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SONHEI QUE MATAVA O PRESIDENTE

Sonhei que matava o presidente

E era um dia feliz,

Não tinha arrependimento,

Nem culpa;

Vermes não deveriam existir.

Impeachment era pouco,

Renúncia era pouco,

O povo pedia "Guilhotina!"

Até ficar rouco.

De poeta marginal

Virei herói nacional,

A polícia me prendeu

Mas o povo me absolveu.

Quem tinha perdido esperança.

Recuperou.

As panelas silenciaram

Já o grito,

Ecoou.

Qualquer desavisado

Iria achar que era jogo do Brasil


Mas o jornal noticiava

“O presidente caiu”.

Sonhei que matava o presidente

Mas quando acordei,

Ele ainda estava vivo

E andava querendo

me matar.

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