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@OLeis & www.LelsMunicipais.com.br LEI N° 4.732, DE 26 DE JUNHO DE 2020. Institui o Sistema para a Gestao Sustentavel de Residuos da Construgao Civil e Residuos Volumosos, de acordo com a Resolugao CONAMA n° 307/2002 e suas alteragées, e da outras providéncias. (Publicada na Imprensa Oficial em 29/6/2020, pags. 1 8) ‘A Camara Municipal da Estancia de Braganca Paulista aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono e promulgo a seguinte Lei cAPITULO | DEFINICOES GERAIS [aie] A gestéo dos residuos da construsio civil e volumosos, no Ambito do municipio de Braganca Paulista, deve obedecer ao disposto nesta Le. ‘nt.28 ]Para efeito do disposto nesta Lei, ficam estabelecidas as seguintes definices: | - residuos de construsio civil: os materials residuals oriundos de construgdes, reformas, reparos, restauragdes e demoligdes de obras de construg3o civil, bem camo os resultantes da preparagio & escavagdo de terrenos, tals como tijolos, blocos cerémicos, concreto em geral, solo, rocha, madeira, forros, argamassas, gesso, telhas, pavimento asfiltico, vidros, plésticos, tubulacdes, fiacdo elétrica, rmetais, todos comumente denominados de entulho de obras. Dever ser classificados nas classes A, B, Ce D, conforme a Resolugo CONAMA n® 307, de 05 de julho de 2002, e a Resolugdo CONAMA n? 348, de 16 de agosto de 2004, ou legislacdes que sobrevierem; II = residues volumosos: 30 0s residuos provenientes de processos ndo industriais, constituidos basicamente por material volumoso ndo removido pela coleta publica municipal rotineira, como méveis & equipamentos domésticos inutilizados, grandes embalagens © pecas de madeira, residuos vegetals provenientes da manutengo de dreas verdes piblicas ou privadas, e outros; II - lio seco reciclével: residuos secos provenientes de residéncias ou de qualquer outra atividade que gere residuos com caracteristicas domiciliares ou a estes equiparados, constituido principalmente por embalagens; IV - geradores de residuos de construgdo: pessoas fisicas ou juridicas, piblicas ou privadas, proprietérias ou responséveis por obra de construgio civil ou empreendimento com movimentagao de terra que produzam residuos de construgdo civil; V = pequeno gerador: o gerador responsivel pelas atividades de construcio, demoligSo, reforma, escavagdo e correlatas que gerem volumes de residuos de até 1,0 (um) mY/semana limitados a 3 m’/més por imével; VI - grande gerador: o gerador responsével pelas atividades de construcéo, demolicéo, reforma, escavagao e correlatas que gerem volumes de residuos superiores a 1,0 (um) mY/semana e 3 mi/més por imével; VII- geradores de residuos volumosos: pessoas fisicas ou juridicas, pUblicas ou privadas, proprietérias, locatarias ou ocupantes de imével em que sejam gerados residuos volumosos; VIIl- transportadores de residuos de construgao e residuos volumosos: pessoas fisicas ou juridicas, encarregadas da coleta e do transporte dos residuos entre as fontes geradoras e as éreas de destinacio; IX = Pontos de Apoio para pequenos volumes (ecopontos): equipamentos publicos destinados a0 recebimento de residuos da construgao civil e residuos volumosos de até 2,0 (um) m¥/semana e limitados a 3 mi/més por imével, gerados e entregues pelos municipes, podendo ainda ser coletados e entregues or pequenos coletores diretamente contratados pelos geradores, equipamentos esses que, sem causar danos & satide publica e ao meio ambiente, deverdo ser usados para a triagem de residuos recebidos, posterior coleta diferenciada e remogio para adequada disposigéo; X~ Areas de Transbordo e Trlagem de residuos de construslo (ATT): séo os estabelecimentos privados u piblicos destinados ao recebimento de residuos da construgdo civil e residuos volumosos gerados e coletados por agentes privados, cujas areas, sem causar danos 8 saiide publica e a0 melo ambiente, deverio ser usadas para triagem dos residuos recebidos, eventual transformagdo e posterior remogio para adequada disposico; XI - Aterros de Residuos de Construgao Civil: dreas onde serdo empregadas técnicas de disposigéo de residuos da construgao civil de origem mineral, visando a reserva de materiais de forma segregada, possibilitando seu uso futuro e/ou ainda a disposi¢do destes materiais, com vistas & futura utilizacdo da rea, empregando principios de engenharia para confiné-los ao menor volume possivel, sem causar danos 8 satide pilblica e ao meio ambiente; XI - agregados reciclados: material granular proveniente do beneficiamento de residuos de construgdo civil de natureza mineral (concreto, argamassas, produtos cerdmicos e outros}, designados como Classe A pela legislacao especifica, que apresenta caracteristicas técnicas adequadas para aplicacao em obras de edificagdo ou infraestrutura; Xill- Controle de Transportes de Residuos (CTR): documento emitido pelo transportador de residuos que fornece informages sobre gerador, origem, quantidade e descricSo dos residuos e seu destino, conforme diretrizes contidas nas normas brasileira capftuLo i 0 OBJETIVO [a3] 0s resfduos da construgio civil e 0s resfduos volumosos gerades no Municipio deverio ser destinados &s dreas indicadas nos artigos 82, 92 e 10 desta Lei, visando sua reutlizaglo, recilagem, reserva ou destinagBo mais adequada, conforme legislagBo especifca e posterores alteragées. Pardgrafo tnico. Os residuos da construcdo civil e 0s residuos volumosos, bem como outros tipos de residuos urbanos, ndo poderdo ser dispostos em dreas de "bota fora", encostas, corpos d°égua, lotes vvagos, em passeios, vias e outras éreas ptiblicas e em areas protegidas por lei CAPITULO I DAS RESPONSABILIDADES. [acer] Os geradores de residuos da construsio civil sio os responsvels pelos residuos das atividades de construsso, reforma, reparos e demoligdes, bem como por aqueles resultantes da cemogio de vegetacio © escavacio de solos. Tan. 5) Os geradores de residuos volumosos sto os responsiveis pelos residuos desta natureza originados nos iméveis. [facet] 0s transportadores e os receptores de residuos da construsio cil e reslduos volumosos sao os Tesponsiveis pelos residuos no exericio de suas respectvas atividades, sendo que as infragdes 20s dispositivos desta Lei poderdo cominar sangées apliciveis de maneiraisoiada ou cumulatvamente com outras, independentemente de sua intensidade ou modalidade captTuLo iv DO SISTEMA DE GESTAO [an.7 fica insttuido o Sistema para a Gestio Sustentivel de Residuos da Construsio Civil e Residuos Voiumosos, voltado & faclitacio da correta disposiglo, 20 alscipinamento dos fluxos e dos agentes envolvides e & destinagdo adequada dos residuos da construsSo civil residuos volumosos gerados no Municipio, Pardgrafo Unico. O Sistema ser composto por um conjunto integrado de dreas fisicas e acdes, descritas a seguir | = Rede de Pontos de Apoio para pequenos volumes de residuos da construsio civil e residuos volumosos (ecopontos), implantada em pontos estratégicos do municipio; Il Rede de Areas para Recepcio de grandes volumes (Areas de Transbordo e Triagem, Areas de Reciclagem e Aterros de Residuos da Construgio Civil); IIl- promogdo de ages e campanhas educativas, voltadas 8 conscientizagio dos municipes, dos transportadores de residuos e das instituigBes socials multiplicadoras, sobre a importancia de assegurar a correta disposi¢o dos residuos da construgdo civil; IV - promagio de acées para o controle e fiscaliago do conjunto de agentes envolvidos; V - agdo de gestio integrada a ser desenvolvida por Nucleo Permanente de Gestdo que garanta a Unicidade das agGes e exerca o papel gestor que é de competéncia do Poder Piblico Municipal [aaa] A Rede de Pontos de Apoio (ecopontos) para pequenos volumes constitu servo piblico de coleta,instrumento de politica piblica que expressa os compromissos municipais com a limpeza urbana, por meio de pontos de captasio perenes, implantados sempre que possivel em locais degracados por ages de deposigao irregular de residuos. § 12 0s Pontos de Apoio (ecopontos) receberdo, de municipes e pequenos coletores cadastrados da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, descargas de residuos de construgio e residuos volumosos, limitadas a 1,0 (um) m’/semana ou 3 m*/més. § 22 Nao serd admitida nos Pontos de Apoio a descarga de residuos domiciliares nao inertes oriundos do preparo de alimentos, residuos industriais e residuos dos servigos de sade. § 38 Os Pontos de Apoio, sem comprometimento de suas fungBes originais, poderso ser utilizados de forma compartilhada por grupos locals que desenvolvam agbes de coleta seletiva de lixo seco reciclavel. [aaoF] Na Coleta de Residues, © pequeno gerador de residuos da construsdo civil deveré dispor os residuos Classe A, segregados da Classe C, no passeio em frente do seu imével em saco ou embalagem adequada. A coleta e o destino desses materiais, limitados 8 quantidade total de 100 1 (cem litros), equivalente a 0.1m, sero executados diretamente pela Secretaria Municipal de Servigos ou concessionéria de servigas de limpeza publica § 1° Os geradores de pequenos volumes poderdo ainda recorrer & remogo remunerada dos residuos, realizada por empresas cadastradas pelo Municipio para coleta e transporte dos residuos classes A, B, Ce D, § 2° Os residuos Classe 8 devem ser triados e reutilizados na propria obra, quando possivel, ou encaminhados a empresas ou cooperativas licenciadas que fagam sus reciclagem. 8 05 produtos especificos para esse tipo. Os residuos Classe D devem ser encaminhados para aterros industrais licenciados para receber ida por empreendimentos privados ou piiblicos regulamentados, operadores da triagem, transbordo, reciclagem, [Bao] A Rede de Areas para Recepcio de grandes volumes de residues seré const reservacdo e disposiglo final, compromissados com 0 disciplinamento dos fluxos e dos agentes e com a destinagdo adequada dos grandes volumes de residuos gerados, atuantes em conformidade com as diretrizes desta Let § 1° As Areas de Transbordo e Triagem de Residuos de Construcdo Civil - ATT, as Areas de Reciclagem € 0s Aterros de Residuos da Construgéo Civil receberSo residuos oriundos de geradores ow transportadores de residuos da construgio civil e residuos volumosos. § 28 Paderio compor ainda a Rede de Areas para Recepco de grandes volumes, Areas de Transbordo € Triagem Piiblicas, Areas de Reciclagem Pablicas e Aterros de Residuos da Construcdo Civil Piblicos, que receberio residuos da construgao civil e residuos volumosos oriundos de ages piiblicas de limpeza, § 3° Nao serd admitida nas areas citadas no § 1° e no § 2° a descarga de residuos de transportadores que ndo tenham sua atuagiio licenciada pelo Poder Publico Municipal § 49 Nao ser admitida nas areas citadas no § 12 e no § 22 a descarga de residuos domiciliares, residuos industriais e residuos dos servicos de satide § 5® Os residuos da construgio civil e residuos volumosos serdo integralmente triados pelos operadores das dreas citadas no § 1° e no § 2° e receberdo a destinago definida em legislago espectfica, priorizando-se sua reutilizacdo e reciclagem, ‘Av. ) O numero e a localizago das dreas publicas previstas, bem como o detalhamento das ages de educagao ambiental e das agdes de controle e fiscalizaglo, serio definidos e readequados pelo Niicleo Permanente de Gestdo, visando solugdes eficazes de captacao e destinacao. ‘av. 2) Os proprietérios de dreas que necessitem de regularizago geométrica para executar Aterro de Residuos de Construg3o Civil de pequeno porte deverio obter as licengas e autorizagées perante os 6rgios competentes, § 12 Fica proibida a disposicao de residuos da construgio civil em areas sem licenciamento para esse fim. § 28 Os residuos destinados a esses Aterros deverio ser previamente triados, isentos de lixo, imateriais velhos e quaisquer outros detritos, dispondo-se neles exclusivamente 0s residuos de construgso. civil de natureza mineral, designados como Classe A pela legislacSo especifica CAPITULO V DA DESTINACAO DOS RESIDUOS ‘Aa. 43.) O5 residues volumosos captades no Sistema para Gestdo Sustentavel deverdo ser triados, aplicando-se a eles processos de desmontagem, reutilizagao e reciclagem que evitem sua destinacao final a aterro sanitério, sempre que possivel ‘Aw 14} Os residuos da construgdo civil de natureza mineral, designados como Classe A pela legislag3o especifica, deverio ser prioritariamente reutilizados ou reciclados, sendo, se invidveis essas operacbes, conduzidos a Aterros de Residuos da Construgdo Civil, para reservaco ou conformagao geométrica em reas licenciadas. § 12 0 Poder Executive Municipal poderd utlizar nas obras publicas de infraestrutura e obras de edificages em revestimento primério de vias, camadas de pavimento, passeios e muracdo piblicos, artefatos, drenagem urbana, entre outros, os residuos na forma de agregados, quando houver vantajosidade e viabilidade técnica em sua utilizagdo. § 2° As condicées de uso de agregados reciclados serio estabelecidas para obras contratadas ou executadas pela administrago publica direta e indireta, obedecidas as normas técnicas ou especificages ‘municipais vigentes. § 3° Todas as especificagées técnicas e editais de licitago para obras puiblicas municipais deverdo fazer, no corpo dos documentos, mengo expressa a este dispositive desta Lei, 8s condigdes nele estabelecidas e & sua regulamentacdo. capiTuLo vi A DISCIPLINA DOS GERADORES ‘Aa. 45.) Os geradores de residuos de construgio e residues volumosos deverdo ser fiscalizados e responsabilizados pelo uso correto das reas e equipamentos disponibilizados para a captacdo disciplinada dos residuos gerados. § 1° Os geradores fica proibidos da utilizagao de cagambas metalicas estacionérias para a disposigao, de outros residuos que nfo exclusivamente residuos de construgao e residuos volumosos. § 28 Os geradores ficam proibidos da utilizacdo de chapas, placas e outros dispositivos suplementares que promovam @ elevagio da capacidade volumétrica de cagambas metélicas estacionérias, devendo estas serem utilizadas apenas até o seu nivel superior original. § 32 Os geradores ficam obrigados a utilizar exclusivamente os servicos de remogio de transportadores licenciados pelo Poder Piblico Municipal. § 42 Os grandes geradores de volumes de residuos de construcdo e os participantes em licitagées pablicas, enquadrados no artigo 16 desta Lei, deverdo desenvolver Planos de Gerenciamento de Residuos dda Construgéo Civil, em conformidade com as diretrizes do Sistema para a Gestdo Sustentavel de Residuos dda Construgo Civile Residuos Volumosos e com as legislagées federal, estadual e municipal especificas, cabendo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e & Secretaria Municipal de Obras aprovi-los © monitorar seu cumprimento, caPrruto vit DOS PROJETOS DE GERENCIAMENTO DE RESIDUOS DA CONSTRUCAO CIVIL E VOLUMOSOS s Projetos de Gerenciamento de Residuos da Construcéo Civil e Volumosos sergo elaborados & implementados pelos grandes geradores, definidos pelo Niicleo Permanente de Gestdo, anualmente, de forma gradual, por meio de Resoluco da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, conforme a consolidagio do SIGOR no Municipio. § 19 Os geradores de que trata este caput deverdo incluir dados referentes & geracio, transporte © destinagdo de RCC no Sistema Estadual de Gerenciamento Online de Residuos Sdlidos - IGOR. § 22 Os Planos de Gerenciamento de Residuos da Construcio Civil terdo como objetivo estabelecer os procedimentos necessérios para sua minimizago e para o manejo e destinagdo ambientalmente adequados dos residuos em conformidade com as diretrizes do Sistema de Gestdo Sustentével de Residuos da Construcdo Civil e Residuos Volumosos. § 3° 0 Plano de Gerenciamento de Residuos da Construgio Civil de empreendimentos e atividades: + sujeitos ao licenciamento ambiental, devers ser analisado dentro do processo de licenciamento, junto 20 érgéo ambiental municipal e outros érgaos competentes; II-ndo enquadrados na legislago como sujeitos ao licenciamento ambiental, deverd ser apresentado juntamente com 0 projeto do empreendimento para andlise pelo érgdo competente do Poder Piblico Municipal § 4 A Secretaria Municipal de Administracio, responsavel pela lictagao de obras puiblicas municipais, deverd incluir as exigéncias referentes aos Planos de Gerenciamento de Residuos da Construcao Civil e \Volumosos nos editais referentes a essas obras, ‘aa. 47,} Os Planos de Gerenciamento de Residuos da Construsio Civil e Volumosos deverdo contemplar as seguintes etapas: | - caracterizagio: etapa em que o gerador devers identificar e quantificar os residuos de construsio demoligdo gerados no empreendimento; U1 - triagem: deverd ser realizada preferencialmente pelo gerador, na origem, ou ser realizada nas areas de destinacio licenciadas no Sistema de Gesto Sustentivel de Residuos da Construsio Civil e Residuos Volumosos no municipio, respeitadas as classes de residuos estabelecidos na legislac30 especifca; Ill-acondicionamento: 0 gerador deverd garantir 0 confinamento dos residuos desde a geracdo até a etapa de transporte, assegurando, em todos os casos em que seja possivel, a condi¢do de reutilizago e de reciclagem; IV - transporte: deveré ser realizado pelo préprio gerador ou por transportador cadastrado pelo Poder Pablico, respeitadas as etapas anteriores e as normas técnicas vigentes para o transporte de residuos; V - destinagSo: deverd ser prevista e realizada em areas de destinagSo licenciadas e documentadas nos Controles de Transporte de Residuos, de acordo com o estabelecido no Sistema de Gestdo Sustentvel de Residuos da Construgdo Civil e Residuos Volumosos no municipio. ‘an. 48.) A implementag3o do Plano de Gerenciamento de Residuos da Construso Civil pelos geradores poderd ser realizada mediante a contratacio de servicos de terceiros, desde que discriminadas as responsabilidades das partes. § 12 A contratagio dos servigas de triagem, acondicionamento, transporte ¢ destinagSo deverd ser formalizada entre as partes, aceitando-se como expresso legal de contrato os registros realizados nos Controles de Transporte de Residuos, estabelecidos no Sistema de Gestdo Sustentavel de Residuos da Construgio Civil e Residuos Volumosos. § 22 Todos os executores contratados para a realizagio das etapas previstas no Plano de Gerenciamento de Residuos da Construgio Civil deverdo estar licenciados junto aos érgdos municipais competentes, [fas] Caberé 20 Niicleo Permanente de Gestdo informar aos Geradores de Residues de Construgio Gil, por meio de lista ofa, sobre: 1-0 transportadores com cadastro valido; II-as reas licenciadas para disposigio dos residuos caracterizados no Projeto de Gerenclamento de Residuos da Construgdo Civil ‘at 20. ) Constatada pela fiscalizago da administracéo publica a deposi¢ao de residuos provenientes da obra em locais incorretos, e © consequente descumprimento das responsabilidades estabelecidas no Plano de Gerenciamento de Residuos da Construgao Civil, seré realizado 0 embargo da obra, § 12 Verificada desobediéncia ao embargo, sera requisitada forca policial e requerida a imediata abertura de inguérito policial para a apuracgo de responsabilidade do infrator pelo crime de desobediéncia previsto no Cédigo Penal e crime ambiental previsto na Lei de Crimes Ambientais, encaminhando-se proceso devidamente instruido para as providéncias judiciais cabivels, § 22 0 levantamento do embargo da obra sé sers realizado apés a devida correcio, pelo infrator, da deposico incorreta realizada, ou no caso de esta correcao jé ter sido realizada emergencialmente pelo Poder Publico, apés a realizagSo de corregio equivalente, indicada pelo responsivel pelo setor de fiscalizagao. § 3° A decretacdo do embargo definido no caput deste artigo nao exime os responsdveis de outras, penalidades previstas nesta e demais leis. ‘At 23.) A emissio de "Habite-se” ou "Alvaré de Conclusio", pelo érgio competente do Poder Piiblico Municipal, para os empreendimentos enquadrados no artigo 16 da presente Lei dos grandes geradores de volumes de residuos de construsSo, estard condicionada & apresentagso: | -dos Controles de Transporte de Residuos; e II - de outros documentos de contratacdo de servicos, comprovadores do correto transporte, acondicionamento, triagem e destinagio dos residuos gerados. ‘at 22) Os geradores de residuos de constru¢do, submetidos a contratos com o Poder Piiblico, deverso comprovar durante a execuglo, nas mediges e no término da obra, © cumprimento das responsabilidades definidas no Projeto de Gerenciamento de Residuos da Construcio Civil e Volumosos. capiTuLo vil DA DISCIPLINA DOS TRANSPORTADORES (fas. 0s transportadores de residuos de construgio e residuos volumosos deverdo ser cadnstrados no Sistema de Gerenciamento de Residuos da Construgdo Civil indicado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, § 12 Os transportadores mencionados no caput ficam obrigados a incluir dados referentes 20 transporte e destinaco de RCC no Sistema Estadual de Gerenciamento Online de Residuos Sélidos - SIGOR. § 22 Os transportadores ficam proibidos da utilizago de seus equipamentos para o transporte de outros residuos que nao exclusivamente residuos de construsao e residuos volumosos. § 32 O transporte de residuos industriais Classe D deverd utilizar cagambas metilicas estacionarias, Identificadas com cores e sinalizagao espectficas. § 4° Os transportadores ficam obrigados a utilizar dispositivos de cobertura de carga em cagambas mmetalicas estacionérias ou outros equipamentos de coleta, durante o transporte dos residuos. § 58 Os transportadores fica proibidos de sujar as vias piblicas durante a carga ou transporte dos residuos. § 62 Os transportadores ficam proibidos de fazer 0 deslocamento de residuos sem o respectivo documento de Controle de Transporte de Residuos e ficam obrigados @ fornecer, aos geradores atendidos, comprovantes nomeando @ correta destinagéo a ser dada aos residuos coletados. § 72 Os transportadores que operarem com cagambas metilicas estacionérias ou outros tipos de recipientes removidos por veiculos automotores ficam obrigados a fornecer documento simplificado de orientagio 20s usudrios de seus equipamentos, com instrugdes sobre posicionamento da cagamba e volume a ser respeitado, tipos de residuos admissiveis, prazo para preenchimento, proibigSo do recurso a transportadores ndo cadastrados, penalidades previstas em lei e outras instrugSes que julguem § 8° Seré coibida pelas agdes de fiscalizagio a presenga de transportadores irregulares descompromissados com o Sistema e a utilizacio irregular das dreas de destinago e equipamentos de coleta. § 99 Os transportadores ficam proibidos de utilizar cagambas estacionérias em mas condigdes de conservagio e de retiré-las e transporté-las quando preenchidas além dos limites superior e lateral permitidos. § 10 O estacionamento das cagambas deveré respeitar as estabelecidas nesta e demais legislacbes. Secio! DO USO E ESTACIONAMENTO DE CACAMBAS ESTACIONARIAS E O TRANSPORTE DE RESIDUOS DE CONSTRUGAO CIVIL E ResfOUOS VOLUMOSOS ‘aa. 24.] As empresas e prestadores de servigos auténomos que exploram a atividade de remocdo de entulhos com cagambas ficam sujeitos as normas estabelecidas nesta Lei, devendo ainda se submeter a cadastramento junto & Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana. § 12 O Nicleo Permanente de Gestio deverd ser cientificado pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana sobre cadastramento realizado, § 28 0 cadastro tera sua validade vinculada a validade do alvaré de funcionamento e poder ser suspenso ou cassado, conforme a aplicagao de penelidades definidas nesta Lei, § 3° 0 requerimento para cadastro deverd estar instruido com os seguintes documentos: - inscrigdo junto ao Cadastro Nacional da Pessoa Juridica, do Ministério da Fazenda (CNPI/MF), ou I1-inscrigdo no Cadastro Municipal de Contribuintes (CMC); IIl-cOpia do alvara vigente ou pedido de renovacSo de alvar’; IV - pratocolo de cadastro no Sistema de Gestio Sustentével de Residues da Construcio Civil e Residuos Volumosos; V -informagdes relativas aos verculos e as cagambas ou outros dispositivos de coleta, § 42 0 cadastro para remogio de residuos de construcdo e residuos volumosos deverd ser renovado de acordo com o prazo de renovacao do alvaré de funcionamento e estar4 condicionado: 1-8 obediéncia do prazo improrrogavel de até 30 (trina) dias apés o vencimento do alvaré; 11 vistoria dos veieulos pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana. ‘at. 25. ]As cagambas utilizadas deverdio obedecer as especificagées e requisitos a seguir: |- possuir dispositivos refletivos que garantam sua visibilidade em dias chuvosos e periodos noturnos, nas extremidades de suas laterals, frente e traseira; I1- possuir dados informativos para identificago, contendo nome e telefone da empresa prestadora, Sego I! DO ESTACIONAMENTO DAS CACAMBAS ([RaaE] © estacionamento das cagambas deverd ser felto prortariamente no recuo frontal ou lateral da testada do imével do gerador contratante dos servigo. § 1° As empresas cadastradas deverao obedecer ainda as seguintes diretrizes: | cagambas deverdo: 2} ser posicionadas de forma que nao tragam prejuizo ao transito de v los e pedestres; b) estar estacionadas paralelamente as guias, no sentido de seu comprimento, a no minimo 05 (cinco) metros de distancia do alinhamento do bordo de qualquer via transversal e de pontos de Gnibus; ¢) estar afastadas no minimo 15 (quinze) centimetros eno maximo 40 (quarenta) centimetros das {uias ou meios-fios, devendo estar afastadas dos hidrantes e bueiros ou bocas de lobo no minimo 2 (dois) metros e no podendo ser posicionadas sobre pogos de visita; 4d) ser posicionadas no sentido do tréfego, sendo expressamente proibido trafegar na contramao para sua colocagio; e) no transporte de entulhos, bem como no de terra, arela, podas de arvores e ainda no de qualquer outro tipo de material, utilizar tela protetora, lona de protegao ou qualquer outro meio de cobertura, de forma a no provocar derramamentos na via publica; I1- as cagambas ndo poderso: a) impedir 0 acesso e o correto uso de equipamentos publicos; b) ser estacionadas sobre o passeio piblico, exceto nos casos em que sejam colocadas inteiramente dentro do tapume; ) exceder sua capacidade de volume; d) ser estacionadas em locais onde seja proibido parar ou estacionar veiculos e locais onde haja estacionamento de uso reservado, mesmo fora de hordrio de seu funcionamento, § 22 Fica expressamente proibido subir com veiculo transportador sobre o passelo para carga ou descarga da cacamba, A colocacéo e a retirada das cagambas nas ruas centrais da cidade, compreendidas entre a ‘Avenida AntOnio Pires Pimentel, Rua Dona Carolina, Avenida José Gomes da Rocha Leal, Rue Tupy, Praga 9 de Julho e Avenida Dom Pedro I, s6 poderdo ser felts entre as 19h00 e 08h0O. Pardgrafo Unico. Os casos excepcionais, onde seja impossivel a colocacio e a retirada de cagambas, de acordo com a presente Lei, deverdo ser previamente comunicados ao érgio municipal responsével pelo trdnsito, que comunicaré ao Departamento de Obras. Segéo Ill DAS RESPONSABILIDADES POR DANOS ‘nt 28. ] Todos e quaisquer danos 20 patriménio piblico, a0 pavimento, ao passeio, & sinalizacao ou a quaisquer equipamentos urbanos que venham @ ser causados pela colocacdo, remogo ou permanéncia das cagambas na via piiblica, serdo de exclusiva responsabilidade da empresa transportadora, que arcaré com os respectivos custos de substituiclo, execugio e reinstalagao. CAPITULO IX DA GESTAO, FISCALIZAGAO € PENALIDADES ‘At. 28,) 0 Nucleo Permanente de Gestdo, responsavel pela coordenago das agées integradas previstas para o Sistema para a Gestio Sustentével de Residuos da Construcio Civil e Residuos Volumosos, seré organizado a partir da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, incluindo representantes técnicos da Secretaria Municipal de Obras, da Secretaria Municipal de Servigos, da Secretaria Municipal de Financas, da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, da Secretaria Municipal de Assuntos Juridicos e da Secretaria Municipal de Planejamento. Pardgrafo Unico. O Nucleo Permanente de Gestio serd instituido a partir de Portaria do Executive Municipal Fete) Caberso 20s 6rHl0s de fiscaizacBo da Prefeitura,porintermédio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, da Secretaria Municipal de Finangas, da Secretaria Municipal de Obras e da Secretaria Municipal de Servgos, no ambito e limite das suas competéncis, © cumprimento das normas estabelecidas nesta ei ea aplicago de sangSes por eventual inobservanca [fees] No cumprimento da fisclizaclo, os dros da Prefetura deverdo: | -inspecionar e orientar os geradores e transportadores de entulho quanto as normas desta Lei; Il ~ vistoriar os equipamentos, os velculos cadastrados para o transporte, os recipientes acondicionadores de entulho e material transportado; IIl- expedir notificagdes e autos de infragdo, de retengao e de apreensdo; IV - enviar ao setor da Divida Ativa, apés os tramites legals, as multas que ndo tenham sido quitadas, para fins de sua cobranca ou execusao. Pardgrafo nico. Aplica-se as infrages ambientais da presente Lei o Decreto Municipal n® 1,822, de 24 de fevereiro de 2014, que institui e regulamenta o Nucleo de Conciliacdo Socioambiental no dmbito do Municipio de Braganga Paulista e dé outras providéncias, ou demais que vierem substitul-o, (faz quanto 3 intensidade, as infragdes prevstas nesta Lei sio de quatro padrBes, ordenados de | V, do menor até 0 maior I-leve; 1 média; I grave; IV gravissima. § 18 A delimitacao das sangées referentes as infragées contidas no caput deste artigo obedeceré 20 disposto nos itens | a XIV da tabela constante do Anexo I desta Lei. § 2° A aplicagio das sangdes previstas nesta Lei nfo afasta as demais sangées previstas na legislagéo. ‘Aa. 33.] Aos infratores das disposigdes estabelecidas nesta Lei e das normas dela decorrentes, serio aplicadas penalidades complementares, de acordo com a sua intensidade, nos seguintes termos: | + para as infragdes de intensidade leve, seré aplicada a penalidade de adverténcia por meio de notificagdo, sendo que o no atendimento da notificago poderé acarretar, além do pagamento da multa, a penalidade de embargo, que consistiré na paralisagdo imediata da atividade, fato ou situacdo considerada irregular e apreens3o de equipamentos, até a cessa¢ao do fato que ocasionou 0 dano ou lesio; II para as infragdes de intensidade média, seré aplicada a penalidade de adverténcia ou pagamento de multa, além do embargo, podendo ainda ser aplicada a penalidade de apreensao de equipamentos, até 2 cessagio do fato que ocasionou o dano ou a lesdo; IIl- para as infragées de intensidade grave, serd aplicada a penalidade de pagamento de multa, demais previstas no inciso anterior, além da suspensio por até 15 (quinze) dias do exercicio da atividade; IV - para as Infragdes de intensidade gravissima, serd aplicada a penalidade de cassagdo da licenga de funcionamento da atividade e respectivo alvard Pardgrafo Unico. Tendo sido sanada a irregularidade objeto da notificaco, o infrator poderé requerer a liberacdo dos equipamentos apreendidos, desde que apurados e recolhidos os valores referentes as custas de apreensdo, remociio e guarda dos mesmos. (aa.36 Js infragBes a0 disposto nos artigos e pardgrafos constantes dos itens |a XIV do Anexo | desta Lei sujeltaro seus infratores as multas al previstas, bem como penalidades complementares respectvas [aas: Por transgressio do disposto nesta Lei e das normas dela decorrentes, consideram-se infratores: |-0 propri io, 0 ocupante, 0 usuério, 0 locatario e/ou sindico do imével, 11-0 responsavel legal do proprietério do imével ou responsive técnico da obra; Ill-o motorista, 0 preposto ou o proprietério do veiculo transportador; IV- odirigente legal da empresa transportadora ‘an. 36.) Quando da aplicagao das penalidades previstas nesta Lei, seré considerada causa agravante da ‘multa impedir ou dificultar a ago fiscalizadora do Municipio. Pardgrafo tinico. Em caso de a infracio cometida ser agravada, sujeltard o mesmo & multa prevista, de forma dobrada. ‘aa. a7.) A reincidéncia do agente na pratica da mesma infragio, dentro de um periodo de 1 (um) ano, dobrard o valor da multa constante do Anexo | desta Lei (aaa) A multa@ ser aplicada seréfixada em UVAM - Unidade de Valor Municipal e aplicada de acordo om a infragdo cometida, conforme tabela constante do Anexo | desta Lei, sem prejuizo das demais sangGes previstasno artigo 33 desta Le Pardgrafo Unico. A quitac3o da multa, pelo infrator, nfo 0 exime do cumprimento de outras obrigagbes legais, nem o isenta da obrigacdo de reparar os danos resultantes da infracdo detectada pela fiscalizagao. ‘ar. 38.) As multas previstas nesta Lei sero aplicadas cumulativamente quando o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infragbes. CAPITULO x Dos RECURSOS ‘aa. 40) As infragdes sero apuradas em processo administrativo préprio, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditério, seguindo o procedimento previsto neste capitulo. [Gara] Quando hsja recurso ou pedido de reconsideragio relativamente & notificagio ou ao auto de infragdo lavrados em virude de infragdes prevstas nesta Let, estes que deverdo ser realizados no prazo de 10 (dez) dias contados da ciéncia do infrator, o requerimento sera julgado em primeira instancia pelo Secretério Municipal da Secretaria que lavrou 0 auto de infrago e, em segundo grau, pelo Nicleo Permanente de Gestio, responsével pela coordenacio das agdes integradas revista para o Sistema para 2 Gestdo Sustentivel de Residuos da Construsso Chil eResiduos Volumasos ‘av. 42, Js valores arrecadados por meio de multas aplicadas por infrages ambientais previstas nesta Lei deverdo ser encaminhados a0 Fundo Municipal do Meio Ambiente. [aacaa.] As despesas decorrentes da execugdo desta Lei correrio por conta de dotaglo orgamentiria prépria, consignada no orgamento fara.) Esta Let entra em vigor em 60 (sessenta) dias de sua publicagdo, revogando a Lei Municipal n? 4,008, de 03 de outubro de 2008. As empresas e prestadores de servigos autdnomos que atualmente operam e35es servigos no Municipio terdo 0 prazo de 180 (cento e oitenta) dias, @ partir da publicacao desta Lei, para se adequarem as suas exigéncias. ([Aeas.] sta Lei entra em vigor na data da sua publicacao, ANEXO | INTENSIDADE VALOR DA MULTA TENS NATUREZA DA INFRAGAO DA cu ova INFRAGAO 1 | Deposicdo de residuos em locais néo autorizados Grave 400 1 | Recepsdo de residuos de transportadores sem licenga | ‘400 atualizada | Recepgao de residuos nao autorizados Grave 400 WV __| Utiizagio de residuos néo triados leve 200 Deposigio de residuos proibidos em cagambas metalicas v ee p Grave 400 w_ | Dern do limite de volume de cagamba| | 200 VII | Uso de transportadores néo cadastrados elicenciados | Grave ‘400 vit | Transporte de residuos nao permitidos Grave 400 1X | Auséncia de dispositive de cobertura de carga Média 300 Despejo de residuos na via publica durante a carga ou x Pel pe te 2 2189 4) eda 300 transporte xy) | Auséncia de documento de Controle de Trensporte de |< ‘400 Residuos xil__| Nao fornecer orientagdo aos usuarios Leve 200 xil!__ | Transportar residuos sem licenciamento Grave 400 iy | US d& equipamentos em —stuacso regular] & ‘400 (conservacio, estacionamento irregular de cagambas) Cassagio da Reincidéncia contumaz, no regularizagSo da atividade ticenga ée xv _| nos prazos legals, no atendimento as notificagdes de | Gravissima | funcionamento da forma reiterada, nao reparacio dos danos ambientais atividade e respective alvard 1) 0s valores acima sero atualizados de acordo com a legislacao pertinente, 2) A tabela néo inclui as multas e penalidades decorrentes de infragdes ao Cédigo Brasileiro de Transito (Lei Federal n? 9.503, de 23/9/97), em especial em relacdo aos seus artigos 245 e 246. Chedid. Abi Origer: Projeto de Lei n® 03/2020, de autoria do prefeito Jesus Adib Nota: Este texto ndo substitul 0 original publicado no Diério Oficial ota de sero no Sistema Leisunicipals: 03/07/2020

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