movimento de avango pode ser o resultante de varios movimentos com- ponentes, como por exemplo 0 muvimento de avanco principal ¢ 0 movi- mento de avanco lateral (figura 1.4). CONCEITOS BASICOS SOBRE OS MOVIMENTOS ory Pebble / Mov principal de venga Mov iranaver. ! / sel ée ovonce Mow. cetutaots de evens Fever expiauoro Hic. 1,3 — Retificagio plana tangencial Kis. 14 — Copiagem de uma pega mostrando os movimentas de corte mostrando ax componentes do movi- € avanco. mento de avango; avango principal ¢ avango lateral. 1.2.3 — Movimento efetive de corte © movimento efetivo de corte & 0 resultante dos movimentos de corte e de avanco, realizados ao mesmo tempo. Nao tomam purte directa na formagio do cavaco o movimento de posivio- namento, 0 movimento de profundidade eo movimento de ajuste. 1.2.4 ~ Movimento de pesicionomento £ © movimento entre a peca e a ferramenta, com o qual a ferramenta, antes da usinagem, é aproximada a peca Exemplo: a broca é levada a posigéo em que deve ser feito o furo. 1.2.5 — Movimento profundidade E o movimento entre a pega e a ferramenta, no qual a espessura da camada de material a ser retirada ¢ determinada de antemao. Exemplo: fixacao, no térno, da profundidade p (figura 1.11) da ferramenta. 1.2.6 ~ Movimente de aluste E o movimento de corregdo entre a pega e a ferramenta, na qual o desgaste da ferramenta deve ser compensado. Exemplo: movimento de ajuste para compensar o desgaste do rebélo na retificacéo. 1.3 — DIREGGES DOS MOVIMENTOS: Devem-se distinguir a diregdu de corte; diregdo de avango e direcao efetiva de corte, 1.3.1 — Diregdo de corte E a direcio instantanea do movimento de corte. 4 FUNDAMENTOS DA USINAGEM DOS METAIS 1.3.2 — Diregdo de avenge E a direcdo instantanea do movimento de avango. 1.2.3 — Direséo efetiva de corte E a diregdo instantanea do movimento efetivo de corte. 1.4 — PERCURSO DA FERRAMENTA EM FRENTE DA PECA* Devem-se distinguir © percurso de corte, 0 percurso de avango e o percurso efetivo de corte. 4. = eyrso de carte J. O percurso de corte h é 0 espago percorrido sébre a pega pelo punto de referéncia** da aresta cortante. segunda a diregdo de corte (fig. 1.5). Fic. 1.5 — Fresamenty tangencial com fresa cilindrica, Percursy de corte J; percurso efetivo de corte /; percurso de avango /.. (Os dentes | ¢ 2 mostram o movimento da fresa). 14.2 — ercurse de avenso |, © percurso de avango J, é 0 espaco percorrido pela ferramenta, segundo a diregao de avango (fig. 1.5). Devem-se distinguir as diferentes compo- nentes do movimento de avanco (fig. 1.4). 1.4.3 — Percurso efetive de carte t, O percurso efetivo de corte /, € 0 espago percorrido pelo ponto de referéncia da aresta cortante, segundo a direcdo efetiva de corte (fig. 1,5). 1.3 = VELOCIDADES Devem-se distinguir a velocidade de corte, a velocidade de avango © a velocidade efetiva de corte. Cs de trajeto. + Ver CONCEITOS BASICOS SOBRE OS MOVIMENTOS 5 — Velocldade de corte v A velocidade de corte v é a velocidade instantanea do ponto de referéncia da aresta cortante, segundo a direcio e sentido de corte, 1.5.2 — Veloei avanso v. A velocidade de avanco v, € a velocidade instantanea da ferramenta segundo a diregdo ¢ sentido de avanco. 1.5.3 — Velocidade efetive de certo v, A velocidade efetiva de corte ve é a velocidade instantanea do ponto de referéncia da aresta cortante, segundo a diregao efetiva de corte. Podem-se ter ainda, conforme o pardgrafo 1,2. as velocidades de posicio- namento, de profundidade e de ajuste. 1,46 — CONCEITOS AUXILIARES Para a uniformidade dos conceitos relativos aos diferentes processos de usinagem € necessdria a introdugao de alguns conceitos auxiliares: 1.6.1 — Plano de trabalho O plano de trabalho € o plano que contém as diregdes de corte e de avanco (passando pelo panto de referéncia da aresta cortante). Neste plano se realizam, portanto, todos os movimentos que tomam Parte na formacao do cavaco (figuras 1.6, 1.7 e 1,8). Ferramenta — Torneamento com ferramenta de barra, Plano de trabalho contendo o Angulo @ du diregao de avango e © Angulo 7 da diregio efetiva de corte, 6 FUNDAMENTOS DA USINAGEM DOS METAIS Fig, 1.7 — Fresamento tangencial com movimento discordante, Plano de tra- balho com o Angulo y da direcio de avango e o Angulo 4 da direcao efetiva de corte (yp < 90°). Presa ‘rabeita Fic. 1.8 — Fresamento tangencial com movimento concordante. Plano de tra- patho com o Angula gy da diregio de avango € 7 da diregao efetiva de corte lp > 909). 1.6.2 — Anguio — da diresao de svanse Q Angulo y da diregdo de avango é o Angulo entre a direcéo de avancgo ea diregéo de corte (ver figuras 1.6 a 1.10). Fic. 1.9 — Fresamento frontal. Varia- Fic. 1.10 — Retifieagao plana frontal. go do angulo gy da diregéo de avango. Variagao do Angulo g da diregaio de avanco. Esta norma trata sobretudo do caso gcral de usinagem, no qual a direcao de avango nem sempre € perpendicular 4 diregio de corte. Assim, por exemplo, no fresamento (figuras 1.7 ¢ 1.8) 0 Angulo g varia durante o corte. O caso do torneamento (figura 1.6), em que ¢ é constante e igual a 90°, é aqui apenas um caso particular. CONCEITOS BASICOS SOBRE 0S MOVIMENTOS 7 1.6.3 — Angulo 7 da diregéo efctiva de corte O Angulo da direcdo efetiva de corte é o Angulo entre a direcao efetiva de corte e a diregéo de corte (ver figuras 1.6, 1.7 ¢ 1.8). De acérdo com a figura 1.7 tem-se: AB q ene = = = ——___ _, logo BI = BOLy voce py sen ¢ y= (ty) cos gp + — Va Como geralmente a velocidade de avango v. ¢ pequena em relagiio 4 velo- cidade de corte v, éste Angulo é, na maioria dos casos, desprezivel. Assim, Nas operaceds comuns de torneamento, pode-se tomar y= 0. Porém, no roscamento com passo grande ¢ nao € desprezivel, pois representa o Angulo de inclinagdo da résca*. A tabela 1.1 apresenta os valéres déste angulo para o torneamento com diferentes avangos** em diferentes diametros da peca. Tais valéres servirao para calcular posteriormente os Angulos da ferramenta em fungao dos Angulos efetivos de trabalho. Superticies principois de corte Superticie lateral de corte Secgia de corte 8:0 pz b-h Ferromenta Fic. 1.1] — Torncamento, Superficie principal ¢ lateral de corte. * Com a introdusao dos novos conceitos dnguio du diresao de avonco . angulo da diresdo efetiva de corte 1 € plano de trabalho, cansisoem-s os conceitos basicvs Vilidos de um modo geral_ a Codex oy proressos de usinagem, oe Ver $18. TABELA I. Angulo do direséo efative de corte no torneamente de pesas de diferentes didmetres com diferentex avansos per volta Didmetro Avanco « da peca | ——____ —________ angulo 1B 7 (mm) (mm/volta)* | (fios/polegada) ery 0,125 200 22 0,0063 0,250 100 as 0,0126 63 0,500 50 1 27 0,0252 | 1,000 25 wr 53 0,0505 2,000 12,5 so 6 0.1010 0,125 200 ry 0,0040 0,250 100 23 0,0080 10 0,500 50 35 0,0159 1,000 25 1 49" 0,0318 2,000 12,5 3039" 0,0637 02500 | 100 17 0,050 0,500 50 34° 0,0099 16 1,000 25 8 0.0199 2,000 12,5 2 17 0,0398 4,000 63 40°03 0,0795 0,250 100 ur 0,0032 0,500 50 2 01,0064 25 1,000 25 4a 0,0127 2,000 12,5 oe 0,0255 4,000 63 2 SS 0,0510 0,500 50 wv 0,0040 1,000 25 28° 0,0080 40 2.000 12,5 3s 0,0159 i 4,000 63 1 4o 0.0318 8.000 | 32 3239" | 0,0637 0,500 50 . 0,0025 1,000 25 18° 0.0051 63 2,000 12,5 as" 0,0102 4.000 63 e 0.0202 8,000 3,2 2 19 0,0404 1,000 25 uw 0,0032 j 2,000 12,5 ww 0.0064 100 | 4,000 63 44° 0.0127 8,000 3,2 to 28° 0.0255 16,000 1,6 ep ss 0.0510 1,000 25 rT 90,0020 i 2,000 12,5 wt 90,0040 160 ! ay 6.3 28° 0,0080 8,000 32 35° 0,0159 16.000 1.6 Ie 49" 0,0318 2,000 12,5 o 0,0025 4,000 63 18° 0,0051 250 8,000 3.2 35° 0.0102 16,000 1.6 i F 00202 31,500 0.8 2 IT 0.0400 * Avangos normatizados segundo a norma DIN 803. CONCEITOS BASICOS SOBRE OS MOVIMENTOS 9 1.7 — SUPERFICIE DE CORTE As superficies de corte sio as superficies geradas na peca pela ferramenta. As superficics de corte que permanecem na peca constituirao as superficies trabalhadas (figura 1.11). 1 — Superticie cipal de corte E a superficie de corte gerada pela aresta principal de corte da ferramenta (figura 1.11), Ver capitulo 2.2. 1.7.2 — Superficie lateral de corte E a superficie de corte gerada pela aresta lateral de corte da ferramenta (figura t.11). Como na retificagio nao ¢ possivel, de antemao, distinguir no grao abrasivo a aresta principal da aresta lateral de corte, o rebélo é estudado a parte no que diz respeito ao conccito de superficie de corte 1.8 — GRANDEZAS DE CORTE As grandezas de corte sao as grandezas que devem ser ajustadas na maquina direta ou indiretamente para a retirada do cavaco. 1.8.1 — Avanso o O avango a & © percurso de avango em cada volta (figura 1.11) ou em cada curso (figura 1.15). Peco Fic. 1.12 — Fresamento discordante. Avango por deme au; avango de corte de: avango efetive de corte as. 10 FUNDAMENTOS DA USINAGEM DOS METAIS 1.8.2 — Avange por donte oa O avango por dente aa é 0 percurso de avanco de cada dente, medido na diregao do avango da ferramenta, ¢ corresponde 4 geragao de duas super- ficies de corte consecutivos (figura 1.12). Tem-se assim: a— a.Z (1.2) onde Z é o numero de dentes ou arestas cortantes. Quando Z = 1, por exemplo em fresas com um tinico dente ou em ferra- mentas de barra, tem-sc @ = au. Nas brocas heliocoidais tem-se: a = 2 au. Nas brochas o avanco por dente corresponde ao escalonamento dos dentes sucessivos (figura 1.17). Do avango por dente derivam o avango de corte a. © © avango efetivo de corte de. © avango de corte de & a distancia entre duas superficies de corte consecutivas, medida no plano de trabalho e perpendicular a diregio de corte (figura 1,12), Tem-se: ae = da eng. (3) Na usinagem com ¢ = 90° (por exemplo. no tornéamento € no aplaina- mento) resuita @ = aa = a. O avango efetivo de corte é a distancia entre duas superficics de corte consecutivas formadas, medida no plano de trabalho e perpendicular & direcdo efetiva de corte (figura 1.12). Tem-se de = da sen (p — 9)**. a4) Em muitos casos a relagéo v./v é to pequena que 7 é desprezivel. Desta forma, tem-se com suficiente aproximagao Mle = Aq SEN G FH A (1.5) Na retificagdo as grandezas au, de ¢ ae podem também ser definidas, porém de forma aproximada. 1.8.3 — Profundidede ou largura de corte Pp E a profundidade ou largura de penetragao da aresta principal de corte, medida numa diregdo perpendicular ao plano de trabatho (figuras 1.11 1.13 a 1.19), = Como no frestmento uy € muito pequeno, em face do didmetra da (ress. pode-se tomar aprox: madamente a, = ty. sen ++ Como no fresamento a, ¢ muito pequeno, em face do diametto da fresa, podemos tomar aproximadamente a, = 4g 20 if CONCEITOS BASICOS SGORRE OS MOVIMENTOS 1 Fece péca Fic. 1.13 — Fresamenta tangencial. Fic, 1.14 — Fresamento frontal, Largura de corte p; espessura de pe- Profundidade de corte p; espessura netrago ¢. de penetragao ¢. No torneamento propriamente dito, faceamento, aplainamento, fresamento frontal e retificagdo frontal (ver tabela da Introdug&o), p corresponde a profundidade de corte (figuras 1.11, 1.14, 1.15 e 1.16). Fic. 1.15 — Aplainamento. Profundi- Fic. 1.16 = Retificagéo frontal. dade de corte p: avango a = ae, Profundidade de corte p; espessura de penetracéo e, No sangramento, brochamento, fresamento tangencial (em particular fre- samento cilindrico) e retificagio tangencial (ver tabela da Introducio), p corresponde a largura de corte (figuras 1.13, 1.17 € 1.18). 12 FUNDAMENTOS DA USINAGEM DOS METAIS

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