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es parse 8 CONTEUDO DO CAPITULO pb bavit Bal 19.1.1 Flexibilidade 19.1.2 Tipos de FMSs ‘Componentes do FMS 19.2.1 Estagdes de trabalho 19.2 © que é um sistema flexivel de manufatura? 19.2.2 Sistema de manuseio e armazenamento de material 19.2.3 Sistema de controle computadorizado 19.2.4 Recursos humanos AplicagBes e vantagens do FMS 19.3.1 Aplicacdes do FMS 19.3.2 Vantagens do FMS 19.3 19.4 19.4.2 Aspectos operacionais do FMS 19.5 19.5.1 Modelo de gargalo 19.5.2. Modelo de gargalo estendido 19.5.3 Dimensionando o FMS 19.5.4 O que os nimeros nos dizem Aspectos de planejamento e implementagdo do FMS 19.4.1 Aspectos de planejamento e projeto do FMS Andlise quantitativa dos sistemas flexiveis de manufatura (sistema flexivel de manufatura (do inglés, flexible |__ manufacturing systems — FMS) foi identificado no capi- | tulo anterior como um dos tipos de célula de manufatura usados para implementar a manufatura celular. Ela & a mais aute ¢ tecnologicamente sofisticada das cé- | falas de tecnologia de grupo. Um FMS normalmente pos- "sui vétias estagbes automatizadas e € capaz de roteamentos -varidveis entre as estagdes. Sua flexibilidade Ihe permite ‘operar como um sistema de modelo misto. Um FMS inte- gra em um gnico sistema de manufatura altamente auto- matizado muitos dos conceitos e das tecnologias discutidos hos capflulos anteriores, incluindo a automagio flexivel (Sego 1.2.1), as maquinas CNC (Capftulo 7), 0 controle computadorizado distribuido (Sega 5.5.3), 0 manuseio € © armazenamento de material (capftulos 10 ¢ 11) e & tecnologia de grupo (Capitulo 18). O conceito de sistema flexivel de manufutura teve origem na Grii-Bretanha, 00 inicio da década de 1960 (Nota histérica 19.1), ¢ as pri- i j nina instalagdes de FMS nos Estados Unidos ocorreram por ylta de 1967. Esses primeiros sistemas reatizavam coperagoes de usinagem em famflias de peeas usando méquinas-ferramenta NC (do inglés, numerical control), ‘A teenologia FMS pode ser aplicada em situagdes de produgao semelhantes aquelas identificadas na manufatu- racelular: + A fdbrica atualmente produz,pegas em lotes ou usa eé- Iulas de tecnologia de grupo (TG; do inglés, technolo- gy group — GT) com operadores, mas a geréncia deseja automatizar. +E possfvel agrupar em familias uma parte das pecas produzidas na fébrica, cujas semelhangas permite que sejam processadas nas méquinas do sistema flexf- Nota histérica 19.1 O sistema flexivel de manufatura foi idealizado ori vimente prévio do controle numérico. O conceito co empregado por Molins durante meados da de 1960. Moll invencdo, que foi concedida em 1965. O conceito foi chamado de Syste ‘grupo de maquinas-ferramenta que compunham o ‘quais 16 horas seriam sem assisténcia de trabalhado ‘Um dos primeiros sistemas flexiveis de ma de usinagem da Ingersoll-Rand Company, em R trand, fabricante de maquinas-ferramenta, Em segui FMS Kearney & Trecker na Caterpillar Tractor ¢ 0 “ cron, A maioria das primeiras instalagbes de FM como a Ingersoll-Rand, a Caterpillar, a John Ds recursos financeiros necessérios para 05 prévia em maquinas NC, em sistemas de computa que se tornassem pioneiras na nova tecnologia foram instalados em outros paises ao redor ¢ nha Oriental, atual Alemanha), um sist chinen em cooperagao com a Univers foi demonstrado na Exposicao de Stanki OX. Estados Unidos. Nos ditim emenos cara; 30 industrial e sistemas de manufatura ae entre a instalagdo de um sistema flexi- Yel de manufatura ¢ a implementacio de uma célula de ‘Manufatura manual so: (1) o FMS requer investimento ‘iit maior porque novos equipamentos esto sendo ins- talados, enquanto a célula de manufatura manual pode ‘xigir apenas que equipamentos existentes sejam reorga- nizados ¢ (2) o FMS é tecnologicamente mais sofisticado ‘para os recursos humans que devem fazé-lo funcionar. ‘No entanto, as vantagens potenciais so enormes. Entre elas, 0 aumento da utilizagtio da maquina, a redugio do ‘espago de chio de fabrica, maior capacidade de resposta & mudanga, menores prazos de estoque e de fabricagio € ‘maior prodatividade, Detalhamos essas vantagens na Se- gio 19, Neste capitulo, vamos definir ediscutiro sistema fle- ‘xfvel de manufatura: 0 que o torna flexivel, quais sfio seus ‘eomponentes © suas aplicagses ¢ como implementar a tecnologia. Na ditima secio, apresentamos um modelo ‘matemiético para avaliar o desempenho do sistema flexivel de manufatura, 19.1 © QUE £ UM SISTEMA FLEX(VEL DE MANUFATURA? ‘Um sistema flexivel de manufatura (FMS) 6 uma cé- Tula de manufatura TG altamente automatizada, composta por um grupo de estagGes de provessamento (geralmente ‘méquinas-ferramenta de controle numérico computadori- zado — CNO), interligadas por um sistema automatizado de manuseio e armazenamento de material e tontroladas [por um sistema distribufdo de computaczo. O motivo de o FMS ser chamado de flexivel é que ele € capaz de proces- sar uma Variedade de tipos de pecas diferentes simultanea- ‘mente nas diversas estagbes de trabalho, ¢ a mistura de | tipos de pegas ¢ as quantidades de producto podem ser ajustadas em resposta as mudancas de demanda. O FMS ¢ mais adequado para a faixa de produgio de variedade mé- | dia e volume médio (Figura 1.5). A vezes, as iniciais FMS sio também usadas para desipnar o termo sistema de usinagem flextvel (do inglés, flexible machining system). O processo de usinagem é a "maior dre de aplicacao para a tecnologia FMS. No entan- " 10, parece adequado interpretar FMS no sentido mais am- plo, permitindo uma gama de aplicagées posstveis além da Um FMS se baseia nos prinefpios da tecnologia de | grupo. Nenhum sistema de manufatura pode ser completa- | mente flexivel. Existem limites para a gama de pegas ou produtos que podem ser feitos em um FMS. Assim, um sistema flexfvel de manufatura € projetado para produzir ‘dentro de uma faixa definida de tipos, tamanhos e proces- sos. Em outras palavras, um FMS € capaz de produzir uma ‘inica famflia de pegas ou um niimero limitado de famitiag de pegas. Um termo mais apropriado para o FMS seria sistema flexivel de manufatura automaticado, O uso da palavra ‘automatizado’ distinguitia esse tipo de tecnologia de ‘produgiio de outros sistemas de manufatura flexiveis, mas nfo automatizados, como uma célula de manufatura TG ‘com operadores, A palavra ‘fiextvel’ o distinguiria de ou- tos sistemas de manufatura altamente automatizados, mas ni flexiveis, como uma linha de transferéncia con- yencional. No entanto, a terminologia existente esta bem cestabelecida. 19.1.1 Flexibilidade AA questo da flexibilidade do sistema de manufatura foi discutida anteriormente na SegAo 13.2.5, na qual iden- tiffcamos trés recursos que um sistema de manufatura deve possuir para ser flexfvel: (1) a capacidade de identi- ficare distinguir os diferentes tipos de pecas ou produtos processados pelo sistema, (2) a répida troca das instru- ‘Goes operacionais e (3) da configuracio fisica. A flexibili- dade é um atributo que se aplica tanto aos sistemas, ‘manuais como aos automatizados. Nos manuais, os traba- Thadores humanos s4o, muitas vezes, os facilitadores da flexibilidade do sistema, Para desenvolver 0 conceito de flexibilidade em um sistema de manufatura automatizado, considere uma céhu- Ja constitufda de duas mfquinas-ferramenta CNC que so, carregadas e descarregadas por um rob0 industrial a partir de um carrossel de pegas, como no arranjo ilustrado na Figura 19.1. A célula opera sem assisténcia por longos pe- iodos de tempo. Periodicamente, um trabalhador precisa, descarregar pecas prontas do carrossel e substitul-las por novas, Por qualquer definigio, essa é uma célula de menu- fatura automatizada, mas seria uma célula de manufatura flexivel? Pode-se dizer que sim, é flexivel, pois a célula é composta de méquinas-ferramenta CNC, ¢ as m: CNC si flexiveis porque podem ser programadas para usinar diferentes configuragées de pecas. Contudo, se a eélula funcionar apenas no modo em lote, no qual o mes- mo tipo de pega é produzido por ambas as méquinas em Totes de varias centenas de unidades, entio ela nfo se qua~ lifica como manufatura flexivel. Para ser consideradio flexivel, um sistema de manufa- tura precisa satisfazer a varios ctitérios. A seguir, apresen- tamos quatro testes razoaveis de flexibilidade em um sistema de manufatura antomatizad 1. Teste da variedade de pecas. O sistema pode processar diferentes tipos de pecas em um modo nfo lote? Figura 19.1 Célula de manufatura automatizada com Sistemas flexiveis de manufatura ¥ 441 ‘duas méquinas-ferramenta e robé, Euma célula flexivel® 1 Robs Mesa de trabalho da maquina _| | Teste da mudanga de programa, O sistema pode acei- tar imediatamente mudangas no programa de produ: Gio, ou seja, alteragdes no mix de pegas e/ou nas quantidades? Teste da recuperacdo de erros. O sistema pode se re- cuperar tranquilamente de fulhas de equipamento paralisagdes, de modo que a produgo no seja com- pletamente interrompida? Teste das novas pegas. Novos projetos de pega podem ser introduzidos no mix de produtos existentes com re- lativa facilidade? Se a resposta a todas essas perguntas for ‘sim’ para determinado sistema de manufatura, ent&o ele pode ser considerado flexivel. Os critérios mais importantes sto 0 (1) © 0 (2). Os critérios (3) e (4) silo menos rigorosos ¢ Podem ser implementados em varios nfveis. Na verdade, a intodugdo de novos projetos de pega niio é considerada em alguns sistemas flexiveis de manufatura; esses siste- Mas sip projetados para produzir uma famflia de pegas Cujos membros so conhecidos antecipadamente. Voltando a ilustragiio, a eélula de trabalho robética Satisfaz os eritérios se ela (1) puder produzir diferentes Configuragdes de pegas em um mix, em vez de em lotes, (2) permitir alteragdes no programa de produgio; (3) for ‘apaz. de operar mesmo se uma maquina sofrer uma part- ‘isagao (por exemplo, enquanto reparos estiio sendo feitos "& miquina quebrada, seu trabalho € temporariamente ‘tansferido para @ outra méquina); e (4) puder acomodar 0V0s projetos de pega se os programas de pega NC fore. SSctitos off-line , depois, transferides ao sistema para "Xecucdo, A quarta capacidade requer que a nova pega Maquina-ferramenta - Carrossel de pegas esteja dentro da famflia de pecas destinada ao FMS, de modo que as ferramentas usadas pelas méquinas CNC e 0 efetuador final do rob6 estejam adaptados ao novo projeto de pega. 19.1.2 Tipos de FMSs ‘Tendo considerado a questo da flexibilidade, veja- mos os tipos de sistemas flexiveis de manufatura, Cada FMS ¢ projetado para uma aplicagao specifica, ou seja, ‘uma familia de pegas © processos especfficos. Portanto, cada FMS possui seu projeto personalizado e € vinico, Da- das essas circunstéincias, esperarfamos encontrar uma grande variedade de projetos de sistema parasatisfazerum | amplo leque de exigencias de aplicagdes, (Os sistemas flexiveis de manufatura podem ser distin- guidos de acordo com os tipos de operagées que realizam: ‘operagées de processamento ou operagées de montagem (Segiio 2.2.1), Um FMS normalmente é projetado para exe- ‘cutar uma ou outra, mas raramente ambas. Uma diférenga aplicdvel aos sistemas de usinagem € se o sistema proces- saré pegas rotativas ou prisméticas (Sego 13.2.1). Os sis- temas de usinagem flexfveis com miltiplas esiagdes que processam pesas rotativas sio muito menos comens do que 05 sistemas que processam pegas prismiticas (nfio rotati- -vas). Duas outras maneiras de classificar os sistemas flexi- : pelo niimero de maquinas € pelo Neimero de maquinas. Os sistemas flexiveis de : de 0 ni- Sate .célula de maquina tinica consiste de um centro ® usinagem CNC combinado com um sistema de arma- mien de peas para operagio auténoma (Seco , come na Figura 19.2. As pegas concluidas so See abatiine ‘descarregadas da unidade de armazena- “mento de pegas ¢ as pegas brutas so nela carregadas. A e6lula pode ser projetada para operar no modo lote, no “modo flexfvel ou em uma combinagio dos dois. Quando ‘operada no modo lote, a maquina processa pecas de um ‘tinico tipo em tamanhos de lote especificados e, depois, 6 ‘modificada para processar um Iote do proximo tipo de ‘pega, Quando operado em um modo fiexivel, o sistema ‘satisfaz trés dos quatro testes de flexibilidade, Ble capaz de (1) processar tipos diferentes de pegas, (2) responder a miudangas no programa de producao e (4) aceitar introdu- (Bes de novas pegas. O critério (3), recuperagao de erros, iniio pode ser satisfeito porque, se a tinica méquina que- bar, a produgdo para, Uma célula flexivel de mamufarura (do inglés, flexi- ble manufacturing cell — FMC) consiste de duas ou trés stages de trabalho de processamento (normalmente cen- tos de usinagem CNC ou centros de torneamento) com um sistema de manuseio de pegas, que ¢ conectado a uma estagio de carga/descarga e geralmente inclui uma capaci- dade limitada de armazenamento de pecas. Uma possivel FMC é ilustrada na Figura 19.3. Uma célula de manufatu- ra flexivel satisfaz os quatro testes de flexibilidade discuti- ‘dos anteriormente. Um sistema flextvel de manufatura (FMS) possui ‘quatro ou mais estagdes de processamento conectadas | mecanicamente por um sistema de manuseio de pegas comum ¢ eletronicamente por um sistema de computa- ‘¢fo distribuido. Assim, uma importante distingo entre 0 FMS e a FMC esté no nimero de méquinas: um FMC ‘possui duas ou trés méquinas, enquanto um FMS possui ‘quatro ou mais.' Normalmente existem outras diferengas também, Uma delas ¢ que 0 FMS em geral inclui esta- |__ ges de trabalho nao processadoras que apoiam a produ- | fio, mas nao participam diretamente dela. Essas outras ‘incluem estagies de lavagem de pega/palete, méquinas | Ty Defnimos x quantidade de quatro méquinas como a que separa um FMS de uma FMC. Entretanto, nem todos os | __pofissionais concordam com essa definigo; alguns podem tum valor mais alto, enquanto outros preferem um ingmero menor. Além disso, a distinglo entre a eélula e 0 sistema parece aplicar-se apenas a sistemas Mlexiveis de ma- ‘nufatura que so automatizados. Os cortespondentes com ‘operadores desses sistemas, discutidos no capitulo anterior, ‘slo sempre referidos como eétulas, independentemente de -quantas estagdes de trabalho esto envolvidas. de medigo por coordenadas e assim por diante. Outra diferenga € que o sistema de controle computadorizado de um FMS ¢ geralmente maior € mais sofisticado e, ‘muitas vezes, inelui fungOes nem sempre encontradas em ‘uma eélula, como diagndstico e monitoramento de ferra- mentas, Essas fungdes adicionais so mais necessérias ‘em um FMS do que em uma FMC, j4 que 0 FMS € mais complexo. Algumas das caracteristicas distintivas das trés gorias de células e sistemas flexiveis de manufatura resumidas na Figura 19.4, A Tabela 19.1 compara os trés sistemas em fungfio dos quatro testes de flexibilidade, Nivel de flexibilidade. Outra maneira de classifi- car os sistemas flexiveis de manufatura € conforme 0 nivel de fiexibilidade designado para o sistema. Esse método de classificagio pode ser aplicado a sistemas com qualquer niimero de estagbes de trabalho, mas sua aplicagfo parece mais comum com FMCs e FMSs. As lidade so (1) dedicada e (2) de duas categorias de flexil ordem aleatéria, © FMS dedicado € projetado para produzir uma va- riedade limitada de tipos de pegas, 0 universo completo de pecas que serfo fabricadas no sistema & previamente conhecido. A familia de pegas provavelmente deve ser ba- seada na uniformizagio do produto em vez, de na seme- Thanga geométrica. Como o projeto do produto é considerado estavel, o sistema pode ser elaborado com, certo grau de especializagao de processo para tomar as operagées mais eficientes. Em vez de aplicadas ao uso ge- ral, as méquinas podem ser projetadas para os processos espectficos necessérios para produzir a limitada famflia de Pegas, aumentando assim a taxa de produgdo do sistema Em alguns casos, a sequéncia de méquinas ¢ idéntica ou quase idéntica para todas as pegas processadas, de modo que pode ser apropriada uma linha de transferéncia, em que as estagdes de trabalho possuem a flexibilidade neces- séria para processar as diferentes pegas do mix. Na verda- de, 0 termo linha de transferéncia flexivel 6 muitas vezes utilizado para esse caso [15] Um FMS de ordem aleatéria € mais apropriado quando: a familia de pegas for grande; houver variagdes substanciais na configuracio das pecas; novos projetos de pega forem introduzidos no sistema e alteragdes de enge- nharia ocorrerem nas pegas atualmente produzidas; ¢ 0 Programa de producio estiver sujeito a alteragées de um dia para o outro, Para acomodar essas variagées, 0 FMS de ordem aleatéria precisa ser mais flexivel do que o FMS dedicado, Ele € equipado com méquinas de uso geral para) lidar com as variagdes do produto e ¢ capaz de processar | Degas em virias sequéncias (ordem aleatéria). Um sistema i 3 { 4oumals — Namero de méquinas . 3, Recuperacio de erros 4. Novas, de programa esas ‘sim Recuperagao limitada porter apenas | Sim tuma méquina sim Recuperagao de erros limitada porter | Sim | menos méquinas do que o FMS. sim Redundéncia de maquina ao | Sim | feito das paralisacoes de maquina. flexfvel, mas capaz de taxas de produgio mais elevadas. O. FMS de ordem aleat6ria € mais flexivel, mas & custa de taxas de produgio menores. A comparagio desses dois ti- pos de FMS € apresentada na Figura 19.5. A Tabela 19.2 | Je producao, yume anual Q Sistemas flexiveis de manufatura ¥ 445 Tabela 19.2 Critéios de lexibil dade splicadov ao FS dadiado #0 FMS de fordem aleatiag ritérios de flexibilidade (Testes de flexibiidade) Tipode | 1.Variedade de pecas | 2, Mu 4 ets idanca de programa | 3. Recuperacio de erros 4. Novas pegas. “Fw dedicado | Limitada. Todas as pecas | Mudangas imlladay conhecidas previamente, podem ser toleradas, Limitada por processos | Nao, Novas introduces i sequenciais. de pega si dices, Fu de ordem | Sim. Variagbes substan- | Mudangas frequentes | Aredundanclade ‘Sim, Sistema pr aleatria clas de pega so signficantes sao méquinas minimizao | para novas in de ss possiveis, ‘feito das paralisagoes de | pega, méquina, apresenta uma comparago entre 0 FMS dedicado e 0 FMS de ordem aleat6ria, em fungio dos quatro testes de flexibilidade. 19.2 COMPONENTES DO FMS Como indicado em nossa definigl0, existem vérios componentes bisicos de um sistema flexivel de manufatu- ra (1) estagGes de trabalho, (2) sistema de manuseio e ar- mazenamento de material e (3) sistema de controle computadorizado. Além disso, embora um FMS seja alta- ‘ous sHio necessérias para ge- mente automatizado, (4) pes renciar e operar o sistema. 19.2.1 Estagdes de trabalho © equipamento de processamento ou montagem usado em um sistema flexivel de manufatura depende do tipo de trabalho realizado. Em um sistema projetado para operagies de usinagem, os principais tipos de estagdes de Processamento so as méquinas-ferramenta CNC. Entre tanto, © conceito de FMS € aplicével também a outros Processos, A seguir, apresentamos 0s tipos de estagdes de ‘tabalho normalmente encontrados em um FMS. Estagdes de carga/descarga. A estagao de cargal descarga é a interface fisica entre o FMS e 0 resto da fabri ca. E onde as pegas de trabalho brutas entram ¢ por onde 48 acabadas saem do sistema, A carga ¢ a descarga podem ‘Serrealizadas manualmente (mais comum) ou por meio de ‘istemas de manuseio automatizados. A estagiio de carga/ ‘escarga deve ser ergonomicamente projetada para permi- ‘Wa circulagdio cOmoda e segura das pegas de trabalho. Gruas mecanizadas e outros dispositivos de manuseio si ‘Mstalados para ajudar o trabalhador com as pegas que Sho Pestdas demais para que ele suspenda manualmente, Cer ‘nivel de limpeza deve ser mantido no local de trabalho, & Mangueiras de ar ou outras instalages de limpeza so 'entemente utilizadas para remover cavacos e garantir Pontos de montagem e fixagdo limpos. A estagio, muitas vezes, € levantada ligeiramente acima do nivel do chao usando uma plataforma do tipo estrado para permitir que cavacos e fluidos de corte eaiam através das aberturas para Posterior reciclagem ou eliminagéo. A carga/descarga da estago inclui uma unidade de entrada de dados e um monitor para comunicagio entre 0 operador e o sistema de computador. Por meio desse siste- ‘ma, 0 operador recebe instrugées sobre quall pega caregar ‘no prOximo palete a fim de cumprir o programa de produ- 80. Quando diferentes paletes so necessérios para dife- rentes pegas, 0 palete correto deve ser fornecido para a estagtio, Quando uma fixago modular for empregada, a fixago correta deve ser especificada e as ferramentas © os ‘componentes necessfrios devem estar disponfveis na esta- ‘so de trabalho para construe, Quando © procedimento de carga de pega for conelufdo, o sistema de manuseio deve langar 0 palete no sistema, mas no antes disso; o sistema de manuseio precisa ser impedido de mover © pa- Jete enquanto 0 operador ainda estiver trabalhando, Essas condigdes exigem a comunicagdo entre 0 computador € 0. ‘operador na estago de carga/descarga, Estagdes de usinagem. As aplicagdes mais co- ‘muns dos sistemas flexiveis de manufatura sio as ope- ragdes de usinagem. Portanto, as estagdes de trabalho utilizadas nesses sistemas silo predominantemente mé- quinas-ferramenta CNC. O mais comum é 0 centro de uusinagem CNC (Seco 14.3.3), em particular, 0 centro de usinagem horizontal, Os centros de usinagem CNC possuem caracteristicas que os tornam compativeis com 0 FMS, incluindo a troca ¢ © armazenamento autométi- cos de ferramentas, 0 uso de pegas de traballio em pale tes, CNC e capacidade para o controle numérico direto (do inglés, direct numerical control — DNC) (Seco 7.3). Os centros de usinagem podem ser encomendados: pbnopmaety ic tn nectados com o sistema de do FMS. Os centros de usinagem geralmente sio usid gas no rotativas, Para as pegas | 7. | 446 ¥ Avtomagio industiale sistemas de manufatura ‘Torneamento so utilizados; ¢ para as pegas que sio ba- ‘Sicamente rotativas, mas exigem ferramentas rotativas ‘com miltipios gumes de corte (fresamento ¢ furagio), ‘0s centros de fresamento-torneamento (do inglés, mill- turn) podem ser usados. Esses tipos de equipamentos ‘ilo deseritos na Segio 14.3.3. Em alguns sistemas de usinagem, os tipos de opera- ghes realizadas slo concentrados em determinada cate- goria, como fresamento ou torneamento. Para fresamento, podem ser usados médulos de fresamento especiais ob- tendo nfveis de produgio mais altos do que um centro de uusinagem pode atingir. O médulo de fresamento pode ser de eixo-frvore vertical, horizontal ou com miltiplos ‘eixos-dirvores. Para operagdes de tormeamento, médulos de torneamento especiais podem ser projetados para 0 FMS. No tomeamento convencional, a pega de trabalho ¢ ‘girada contra uma ferramenta fixada na méquina e movi- mentada em diregao paralela ao eixo de rotagao de traba- Tho. As pegas fabricadas na maioria dos FMSs_sio pprismaticas, mas podem exigir algum torneamento em ‘sua sequéncia de processos. Para esses casos, a pegas ‘silo mantidas em uma fixagao de paletes por todo o pro- ‘cessamento no FMS, e um médulo de torneamento € pro- {Jetado para girar a ferramenta com um gume de corte em ‘tormo da peca. ‘Outras estagdes de processamento. O conceito do sistema flexivel de manufatura tem sido aplicado a ‘outras operagées de processamento além da usinagem. ‘Uma dessas aplicagSes é a fabricago que usa chapas me- tilicas, descrita em Winship [34]. As estacdes de proces- samento consistem de operagdes de prensagem, como furago, corte ¢ certos processos de dobra e conforma- ‘gio. Além disso, sistemas flexfveis t&m sido desenvolvi- dos para automatizar o proceso de forjamento [32], ‘tadicionalmente uma operago que exige muito traba- Tho. As estagbes de trabalho no sistema consistem princi- palmente de um forno de aquecimento, uma prensa de forjamento e uma estago de corte, Montagem. Alguns sistemas flexiveis de manufa- tura so projetados para executar operagdes de monta- ‘gem. Os sistemas flexfveis de montagem automatizados ‘estio gradualmente substituindo 0 trabalho manual na ‘montagem de produtos feita em lotes. RobOs industriais ‘muitas vezes S40 usados como estagdes de trabalho auto- ‘matizadas nesses sistemas flexiveis de montagem. Eles ‘podem ser programados para executar tarefas com varia- ‘ges no padriio de sequéncia ¢ no movimento para aco- ‘modar 0s diferentes tipos de produtos montados no sistema, Outros exemplos de estagdes de trabalho de ‘montagem flexiveis so as méquinas de posicionamento de componente programaveis amplamente utilizadas na ‘montagem eletrOnica. Outras estag6es e equipamentos. A inspeio pode ser incorporada em um sistema flexivel de manufa- tura, quer pela inclusfio de uma operagiio de inspegio em ‘uma estago de processamento, quer pela inclusio de ‘uma estagio projetada especificamente para inspegiio. As méquinas de medigaio de las (SegHo 22.4), as sondas de inspegiio especial que podem ser usadas em ‘um eixo de um miéquina-ferramenta (Segio 22.4.5) ¢ a visio de méquina (Segio 22.6) so trés possiveis te em um FMS. A inspegio é yordet logias para realizar insp especialmente importante nos sis as flexiveis de mon: tagem para garantir que os componentes sejam correta mente adicionados as estagdes de trabalho. Examinamos ‘© assunto inspego automatizada com mais detalhes no Capitulo 21. ‘Além das citadas acima, outras operagbes ¢ fungdes sto frequentemente realizadas em um sistema flexivel de ‘manufatura, Blas incluem a limpeza de pecas e/ou fixagdes em paletes, os sistemas centrais de fornecimento de refri- ‘geragiio para o FMS inteiro e os sistemas centralizados de remogiio de cavacos normalmente instalados abaixo do nf vel do solo. 19.2.2 Sistema de manuseio e armazenamento de material © segundo componente importante de um FMS ¢ 0 sistema de manuseio e armazenamento de material. Nesta segio, discutiremos as fungSes do sistema de manuseio, os equipamentos de manuseio de material normalmente utili zados em um FMS ¢ os tipos de layout de FMS. Fungées do sistema de manuseio, © manuseio e armazenamento de material em um sistema flexivel de ma nufatura desempenha as seguintes fungdes + Possibilitar 0 deslocamento aleatério e independente de pecas de trabalho entre as estagdes. As pegas pre cisam ser capazes de se mover de qualquer méquine no sistema para qualquer outra méquina, a fim de fornecer alternativas de encaminhamento para diferentes pegas ¢ fazer substituigdes de méquinas quando estagdes es- tiverem ocupadas. Permitir 0 manuseio de varias configuragdes de peca de trabalho. Para pegas prisméticas (nfo rotativas), {sso normalmente € feito usando dispositivos modula- tes de fixago em palete no sistema de manuseio. 0 ispositivo de fixagio ¢ localizado na face superior do palete e € projetado para acomodar diferentes configu- rages da pega por meio de componentes comuns, re- cursos de troca répida © outros. dispositivos. que permitam um répido ajuste da fixaglo para uma deter ‘minada pega. A base do palete € projetada para o siste- ma de manuscio de material. Para pegas rotativas, robés industriais normalmente sdo utilizados para car- segar € descarregar as méquinas de torneamento e para mover as pegas entre as estagGes, + Fomecer armazenamento tempordrio. © mimero de pegas no FMS normalmente excede o de pegs efeti- ‘vamente sendo processadas em qualquer dado mo- mento. Assim, cada estago possui uma pequena fila de pocas, ou talvez uma tinica pega, esperando para ser processada, 0 que ajuda a manter a alta utilizagao das maquinas. + Formecer acesso conveniente para carregar e descar- regar pecas de trabalho. O sistema de manuseio preci- sa incluir locais para estagGes de cargaldescarga, + Criar compatibilidade com o controle computadoriza- do. O sistema de manuseio deve estar sob controle di- reto do sistema de computador, que 0 direciona para as diversas estagdes de trabalho, estagdes de carga/des- carga e éreas de armazenamento. Equipamento de manuseio de material. Os ti- pos de sistemas de manuseio de material usados para transferir pegas entre as estagées em um FMS incluem uma variedade de equipamentos convencionais de trans- Porte de material (Capitulo 10), mecanismos de transfe- réncia em linha (Segéo 16.1.2) e robés industriais (Capitulo 8). A fungio de manuseio de material em um FMS normalmente € compartilhada entre dois sistemas: (1) um sistema primério de manuseio e (2) um sistema secundério de manuseio, O sistema primdrio de manuseio Tabela 19.3 Equipamento normalmente « de FMS ‘Configuragao de layout layout em linha Layout circular Layout em escada “Layout em campo aberto. _ Layout centralizado em robo | R io, para apresentar a sup e@)oam d xiveis de manufatur gorias: (1) retas do ciclo, no qual estagies de trabalho so localiza, das, como mostra a Figura 19.8. Os degraus aumentam 0 _niimero de maneiras possivels para se passar de urna mé- quina para outra e evitam a necessidade de um sistema ‘secundirio de manuseio. Isso reduz a distincia média de movimentagiio ¢ minimiza 0 congestionamento no siste= ma de manuseio, reduzindo o tempo de transporte entre as estagdes, © layout em campo aberto (do inglés, open field layout) consiste de miltiplos loops e escadas ¢ pode in- cluir ramais, conforme ilustrado na Figura 19.9. Esse tipo de layout em geral é apropriado para o processamento de ‘uma grande familia de pegas. O ntimero de tipos diferentes ‘de maquina pode ser limitado € as pegas silo roteadas para estagdes de trabalho diferentes, dependendo de qual estix ver disponivel primeiro. O layout centralizado em robd (do ingles, robot -centered layout) (Figura 19.1) usa um ou mais robés como 0 sistema de manuseio de material. Os robés indus- triais podem ser equipados com garras que os toram bem adaptados para o manuseio de pegas rotativas, ¢ 0s layouts de FMS centralizados em rob6 normalmente sao usados para processar pegas cilindricas ou discoidais. Pegas parcialmente [— acabadas Sistema de transporte de pecas \ Fluxode batho [2c 9 oO —> sgn Usg Usgm Usgm Aut Aut Aut Aut Carro transportador trabalho Linha principal ae Tt oh see secundivio Usgm | | Usgm | de manuseio ‘Aut aa sag de descays de pas; Us = estado de usinagem: 30 manual: Aut = estagho. st = estagdo de carga de pega Degas automatizadas Caminho-guia do AGV sitio para coordenar o processamento nas estades indi- vviduais, Em um FMS de usinagem, programas de pegas ‘precisam ser transferidos para as méquinas, e o DNC & usado para essa finalidade, O sistema DNC armazena os ‘Programas, permite o envio de novos programas e a edi- ‘0 de programas existentes conforme o necessério, além de realizar outras fungbes de DNC (Segio 7.3). 3. Controle de producdio. A composigio ¢ a velocidade ‘em que as vérias pecas sio langadas no sistema preci- ‘sam ser controladas. Os dados de entrada necessirios Para 0 controle de produgdo incluem as taxas de pro- ugdo didria desejadas por pega, o nimero de pegas ‘brutas dispontveis © o miimero de paletes apliciveis?A._| funglo de controle de producto € realizada pelo rotea- | ‘mento de um paleteaplicdve para a érea de cargades- | ‘carga © pelo fomecimento de instrugses ao operador | ‘para carregar a pega de trabalho desejada, _ Otero ‘alee aplictvels refer a uma palete que € adapta ‘da para aceitar uma pega de trabalho de determinado tipo. 4, Controle de trdjego, Isso se refere 40 gerenciamento do sistema primério de manuseio de material que mo. vimenta as pesas entre as estagdes. O controle de tele fego ¢é realizado acionando chaves em ramais e pontos de convergéncia, parando pegas nos locais de transfe- réncia da méquina-ferramenta e movendo paletes para cestagdes de carga/descarga, 5. Controle do carro transportador. Essa fungo de cone trole € responsével pela operagio e pelo controle do sistema secundério de manuseio em cada estagio de trabalho. Cada carro transportador precisa estar coor. denado com o sistema primério de manuseio e sincro- nizado com a operagio da méquina-ferramenta que ele serve. 6. Monitoramento de pecas. © computador precisa moni- torar 0 estado de cada carro e/ou palete nos sistemas secundérios de manuseio, bem como 0 estado de cada uum dos virios tipos de pegas. 7. Controle de ferramentas. O controle das ferramentas se incumbe do gerenciamento de dois aspectos das fer~ ramentas de corte: * Local da ferramenta. Isso envolve 0 controle das ferramentas de corte em cada estago de trabalho, Se alguma ferramenta necesséria para processar dcterminada pega ndo estiver presente na estagio que esté especificada no roteamento da pega, 0 subsistema de controle de ferramenta toma uma ou ambas das seguintes ages: (a) determina se uma estago de trabalho alternativa que possui a ferra- menta necesséria esta dispontvel e/ou (b) notifica 0 operador responsavel pelo ferramental no sistema. ‘que a unidade de armazenamento de ferramenta na estagio precisa ser carregada com a ferramenta ou. as ferramentas necessdrias. Tubela 19.4 Relatérios de deser Tipo de relatério 8. Monitoramento e relat ‘ma de controle comput coletar dados sobre a sistema flexfvel de manu ‘camente resumidos e rel do sistema sto preparad dicando 0 desempenho dc ta 19.4, Diagndstico. Fungo disponive ‘Brau, em muitos sistemas lancer, mantras leas ¢ resi purlisg mentar a disponib ‘Um EMS possui silo transmitido tador central, caividade (va Disponbiidade birerapdeepie Siedler ——— tag de Ustizagao Fete eta ¢ Se idadlesdirias ese Produgio atidades reais com 0 ora ee Ferramentaia Status Outro componente no FMS ¢ 0 trabalho humano, ne- -cessfirio para gerenciar as operagdes do sistema, As fun- ‘ges normalmente realizadas por humanos incluem (1) carregar pegas de trabalho brutas, (2) descarregar pegas ‘acabadas (ou montagens), (3) trocar © preparar ferramen- ‘tas, (4) realizar manutengio e reparo de equipamentos, (5) realizar programagio de pegas NC, (6) programar e operar sistema de computador e (7) gerencié-lo. 19.3 pee cos EVANTAGENS DO ‘Nesta segio, trataremos das aplicagdes dos sistemas, flexfveis de manufatura e de suas yantagens, 19.3.1 Aplicacées do FMS ‘A automagao flexivel 6 aplicdvel a uma variedade de ‘operagbes de manufatura, Embora a tecnologia FMS seja ‘mais aplicada em operagées de usinagem, ¢ utilizada em ‘outras plicagdes, como prensagem de chapas de metal, forjamento © montagem. Nesta segio, examinaremos algu- ‘mas aplicagées utilizando estudos de caso como exemplos, Sistemas de usinagem flexiveis, Historicamente, a ‘aioria das aplicagdes de sistemas flexiveis de usinagem tem sido feita em operagdes de fresamento e furagto (pegus prismiticas), usando centros de usinagem CNC, As aplicas goes de FMS para tomneamento (pecas rotacionals) eram muito menos comuns até recentemente, © os sistemas que esto instalados costumam consistir de menos méquinas, Por exemplo, as eétulas de méquina tinien constitufdas por ‘unidades de armazenamento de pecas, 08 robds de canga de pegas e os centros de torneamento CNC silo hoje amplas ‘mente utilizados, embora nem sempre de modo flexivel. ‘Abordaremos algumas questdes por tris dessa anomalia no desenvolvimento dos sistemas de usinagem flexivels, ‘Ao contritio das pegas rotacionais, as pegus prismiti- ‘eas normalmente sio pesadas para um operidor human ‘earregar com facilidade e rapide na méquina-ferramenta im, foram desenvolvidas fixagdes em paletes pau line (que que nilo esti posicionado para trabalho) por meio de guindastes fe entio a pega sobre 0 palete pudesse ser movida para a frente ao cixo-frvore da méquina-ferramenta, ‘As pogas prismaticas também costumam ser ma que as pegas rotacionais, e 0s prazos de fabrice ilo tendem, fitores oferecem um forte incenti ser mais longos. E -yo para produzi-las da manei mais eficiente possivel, uti. lizando teenologias avangadas como os FMSs. Por essas razées, a tecnologia atual para aplicagdes de fre samento & perfuragilo de FMS ¢ mais madura do que para aplicagdes de torneamento de FMS. Figura 19.10 © FMS na Vought Aircraft (0 desenho € cortesia da Cincinnati Milacron) Estagoes de ‘carga/dlescarga (2) ‘Vefcullos guiados automaticamente (4) Estagiio de inspegaio ¥ Estagiio de inspegio manual entro de fstaclonamento de espera Estagio de Timpeza de pegas Sistema de remogo automstica de cavacos EXEMPLO 19.1 FMS da Vought Aerospace tm sistema flexivel de manufaturainstalado na Vought Aerospace, em Dallas, Texas, pela Cincinnati Mila cron, é mostrado na Figura 19.10. O sistema é usado para usinar cerca de 600 Componentes diferentes para avides. O FMS € composto por oito centros de usina- gem CNC horizontals, além de médulos de inspecio, (© manuseio de pecas € realizado por um sistema de quatro veiculos guiados automaticamente, A carga e descarga do sistema sio feitas em duas estacdes, que consistem de carrosséis de armazenamento que permi- tem que as peas sejam armazenadas em paletes para posterior transferéncia as estacdes de usinagem pelo AGN. O sistema é capaz de processar uma sequéncia de pecas individuais, uma de cada tipo, de modo con- tinuo, assim um conjunto completo de componentes para uma aeronave pode ser fabricado de maneita efi ciente, sem lotes, Outras aplicagées de FMS. Prensagem e forja- mento so outros dois processos de manufatura para os quais esto sendo feitos esforgos para se desenvolver siste~ mas flexiveis de manufatura, As tecnologias de FMS en- Figura 19.11 Sistema flexivel de fabricagao para providenciado como cortesia pela Wi Maquina SIR Industrial € sistemas de manufatura ‘Um FMS para montagem instalado pela Alle-Bradley | Company é relatado por Waterbury [33]. A ‘linha de ‘montagem automatizada flexivel’ produz 125 modelos cde motores de arranque. A linha ostenta um prazo de ‘manufatura de um dia em lotes de tamanho tao peque- ‘no quanto um lote unitérioe taxas de produgo de 600 ‘unidades por hora. O sistema consiste de 26 estagoes de trabalho que realizam toda a montagem, a submon- tagem, 0 teste © o empacotamento, As estacdes so miquinas de indexagio linear e giratéria, com robds pickanctplace realizando certs fungSes de manuscio fenire as maquinas. Cada etapa no processo utiliza teste ‘cem por cento automatizado para garantirniveis de qualidade extremamente altos. A linha flexivel de mon- tagem € controlada por um sistema de controladores légicos programéveis da Allen-Bradley. 19.3.2 Vantagens do FMS ‘Varios beneficios podem ser esperados com as apli- ‘cages de FMS bem-sucedidas, As principais vantagens sf0 as seguintes: + Maior utilizagdo das méquinas, Os sistemas flexiveis ide manufatura atingem uma maior média de utilizagao | ddo que as méquinas em uma instalagao de produgo em Tote convencional As razdes para isso incluem (1) fun- cionamento 24 horas por dia, (2) troca automstica das ferramentas das méquinas-ferramenta, (3) troca auto- | iética de palete nas estagbes de trabalho, (4) filas de ppegas nas estagdes e (5) programa de producao dinimi- ‘co que compensa irregularidades. E possfvel atingir de 80 por cento a 90 por cento de utilizacao de recursos [por meio da implementacdo da tecnologia FMS [19]. * Menos mdquinas necessdrias. Devido & maior wtiliza- ‘gio de méquina, menos méquinas sio necessécias. * Reducdo do espago necessdrio no chao de fébrica. | Comparado a uma instalacZo de capacidade equivalen- te, um FMS normalmente exige menos 4rea de chao. As redugSes das necessidades de espago de chiio sto | estimadas entre 40 por cento ¢ 50 por cento [19]. * Major capacidade de resposta a mudangas. Um siste- ma flexivel de manufatura melhora a capacidade de resposta a alteragdes de projeto das pegas, introdugao de novas pegas, mudangas no programa de produgao ¢ ‘mix de produtos, paralisagdes de maquinas e falhas de ferramentas de corte. Podem ser feitos ajustes no pro- _grama de produgio de um dia para o outro em resposta a pedidos urgentes e solicitagbes especiais de clientes. + Necessidades reduzidas de estoque. Como pegas dife- rentes so processadas juntas, em vez de separadas em Totes, 0 trabalho em processo é menor do que em um ‘modelo de produgo em lote. O estogue de pecas ini- cinis e acabadas também pode ser reduzido, em geral, entre 60 por cento e 80 por cento [19]. + Prazos de manufatura menores. Tntimamente relacio- nado ao trabalho em processo reduzido est o tempo asto em processo pelas pegas. Isso significa entregas ‘mais rpidas ao cliente. * Menor necessidade de trabalho direto © maior produ- tividade de trabalho, As taxas de producdo mais altas fe a menor dependéncia do trabalho direto significam ‘maior produtividade por hora de trabalho com um FMS do que com métodos de produgao convencionais. Um FMS pode resultar em economias de trabalho da ‘ordem de 30 por cento a 50 por cento [19] + Oportunidade para produgdo auténoma. O alto nivel e automagio em um sistema flexivel de manufatura permite que opere por perfodos extensos de tempo sem assisténcia humana. No cenério mais otimista, pegas e ferramentas sfo carregadas no sistema no fim do dia, o FMS continua funcionando durante toda noite © as pecas acabadas sfio descarregadas na ma- nha seguinte 19.4 ASPECTOS DE PLANEJAMENTO E IMPLEMENTACAO DO FMS A implementagio de um sistema flexivel de manv- fatura representa grande investimento © empenho por parte da empresa usudria. & importante que a instalacao do sistema seja precedida de cuidadoso planejamento ¢ projeto e que sua operagio seja caracterizada por uma boa gestio de todos os recursos: méquinas, ferramentas, paletes, pegas © pessoas. Nossa discussiio sobre essas ‘questdes ¢ organizada da seguinte maneira: (1) Aspectos de planejamento e projeto do FMS e (2) aspectos opers- cionais do FMS. 19.4.1 Aspectos de planejamento e projeto do FMS A fase inicial do planejamento do FMS precisa con- siderar as pegas que serdo produzidas pelo sistema. Os, aspectos so semelhantes aos da manufatura celular, Eles incluem: + Consideragdes sobre famitias de pecas. Qualquer sis- ‘ema flexivel de manufatura precisa ser projetado para ‘processar uma faixe limitada de tipos de pegas ou pro-

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