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Artigo Final Ppgich
Artigo Final Ppgich
Camila do Valle
RESUMO
Assim, o viajante vai percebendo que os rios têm suas belezas naturais,
porém o ser humano ainda não se sensibilizou de preservá-lo, para que a
beleza se torne ainda mais exuberante, o cuidado, com nossos rios, e seus
habitantes é de grande relevância para o meio ambiente, uma vez que,
sensibilizar as pessoas da importância de preservar a Amazônia é
fundamental, e um dever de todos.
Para que nos dias vindouros as pessoas possam descrever os rios da
Amazônia de uma forma bonita, mas que também esteja sendo conservada,
respeitando seus moradores locais. Diante disso, parafraseando Gondim (....) A
descrição do rio amazonas é humanizada. É um rio humano. Amigo, provê
tudo, por obra de Deus (p. 92).
E nesse cenário paradisíaco que o viajante desfruta em sua viagem, ao
mesmo tempo em que se encanta com as belezas naturais dos, poderá
encantar-se com a grande variedade de árvores, pois sabe-se que Amazônia é
o considerada o pulmão do mundo, sua imensa floresta é uma cartão de visitas
para quem deseja aventurar-se.
Suas plantas com nomes bem regionais, muitas vezes pode até
confundir as pessoas, em que elas, dependendo da espécie podem causar
benefícios ou malefícios caso não seja usada de maneira adequada. As
espécie “unha-de-gato, e capim santo”, que são citadas no conto em estudo,
são duas plantas bem comuns usadas por moradores locais, uma vez que
segundo eles elas são plantas medicinais e auxiliam no tratamento de algumas
doenças.
De acordo com Domingues (2016):
“[...] o conhecimento e o uso das plantas, não somente
medicinais, mas também alimentícias, era a garantia da
sobrevivência indígena, tanto quanto eram importantes
culturalmente as representações que faziam sobre as
propriedades dessas plantas [...]”. (p.30).
Nesse trecho, o autor observa três animais, em que eles têm atitudes
bem diferentes, de certo modo, os animais presente no conto são elementos de
grande enriquecimento da narrativa.
Pois no amazonas é bem com o viajante em algum momento de sua
viagem se parar com alguma espécie de animal, principalmente quando se vai
canoa remando pelos furos que ligam os rios amazônicos ou em pequenos
barcos. Para tanto canoa e barcos são dois meios de transporte essencial entre
os ribeirinhos, é através deles que os moradores conseguem seu meio de
sobrevivência, saciar sua fome.
Seja para pescar ou caçar, barco e canoa, fazem muitas vezes a alegria
dos ribeirinhos, principalmente em tempos de fartura, quando os peixes fazem
enormes cardumes nos rios. Quanto à caça eles muitas vezes utilizam alguns
materiais para conseguir matar o animal, as armas mais utilizadas são “arpão e
espinhel” para conseguir matar peixes maiores como o pirarucu e o peixe-boi,
ambos são duas espécies de peixe bem procurados, principalmente pelos
viajantes que querem conhecer essas duas relíquias amazônicas.
Enquanto a caça um dos materiais mais utilizado pelos é a espingarda,
em que esse tipo de arma é bem comum o viajante encontrar quando estiver
viajando, principalmente se ele sentir a curiosidade de conhecer o dia a dia de
um ribeirinho.
E nessa aventurança o viajante poderá se deparar com um momento em
típico dos moradores ribeirinhos, a produção de farinha, na narrativa o autor
cita em um trecho de sua obra um momento os passos em que se produz esse
alimento que não se pode faltar na mesa dos amazonenses.
Suas mãos nodosas abriam as covas à maniva; tomavam do
pote para enchê-lo; “capavam” os brotos ao parco, tabacal de ao
pé, arrancavam as raízes da mandioca, depositavam-nas n’água
para cevar, ralavam-nas, enxugavam a massa e punham-na no
forno a cozer, na sua ancianidade, a vida era ainda uma luta a
sustentar e a vencer (RANGEL, 2001, p. 89).
Nesse trecho, podemos inferir que produzir a farinha não é uma tarefa
fácil, além de todo processo para que este alimento seja consumido, requer um
árduo trabalho de quem produz nas palavras “sustentar e vencer”, citadas pelo
autor, percebe-se que mesmo com as maiores dificuldades encontradas por
quem produz a expectativa de dias melhores ainda é presente.
Em síntese, a vida era e ainda é uma luta para esse povo ainda sofrido,
que talvez tenha que lutar com suas próprias armas, contra aqueles que estão
aos poucos invadindo o seu território. O garimpo ilegal, a pesca proibida e o
desmatamento da floresta, estão fazendo com que muitos amazônicos vivam
momentos sombrios, em que desconhecido estão dominando seu território. Na
Amazônia, as mudanças extraordinárias, e viseis são bem presente no jogo de
forças, para muitos a famosa terra moça que ao mesmo tempo que está
crescendo, está perdendo seu crescimento para o desconhecido.
Para tanto, falar de Amazônia, é falar de prazeres, viajar floresta
adentro, sem muitas vezes sairmos de casa, em que através dos textos
literários dos contos, das prosas, dos romances, das poesias, etc, a literatura
nos proporciona isso, viajar pela Amazônia apenas realizando uma boa leitura
através dos textos literários.
Alberto Rangel, em seus contos no livro intitulado “Inverno Verde”, nos
remete isso, viajar por lugares bem típicos da Amazônia, onde o mesmo
descreve com uma riqueza de detalhes sua fauna e flora. Além do mais, o
autor retrata na maioria dos contos de uma figura bem emblemática, que até
nos dias hodiernos ainda é vista como apenas uma figura qualquer, sem muito
se importar, descreve a mulher indígena, apenas como uma figura que talvez
para ele seja apenas uma figura de mulher que talvez para ele não tenha
grande importância, todavia a figura da indígena apresenta um grande valor na
narrativa.
Ao falar na da figura da mulher índia no conto, o autor usa sempre
palavras pejorativas, fazendo assim, com que a índia tenha sempre uma
aparência horrível.
[...] A boca murcha e sem lábios. Os cabelos espantavam-se-
lhe, muitos ralos, na cabeça de frontes fugidias. No rosto
cruelmente chato, a pele toda enrrugada, tal o epicarpo
jenipapo maduro. O colo era revestido de pelancas nojentas,
sobre as quais, almejava o disco branco do muiraquitã,
pendurado a um fio de tucum [...]. (RANGEL, 2001, p. 88).