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AVA 2 – CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO

COTIDIANO

Todos os dias

Todos os dias

Me levanto as 6 da manhã, cansada, pensativa, exausta, ansiosa...

E aí começa a minha louca rotina...

As mesmas coisas

Os mesmos destinos

E me pergunto sempre se estou vivendo, sentindo, respirando, lamentando...

Me questiono se vale a pena toda essa euforia, correria, agonia...

Nas ruas encontro a paz que preciso para pensar, para observar que existe de fato um mundo
a minha volta, e que ele funciona todos os dias da mesma forma...

Todos os hábitos

Todos as formas

Respirar, preciso respirar....

Preciso sentir, preciso viver, preciso sonhar....

O cotidiano me faz seu refém, e mantem em cárcere privado com os meus pensamentos e
angustias, e me dá como pena anos de uma vida medíocre e mediana.

Preciso respirar

Preciso respirar

Me faz lamentar os meus dias, e esquecer de observar o nascer do sol, o canto dos pássaros, a
inocência de uma criança, a delicadeza das flores, a doçura dos animais...

Tudo isso por sobrevivência, mas não no sentido de respirar, e sim a sobrevivência que nos
obriga a ter as coisas, e nos lembra o tempo todo do seu custo.

Mas a qual custo?

A minha sanidade mental, a minha felicidade, o meu respirar....

Respiro

Finalmente respiro

Entendo que isso é tudo que eu preciso para viver...

Todo o resto faz parte do mundo, preciso de delas para sobreviver, mas não preciso para viver

Respiro
E isso é tudo o que me resta

O que me mantem de pé

Energia que emerge de dentro e me faz acreditar que ainda sou humana.

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