Você está na página 1de 1

II Simpósio de Engenharia,

Gestão e Inovação

ANÁLISE DA INCLUSÃO SOCIAL NO ENSINO EM


ENGENHARIA
UAM-Universidade Anhembi Morumbi; Denny Cabral da Silva(dennycsilva99@gmail); Rivaldo de Lima Albuquerque
Filho(rl3011@hotmail.com.br) ; Rodolfo Antônio Barbosa Meireles(dolfobarbosa@hotmail.com)

Resumo Métodos de Pesquisa


Este trabalho está firmado em analisar, através de pesquisa Os métodos de pesquisa adotados neste esse trabalho foram
documental e bibliográfica, a consolidação da redução das pesquisas bibliográficas, pautadas em ilusão social e no ensino em
desigualdades no ensino em Engenharia, embasado especificamente Engenharia. Adotou-se o método de pesquisa documental, nos
no edital no objetivo 10, da agenda 2030 da Organização das Nações emitidos pela Organização Nacional das Nações Unidas, como a
Unidas. Considera-se aqui o ensino nos cursos em Engenharia, em “Agenda 2030”, especificado no Objetivo 10, contextualizado na figura
contrapartida com a os pilares da inclusão social, estabelecido a 1.
todas as nações pela ONU.
Figura 1-Objetivo 10.

Palavras-chave
Ensino em Engenharia; inclusão social.

Objetivos
Este artigo tem como objetivo central analisar a inclusão social no
ensino superior em engenharia. A princípio, vamos compreender o porquê Retirado do site www.nacoesunidas.org/pos2015/ods10/
da existência da desigualdade social, fenômeno histórico que pode ser
revertido. Diversos grupos são excluídos: homossexuais, mulheres, Resultados e Análises
deficientes, negros, moradores de rua, entre outros. Os processos de
segregação acabam os tornando invisíveis (Castel, 1998) para a Foi analisado graças ao censo, órgão que recebe anualmente das
sociedade, sendo assim vistos como inferiores e como objetos de instituições de ensino dados sobre, vagas, matrículas, estudantes
preconceito e discriminação. Isso influencia diretamente na vida das ingressantes e concluintes, que o Brasil possui 6,5 milhões de
pessoas que desejam ingressar no ambiente acadêmico. À vista que a universitários. O censo demonstra um crescimento de matrículas nas
educação estimula a competição e a meritocracia, sem oferecer equidade regiões brasileiras, como, por exemplo, no Nordeste, que possuía 15%
comparada aos grupos que possuem condições de um ensino das matrículas em 2001 e alcançou 19% em 2010; já o Norte, que
fundamental e médio de melhor qualidade, além de cursos para vestibular. tinha 4,7% das matrículas, após uma década termina em 6.5%. Além
disso, o censo também demonstrou que graças ao EAD, alunos com a
média de 26 a 33 anos, conseguiram ter acesso à educação superior.
Logo, a educação superior atinge outro público que de outra forma
Fundamentação Teórica talvez não tivesse acesso à educação superior.
Segundo Souza (2006), as políticas públicas não ponderam as
expectativas da cooperação entre os órgãos públicos e as instituições e
grupos sociais. Souza considera que há complicações entre a economia e
Considerações Finais
a sociedade, logo as teorias em relação às políticas públicas precisam O cenário do ensino em Engenharia é condizente com as medidas
explicar como o Estado, a sociedade, a política e a economia se adotadas pela ONU. Os dados mostram um crescimento com relação a
relacionam. Portanto, a autora define política pública: inserção de estudantes outrora excluídos do meio acadêmico. O
“[...] como o campo do conhecimento que busca, ao mesmo tempo, Objetivo 10 tem sucesso se comparado ao ensino em Engenharia.
‘colocar o governo em ação’ e/ou analisar essa ação (variável
independente) e, quando necessário, propor mudanças no rumo ou
curso dessas ações (variável dependente). A formulação de políticas
públicas constitui-se no estágio em que os governos democráticos
Referências
traduzem seus propósitos e plataformas eleitorais em programas e
ações que produzirão resultados ou mudanças no mundo real Agenda 2030,Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(SOUZA, 2006, p. 7).” www.nacoesunidas.org/
Os autores consideram os seguintes programas que mais possuem
www.portal.mec.gov.br/component/tgas/tag/32044-censo-da-educação-
investimentos para incentivar a entrada de alunos no ensino superior: o
superior
Programa Universidade para Todos (PROUNI), o Programa de Apoio a
Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais
(REUNI), e, além disso, o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).
Carmo et al. (2014) destaca como instrumento da democratização,
a Lei n° 12.711 de 2012, popularmente conhecida como Lei de Cotas. Ela
prevê que metade das vagas dos cursos e turnos nas universidades
federais sejam destinadas para estudantes que vieram de escolas
públicas, sendo que parte destas vagas é destinada às cotas raciais e
étnicas, e outra aos estudantes de baixa renda.

02 e 03 de maio/2019 – Águas de Lindóia-SP

Você também pode gostar