Durante o evento Mulheres LBTT, a palestrante Patrícia explica que a violência é
aprendida e naturalizada, isso fica evidente no fato de que muitas pessoas, como ela explica, normatizam a violência à mulheres lésbicas, bissexuais, transsexuais e travestis. Outro mecanismo citado pela palestrante, ao citar o caso de Karina, foi o de que, mesmo ela citando ser lésbica à ginecologista, esta última ainda insistiu na pergunta sobre seus parceiros e na utilização da anticoncepcionais, vemos, dessa forma, que também há uma espécie de deslegimação por parte da sociedade, mesmo por pessoas acadamicamente bem instruídas. Também podemos enunciar o caso da Renata (não binária) em que, diante de consultas psicológicas, é recomendada a se adequar heteronormativamente e a não causar problemas, ou seja, também podemos ver não só uma deslegitimação como uma patologização por parte da sociedade, mesmo em um consultório de psicologia. Outro caso foi o da Leona, travesti, em que afetada por uma pneumonia, dirigiu-se ao hospital, onde o médico não a atendeu em função da sua identificação, fica explícito também nesse caso a negligência, não só à saúde, como no caso, mas por toda a sociedade a instituições de direito, como a escola, a política, o trabalho e etc. Ao continuar no viés da saúde, a palestrante também nos mostra a falta de conhecimento dos profissionais que seriam úteis ao tratamento de mulheres LBTT, essa falta de conhecimento inequivocamente também é existente em outras instituições como as citadas anteriormente. Muitas vezes cursos públicos são oferecidos para o melhor tratamento de pacientes LGBT, seja na área da saúde ou do trabalho, mas também pode ser visto, além da falta de conhecimento, a falta de interesse por parte da população em se qualificarem. Helena e Ana Paula também destacam a não qualificação acerca desses assuntos nas universidades, através da transversalidade ou da abordagem ao tema