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9° EDIGAO James Ward BROWN | Ruel V. CHURCHILL VARIAVEIS COMPLEXAS SA eee ce) 9* EDICAO James Ward BROWN | Ruel V. CHURCHILL “| VARIAVEIS Ss COMPLEXAS 3 Se LT arTaClas aS Vals es ee BS 9S 4 ae Ss : iS eR. iBni mao Mss2v Brown, James Ward. ‘Variéves complexas apicapbes/ James Ward Brown, Roel V. Churchill; tradugo: Claus Ivo Doering. —9.ed.— Porto Alegre: AMGH, 2015, svi 460 ps. 523 em, ISBN 978-85-8085.517-2 1. Matemstica 2. Varivel complesa. I Churchill, Ruet AL Thal, cpu si7s3 ‘Catalogagio na publicago: Poliana Sanchez de Araujo CRB 10/2094 JAMES WARD BROWN Professor Emérito de Matemitica Universidade de Michigan-Dearborn VARIAVEIS COMPLEXAS & Aplicagoes 9 EDIGAO ‘Tradugio: Claus Ivo Doering Professor Titular do lastituto de Matematica da UFRGS AMGH Editora Ltda. 2015 RUEL V. CHURCHILL Professor Emésito de Matemétca (alec) Universidade de Michigan-Dearbor Unive jersiaade 4@ |) Brasilie ene came pubicada sob otal Compe Variable nd Aplcatos, Eaton [SBN 9780073383170 / 073383171 Original edition copyright © 2014, McGraw-Hill Global Education Holdings, LLC., [New York, New York 10121. Al rights reserved, Portuguese language translation edition copyright© 2015, AMGH Ealtora Lid. a Gropo A Feducagio S.A. company. lights reserved Gerente editorial: Arysinka Jacques Affonso Colaboraram nesta ego: itor: Denise Weber Nowak ‘Capa: Marco Montiel (ce sobre capa original) Leia fina: Amanda Jansson Brvitsameter Eaitorago:Techbooks Reservados todos os dieitos de publicugo, em lingua portuguesa, 3 AMGH EDITORA LTDA., uma pareria entre GRUPO A EDUCACAO S.A. &| McGRAW-HILL EDUCATION ‘Aw erénimo de Ornelas, 670 ‘0040-340 ~ Porto Alegre - RS Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070 E proba a dopicago ou reproduco deste volume, no todo ov em parte, sob qusisquer {ormas ou por quaisquer meios (elettnico, mectnico,gravasio, ftoospia, dstsibuigao ma ‘Web eoutrs), sem permissio express da iitora ‘Unidade S40 Paulo Av. Embaixador Macedo Soares, 10.735 ~ Pavilhio 5 ~Cond. 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CHURCHILL oi, at sua morte em 1987, Professor Emrito de Mate- 1tica da Universidade de Michigan, onde comegou a lecionar em 1922, Graduou- -se em Fisiea pela Universidade de Chicago e fez mestrado em Fisiea e doutrado em Matemtica na Universidade de Michigan. & coautor, com o Dr, Brown, do Jivro Fourier Series and Boundary Value Problems, um elissieo que ele esereves hi auase 75 nos. E autor também de Operational Mathematics, Dr. Churchill ocupou ‘ris cargos na Associagéo Norte-Americana de Matemtica ¢em outs socieds- des e conselhos de Matematica, A meméria de meu pai GEORGE H. BROWN, ‘ede meu coautor¢ amigo de longa data, RUEL V, CHURCHILL. Durante muitos anos, esses ilustres homens da ciéncia influenciaram a carreira de muitas pessoas, inclusive a minha. I.WB. PREFACIO Este livo é uma revisio completa da oitava edigfo,publiada em 2009. Agucla ecigao, bom como as anteriores, seria como livo-texto para uma dscpina into dtr teoria de fangdes de uma varivel complesae suas aplicagBes, Esta nova edigdo preserva 0 condo bésco e o estilo das eigdes anteriores, sendo que as Shas primeiras fram esrts pelo flecido Riel V. Churchill, sem cotri, ste livro tem tdo, sempre dois objeivs principa: (@) desenvolver as partes da teora que se destcam as aplicagdes do assum; (@) oferecer uma introdugdo ts aplicagdes de resdus ¢aplicagBes conformes. ‘As aplicagdes de resus ince seu uso no eeu de tera eas im proprias, na determinagdo de transformadas de Laplace invests © na lca- Tzagio de zeros de funges, E dada tengo expecal ao uso de aplicagbes conformes na resolugao de problemas de valves de frontcira que surgem no estudo da condugio do calor eflaxos fluids. Dessa forma, esta obra pode ser consderada um volume que acompanao live Fourier Series and Boundary Vaiue Problems dos nestios autores, nol édesenvlvido 00- tro metodo para a resolugao de problemas de valores de fontera em equa- es diferencais paris. Por muitos anos, os primeiros nove capitulos deste livzo formaram a base de ‘uma diseiplina semestral de trés horas semanais lecionada na Universidade de Mi- chigan, Os ultimos t@s capitulos t&m menos modificagdes ¢ objetivam especial- mente o estudo individual e sua utilizago como referéncia. O piiblico-alvo sio ‘alunos dos anos finais de cursos de Matemética, Engenharias ¢ Fisica. Antes de ccarsar esta disciplina, os alunos completaram pelo menos uma sequéncia de trés semestres de Cileulo e uma primeira disciplina de Equagdes Diferenciais. Se for Rates de niimeros complexos 25 Exemplos 28 Regides do plano complexo 32 CAPITULO2 FUNCOESANALITICAS 37 Fungies ¢aplicagtes 37 Aaplicagiow=2 40 —Limites 44 “Teoremas de limites 47 Limite envolvendoo ponto no infinito 49 Continuidade 52 Devivadss 55 Regras de derivagio. 59 Equagées de Cauchy-Riemann 62 xiv__suMARIO SUMARIO xv Exemplos 64 Condigées suficientes de derivabitidade 65 Coordenadas polares 68 Fungies analiticas 72 Mais exemplos 74 Fungées harmOnicas 77 Unicidade de fungdes analiticas 80 Principio da teflexéo 82 CAPITULO 3 FUNGOESELEMENTARES 87 A fungio exponencial 87 A fungio logaritmo 90 Exemplos 92 Ramos e derivadas de logaritmos 93 Algumas identidades envolvendo logaritmos 97 A fungio poténcia 100 Exemplos 101 As fungGes trigonométricas sen ze cos z 104 Zeros e singularidades de fungbes trigonométricas 106 Fungées hiperbélicas 109 ‘FungGes trigonométricas ¢ hiperbélicas inversas 112 CAPITULO4 INTEGRAIS 115 Derivadas de fungdes w(t) 115 Integrais definidas de fungdes w(*) 117 Caminhos 120 Integrais curvilineas 125 ‘Alguns exemplos 128 Exemplos envolvendo cortes | 131 Cotas superiores do médulo de integrais curvilineas 135 Antiderivadas 140 Prova do teorema 145 ‘Teorema de Cauchy-Goursat 148 Prova do teorema 150 Dominios simplesmente conexos 155 ‘Dominios multiplamente conexos 157 Férmula intogral de Cauchy 162 ‘Uma extensdo da formula integral de Cauchy 164 Verificagio da extensio 167 Algumas cousequéncias da extensio 168 ‘Teorema de Liouville e o teorema fundamental da dlgebra 172 Principio do médulo maximo 174 CAPITULOS SERIES 179 Convergéncia de sequéncias 179 Convergéncia de séries 182 Séries de Taylor 186 Provado teorema de Taylor 187 Exemplos 189 Poténcias negativas de (cz) 193 Séries de Laurent 197 Provado teorema de Laurent 199 Exemplos 201 Convergéncia absoluta e uniforme de séries de poténcias 208 Continuidade da soma de séries de poténcias 211 Integraclo e derivagto de séries de poténcias 213 Unicidade de representagio em séries 216 Multiplicagio e divisto de séries de poténcias 221 CAPITULO6 RESIDUOSE POLOS 227 ‘Singularidades igoladas 227 Residuos 229 “Teorema dos resfduos de Cauchy 233, Resfduo no infinite 235 (Os ts tipos de singularidades isoladas 238 Exemplos 240 : Res{duos em polos 242 Exemplos 244 Zeros de fungbes analiticas 247 Zeros e polos 250 ‘Comportamento de fungSes perto de singularidades isoladas 255 xvi__ SUMARIO CAPITULO7 APLICACOES DE RESIDUOS 259 Cela de integrasimproprias 259 Exemplo 262 Integrisimprépria da anise de Fourier 267 Lemade Jordan 269 Um eaminho indentado 274 ‘Uma indentago em tomo de um ponto de ramificaso 278 Integragfo ao longo de um corte 280 Integaisdefinidas envolvendo senos ecossenos 284 Principio doargumento 287 ‘Teorema de Rouché 290 ‘Transformada de Laplace inversa 295 CAPITULO 8 =TRANSFORMAGOES POR FUNCOES: ELEMENTARES 299 TransformagGeslineares 299 Atransformagao w= Ve 301 Transformagges de Lc 303 ‘Transfrmag6esfacionsiasLincaes' 307 Uma forma implicia 310 ‘Transforagdes do semiplano superior 313 Exemplos 315 “Transformagies da fungloexponencial 319 “Transormagies de retas verticns por “Transfomagdes de sgmentos de es horizons por w=sen 322 ‘Algunasransformagdes relacionadas 324 “ransformagées de? 327 ‘Transformagées de ramos de z'” 328 Rafzesquadradas de polinomios 332 Superticies de Riemann 398: Supericies de fungdes relacionadas 341 CAPITULO.9 APLICAGOES CONFORMES 345, Preservagio de ingulos ¢ fatores de escala 345 Mais exemplos 348 SUMARIO xvii Tnversas locais 350 Hacménicas conjugadas 353 ‘Transformagies de fungbes harminicas 357 TransformagGes de condigdes de fronteira 360 CAPITULO 10 APLICAGOES DE TRANSFORMAGOES CONFORMES 365 ‘Temperaturas estacionsrias 365 ‘Temperaturas estacionsrias em um semiplano 367 ‘Um problema relacionado 369 ‘Temperaturas em um quadrante 371 Potencial eletrostiticn 376 Exemplos 377 Escoamento de fluido bidimensional 382 A fungio comente 384 Escoamento ao redor de um canto e de umcilindro 386 CAPITULO 11_A TRANSFORMACAO DE SCHWARZ- -CHRISTOFFEL 393, Transformagio do eixo real em um poligono 393 ‘Transformago de Schwarz.Christotfel 395 ‘Teiangulos e retangulos 398 Poligonos degenerados 402 ‘Escoamento de fluido em um canal através de uma fenda 407 Escoamento em um canal com estreitamento 409 Potencial eletostético ao redor de um bordo de uma placa condutora 412 CAPITULO 12 FORMULAS INTEGRAIS DO TIPO POISSON 417 ‘Férmula integral de Poisson 417 Problema de Dirichlet de um disco 420 Exemplos 422 Problemas de valores de fronteira relacionados 426 Formula integral de Schwarz 428 Problema de Dirichlet de um semiplano 430 Problemas de Neumann 433 xvili__ suMARI0 APENDICE 1 BIBLIOGRAFIA 437 APENDICE 2 TABELA DE TRANSFORMACOES DE REGIOES (Ver Capitulo 8) 441 INDICE 451 CAPITULO NUMEROS COMPLEXOS [Neste capitulo, exploramos as estruturas algébrica e geomeéirica do sistema dos. rnuimeros complexas, para o que supomos conhecidas vaias propriedades corres- ppondentes dos nimeros reais, 1 SOMAS E PRODUTOS Osmimeros complesos podem ser definidos come pares ordenados (x) de nime- 10s eas, que si interprctados como pontos do plano complexo, com coordenadas retangulaes.rey, da mesma forma gue pensamos em nimeros ets x como pontos da eta real, Quando exibimos nimeros reais como pontos (s, 0) do eso real, escrevemes x= (¥, 0) ¢ fia elaro que conjunto dos nimeros complexos inci dos reais como subconjunto, Os nmeros complxos da forma (0, corespondem a pants do eixo ye sto denominados mimeros imagindriospuros sey #0. Por isso, dizemos que o x0 y 60 exo imagindrio, “costume denotarum némero complexo (x) por, de modo que (ver Figura 1) o 9). * Figura 1 Além disso, os mimeros reais x ey so conhecidos como as partes real « imagind- ria de z, espectivamente, ¢escreveros @ Rez,y=Imz. 2__cAapirulos_NUMEROS coMPLEXOS Dois ndmeros complexos z, & z, slo iguas sempre que tiverem as mesmas partes reais imagindrias. Assim, a afirmagdo z; = zp significa que 2, ez, comespondem, ‘40 mesmo ponto do plano complexo, ou plano z ‘A soma z, + 2; €0 produto 2,2, de dois nimeros complexos a=) ¢ B= ny silo definidos como segue: 8 Gri) + Ga, 92) = On tan. ty). O} G1, G2. 2) = Grote — yy, va + ny): Observe que as operagdes definidas por meio das equagdes (3) e (4) resultam. nas operaces usuais da adigéo e da multiplicagio quando restritas 20s miimeros. (x1, 0) + Ga, 0) = (1 +2, 0), (1, 0)(42, 0) = (rix2, 0). [Em visa disso, sistema dos mimeros complexos € uma extensdo natural do siste- ma dos ndmeros reas, Qualquer ntimero complexo z = (x, y) pode ser escrito como z = (x, 0) + (0, ¥),, e € ficil verificar que (0, 1y, 0) = (0, y). Entio 2= (4,0) + 0, DG, 0; ‘ese pensarmos em um nimero real como sendo x ou (1,0) ¢ se denotarmos por i 0 mimero imaginério puro (0, 1), conforme Figura 1, segue que* ro) xt. ‘Também, convencionando que 2 = zz, 2 = 'z, te, obtemos i= (0, 10, 1) = (-1, 0), oy 2 Sendo (x, )) = + i) as definigdes (3) ¢ (4) so dadas por o Ge +i) + Ge +i) = Ca $0) FiO +). ®) (a + iat ia) = Germ — pipe) + Hue +2192). Observe que 0s lados direitos dessas equagdes podem ser obtidos manipulando formalmente os teemos do lado esquerdo como se envolvessem apenas niimeros, reais e, depois, substituindo i? por —1 sempre que aparecer esse quadrado. Além "Na Engenharia Elica, €uilizada alta jem verde. Universidade de Basia - ibiotca SEGAO 2 PROPRIEDADES ALGEBRICAS BASICAS 3 disso, observe que da equagio (8) decorre que é zero 0 produto de qualquer niimero ‘complexo por zero. Mais precisamente, £-O= (r+ IO +10) ‘com qualquer 2 =x +1). oi 0 2 PROPRIEDADES ALGEBRICAS BASICAS ‘Muitas propriedades da adie e multiplicagdo de niimeros complexos so iguais as de mimeros reais. seguir, listamos as mais basicas dessas propriedades algébricas c verificamos a validade de algumas delas. A maioria das outras pode ser encontra- da nos exereicios. As leis da comutatividade a tna nt a= eas Ieis da associatividade 2 Gta) tyaa tata) Gale = alee) sequem imediatamente das definigdes de adigo e multiplicagao de ntimeros com- plexos na Seeo I e do fato de que 0s niimeros reas t&m as propriedades correspon- dentes. O mesmo ocorre com a lei da distributividade @ 2G, +e) = aay tee EXEMPLO. Se Gy) © = Ory centdo t=O ta ty) = Oy tty ten De acordo com a comutatividade da multiplicagao, temos iy = yi. Assim, po- demos escrever z =x + yi em vez de z =x + iy. Também, pela associatividade, ‘uma soma z, + 2 +z, ou um produto 2,232 esta bem definido sem a utilizagio de parénteses, da mesma forma que ocorre com mimeros reais, Os elementos neutros da adicdo 0 = (0, 0) e da multiplicagio 1 = (1, 0) dos inimeros reais também so os elementos neutros dessas operagSes com todos os ‘mimeros complexos, ou seja, @ r+05z ec qualquer que seja 0 mimero complexo z. Além disso, 0 e 1 sio 0s tnicos ntimeros ccomplexos com tais propriedades (ver Exercicio 8). ‘A cada mimero complexo z = (x,y) estéassociado um elemento inverso aditivo 6) ae =x, -y), 4 capitulo 1_ NUMEROS COMPLEXOS (que satisfuz a equagio z + (~2) = 0. Além disso, cada z dado possui um nico inverso aditivo, pois a equagio (9) + G4») = (0,0) ‘implica que wane 3: Dado qualquer nimero complexo ndo nulo z = (x,y), existe um nimero 2 al que zz~! = 1. Esse elemento inverso multiplicativo € menos Sbvio que o aditiv. Para encontré-lo, procuremos niimeros reais ue v, dados em fermos de x y, tals, que 1,0). De acordo com a equactio (4) da Segio 1, que define o produto de dois niimeros complexos, ue v dever satisfazer 0 par (nw, v) su yw = Iyutav=0 ltazamente, ua conta simples forece a slug nica i -9 Assim, 0 tinico elemento inverso multiplicativo de (x, y) € dado por x4 (siete) «40 ‘Oclemento inverso z~' nao esté definido quando de equagbes lineares si o Significa que x+y" =0, € isso ndo é permitido na expresso (6). EXERCICIOS Tie (a) (V2 ~i) —i01 - V20) () 2-3-2, 1 a © a.ne.-0(5h) = 2. Mostre que 7 to Ral —ine tnd hes 3. Mostre que (1-42)? = 14 25-422 Veriique que cada um dos dois nimeros 2 . -£ saisiz w equagio 224 5. Prove que a muhiplicagso de nimeros complexes & comutativa, come afrmamos no Inicio da Segao 2. SECAO'3 MAIS PROPRIEDADES ALGEBRICAS 5, 6. Verifique a validade da (ei daassociatividade da adigio de émeroscomplexos,asizmad noinfcio da Segl02 () tei da distibutividade (3) da Segio2 7. Use a associatividade da adigio e a distibutvidade para mostrar que Gy tata) ay te tay © indique por que disso decor que o nme com- (0,0) € nico como clemento neuro de aig, () Analogamente, escreva (x, yu, v) = (% y) € mostre que © amero complexo 1= (1,0) € tio como elemento neuto da multplicasao, 9, Use “1 =(-1,0)62= Gx) para mostrar que (=I 10, Use i= (0,1) © = (; 0) para verificar que ~() = (—i)y. Com isso, mostre que 6 inversoaitivo de um nimero complexo 2 = x + iy pode ser escrito como —2 = —2 iy sem ambiguidade, U1, Resolva wequagio? +2 +1 = Oem z= (x, 9) escrevendo 6. 9)+ OY) + ,0) = 0,0) «enti reslvendo um par de equagGes simultaneamente em xy Sugestdo: mostre que a equago no possu slug real xe que, portant, y 0. & (a) Bscreva(s.9) + plexoo Resposta: 2 3. MAIS PROPRIEDADES ALGEBRICAS Nesta secio, apresentamos vérias propriedades algébricas adicionais da adic € «da multiplicacdo de ntimeros complexos que decorrem das ja descritas na Seca0 2. Como essas propriedades também sdo perfeitamente antecipaveis, j4 que so vélidas com niimeros reas, o leitor pode ir diretamente para a Segdo 4 sem maiores prejuizos.. Comegamos observando que a existéncia de inversos multiplicativos nos permite mostrar que se um produto 2:22 for nulo, entdo pelo menos um dos fa- tores 2 ou zy deve ser nulo, De fato, suponha que 229 = 0 & 2, #0. O inverso 21 existe, € 0 produto de qualquer niimero complexo por zero € zero (Seg 1). Segue que 21s aa(ezy') ai"@rz2) a (la)a Assim, se z)2 = 0, entiio z; = 0 ou z = 0 ou, possivelmente, ambos 0s ntimeros, 2 € 2, Sio iguais a zero. Outra maneira de enunciar esse resultado ¢ a seguinte: se dois mimeros complexos, ze z,,forem nito nulos, entdo seu produto 2:25 tambéri seré ndo nulo. A subiragioe a divisfo fo definidas em termos de inversos aditivos e multi- plicativos: 6 _CAPITULO1_NUMEROS COMPLEXOS. mM ums t(-2), 2 Beng! (#0, » Assim, decome das afrmagées (5) (6) da Seg 2 que @) 21 — 22 = Gy) + (Xp —2) = Gr = te =H) a a xin type a) (4) 1) | ao oe) =| a oe 7 » (aa) CP (#0 862 = Gy DE % = C9) Usando z; =, + 19, z= 42 + iy, poems escrever as expresses (3) (4) © ane 8) — 2) + 104 — Ya) nam ty em a +H ae Embora a expresso (6) no sia facilmente memoriada, ela pode sor deduzida da expresso (ver Exeretcio 7) a1 _ Gat ir in) 2 7 Ge Fi@2— i)" rmlipiando os produtos no nuneradore denominadr J ado diritoe, ento, ‘sand apropdde uta © (2 #0). ® Stead RtE @AD A motivagao para comegar com a expresso (7) aparece na Segio 5, EXEMPLO. Esse método de obter 0 quociente¢ ilustrado a seguir. 44) U4@+3) _ SHI _ St 2-3 ~ @-3)@+3)~ ~«B 13" 13" Algumas propriedades esperadas envolvendo quocientes de nimeros comple- xs decorrem da relagio o ia! @#0. (que € a equagao (2) com 2 ‘a equagio (2) na forma A relagdo (9) nos permite, por exemplo, reescrever SEGAO3 MAIS PROPRIEDADESALGEBRICAS 7. any (#0). ‘Também, observando que (ver Exercicio 3) terzd@q"25") = Gaze Mee (#0040, ¢, portanto, que zj "25" = (¢,23)"7, podemos usar a relagio (9) para mostrar que o» (es Cuirapropredade sil, que ser dedzda nos exercicios,é «2 @)E)-# @xoaro 2) (ze Finalmente, observarnos qu a formula do bndmio de nimeros reais pemna- nece vida com nimeros compleros. Assim, 6 z,e fore qualquer némeros omplexos ao milo eno i ats G1 #02 £0) <3) Gta=D (jae @=12,..9 em que C=aig be 0! = | por convengéo. A prova dessa formula € deixada como exercicio. Por ser ccomutativa a soma de mimeros complexos, & claro que podemos reescrever essa formula como a) a _=—S—sSe ExERcICIOS 1. Reza cada uma ds expresses a segues wm mimero reat @ oe +2ot = © a-at. 3a 1 ®-5 toposes’ 3-1, 4 2 Mostre que 8 __cAPITULO1_NUMEROS COMPLEXOS: 3. Use a assoc Wvidade e a comutatvidade da multplicaso para mostrar que (arelese) = Gyre 4. Prove que se 23%) =0, enti pelo menos um dos ts fatores 6 nulo Sugesdo:escreva (2,23)24 = 0. use 0 resultado andlogo (Segdo 3) com dois fares. 5. Deduza a expressio (6) da Seglo 3 para © quociente zz, pelo método descrto logo depois da expresso, 6. Como ausslio da relages (10) e (11) da Sogo 3, deduza a identidade OE 7. Use aidentidade obtida no Exe 2 wsanen 46 para deduzi a lei do cancelamenty (240,240), ‘8 Use indugio matemstica para verifca a validade da frmula do bindmio (13) da Segio 3. Mais precisamente, observe que a férmula€ verdadera se n= 1. Em seguida, supon- {do que a frmula seja valida com algum n= m,em que m denotaalgom mimeo iteio positive, moste que a férmula€ valida comm =m + 1 Sugesto com =-+ 1, excera cote atten at =ote0$e() 44 -E (are (Dar mbit pork a ima soma par ober ate = [@)+Qt dae" Finalmente, mostre que o lado direto dessa expressio € gual a eed ("Pag ea Spar +a" 4 VETORES E MODULO E natural associar um nimero complexo <= x-+ iy qualquer ao segment de reta orientado ou com o veto radial da orgem a0 ponto Cx) que representa: no plano ‘complexo. De fato, muitas vezes nos feferimos ao nimero ¢ como 0 ponto 2 01/0 vetor, Na Figura 2, os nimerosz = x + iy ¢~2 + i esto representados grafica- mente como pontosc, também, como vetores rains, SECAO 4 VETORESE MODULO 9 2 ol Figura 2 Sez =x, +iy ez) = m+ iy entdoasoma ata tx) +10 +9) corresponde ao ponto (x, + &, 1 + J2)¢, também, a0 vetor de componentes dados poressas coordenadas. Segue que z+ z) pode ser obtido de maneira vetorial como indicado na Figura 3. * Figura ‘Embora o produto de dois niimeros complexos z,e z:seja um ndmero complex representado por algum vetor, esse vetor est no mesmo plano que os vetores que. representam z; e 9. Dessa forma, segue que esse produto de ntimeros complexos no nem o produto escalar nem o produto vetoralutilizado na Anslise Vetorial usual. A interpretago vetorial de nmeros complexos € especialmente til para esten- der 0 conceito de valor absoluto dos nimeros reais ao plano complexo. O médulo, ‘ou valor absoluto, de um miimero complexo z = x + iy € definido como o mtimero real no negativo y/x" + y# e denotado por |z|, ou seja, a kl vee Segue imediatamente da definigdo (1) que os nimeros reais |z|, x = Re ze y= Im zestio relacionados pela equagio @) Iz?’ = (Re 2) + (Im 2). Assim, ® Rez {Real lel © Imes |Imz} 2) Geometricamente, 0 mimero real |z| é a distincia entre 0 ponto (x, 9) € a ori- ‘gem, ou 0 comprimento do vetor radial que representa z. Esse néimero redu. 30 ‘valor absoluto usual do sistema dos nmeros reais quando y = 0. Observe que a desigualdade 2, = 2, carece de qualquer sentido a menos que ambos, ze a, sejam 10 __capiTuto1_NUMEROS CoMPLEXOS ndmeros reais, masa afiemagao |z,| < |23|signifiea que o ponto z;esté mais perto da origem do que o ponto zy EXEMPLO 1. Como |-3-+21= WTF e +4 = TF, vemos que 0 ponte 3+ 2i esté mais perto da origem do que o ponto 1+ 47. ‘A stincia entre dos ontos (xy, 91) © 2) & ey ~ Zl Ts80 deve fica claro za Figura 4, pois |2; — z3| € 0 comprimento do vetor que representa o ntimero yr neatra ¢, transladando o veto radial z,~ zp, podemos interpretar 2, ~ zp como osegmento de retaorientado do ponto (>, y,) até 0 ponto (x, Altemnativamente, segue da expressio 2 2 =O — Hy) +10) = 9) «da definigio (1) que la-al= Vera + Gi Figura 4 Os mimeros complexos z correspondentes aos pontos que estio no cireulo de ‘aio R centrado em zy satisfazem a equacao |z ~ zp| = R, € reciprocamente. Dize~ ‘mos que esse conjunto de pontos ¢ 0 efrculo de equagdo |z ~ zy EXEMPLO 2. A equagio |z — 1 + 3i] = 2 representa o efrculo centrado no ponto 1, =3)deraio. Nosso exemplo final ilustra 0 poder do raciocinio geométrico na Anslise Com- plexa quando as contas diretas forem cansativas. EXEMPLO 3. Considere o conjunto de todos os pontos: equacio (x,y) que satisfagam a le = il +z +4] = 10, Reescrevendo essa equagilo come |e 4i + le 40] = 10, ‘vemos que ela representa o conjunto de todos as pontos P(x, ) do plano z= (xy) tuis qu a soma das dstncias aos dois pontos fxados FO, 4 ¢F'(O, ~4) constan- tee igual a 10. Como se sabe isso € uma elipse de focos FO, 4) € (0, ~4). SECAO 5 DESIGUALDADE TRIANGULAR 11 5 DESIGUALDADE TRIANGULAR Passamos agora & desigualdade triangular, que fornece wma cota superior para 0 _médulo da soma de dois miimeros complexos z, € 23, como segue. wo le +201 < lel + [zl Essa desigualdade importante é geometricamente evidente a partir da Figura 3 na Se¢do 4, pois é, simplesmente, @afirmacio de que o comprimento de um dos lados ‘de um triingulo & menor do que ou igual & soma dos comprimentos dos dois outros lados. Também podemos ver na Figura 3 que a desiguldade (1) € uma igualdade ‘quando os pontos 0, 2; ¢ z, forem colineares. Uma dedugo estritamente algébrica dessa desigualdade & dada no Exercicio 15 da Segio 6 ‘Uma consequéncia imediata da desigualdade triangular é que 2 ley + 2al > [lz ~ [all Para obter (2), eserevemos Gita) +(e sla tal+loak lal ‘que significa que @ ler +221 2 leal — lzale Isso ¢ a desigualdade (2) se za! > |z2} No caso|zi| < [zal basta tocar 2, com zp sna desigualdade (3) para obter lar +2212 —(ail — lead, ue € 0 resultado procurado, Claramente, a desigualdade (2) nos diz. que 0 eom- primento de um dos lados de um tifingulo é maior do que ou igual a dlferenga dos ‘comprimentos dos dois outros lados. ‘Como |~ z3] = [z2} podemos trocar z» por ~z, nas desigualdades (1) e (2) para obser ler —zal Ste +leal © bey ~ 2212 len — fell corre que, na prética, basta usar somente as desigualdades (1) ¢ (2), © que esté ilustrado no exemplo a seguit. EXEMPLO 1. Se um ponto z estiver no efreulo unitério |z| = (2) fornecem as desigualdades (1) be=2) |e (-21 sel + 1-2 =142=3 ke-2) e+ (-2)] = [lel I-21 = 11-21 12 _capiTuLo1_NUMEROS COMPLEXOS A desigualdade triangular (1) pode ser generalizada por meio da indugio mate :ética para somas com qualquer niimero finito de termos, como segue. O latates tel slaltlalte + led = 2.3.0). A prova por indugio dessa afirmagdo comeca com a observagao de que a desigual- dade (4) com n = 2 coincide com a desigualdade (1), Além disso, se a desigualdade (4) for valida com algum m = m, ela também sera vélida com m =m + 1, pois, usando (1), temos Mey tea tee em) tema < lan baat + zal + lems S (I+ teal +++ lend + ns EXEMPLO 2. Seja z um niimero complexo qualquer do circu |z| = 2. A desigual- dade (4) nos diz que Bret] s3tkitl|e) = [zI?€ garantido pelo Exercicio 8, obtemos Bertes9, Como [2 EXEMPLO 3, Dados um inicio positivo ne constantes Complex dy, dye ‘com a, #0, dizemos que a quantidade o. PO) sag tay tage + aya" um polindmio de grau n. Mostremos que exist algum nimero positive R tal que ‘o reesproco 1/P(2)satsfaz a desigualdade 1 a P@| ~ Taal ‘Geometricamente, iso nos diz-que 0 médulo do reciptoco 1/P(z)€ limitado su- periormente com 2 fora do eftculo |2| = R. Essa importante propriedade de poli ‘nomios ser uilizada adiante, no Capitulo 4, na Seco 58, mas apresentamos sua demonstracio aqui porque ela exemplifica 0 uso das desigualdades vistas nesta ego, bem como as identidades| levzal=lallel © =U” (= 1,2.) a serem obtidas nos Exercicios 8 8 Inicialmente, eserevemos a my ae o sed. % a w=Ste + G#0, de modo que @) PO) = (ay tye SECADEXERCICIOS 13 sez #0. Em seguida, multiplicamos os dois lados de (7) por 2, obtendo we" = ay aye + a2? peo + yz Isso nos diz que Luo zI" = aol + lack + late? +--+ + lay allel! lal lel o Wels tae tae tie tt [Agora observe que é posive encontrar um nimro postive tio grande tal aue cada um dos quocientes do Indo direito de (9) seja menor do que © nimero (ay|/Qn) se el > R, de modo que lee) _ Heal Wwl “et se el > R: «tendo em vista a equagio (8), lente [el ge Re >R. a ll (10) 1P4(@)1 = lag + wlicl? > felt > A afirmagao (6) decorre imediatamente. EXERCICIOS 1, Encontre 0s nimeros z+ 29 € z; ~ 75 como vetores,sendo @ =m, a=Z-h @ 1= CVRD, n= W505 © B=), aad @ a=ntin, B=m-I. 2, Veriigua valida ds dsigaldaeseavolvendo Re Im: dadas em (3) a Seo. 3. Use as propriedades demonstradas do melo para mostrar ques |=] |v ento, Re(estes) _ lel + lel ated * ileal lll 4. Verifque que V3lel= Ree + llm2} Sugesdo: edu essa dsigualdae (| ~ ly)*= 0 '5, Emeada caso esboce 0 conjunto de pontos determinado pela condi dada. @e-ii= Oks — Oka ad 14 _capiruo1_NUMEROS COMPLEXOS {6 Lembre que [2 ~ | €a.distincia entre os pontos z 23 € dé um argumento geomético para mostrar que [2 — 1] = |2-+ i epeesenta arta pela origem de inlinagdo ~ 1 7. Mostre que se for sficientemente grande, o polindmio P(2) do Exemplo 3 da Seco 5 satistaza desigualdade 1P@|< 2a se el > ‘Sugestdo: observe que existe algum nlimero positive tal que o méulo de cada ‘vociente do lad dreito da desigualdade (9) da Segto 5 menor do que [ese ei > R 8. Sojam z, ec dois aimeros complexes quaisquer amt, 6 penton Use angumentos algébrios simples para mostrar que Her +isere tiv © f(t +38) GE+ so iguais¢ dedura disso a validade da identidade lev 9. Use o resultado final do Exereicio 8 e indus matemstica para mostrar que I= bel = 1,2, ‘com qualquer aimero complexo :. Ou sea, depois de verificar que essa idenidade & ‘bv se n = I suponka sua validade sen — foralgum inciro positive entio de- rmonstre sua vaidade se n= m-+ 1 6 COMPLEXOS CONJUGADOS 0 complexo conjugado, ou simplesmente 0 conjugado, de um némero complexo £= + +iyé definido como o ndmero complexo x — iy denotado por Z, ou se, a zex-iy, 0 niimero 2 €representado pelo ponto (x, —)), que 6a reflexto pelo eixo real do Ponto ay) que representa (Figura 5) Observe que ze Bek qualquer que sejaz Sez, =a +e = + Hyp entto (x1 +22) — 11 + y2) = Gi — fy) + Gn be. SECAD6 COMPLEXOS CONJUGADOS 15 Assim, o conjugado da soma é a soma dos conjugados, @ aTH=n+E De manera analog, ici mostrar que 3) u-2=a-%, @) tp e Tay 5 7 40) (3) & (2 #0). Asoma z + Z de um nimero complexo z = x + ty € seu conjugado z: éonimero real 2, ea diferenga z~ 262i), oU sea, rhe z ‘Uma identdade importante que relaciono conugado de um nimerocomple- xo z+ iycom seu indo € © Rez= oO “ager, «em que cada lado da igualdade ¢ igual a x7 + )*, Isso sugere um método para de~ terminac um quoeiente z,/z, que comega com a expresso (7) da Sega 3. Nesse _étodo, 6 claro, comegamos muliplicando 0 numerador eo denominador de 2/23 ‘por 27, de modo que o denominador passa a ser o néimero real [z,)", EXEMPLO 1. Ilustramos esse método com 431 _ C1F3IRHH) _ S451 _ 545i “2-7 ~ @-He+) ~ B= S ‘Ver, também, o exemplo da Seco 3 -1ti. ‘A identidade (7) ¢ especialmente til na obtengo de propriedades do médulo ‘a partir das propriedades do conjugado, que acabamos de ver, Mencionamos que (Compare com 0 Exercicio 8 da Segio 5) @ lea = ll Tanbémn ° B|-2 ws [A propriedade (8) pode serestabelecida escrevendo lexgal? = (@i2) Grea) = (e122) = (1M (eaes) = leaPlzal® = Claleal)” 16_cariruto1_NUMEROScompLexoS « lembrando que um médulo nunca é negative. A propriedade (9) pode ser mostra- dda de maneira andloga, EXEMPLO 2. A propredade (8) nos diz que [| — eel = [zP. Assim, sez for tm ponto dentro do cirulo cenrado a origem e de ralo 2, ous, ll <2, segue da desigualdade triangular generalizada (4) da Sega0'5 qu leo +32 — 2c + 1S [el? + zl? + Del +1 < 25. Exencicios 1. Use as propriedades dos conjugados ¢ médulos estabelecidas na Ses%o 6 para mostrar gue @FH=2-5; R= Hi © OFF a3 4 [az+5VE-H1=V3 e+ 5) 2. Esboce o conjunto de pontosdeterminados pela condicio dada. (@ Re@-i) (©) esi 23. Veritique a valdade das propredades dos conjugados dads em (3) ¢ (4) da Segao 6, 4. Use propriedade dos conjugados (4) da Socio 6 para mostrar que @ HEB HES; | Faz ‘5. Veritique a validade a propredade do méulo dadas em (9) da Seg 6 {6 Uses resultados da Seglo 6 para mostrar que, endo 2 € 25 io nus, valem i © a o lellel WReQtz+2]/ <4 se kelsl. ‘8 Foi mostrado na Segio 3 que sez,2)=0,entio pelo menos umn dos niimeros 2, €z deve ser zero, Fomnega una pova alterativa usando o resultado correspondente pare nime- 10 reise identidade (8) da Sego 6, 9. Fatorando z* ~ 42 +3 em dois fatores quadriticose usando a desigualdade (2) da Se ‘oS, mostre que se zestiver no céeulo [|= 2, entio 10. Prove que (a) 26 real ve, 8656, 2 = (©) 26 real ou imagindsi puro se, es6 se, 11, Use induce matemtica para mostrar que, @ = 2,3, entio @) RHR Fy ATH H A ©) me Fe SEGAO7 FORMAEXPONENCIAL 17 42, Sejam ay dy, gern dy (0 1) ameros reais ez algum mémero complexe. Usando os resultados do Exericio 11, moste que wy Fae tae Fae ay bare hae te bane 13, Mostre que # equagio [z ~za| = R de um efreulo centrado em zp € de tao R pode se lel? — 2Re(@¥—) + eal? = W? 14, Usando as expresses para Ree Im zdadas em (6) da Seglo 6, mostre que a hipérbole P= y? =I pode ser eserita como o4e=2 15, Seguindo os pasos indicados,obtenha uma dedagoslgébrica da desigualdadetiangu- lar (Segio 5) lr + zal lz + leah (@) Mostee que kitoPeG@taG+D =o0+@n+iw tan, © Prove que 45H =2ReA <2 (6) Use os esutados das pars (a) () par blr a dsiguldade bey tal? 5 (eal + lead? verfigue que dea econ a dsiguldae angular @) FORMA EXPONENCIAL Sejam re 0 as coordenadas polares do ponto (x,y) que corresponde a um niimero complexo z= x + iy nfo nul, Comox = rcos #e y= rsen 0, podemos escrever 0 ‘mero zem forma polar como w 1 (cos 6 + i sen 8). A coordenada 0 nfo esté definida se z = 0, de modo que fica entendido que z #0 sempre que estivermos usando coordenadas polares. ‘0 niimero real r nio pode ser negativo na Andlise Complexa e € © compri- ‘mento do vetor radial que representa z, ou seja, r= |z|.O miimero real @ representa © dingulo medido em radianos que z faz com o eixo real positivo, interpretando z como um yetor radial (Figura 6). Como em Célculo, 6 tem um numero infinito de possfveis valores, inclusive negatives, que diferem por algum miitiplo inteiro de 2zr, Esses valores podem ser determinados pela equagio tg @ = y/x, em que devemos especifiear o quadante que contém 0 ponto correspondente a z. Cada ‘valor de 0 € um argumento de z, ¢ 0 conjunto de todos esses valores é denotado 18__capiuto1_NUMEROS comPLexos por arg z. O valor principal de arg z, denotado por Arg z, £0 dnico valor @ tal que “x < © <7, Evidentemente, segue que @ arge=Arge+2nx (mn =0, +1, 42... ‘Também, quando z for um niimero real negativo, o valor de Arg z € 2, no —, Figura 6 EXEMPLO 1. 0 niimero complexo. gumento principal ~32r/4, ou seja, Arg(-1-1) = -% Deve serenfatizado que, pela restrigdo —7 < @ < x do angumento principal ©, ndo é verdade que Arg(—1 — i) = 5x/4. De acordo com a equagao (2), que esta no terceiro quadrante, tem ar- an arg (-1 -i) 42nn (n =0,41,42,..) + Observe que 0 termo Arg z do lado direito da equacdo (2) pode ser substituido por qualquer valor particular de arg z, € que podemos escrever, por exemplo, Sa ag(-1-)= 242 n= 1, 42, O simbolo e”, ou exp(i), € definido por meio da férmula de Euler como @) e em que 6 deve ser medido em radianos. Essa formula nos permite eserever a forma, polar (1) mais compactamente em forma exponencial como “ zene, A escolha do'simbolo e* sera justificada adiante, na Segio 30, No entanto, seu uso. na Segio 8 sugere que a escolha desse simbolo é natural. cos 0-+isen 8, EXEMPLO 2. 0 niimero —1 — i do Exemplo 1 tem forma exponencial ~-oel(-3)) 6) SEGAO7 FORMAEXPONENCIAL 19, ‘Se concordarmos com tidentidade e“® = e®, isso também pode ser escrito como, 1-1 = V2e"/4,A expressio (5) é, claramente, apenas uma das infinitas pos- sibilidades para a forma exponencial de —1 — i, a saber 6 View[i(-2 +20] @=0384820.9 ‘Observe que a expressio (4) com r= 1 nos diz que 0s mimeros e” esto no cfreulo centrado na origem e de rio unitério, como mostra a Figura 7. Segue que os valores dee” podem ser obtidos diretamente dessa figara, sem referéncia a formula de Euler, Por exemplo, & geometricamente evidente que Sa “Kl, Fa = T Figura? ‘Observe, também, que a equagio. ® raRe® (50520) uma representagio paramétrica do circulo |z| = R, centrado na origem ¢ de raio R.A medida que o parimetro 6 numenta de 0 = 0 até @ = 2, 0 ponto z comega do cixo real positive e pereorre o eireulo uma vez no sentido ant-hordrio. Geralmente, ‘ocirculo jz — x) = R, centrado em zy ¢ de raio R, tem a representaglo paramétrica @) camtRe (0 <0 = 22). Isso pode ser conferido através de vetores (Figura 8), observando que um ponto z percorrendo o cftculo [z — zal = R uma ver. no sentido anti-horério corresponde & soma do vetor fixo zo e um vetor de comprimento R cujo angulo de inclinagao @ varia de 6 = O até 6 = 2r. 20__capiruto 1_NUMEROS coMPLEXOS: 8 PRODUTOS E POTENCIAS EM FORMA EXPONENCIAL A trigonometria nos diz que e” tem a propriedade aditiva conhecida da fungao ‘exponencial do Céleulo: el el® = (cosy + i sem 6,)(c0s # + i sen 8) = (cost cos, — sen 8, sens) + i( Sen 6, cos; + 608.) sens) 05(6 +62) + i sen(O; +6) = €f%¥ Assim, sez, 2" entio o produto 2,2, tem a forma exponencial wo zizn = rere = rire el = (rine. Além disso, @ Be J 1-89 a cs Dessa expresso (2) segue que o elemento meso de qualquer némero complex nao nulo z = re’ & 12 yo e) As expressdes (1), (2) & (3) so facilmente lembradas usando as regras algebricas, conhecidas de ntimeros reais e da poténcia e Outro resultado importante que pode ser formalmente deduzido aplicando as regras de mimeros reais az = re é 4 arte — (a =0,41,42,..), sso pode ser faciimente verifcado para valores positivos de m po induto mnatemsti- ca. Mais precisamente, observe que essa relaco ¢ simplesmente z= re se n = 1. Ein ‘Seguida, suponha que a identidade sea vida se n = m, em que m denota algum ntime- £0 intero positivo. Em vista da expressio (1) do produto de dois nimeros complexos ‘io nulos em forma exponencial, segue que a identidade 6 vélida com n = m + | ee fn 19) = pm glint ome Desa forma, demonstramos a validade da expresso (4) ei : expresso (4) com ineiro positive, A ‘érmula também se n = 0, convencionando que zp = 1. Por outro lado, se definimos 2" em termos do inverso multiplicativo de z, escrevendo NM sem=-n= 1,2, Como a equasio (4) ¢ valida com inteiros positivos, segue da forma exponencial @)dez"" que — SECAO ARGUMENTOS DE PRODUTOS EQUOCIENTES 21 ‘Assim, estabelecemos a validade da expressfo (4) com qualquer poténcia ineira, ‘A expressio (4) pode ser ttl para encontrar poténcias de nimeros complexos _mesmo se eles forem dados em coordenadas retangulares (x, y)¢ 0 resultado for procurado nessas coordenadss. EXEMPLO 1. Para deixar (—1 +)’ em forma retangular, escrevernos (Lb) = Fey = 2AM SBE AVAEIy, Como Pe = ()(-1) =-8 Wdel = JE (cos bison) = V2 (+ chegamos no resultado procurado, (—1 +" = ~8 (1 +9). ‘Observe, finalmente, que se r= 1, aequagio (4) fomece o (ey =e" (n= 0,41, 22...) Escrta na forma pola, a formula 6) (cos + sen8)" =cosnd +isennd (n= 0,41, 42,...), € conhecida como formula de de Moivre. No exemplo seguinte, utilizamos um caso especial EXEMPLO 2. Usando n= 2 na formula (6), obtemos (©os6 +i sen)? = cos 20 +i sen 28, cost # — sen? 6 + #2sen8 cosé = cos 20 + i sen28. Igualando as partes real e imagindria, obtemos as conhecidas identidades trigono- miétricas 0526 = cos? — sen" #, sen20 = 2sen# cos. (Ver, também, os Exercicios 10 e 11 da Segio 9.) 9 ARGUMENTOS DE PRODUTOS E QUOCIENTES es, a expresso Seq aneMez a zim = (rine da Sedo 8 pode ser usada para obter uma identidade importante referente a argu- meats: 2 arg(z123) = arg + arg, 22__cariruo1_NUMEROS coMPLEXOS Essa equagio deve ser interpretada como segue: se dois de ues argumentos forem «specificados dentre as infinitas possibilidades, entio existe um valor do teceiro ‘gumento que tora vida a equagto. Para verficara afirmagio Q), comesamos tomando 6, 6, como valores qusis- quer de arg z,¢arg zp, respectivamente. Eto, a expresso (1) nos diz que + @, € um valor de arg(z,z;). (Ver Figura 9.) Caso comecemos com a especificagiio de Valores dearg(;z3 © arg zy esses valores correspondem a escolhas paticulaes de ren nas expressies arg(ar22) = (1 +6) + 2mm (n= 0,41, 42,...) argc, =O) +2mx (ny = 0,41, 42,...), ‘Como (0) +82) + Qn = (8, + 2m) + 2 +2(0 mx], ‘a equagio (2) certamente¢ vélida se escolhermos 0 valor a arg 22 = 0 +2(n—m)m. Finalmente, caso comecemos especificando os valores de arg(z\2,)€ arg, basta ‘observar que podemos reescrever (2) como ang(r21) = aga + arg As vezes, aims vida substindo todos os arg por Arg (ver Exereicio 6). Noentano, como mostra oexemplo a seguir, nem sempre sso ecome. EXEMPLO 1, Tomando 2, =—Le2, : ar Arges) = -*, (e128) " 'Noentanto,tomando eses mesmos valores de arg arg 2 seesionandoo valor Arg(eizs) $20 = ~2 42m = SECAO.9 ARGUMENTOS DEPRODUTOSE QUOCIENTES 23 de arg(z,z2), a equacio (2) ésatisfeita, ‘Aafirmagh (2) nos diz que an() = ag (e125") = args + arg (¢ «como (Sega 8) podemos ver que 8 ang (25!) = ~argzz- Segue que Oy an(#) = agai — arg, ‘Novamente, aafirmaciio (3) deve ser interpretada como segue: 0 conjunto de todos ‘0 valores do lado esquerdo da equagao € igual a0 conjunto de todos os valores do Jado direito, Segue que a afrmagio (4) deve serinterpretada da mesma maneira que ‘aequagio (2). EXEMPLO 2. Utilizemos « afirmaco (4) para encontrar 0 valor principal Arg z de ‘Comegamos escrevendo arg: = argi — arg(—1 =). ‘Como x ar Angi e Ag(-1-) =, tum valor de arg z € 51/4, Ocorre que esse no & um valor principal ®, que deve satisfazer —z < © < m. No entanto, obtemos esse valor somando um miltipl in- teiro, possivelmente negativo, de 2: 2 ane( EXERCICIOS — * . wen ay W e= (VSI) Respostas: (a) 2x/3; (6) x 24 _capimu101_NUMEROS COMPLEXOS. Oe ae 3. Useindugio matemstica para mostrar que 2. Mosie que (a) |e] en MH) (2 2,3,..9, 4. sand ft de que |e®—11€ a dstinca eau 0s potas ee 1 (ver Seo), d€ umn angumeto geometric para encontrar um valor de 8 no inervalo O = 8 2 tl que ie Resposta 8, Escrevendo cada for individual do lado esquerdo em forma exponencial, efetuando as ‘operagdes indicadase,finalmente, convertendo para coordenadas relangulares, mostre gue (a) 1 = VINWI+H =2U4+VD; O SAH =I © W3+i = 64; @ O43 =F VI, 6. Mostre que se Rez; > Oe Re 2, > 0, ent8o Anp(eiza) = Arps + Argza, usando valores prneipas dos argumentos. 7. Seiam 2 um nero complexo nso nuloe num inteeo negativa (= —1, ~2,.). Tam hm escreva yon Usande as expresses =(Ren, verifique que (2")"! = (€"" e que, consequentemente, a dfinigio * ‘9107 podria ter sido exert, alternativamente, como 2" = (2")" 8, Prove que dois nimeros complexos z, €z:tém 0 mesmo médulo se, e $6 se, existem ‘imeros complenos c,e ¢ tas que 2, = 2 €22 = exe Sugestao: observe que ca 832) of 82) vn ver Exoteeio 20} (oY dase. 9, Esubeleca vlidade da identidade = ean ‘use para deduziraidemtidade trigonométrica de Lagrange: 1 seol(2n 48/2) 1+ 080 eos cong =} 4 SeCn + DE] Fees + eos 20 Foo ewem = 5 + 7 5en0072) Swgesro: paras primeira identidade, escreva S= [4 24+ 28+ 42" ecomsidere ascitecengas S— 25, Paraa segunda, escreva z= e”na primeira Ttetteeeet <6 <2) SEGAO 10_RAIZES DE NUMEROS COMPLEXOS 25 10,_ Use formula de de Moivre (Sogo 8) para deduirasseguintesidentidades igonomé (@) 008 30 cos! 9 3e08 0sen? () sen 30 = 3.605? sen sen” 11, (a) Use formula do bindmio (14) da Sega 3 a férmula de de Moivre (SeeH0 8) para E(Qewrtoomet a 0.4.2..9 set en oar mb esr Siete m= (n= 1)/2 sendo m impar use fal do sma an monn gs germ Es 140 cond +f sent count =o ( J, )e-DFeoronen9 = 0.1,2,..9 (@) Hscreva x= cos no himo somatério da parte (a) para ober o polindmio* no)=$5 (Serna ) ma vardvel x de grau n(n =0,1, 10 RAIZES DE NUMEROS COMPLEXOS Considere, agora, um ponto z = redo efteulo centrado na origem e de rao r (Figura 10)-A medida que 6 cresce, z gira em torno do cfreulo no sentido anti-horéio, Em par- ticular, quando 9 cresce 2, voltamos 20 ponto de partida, e 0 mesmo ocorre quando ‘ decresce 22. Segue, portanto, da Figura 10 que dois niimeros complexos nao nulos aan e nane® ol Figura 10 * sees polindmios, importantes na teoria da aproximagio, s4o denominados polindmios de Chebyshes. 26 __capiTuLo1_NUMEROS COMPLEXOS sii iguais se, €6 se, rary © 8 = 0:4 2kx, em que k€ wm intivo qualquer (k= 0, £152...) ssa observaedo, junto com a expressdo z= rel da Sexo 8 para as potén- cias inteiras de mimeros complexos z = re € il para encontrar as raizes enésimas de qualquer nimero complexo néo nulo z= re", em quen = 2, 3,|.. Esse metodo ortega com a observagio de que uma raizenésima de z€algum nero nao no 25 re tal que 2 = zg 00 ea Desa com asain nem ens Han 6 ams 2m engi iu ino = 0412.) Lon ~ fea eee crete tin atin donner on BHD Gosia.) Consens ns cons eneo[(#+22)] e=oatae..» so raizes enésimas de zy. A partir dessa forma exponencial das raizes, vemos ime- diatamente que todas elas pertencem ao cfreulo [zt = fF centrado na origem e estdo igualmente espacadas a cada 2-x/n radianos, comecando no argumento d/. Decorre disso que obtemos todas as razes distinras quando tomamos k = 0,1, 2,0 L=1 e que nio aparecem mais rafzes com outros valores de &. Denotamos essas razes distintas por c, (k= 0, 1,2,.., m~ I)e escrevemos 0) aareai(%+22)) aaoa.a (vei 9 Figura 11 t SEGAO 10 RAIZES DE NUMEROS COMPLEXOS 27 (0 nimero 7% € 0 comprimento de cada um dos vetores radiais que representa, asm eaes. A primeira riz cy tem o argumento 8y/n; quando n = 2, as dus rafzes ‘estfo em extremidades opostas de um didmetro do ciculo|z| = 3, as raizes constituem os ‘vértces de um poligono regular inserito no efreulo |:| = 1, com um véntice corres- ppondendo & raiz principal z = 1 (k= 0). Tendo em vista a expressio (3) da Seeao 10, essas rafzes so, simplesmente, Lon.a%,...,af! emaue 0 =e (i). [Na Figura 13, apresentamos 05 ¢as0s n = Figura 13 EXEMPLO 3. Seja a um nimero seal positive qualquer. Para encontrar as duas raf zes quadradas de a + i, escrevemos Aslatil=Vetl ec Arse +i) como a4i= Aexplia+2ka)] k= 0,41,42, a razes quadradas procuradassf0 @ a= View [i($+kr)] &=0,0. ‘Como e = —1, esses dois valores de (a + i)" sto, simplesmente, oO @=VAe® 6 =e Pela frmula de Euler, obtemos 6 eo = VA (cos 5 +i sen) Como a + ‘est acima do eixo real, sabemos que 0 < a< 7 e, portanto, que cos 0 © Soo. 570 sen Usando as identidades trigonomeétricas 2a Lteosa cost FS 30 CAPITULO 1_NUMEROS COMPLEXOS podemos colocar as expressdes (5) na forma oO on vi (EE ES No entanto, cos a V/A, portanto, T= fTE@/A)_ fata ee ee re Consequentemente, segue das expressdes (6) e (7), bem como da relagio iy que as duas raizes quadradas de a + i (com a > 0) sio (ver Figura 14) o 1 i. ® +R (Vata+ivaqa) c= —eut fa * Figura 14 EXERCICIOS 1, Encore as raizes quadradas de (2) 2i(b)1—/3ieexpresse-as em coordenadsretan- — alas Respostas:(a) £ (+i); @) * 2. Encontre as ts rafzes edbicas ¢( 1,2) de ~8i, expressando-as em coordensdas ‘elangularesejustfieando por que forma o tngul da Figur 15. Resposta: 4/3 ~ i, 2. Figura 15 %. SEGAON EXEMPLOS 31 Encontre (8 ~ 83)", expresse as razes em coordenadas retangulaes,exiba-as ‘como vices de um certo quadrado e indique qual elas &a raz principal Resposta: +(V3 ~i), (1+ V3). [Em cada caso, encontre todas as razes em coordenadas retangulares, exibi-as como ‘értices de certo poligonos regulates eidentfque a raiz principal @ D8 Levi 1 Vi Respostes W) V9, EAE, 5. De acordo com a Sepa 10, a8 tr raizeseticas de um mimero complexo no nulo zp podem ser escritas como ¢, cy, Cyio}, em QUE Cy € @ Taiz eXtbica principal de ze ae) _ ot {3 7 Moste qu 2a = ~4/2 +4 eno co = V3K1-+ ie a8 ds ous ries ei case forma etangla, so 0 meres W340 + I= Di oy (S-)- +i v2 7 vB ‘Encontre os quatro zeros do polinémio z* + 4, sendo um deles to= Vie = 1 ti [Bm seguida, use esses zeros para futorar 2! + 4 em fates quadriticos de coefcientes, Resp (2 426+ 2K2 22+ 2) . Mostre que se for qualquer aizenésima da unidade diferente de 1, entio Leet ebente ‘Sugesto: uses primeira identidade do Exetcicio 9 da Seqio 9, (a), Prove que a frmula conhecida de resolver equagies quadrticas resolve aequasio atsbe+e=0 (a#0) também se 08 cosficientes a, be ¢forem nimeros complexos. Mais precisamente, completando oqadrado do lado esquerdo da equacio,deduza a férmula quadrtica b+ —4a0y'?? 2 ‘em que se consideram ambas as izes quadralas quando b? ~ 4ac #0. () Use o resultado na parte (a) para encontrar as aizes da equayo 2 +22-+ (I~) =0. i iagaet ee a (1-3) -% Sejam 2 = re um nimero complexo nfo nulo¢n um inteiro negative (n = —1, ~2y.). Defina 2" pela equago 2!" = (2), em que m = —n, Mostre que os m valores de (2) ede (27) so igus veriigue que!" = (e!")-, (Compare com o Exer- cco 7 da Seco 9) Repost) (1+ 32__CAPITULO1_NUMEROS COMPLEXOS. 12 REGIOES DO PLANO COMPLEXO ‘Nesta seco, apresentamos alguns conceitos relativos a conjuntos do plano comple x0 ou pontos do plano z ¢& proximidade entre pontos e conjuntos. Nossa ferramen- tw bisica € o que denominamos vizinhanga a ke-zol 0 ilimitado. EXEMPLO. Fsbocemos 0 conjunto “ men « idemtifiquemos alguns dos conceitos apresentados. Em primeiro lugar, supondo que z seja nao nulo, temos 1_z_z_x-iy Peel EL gartiyy. cee ieee ‘ Segue que a desigualdade (4) pode ser eserita como oot, Pty Sty ty <0 ‘Completando 0 quadrado, chegamos em 24(y i) i et(ttytg)4 (© Ime> i; @ Imz=1; © Osage =x/4(2 40) Respostas: (b) (esto domisios. 2 Quai conjuntos do Exercicio 1 no so sbertos nem fechados? Resposta:(e) 3. Quai conjuntos do Exereicio 1 so limitados? Resposta: (a) Di le—4l > SEGA 12_REGIOES DO PLANO COMPLEXO 35 “Bm eada caso, esboce 0 fecho do conjunto dado. (@) -m cage 0. 6. Mostre que um conjunto$ ¢ aberto se, es6 se, cada ponto de $6 um pono interior, 40. Determine os pontos de aeumulaco de eada um dos conjuntos dads. @ w= OH1,2,.95 ® n(n 2, (© Osa: 0-1 <0sm, jobtemos uma fungio (univalente) bem definida por (3) no conjunto de todos os rnmeros nfo nulos do plano z. Como zer0 €atnica raiz quadrada de zero, pocemos cescrever f(0) = 0. Assim, essa fungao esté bem definida em todo 0 plano, Muitas vezes, as propriedades de uma fungo real de wma varivel real so ex bidas pelo grifico da fungi. Noentant, se w =f), sendo z¢ w eomplexos, nfo dispomos de uma tal representago grfica conveniente da fungdo f, pois cada wm dos nimeros ze w varia em um plano em vez de em uma reta.Entretant, podemes exibiralguma informagio sobre a fungo indicando pares de poatos z = (x, w! = (u,v) comespondentes, Para ver isso, em geral € mais fail esbocar os planos ze ‘w separadamente. Quando pensamos em uma funelo dessa maneira, & costume usar os termes ‘aplicagao ou transformagéo em vex de fungao.A imagem de um porto zdo domi- node defini S 60 ponto w = (2), 0 conjunto das imagens de todos os pontos de um conjunto T contido em é denominado a imagem de T. A imagem de todo ‘dominio de definigdo 5 € a imagem de f.A imagem inversa de um ponto w &0 eonjunto de todos os pontos z do dominio de definigdo de f euja imagem € w. A imagem inversa de um ponto pode contersomente um ponto, muitos ponts, ou ne- hum ponto.E claro que esse titimo caso ocome se w nio estiver na imagem def. Termos como translaedo, rotagao e reflexdo sio usados para transmitr 38 ca- racterfsticas geoméiricas dominantes de certs aplicagbes. Neses casos, vezes & conveniente considerar o plano z como coincidindo com o plano w. Por exemplo, aplicagio +1=(+D+iy, fem que z = x + iy, pode ser vista como uma translago de eada ponto z uma unida- de para a direta. Como i =e, a aplicagio expfi(o+5)]. ‘em que = re", gira 0 vetor radial de cada ponto z ndo nulo por um Angulo reto em. tomo da origem no sentido ant-horario, e a aplicagao waiz -iy 40__capiuto2 _FUNCOESANALITICAS transforma cada ponto z = x + iy em sua reflexto pelo eixo teal. Geralmente obtemos mais informacio esbocando imagens de curvas e regives, «do que simplesmente indicando imagens de pontos individuais. Na proxima segto, faremos isso com a aplicagio w = 2 14 AAPLICACAO w =z" De acordo com o Exemplo 2 da Segio 13, podemos ver a aplicagio ‘wansformagio = 2 comoa o nev-y, vada do plano ay no plano uv. Essa forma da aplicagdo é especialmente itil para desco- bri a imagem de certas hipéeboles. Por exemplo, ¢ fcil mostrar que cada ramo da hipérbole @ pays fa>0) € levado biunivocamente sobre a reta vertical u = cy. Para ver isso, eomegamos ‘observando queyna primeira das equagGes de (1), temos u = ¢; quando (x,y) for um. ponto de um dos ramos. Se, em particular, estiver no amo & direta a segunda das cequagies de (1) nos diz.que v = 2y/y* + e1. Assim, aimagem do ramo a direita pode ser dada parametticamente por ey va2yyya (00 0) SEGAO 14_AAPLICAGAO a1 6 transformada na reta v = cz, conforme indicado na Figura 19, Para ver isso, ob- servamos, na segunda das equagses de (I), que v = c quando (x, y) for um ponto de um dos ramos, Suponha que (x, ») esteja no ramo do primeiro quadrante. Entio, ‘como y = c/(2x), primeira das equagGes de (1) revela que a imagem do amo tem a representagio paramétrica 0, y > 0, xy < 1 consiste em todos ‘0s pontos que esto nos ramos superiores de hipérboles da familia 2xy = c, com, 0 0,» > 0, xy <1, pportanto, esse dominio ¢levado na faixa horizontal 0 < v <2, y 4 Figura 20 wee 42__capiruto2 FUNGOES ANALITICAS 'A partir das equagSes (1), podemos ver que a imagem de um ponto (0, ) do plano z é (y*, 0). Logo, se (0, y) percorrer o semieixo y no sentido para baixo em digi dorigem, sua imagem se move paa a dreta 20 longo do semicixow negativo tem diegfo 3 origem do plano w. Como a imagem de-um ponto (x, 0)é (0), segue aque se (x, 0) peccorrero semicixo.x no sentido para a direta a pair da ofigem, sua imagem se move para a direta a partir da origem ao longo do semicixo u positivo. claro que imagem do ramo superior da hipétbole xy = | simplesmente a reta horizontal v = 2. Decorre disso que a regio fechada x > 0, y> 0,xy < 1 6 levadana faixa horizontal feehada 0 < v = 2, conforme indicado na Figura 20 [Nosso préximo exemplo ilustra 0 uso de coordenadas polares na andlise de certas aplicagbes. EXEMPLO 2. A aplicagio w: “ se z= re”. Isso significa que a imagem w = pe de qualquer ponto z nto nulo pode ser encontrada tomando 0 quadrado do médulo r = [2] e dobrando 0 valor 6 de arg que estiver sendo usado: 6) 2 é dada por pee Poe $=0, Observe que 0s pontos z = rye” de um efrculo r= rp sio levados em pontos uw = ree do crculo p= 1@.A medida que um pont do primeitocirulo se des- loca no sentido ant-horsro a partir do eixo real positivo para o eixo imaginério postivo, sua imagem no segundo creulo se desloca no sentido antichodro a partir do eixo real postivo para oeixo rel negativo (ver Figura 21) Assim, escolhendo todos os valores positives possveis de ry os areos correspondentes nos planos ze sw preenchem, respctivamente, oprimeio quadrante eo semiplan superior Dessa forma, a transformagio w = z* é uma aplicagio injetora do primeiro quadrante, 120,02 0<7/2 doplano zsobreosemiplano p = 0,0 < = x do plano w, com forme indicado na Figura 21, E claro que o ponto z= 0 levado no ponta = 0. "Ess aplicasio do primero quadrante sobre o semiplano superior amibém pode ser verficada usando os ros indicados com linhas traces na Figura 21. Deita- ‘mos alguns detahes para o Exercicio 7 A transformagio w = 2 também leva o semiplano superior r > 0,0 <0 1/e é uma vizinhanga do oo. Para drimir vidas, vamos convencionar que quando nos referimos a um pon to, sempre queremos dizer um ponto do plano finito. Daqui cm diante, se quises- :mos considerar 0 ponto no infinito,diremos isso explicitamente. ‘Agora € imediato dar um sentido &alirmagao fim f@) = v0 0 £9 0U wy, 00 possivelmente ambos os nidmeros forem substitufdo pelo ponto no infinito, Na definigio de limite da Seco 15, simplesmente substituimos as vi snhangas apropriadas de 2) ou de wp por vizinhangas do oo, Para exemplificar como isso € feito, daremos a demonstragao do teorema seguinte. Teorema, Se zg. w forem pontos dos planos ze w, respectivamente,entdo o Jim f= 00. se lim ® dim f@) = wo se tig (2) 9. ‘Alem dss, 1 a im, f(@) =00 se tim — ° Jim fe) lim sa = SECAO17_LIMITES ENVOLVENDO 0 PONTO NOINEINITO 51 ‘Comegamos a demonstragao supondo que valha 0 segundo dos limites de (1). 10 significa que, dado qualquer ntimero positiv e, existe algum nimero postive Stal que 1 Fe) 4H que isso pode ser escrito como se O<|z-mah <0. I ® \fal> 5 se O<|e~z0 <3, ‘chegamos ao primeiro dos limites de (1). ‘Suponha, agora, que valha o segundo dos limites de (2). Ento, 1 |s(Z)-mlt se l=} caro que essa € dfinigo do primeiro dos limites de (3) EXEMPLOS, Observe que e tim 224! im C/44 te 241 eb (Ifa) +1 Alem disso, (eye t ABT PS ey —1 2-8 52__CAPITULO2 FUNGOES ANALITICAS 18 CONTINUIDADE ‘Uma funcdo /¢ continua em um ponto zo se as us condigbes seguintes estiverem satisfeitas: o Jim fe) exist, @ F(z0) existe, @ Jim f@) = f) Observe que a airmagdo (3) realmente contém as afirmagdes (1) ¢ (2), pois neces- sitamos da existéncia das quantidades de cada lado da equacio daquela afizmacio FE claro que a afirmagao (3) diz que, dado qualquer nimero positive e, existe um nnémero positive 6 tal que co) U@-feol i 5 Olina o=o; © din © ingpts Olmgp— © Int ——™rtéi—OSO _ | CSC : © JmT@= © Jim,Te= © «#0 Explique porque so Snicos 0s limites envolvendo © pontonoinfinito “Mostre que um conjunto 6 ilimitado (Seql0 12) se, e 6 se, qualquer vizinhanga do onto n0infinito eontém algum ponto de S. DERIVADAS {de um ponto zy. A derivada de fem zy €0 limite o FC) = tim LO S20, 56__caPiTuLO2 FUNGOES ANALITICAS Escrevendo a varivel z da definigdo (1) em termos da nova variével complex Arzi-» @#u) aquela definigfo pode ser dada por saa) = tim, £082) @ S'¢za) = jim, 7 ‘Como festé definida em toda uma vizinhanga de z, 0 mimero flzy + Az) sempre ‘staré definido com |Az| suficientemente pequeno (Figura 27). * Figura 27 Usando a forma (2) da definigo de derivada, costumamos ignorar 0 subscrito de zy¢ introduzir 0 nimero Aw = f@+d2- fl. ‘que denota a variagio no valor w = f(z) de feorrespondente a uma variago Az do, ‘ponto em que calculamos o valor de f Entio, denotando f(z) por dw dr, aequago (2) € dada por fo Aw ° ae = A as" EXEMPLO 1, Suponha que fle) = 1/z Em cada ponte: no nul, an tot =I tear =e. (Gar” 2) ae" Berane se existe esses limits; aspropriedides de limites da Seglo 16 nos dizem que 1 ou #2) sez 40" EXEMPLO 2. Se f(2) Aw o 77 i SEGAO 19 DERIADAS 57 Seo limite de Aw/Azexisir, seu valor poderd ser encontrado se0 ponto Ac= (Ax, Ay) tender origem (0,0) do plano Az de qualquer maneira. Em particular, se Az tender crigem (0, 0) horzontalmente pelos pontos (Ax, 0) do cio real (Figura 28), Bea BEF i0 = Ax -0= Ax +i0= Az esse caso, a expresso (4) nos diz que eas az Az Portant, seo limite de Aw/Az exis seu valor deve ser igual a1. No entanto, se ‘Az tender dorigem (0, 0) vertcalmente pelos pontos (0, Ay) do eixo imaginsio, como que Be =0F Thy = 0-iAy = obteremos, pela expresso (4), qe oe) az Az Portanto, se exist, o limite deve ser igual a1. Pela unicidade dos limites (Selo 15), segue que dh/de no existe em pontoalgum, ay a Figura 28 EXEMPLO 3. Considere a funcio real f(e) = |e)". Aqui Aw _ let Adl?=(el? _ 4+ A)@F AO ~ 22 ae Ae ae c,como 2+ Ae = 2 + A, isso €iguala aw oa, Ae 5) OY ry me, ) 7G +Rte Procedendo como no Exemplo 2, em que tendéncias horizontais ¢ verticuis de Az ‘origem nos deram Bisaz e Be respectivamente, obtemos as expressBes Ai Geattarts © ar= 0 Az, 58__ CAPITULO? FUNGOES ANALITICAS. a az Porno, se existiro limite de Aw/Azse Az tender a zero, aunicidade dos timites utilizade no Exemplo 2nos diz que ate con que 2= 0. Assim, di/d no pode exist sez #0 Para mostrar que d/deefetivamente existe em z = 0, basta observa que @ expresso (5) se redur a Az z se Ar=(@,Ay) ad Az : se x = 0. Conclufmos, portanto, que dw/de existe somente se z = 0, sendo 0 seu valor nesse ponto. (© Exempl 3 ilusra os tes atos suites, dos qu ser inesperados. (a) Uma fungio (2) = u(x, y) + iutx,y) pode ser derivavel em algum ponto z= (3), mas em nenhum outro ponto de qualquer vizinhanga desse ponto. (6) Como u(x, y) = x° +y" e v6x,») = Ose f(z) =|zI”, vemos que os componentes, real e imaginério de uma fungéo de uma varivel complexa podem ter deriva- das parciaiscontinuas de todas as ordens mim ponto z = (x,y) e, mesmo assim, 2 fungio de z pode nao ser derivavel nesse ponto (©) Como as fungées componentes u(x.) =a + y"e w(x.) =O da fungdo fz) = IEF sio continuas em todo o plano, tamibém éevidente que a continuidade de uma funco de uma varvel complexa num ponto nao implica aexistencia de uma derivada nesse ponto. Mais precisamente, as fungdes componentes ‘0s dois primeiros podem u(x, e+y? ec vz, =0 de f(z) = |z/? siio continuas em cada ponto z = (x, y) no nulo, mas f(z) nlio exisl neses pontos. No entanto, é verdade que a exstncia da derivada de tuna fg mum pono ‘npica a comtiniade de fang nesse porto, Para verificar sso, vamos supor que f(a) existae escrever ») din 6 — Feo = jin FO— LD do que segue que Him (@~ 20) = f'G@o) -O= Jim #@) = Fz). Isso garante a continuidade de fem zy (Segio 18) SECAO 20 REGRASOEDEAWAGAO 59 As interpretagées geométricas das derivadas de fungdes de uma variével com- plexa nao so td imediatas como as das derivadas de fungBes reais de uma varisvel real. O desenvolvimento dessas interpretagbes esti no Capitulo 9. 20. REGRAS DE DERIVAGAO [A definigo da derivada na Segio 19 éformalmente igual dada no Célculo, em {que z€ substitu por x. Dessa forma, as reras de deriva bisias apresentadas a seguir podem ser dedzids da definigo da Sego 19 com os mesmos passos dos utilizados no Célculo, Ao enunciar essas regras, utilizaremos as notagées 4 1 Glo om se. Alependendo de qual for mais convenient ‘Sejam c uma constante complexa e f uma fungi cuja derivada existe em um ponto 2 Feil mostrar que a a Sen for um inteiro positive, a a a ) Gl Ol = ef" 2 nt 2 ae nn ssa regra permanece vilida se n for um inteiro negativo, desde que z #0. ‘Se as derivadas de duas fungdes fe g existirem em um ponto z,entio a 7 y ® Zye@ += £O+eO, ” Ar@non= foe'@ + sos €, se g(z) #0, enttio 7 4 [2g] -soeo=sor, #ls@ (OF ‘Demonstremos a regra (4). Para isso, eserevemos as seguintes expresses para 1 variagio no produto w = f(2)g(2): Aw= fet Adele + d2)— fst) SOE + Az) — sO +f + 42) > fee + d2). Assim, Aw _ pg) 8E+AD—#@) | fE+Ad-fO : Re foe Ap ae + AD): 60__capiTuLo2 FUNGOES ANALITICAS «,fazendo Az tender a zero, obtemos a egra (4) da derivada de f(2)e(@). Aqui utli- ‘amos a continuidade de g no ponto z, que decor da existencia de g (2; por iss0, ‘(+ Az) tende a g(z) se Az tender a zero (ver Exercicio 8 da Seqio 18). ‘Também existe uma regra da cadeia para a derivada de fungdes composts. Suponha que ftenha uma derivada em ze que g tenfa uma derivada no ponto f(z) Entio, a fungio F(z) = el f(2] tem uma derivada em zo, € () Fo) = af eo)1 eo). Escrevendo w =f(z) e W= g(w), com oque W = F(z), aregra da cadeia é dada por aw dWdw “dz ~ dw dz EXEMPLO. Para encontrar a derivada de (1 — 42"), podemos escrever w= 1 — 42" e W=w'. Entio, = Mel = 42°F d 29 = 30" 4-424) = 3w'(-8 Gla = 30-8 Para comégar a dedugio da regra da cadeia (6), eseolha um ponto espectticn ‘za no qual exista f(z). Esereva Wp = fica) € suponha que também exisla gw Entdo, existe alguma vizinhanca |’ — gl = € de wna qual podemos definir uma funga0 © com os valores (uy) =O o ou) = SOY — gam) sew wo Observe que, pea defini de desivada, ® lim, ow) Logo, # € continua em wy, ‘Agora colocamos a expressio (7) no formato ©) gw) gto) = [e"(wo) + Cu) Iw = wo) (Iw ~ wo! < &y que € vilido mesmo em w = wo. Como existe f(z) e, portanto, Fé continua em Zo, podemos escolher um ntimero positivo 6 tal que f(z) sempre é um ponto da Vizinhanga jw — wal < £ de wg se for qualquer ponto da vizinhangs |z ~ zl < 5 de zp, Dessa forma, mostramos que & vélido substitu a varidvel w na equago (9) ‘por fi) sez for um ponto da vizinhanga |z ~ zal < 6. Com essa substiuigio, com w= Flea), a equago (9) € ada por 10) ee) Lf] £2 = Feo) = (e'feall + L/S @ 1) € derivvel em toda parte com deivada PQ) 201 +2m¢4 bagel; () 0s coeficientes do poliximio Pt) da parte (a) podem ser esritos como PO | _ Po PO) wo Ona a Oe que existam f(z) € f(z) Sendo ga) #0. Use a defnigio de derivada (1) da Sogo 19 para mosear que on £0 _ S40) FL e@) ~ ete) 5, Deduza a expresso da dvivada a soma de duns fangSes (3) da Sogo 2. 6 Destza expresso da drivada de 2” 2) da Sogo 20e for um nero positivo wanda (@) indugo matemstica ¢ a expresso da derivada do produto de duasfung6es () da Sega 20; (©) a dfinigdo da deriva (3) da Sogo 19 ea él do bid (Se5H0 3), 7. rove que a expresso da derivada de 2" (2) de Sexo 20/permanece vida sen for um intro nepativo (n= 1, ~2,.-) desde que z 0. Sugesto:esreva m = ~ne use arog da derivada do quociente de dss fangs 8. Use ome do Exempla 2 Sei 19 pra masta gu (6) a ei em pout: algum se 62__cApITuLO? _FUNGOES ANALITICAS @ fe=Rex — (HYf()=Imz. 9. Soja funcio defnida pelos valores Bie we #0, oe zm, Mose que se : = 0, entio Aw/ Ae = I em cada ponto no nul dos eixos real e imagi- nrio do plano Az ou Ax Ay. Bm seguida, mosie que Aw/Az = —1 em cada ponto no nul (Ax, Ax) da reta Ay = Ax neste plano (Figura 29). Conclua dessas observages ‘que nio existe (0). Observe que, pura ober esse resultado, no €suficienteconsierar ‘somentetendGncias horizontase vertcsis para a orem do plano Az, (Compare com o Exereicio S da Seco 18, bem como com o Exemplo 2 da Segio 19.) f@ 0) x) ar Figura 29 10, Usando a fécmuta do binémio (13) da Segdo 3, indique exatamente por que cada uma das fangs lace Pl) = ae ge DY um polindmio de grau n (SeeHo 13):* (Usamos a convencio de que a derivada de or- dem 2er0 de una fungi & a pripria fans.) 20,12...) 21 EQUAGOES DE CAUCHY:RIEMANN [Nesta segdo, obtemos um par de equagies que devem ser satisfeitas pelas derivadas parcais de primeira ordem das fungSes componentes we » de-uma Fungo @ FG) = u(x, y) +ivle, ») ‘em cada ponto zp = (, ya) em que existr a derivada de f Também veremos como ‘expressar a derivada f”(Z) em termos dessas derivadas paras ‘Comégamos supondo que exista f(z) e eserevemos zo=xotiyo, Ar= Ax tidy, ‘ Tisses sdo os polindnios de Legendre, de importancia na Matemstica Aplicada, Ve, por ‘exemplo,o Capitulo 10 do livro (2012) dos autores listado na bibiograia, SEGAO 21 _EQUAGOES DE CAUCHY-RIEMANN 63 Aw= (eo+ Ad — feo, ‘ou, oque vem a sero mesmo, (xg + Ax, 30+ AY) +iUGR + Ax, Yo+ Ay)]— [, 30) + FCG, J0) ssa itima equagio nos permite esrever Aw _ulto+ Ax, 90+ 43) az Artidy Agora é importante lembrar que a equagio (2) permanece valida se (Ax, Ay) tender 28 (0,0) de qualquer mancira @ Tendéncia horizontal Em particular, eserevemos Ay = 0 ¢ fazemos (Ax, 0) tender horizontalmente a (0,0). Entlo, pelo Teorema I da Seco 16, a equagio (2) nos diz que tu(20 + AX, Yo) — MCCOY) 5 fgg VEO AX, Wo) — VOM) So) = fm aT ‘ar ou ej B) Fo) = te (Xo, Yo) + ive(X0, Jo). Tendéncia vertical ‘Também podemos escrever Axx = 0 na equagio (2) ¢ escolher uma tendéncia vert- cal. Nesse caso, decorre do Teorema I da Sego 16 e da equagao (2) que 40, 0 FAY) —WOIOYO) | jpg VOW YOH AY) — vELOYO) Tay avs Tay So) = Jim, ou, lembrando que 1/i= —i, (x0, 30+ Ay) = 1600 ay 7 uGxo, yo-+ AY Sea) = fins se ay Agora segue que o fo) 80, Yo) — hy (0, IO)> ‘em que, dessa vez, as derivadas parciais de u e v sio em relagdo a y. Observe que ‘também podemos escrever a equagio (4) como 6 I (20) = ily, 30) + F440, Jo) As expresses (3) € (4) no 6 do f(z) em termos das devivadasparcais das fangées componentes we v, como tamibém, pela unicidade de limites (See 15), fomecem condigies necessrias para aexisténcia de f(a). Para obteressascondi- 64__cAPiTULO2_FUNGOES ANALITICAS ‘bes, basta igualaras partes reas e, depois, as partes imaginérias nas expresses (3) ‘2 (4) para ver que a existéneia de f(z) requer que © ux(9. 30) = yO, Yo) © My 805 Yo) = ~ VCO, Yo). As equagées (6) sio as equagdes de Cauchy-Riemann, homenageanco 0 matemi- tico francés A. L. Cauchy (1789-1857), que as descobriu e usou, € © matemstico alemao G, FB, Riemann (1826-1866), que as tornou fundamentais no seu desen- volvimento da teoria das fungdes de uma variével complexa. Resumimos os resultados obtidos como segue. Teorema. Suponha que Fl) = ux, y) + ive, yD aie exista f(z) em um ponto 29% + iy, Entdo, as derivadas parcais de primei- ra ordem de we v existem em (XY) ¢ Satsfazem as equagdes de Cauchy-Riemann Oo . nesse ponto! Além diss, f'(~) pode ser eserita como 6 F'(G0) = me Hide, ‘em que essas derivadas parciais sio calculadas em (X.Y) 22 EXEMPLOS ‘Antes de continuar nossa discussio das equagdes de Cauchy-Riemann, fazemos ‘uma pausa para exemplificar seu uso e motivar desenvolvimentos posterior, EXEMPLO 1. No Exercicio 1 da Segio 20, mostramos que a fungi f@=Pa0-y tidy £Ederivével em toda parte, que f‘(@) = 2c. Para verificar que as equagdes de Cat chy-Riemann esto satsteitas em toda parte, escrevemos ua.yext—y ela, y)=2ay, Assim, x ‘Além disso, de acordo com a equagiio (8) da Sego 21, P@) = 2x + i2y = 2x ty) = 2. ‘Como as equagies de Cauchy-Riemann so condigdes necessérias para a existéncia ‘da derivada de uma fungio fem um ponto zp, muitas vezes podemos utilizé-las para ‘encontrar os pontos em que fndo tem uma derivada. yey = By SEGA 23_CONDICOES SUFICIENTES DE DERIVABILIDADE 65 EXEMPLO 2. Se f(z) = |zI*,temos 5 Me Da Hy © vey =O. Supondo validas as equagGes de Cachy-Riemnn em um ponto (x,y, segue que 2x = 06 29 =0, ou que x = y = 0. Consequentemente, nko existe f'(@) em qual- ‘quer ponto ito nulo, como j sabemos do Exemplo 3 da See30 19. Observe que 0 teorema que acabamos de provarndo garanteaexistincia de f’(0). No entant, isso seré garantido pelo eorema da proxima seg. [No Exemplo 2, consideramos uma funcio f(2) cujas fungBes componentes ‘ux, y) € lx, 9) satisfazem as equagées de Cauchy-Riemann na origem e cuja deri- vvada f’(0) existe nesse ponto, No entanto, pode ocorrer que uma funcd0 f(z) cujas fungoes componentes u(r, y) € v(x ) Satisfazem as equacies de Cauchy-Riemann na origem no possua derivada f"(0) nesse ponto. Isso € iustrado no préximo exemplo, EXEMPLO 2. Sei fun f() =n, 9) + fs, ) fr deinida plas equases, L {Pics 240, ton se r=0, ‘suas fungSes componentes real e imaginétio sio [ver Exercicio 2(6) da Segio 14] 2 arty ule, 9) © wade 6 (%,3) # (0,0). Fambém temos (0,0) = 0 0,0) =0. Como = tin MOH AZO — 000.0 an (0.0) = fin ‘ar Mons = tin MOO+AY) = V0.0) _ AY S——— ‘vemos que a primeira equagio de Cauchy-Riemann u, = v, é satisfeita em z= 0. Analogamente, €fécil mostrar que = 0.Noentanto, como vimos ‘ng Exoreicio 9 da Sogo 20, nfo existe a derivada f"(0). 23 CONDIGOES SUFICIENTES DE DERIVABILIDADE ‘Como jindicamos no Exemplo 3 da Seco 22, a validade das equagdes de Cauchy: -Riemann‘em um ponto za = (, Yo) Mo ¢ sificiente para garanti a existencia da derivada de uma fungao f(2) nesse ponto, No entanto, basta exigircertas condligses 6e continuidade para obter o seguinte teorema itil 66__capirulo2 FUNGOES ANALITICAS. Teorema. Suponha que a fungdo £2) = ule, y) +1004, ») ‘esteja definida em toda uma vizinhanca de wm ponto 2 = %+ Ny, € suponha que (@) as derivadas parciais de primeira ondem em relagdo a x e y das fungdes we v cexistam em cada ponto dessa viginhanga e que (©) essas derivadas parciaissejam continuas em (Ys) € que satisfagam as equa (es le Cauchy-Riemann He = Uys Uy em (X,Y Enido, existe a derivada f(z), seu valor é dado por S'(20) =p Hive ‘em que as devivadas parciais do lado direto devem ser calculadas em (x, )- Para provar esse teorema, vamos supar que as condigaes (a) e (6) da hipstese cestciam satisfeitas em uma vizinhanga |z — z| < € € esctevemos Az = Ax + iy se 0 <|Az| <5, bem como Aw = f(go+ Az) ~ fla. Assim, w Aw = Au tidy, fem que Au = uaa + Ax, yo + Ay) — uGX0, 0) Av = v(s0+ Ax, yo+ Ay) — UG, 90)- ‘A hip6tese da continuidade das derivadas parciais de primeira ordem de ue » no ‘Ponto (i, ya) nos permite eserever* @ Au = us(o, Jo)Ax + Uy, WAY FELAE + ey @ Av = ve(to, 30) + uy(ao, nay + esx + e4y, fem que 6, £3, 3 € 6 tendema zer0 se (Ax, Ay) tender a (0,0) no plano Az. A subs- tituigko das expressGes (2) e (3) na equagio (1) formece * Ver, por exemplo, as piginas 86 e seguintes do livto Advanced Calculus, de W. Kaplan, ‘th ed, 2003. SEGAO 22 CONDIGOES SUFICIENTES DE DERIVABILIDADE 67 Aw ual, pod slr, BY HELA beDAy + ilvs(x0, Yo) Ax + vy (40, Yo)AY + 63x + e4Ay]. 1 qu estamos supondo a vaidade ds equages de Cauchy Riemann n pono (ole Podemos substitu sy 3) POE — ) € Uy Yo) BOF UY) cequagho (4 ,dividindo tao por Ae= Ax + iA, obter (5) BE laa yo) ita) + (er HENS + HES”. COconre qu [|< [el © | Ay} < Ach peas desigaldades (3) da Segdo 4, por tanto, Consequentemente, Ax Co in| S lei ties] < lesl + les! lea + ieal < leal + leaks Ay at no ‘que significa que as dua étimas parcelas do lado dieito da equagao (5) tendem a 7er0 Se a varidvel Az = Ax + iAy tender a zero, Dessa forma, estabelecemos a ‘valida da expressio de f“() dada no enunciado do teorema, EXEMPLO 1. Considere a fungio Fle) = ee? = eF cosy + ie? seny, lem que 2 =x + iy ey € tomado em radianos no edlculo de cos ye sen y. Aqui u(x, y) =eFcosy € v(x, y) = ef seny. Como u, = ve u,=—v, valem em toda parte, ¢ como essas derivadas parciais so ccontinuas em toda parte, as condigdes do teorema precedente estio satiseitas em todos 0s pontos do plano complexo. Assim, a derivada f(z) existe em toda parte & 1G) = uy bing =e cosy biet seny, Observe que f(z) = f(2)em cada 2, EXEMPLO 2. Segue do teorema que a fungo f(z) = |2/* de componentes ua, arty? © vey) tem uma derivads em z= 0. De Tato, f'(0) = 0 + i0 = 0. Vimos no Exemplo 2 da Sectio 22 que essa fungi ndo pode ter derivada em qualquer ponto nfo nulo, ois,

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