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O amor é essa coisa estranha que mora dentro do peito da gente, cada dia que passa te

vejo mais longe e me vejo mais distante também e isso me leva a entrar numa profunda
solidão porque não sei lidar com as despedidas. Achei que não soubesse lidar com as
despedidas quando elas ficam claras, quando aparece aquele tchau carregado de uma
coisa estranha e por isso eu não quis dessa vez viver a despedida. Eu não quis dar o tchau,
preferi deixar a porta entreaberta pra ver se você voltava, pra te ver chegando e
bagunçando toda a casa, bagunçando meus cabelos e revirando os meus olhos. Pra ver se
eu conseguia me livrar dessa melancolia que me perseguiu por muito tempo até eu
encontrar com os seus olhos e esquecer que essa merda montada nós meus ombros
existia. Eu sei o que dizem, não é saudável deixar a felicidade da gente em mãos de
outrem, mas eu juro que não foi minha culpa. Quando vi, já tinha acontecido. E agora a
melancolia se espalha dos meus ombros pro quarto, tudo pegajoso e macio. Tá doendo a
sua ausência, seja lá quem você for agora.

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