Na região Norte e Nordeste o destaque positivo fica por conta da
Bahia, que deve alcançar a marca histórica no estado de 67 sacos por hectare de produtividade média. As chuvas regulares de fevereiro em diante e a boa luminosidade favoreceram principalmente a soja mais tardia. Esse resultado supera a maior marca alcançada, de 66,6 sacos por hectare, em 2018. A produção de soja da Bahia deve chegar a 6,9 milhões de toneladas (foi 6,2 milhões em 2019/20). O Maranhão também bate recorde de produtividade, com 54,7 sacas por hectare (0,4% acima da safra anterior). Choveu nos momentos certos no estado e a produção deve chegar a 3,4 milhões de toneladas, ante 3,2 milhões na temporada passada.
No Piauí, os constantes e longos veranicos limitaram o potencial
produtivo. Em relação à safra anterior, o rendimento médio vai subir de 55,9 para 57,0 sacos por hectare, levando a uma produção de 2,9 milhões de toneladas. Entre os estados da região, apenas o Tocantins terá resultados ligeiramente inferiores aos de 2019/20. Apesar de ter sido o estado com o melhor início de safra da região, acabou sendo fortemente prejudicado pelo excesso de chuvas na colheita – mas ainda assim será uma boa safra, de 3,7 milhões de toneladas.
Mesmo nessas regiões de destaque, houve momentos complicados. O
plantio atrasou no Rio Grande do Sul. Houve veranicos mais ou menos prolongados no MAPITO-BA (além da chuva fora de hora no Tocantins). Mas nenhum desses casos foi tão preocupante quanto em outras regiões. O Norte e Oeste do Paraná, o Mato Grosso do Sul e o Mato Grosso foram os mais prejudicados pelas irregularidades climáticas e obtiveram as maiores perdas de produtividade em relação à safra passada.