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CURSO DE EXTENSÃO EM

Alfabetização e Produção de Materiais para


Estudantes com Deficiência Sensorial II
MÓDULO 2 | AULA 01

Convergência de mídias como percurso


didático: uma proposta/provocação
aos docentes
Convergência de mídias como percurso MÓDULO 2
didático: uma proposta/provocação AULA 1
aos docentes

Prof. Dr. Emerson Campos Gonçalves


professoremersoncampos@gmail.com

APRESENTAÇÃO
Neste tópico falamos de convergência de mídias. Muita gen-
te acredita que o tema só diz respeito à Comunicação Social
(jornalistas, publicitários etc.) ou aos grandes produtores de
cinema. Contudo, trata-se de um objeto (ou prática, se você
preferir) que se aproxima muito das Sequências de Atividades
e do planejamento que nós, professores, usualmente elabo-
ramos para decidir, por exemplo, como distribuiremos os con-
teúdos a ser discutidos sobre determinado assunto a partir
da carga horária disponível. Como vocês puderam perceber
na videoaula, o processo de convergência midiática, apesar
se cultural, deve ser encarado, prioritariamente, como prática
de linguagem (ou de convergência de linguagens). Numa boa
narrativa convergente, cada parte da história deve ser conta-
da com os recursos que valorizem aquele trecho. Numa narra-
tiva convergente para a escola (de diálogos e saberes), não é
diferente. Cada saber pode e deve ser representado pelo sig-
no que mais valoriza seu debate e apreensão no processo de
ensino-aprendizagem. Para falar, por exemplo, de Educação
Ambiental, não é preciso escolher passar um filme ou um tex-
to. Pode-se criar uma sequência própria, com, por exemplo,
uma animação para tratar de apontamentos introdutórios da
preservação ambiental (como separar o próprio lixo, auxiliar
em práticas de reciclagem e reaproveitamento etc.) e uma en-
trevista com representantes do Ibama para debater a impor-

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CURSO DE EXTENSÃO EM
Alfabetização e Produção de Materiais para MÓDULO 2
Estudantes com Deficiência Sensorial II

tância de valorizar a Educação Ambiental Crítica (com a auto-


gestão da terra por comunidades tradicionais, etc.). Tudo isso,
é claro, pensando em quem são os estudantes com quem se
dialoga e compreendendo que a sequência escolhida nunca
será definitiva (e isso é a maior beleza dela!).

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