Pergunta 05: Por que, do ponto de vista da conservação do patrimônio, a Revolução
Industrial foi apresentada no livro: " a fronteira do irremediável"?
A perda de ambas as edificações, após a Segunda Guerra Mundial e a Revolução Industrial
despertou o interesse pela salvaguarda dos bens industriais alçados, então, à categoria dos artefatos a serem protegidos, do mesmo modo que as edificações e sítios arqueológicos tradicionais. A partir de sua valorização, o patrimônio industrial, em suas diferentes fases e etapas de desenvolvimento, tornou-se objeto de estudo e reconhecimento como parte do legado cultural britânico, tanto por seus atributos históricos quanto estéticos. Não por acaso, crescem nesse momento as sociedades, associações e publicações dedicadas à proteção desses bens. O fato de ser citado no livro “A Alegoria do Patrimônio", se trata mais em relação em como foi feito o redirecionamento da funcionalidade de tais monumentos, assim como é citado “Contudo, em todos os casos, os trabalhos de organização das infra- estruturas exigem um domínio técnico particular e são, por vezes de um custo dissuasivo. É por isso que a tentabilidade dos destinos é difícil de assegurar e a sua procura prevalece muitas vezes sobre a da funcionalidade.”(CHOAY, 2014, p. 235 e 236). Além de ser rebatido com tal crítica do ato de remodelar, quais foram os critérios reais para tal? como “Certos casos de reutilização não mutiladora e aparentemente judiciosa não solucionam menos problemas. deveria ter-se transformado o frágil palácio Salé em museu Picasso[...] a universidade de Veneza soube simultaneamente respeitar a qualidade de seus espaços e dar-lhes vida, para grande deleite dos seus estudantes. Da mesma forma, a antiga comunidade de Lovaina alberga actualmente residências de estudantes e o esplendor reencontrado da sua grande sala acolhe o clube universitário. Nem esse tipo de realizações, nem a forma como foram tratadas são compatíveis com a mentalidade que orienta em França a política logistica da Educação nacional.”(CHOAY, 2014, p. 237)