A Lei nº 8.213/91, também conhecida como Lei das Cotas,
determina que pessoas com deficiência ocupem de 2% a 5% do
quadro de companhias com 100 colaboradores ou mais. No
entanto, percebe-se que no Brasil o número de pessoas com
deficiência que não conseguem ingressar no mercado de
trabalho por falta de acessibilidade e capacitação profissional
ainda é grande.
Segundo dados do IBGE, no Brasil atualmente há 45,6 milhões de
deficientes, porém a maioria dessas pessoas não possuem as
mesmas oportunidades que as demais e sofrem pela falta de
acessibilidade. AS empresas não dispõem de estrutura de acesso como rampas, banheiros
adequados à deficientes, nem recursos que facilitem a comunicação , nem recursos de sinalização adequadas o que dificulta ainda mais a inclusão destas pessoas no ambiente laboral.
Além disso, dos 9 milhões de indivíduos com deficiência em idade
de trabalhar, somente 2% se encontram no mercado de trabalho,
conforme o Instituto Datafolha. Essa estatística demonstra a dificuldade que os deficientes
físicos têm de conseguir um emprego por falta de capacitação profissional. Tal problema decorre também da falta de acessibilidade, pois não conseguem se locomover pela falta do acesso ao transporte público ou vias públicas, o que interfere diretamente na possibilidade de especialização em uma área de formação, o que dificulta sua qualificação.
Dessa maneira, é indubitável ressaltar que para melhor inclusão
dos deficientes cabe às empresas realizar reformas nesse
ambiente de forma a recebê-los adequadamente, assegurando seus
direitos e promovendo uma maior socialização através da construção de rampas de acesso,
implementando recursos de comunicação acessíveis. Além disso, cabe ao Poder Público e a sociedade civil criar escolas de capacitação profissional objetivando a capacitação destas pessoas, bem como priorizar o quesito da acessibilidade para que os deficientes tenham acesso irrestrito a todos os níveis de conhecimento e possam se qualificar e se desenvolverem em sua área de formação.