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DIREITO CIVIL, CONSTITUICAO E UNIDADE DO SISTEMA Anais do Congresso de Direito Civil Constitucional — V Congresso do IBDCivil ‘rata pst amen, ct tt : acme aoe Ee 34a S3334 (aroruM 219: S098 Cae, 268012957 | crimes ae Ie in ead once ‘acme aan aes Vege eS af | ‘SUMARIO ENTACAO AOS ANAIS DOV CONGRESSO DO IBDCIVIL: A renovagio FE Dit ON een 8 ACESSO AQS DIRETTOS FUNDAMENTAIS, BENS COMUNS E UNIDADE. SISTEMATICA DO ORDENAMENTO Gustavo Tepedn nnn : u Ramo eftvidade dos dieitos fundamentais a universalizagi0 do aes90 a. 17 2 Doposto da propredade: “evolu dos bons comuns” ea nova aconalidade ‘na menses soa jriic, exons, ella polis ' 1» 3 Dacesso aos tes independentemente (ou contra) do stoma de itlaridades... 20 4 Da comprovasio da visbilidae da gosto comum dos ben o paraligma do ‘aceseapautndo na prevalécia das stages exists nena a ES oa 2 a ec ieeeenee rae a % —Conllitosurbonos a cidade demoeritica eo patrim@nio Cura anne 2B HO desenvolvimento e regime juriico dos bers comuns ce. ae 9 Controle das desftasse de bens publics de uso comum edo aloe que lnmeagam a fuels dos bens comune, O meio ambiente ¢ os easton 28 10 Mecanismos de tansfrinca da titlaridade com garantia de preservagio da esting 50m aaasnea a) 11 Instramentos de atuaio no Judo: novas anges para a ages oetvasn. 9D 12 Notas conclusvas: pespesivasemanciptrns da pessoa humana na trama infediseplinar entre eltos fondamentis, ses eben com a ‘QUESTOES ATUAISSOMRE O DIRETTO AO PROPRIO CORFO NA LEGALIDADE CONSTITUCIONAL. ‘Thumis Dalsenter Vivelros de Castro. 1 Into. =a 2 Ovorpo tansformado... 1) Corpo tberdade de expresso 4 Expnsi da ttl juice do corp. Corel ee (© ALCANCE DO DIRENTO A IDENTIDADE PESSOAL NO DIREITO CIVIL BRASILEIRO (Caton Neon Kener anne ” 1 inte ees ea a 2 Origen do cist idenidade posal. _@ 3 Transformagies do deco a identidade pessoa 8 ACESSO AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS, ENS COMUNS E UNIDADE SISTEMATICA DO ORDENAMENTO Jo asi nabs por eftvicade dos dees hundamentaisasocin-se Contigo de 988 aos avangos soca promovidosna sas S ambiente de busca pela fcc iedta ds normas cnsttuconas dlenominadadoutrna da eftvidade, notte que, pasiadosquase 30 gsi da Consituigt da Replica, muitas das dvetizesnormatvas faingram ograu de eliza exigid peo Texto Canstucional lines dade, cs principio fundadores do Dirsito privado brasileiro pala Constituigio da Repblicseguindoa endénca de lepislgio ertaleda Amin Latina ss elidade vista por muitoscom eta Teele proceso de profindatranformagio soil em que a auton er emovdelada for vores nao patrimonaisefrmilando a propia m plc, ‘clei principio da dignidade da pessoa humana, fundamento da consi cliusla gerl que romodela a estate toras do Dircto alors patimoniistomar-sntramento de promo da pessoa humans, ru relagespalimoniis is existenan, Ocatlogo de direitos ona da Contigo daRepabisa indica a mpotna se context, rlbunais edoutina tntam estabelecer conti da fungio social de privada eda posse. Noplano interpretativo, revigors-se gradualmente 3 FO cau vtnoccmom {importa da fungi socal dos bens, amparada pelos principos fundamentais da CR, Aolado do art 5, XX, da CR, tembém o argo 170 IL estabelecea vincule dats ‘© aconteido do cumprimento da fungio social da propriedade® O diteito de proprigdade emoldurado pela Constituigio ro coresponde a um Glreito reduzid, naguilo que podera sar como uma “minipropriedade* De fare trata-se de alteragio qualitativa do direto de propriedade, que incorpora, em oxy Srtetdo valores existe. O niclo de poderes da proprielae, portanto nike pote Ser analsao “se no constraendoinunaenialestuaziont el proprcarine de tort” Sts ‘imrgmente 0 contesdo da propricdade,considerando todas as ccunstncins que intervém em sua qualificagio em cada caso concreto, exige a compatbiidade dodites Dip art a ca Cams da Rep: "» Fok Pain com ctr da comune ‘rane tp tinned eine line. eens ‘Sapp ede ontar anna de scum = roa 26) Sesoctmetiornmn sea eC mee seme nN da ttularidade péblica ou privada.” A Constituigio da Republica estabelece que “conatituem potriménio cultural brasileiro os bens de natureza materiale imatera, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referinca bidentidade, 4 acto, A memeéria dos diferentes grupos formadores da sociedad brasileira” (CR, art 216), determinando, ainda, que “o Poder Piblico, com a colaboragio da comunidad, romovers e protegeri o patriménio cultural brasileiro, por melo de inventirios, ‘Tegstos,vigilanca, tombamento edesapropriacio, ede outras formas de acautelamento le preservacio" (CR, art 216 §19, ‘No mbitointraconstitcional, o Decreto-Le 25/1937, que organiza aprotecio o patriménio histrico arttico nacional extabelece que integra opatimdnio hstrico ‘artistic nacional “o conjunto dos bens méveis eiméves existentes no pas ecu cconservagio seja de interesse piblico, quer por sua vinculagio a fatos memorivels 4a histéria do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueologico ou etnogratic, Diblogrétio ouartistico” (Decreto-Lein* 25/1937, art. 19.0 parigrafo nico do snesmne artigo equipara estes bens “os monumentos natrais, bm como os sitios epaisagens {que importe conservar e proteger pela Seo notavel com que tenham sido dotados pela natureza oa agenciados pela indistrla humana” ‘A qualiicagio do bem como integrante do patriménio cultural, por sua vee, Permite seu tombamento. O tombamentoconstturia conformeafirmado pela doutrine do Direto Administrativo,espéce de intervengio do Estado na propriedade, na qual © Poder Piblico tem como objetivo a protegio do patrimbnia cultural brasileira. O, bem tombado no soe alteagdes quanto & sua itularidade, mas devers se submeter Ss :estrigbesimposias pla Administaciotombante, O tombamento teria, pois fundamento ra necessidade de adequagio do uso da propriedade a sua correspondiente fangs social, notadamente quanto A proteio ao patrimanio cultural, historicoeartistico > ‘Seo bem tombado é de ttularidade da Unio, dos Estados ou dos Municipios, veda-sea transferncia de propriedade a entidades privadas (Decreto-Lein! 25/1937, art. 11), Sendo de ttularidade privada, impoe-se regime de preservacio do bem, a {impor restries ao proprietirio, que nio podera, par exemple, promover reparacbes, Dinturas ou restauragoes no bem sem prévia autrizagio da autoridade competent, Exige-e, ainda, que o propretério promova as obras necesiria a conservagao do bem, sob pena de desapropriagio (Decreto-Lein® 25/1997, art 19, $1) Como se vo sistema de protecio a0 patriménio cultural, embora se aproxime 4a Kigica des comians, dada a prevaléncia do interese coetivo sobre o individual, ‘encontra-se limitado ao escopo da norma, voltada & preservagao do bem. Com isso, _dose reserva 8 matiria espago de reflexio sobre o aceso aos bens, tampouco sobre a necessidade de submissio a regime diverso do propretaio. DDestaquemse, ainda, os novos modelos de licenciamento, notadamente no Aimbito das icengas creative commons, desenvolvidos edisponibilizados por organizasio 7 anit oD nee A psn wali prt yn ty ‘em cones pss ris Se deat vada de dnt pao toa * dort Cana Fi Man Dimi ere Lei 6% Na en Se ee mm emcee Jn doers Canalo Fil, Man is Amis Rod iro Lae Je po cao crmeannowmnanimenoaserimoceomiccipsoacuams | 27 sem fins lucativos, que permitem compartilhamento o1uso da ciatividede e do Conecimento através delcencasjuridicas gratuitas. Grande € 0 impacto desses novos modelos sobre o acesso ao conhecimento, com enfoquena fungio promocional do diito ‘nos mecanismas de incentive comportamental* 8 O desenvolvimento e regime juridico dos bens comuns (© uso indiscriminado da expressio “bens comuns” pode comprometer sua fice expresivae banalizar seu sentido, dianteda reproducio de posigies puramente tetricas, em prejuizo & construcSo de instruments juriicos efetivos de promoco ‘do acessoa bens csseniais. A defnigSo do valor normativo dos “bens comuns”, POF fsto mesmo, equer andlise da fungio dos bens, independentemente da titularidade. CCanforme suscitade por Stefano Rodotd, mostra-se indispensavel buscar os tragos ‘comuns presentes nos usos heterogéneos do termo para, entio, compreender em “que medida & possvel construir uma categoria uniria em tomo da definigio “bens tcomuns” Cabers dena juridica defini as balizas para a utilizagSo do conceito, Sabretudo a0 se afrbuira ele valor normativo. Para tanto, torna-s til acompanhar & perexpgio evaluiva da jurisprudéncia, que tem proclamado a impenhorabilidade dos ‘bens privadosafetados 8 destinagao piblica”® ‘Na mesma linha de enfendimento, o Tsibunal de Justica do Rio de Janetro ‘consklerou que “a eategoria dos bor prions de nferesse pion se admitida de forma rmaisrestita teria por aqul uma tiidade residual justamente para que nela se pudesse defini, com maior clareza um regime prbprio para enquadtar a situacio dos bens privadésafetados a fins ou us0s pbicos. Na verdade, embora nesses casos no sej¢ fazoivel determinat @aplicagio integral do regime piblico, se mostra perfetamente possivelcogitar de algumas derrogagGes em circunstincias predeterminadas’.” Pe euros tide "CCHY.NCNO perme qu pas an aldo ean ‘Score Sen natn ns eer est ae ‘Nin Ts rma ceo do Tabu de uti ens Gerais gu prs de es os see eaihcks ps “ua sums tong gates eden admin, hoes nN tr Foi Snare, pr des wean mun ese. psn denied ra asco mena eran oi oI nae ciao de sis dns, cra de apo avo eo (3Eessbnet to mesic pen tema ries amo de portly dea ‘SEE pen come nch decane 0 oso x nine a pods mat” ‘ikon St 20006, Cv peal RM rasa Fao al 2008301). ii dee cm opetonadetinde Asia mgime io apie ne free ‘rs a ora pie ee oa este do orn Ge marae ratuoe "Tec pando de ogc eo pen ent ra uct dbo ra cm ‘etna! 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