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Tia Rosa
Alice Margarida
Coelho Branco Tulipa
Maçaneta Violeta
Dodô Cravo
Papagaio Jasmim
Dudu Trevo
Didi Lagarta
Foca Mister Gato
Carpinteiro Chapeleiro
Mamãe-Ostra Lebre
Ostrinha Maria Rato
Ostrinha Joana Exército de Cartas
Ostrinha Gaby Rainha
Abílio Rei
CENA 1 - BOSQUE
ALICE E SUA AMIGA LUÍZA ESTÃO VOLTADO DO COLÉGIO. LUÍZA CONVERSA, MAS ALICE
PARECE ESTAR NO MUNDO DA LUA.
LUÍZA: ...Hoje o Márcio não me deu nem ideia, só ficou conversando com aquela tal de Ana,
que senta na terceira fileira no canto e a professora com aquela matéria chata sobre os condes
de Mércia e Nortúmbria só me deixaram mais irritada... Alice!
ALICE: Oi?! Estou ouvindo.
LUÍZA: ...Pois é. Eu já não gosto de história e Ana toda se jogando nos braços do Márcio me
tirou do sério. Será quele vai cair na conversinha dela?... Alice! Você quer prestar atenção?!
ALICE: Olha, me desculpe, mas essa sua história com o Márcio é muito chata. Ele não é muito
confiável; dá em cima de todas as meninas. Eu não sei porque você escolheu ele como crush!
LUÍZA: Olha, Alice, essas coisas a gente não escolhe; simplesmente acontecem. E, me desculpe,
se minha conversa é chata para você.
ALICE: Ah, Luíza! Deixa de drama, vai! Você vai na festa do Rodrigo hoje?
LUÍZA: Não sei. Eu to querendo ir, mas nãos ei se minha mãe vai deixar; ela anda tão chata
ultimamente.
ALICE: É. Minha tia também anda bem chatinha, mas eu vou de qualquer jeito. Nem que eu
tenha que fugir escondida pela janela no meio da noite.
LUÍZA: Você é doida mesmo! Enfim… A gente se fala mais tarde. Tchau!
ALICE: Tchau... (FALANDO COM A GATINHA) Eu que não vou perder essa festa, por causa da
chatice de minha tia! Por quê que tudo tem que ser tão chato, cheio de cuidados e perigos? Ah,
fala sério! Se esse mundo fosse só meu, tudo nele seria diferente. Nada seria o que é, porque
tudo seria o que não é. E também tudo que é, por sua vez, não seria. E o que não fosse seria,
não é? No meu mundo, os gatos falariam muito mais do que um simples “Miau”! Diriam: Sim,
Alice. É verdade, você tem toda razão. Os animais falariam. Bom, no meu mundo...
NO MEU MUNDO
Minhas flores
Todas loucas e alucinadas
Mil sabores, diversos odores
Nesse mundo só meu.
Passarinhos multicoloridos
Todos falantes e assanhados
Cantorias muito coloridas
Nesse mundo só meu.
ALICE: Que lugar esquisito para uma festa ou um show... Será que é uma passagem secreta
para algum show secreto de uma banda famosa numa caverna?... As bandas às vezes inventam
essas coisas... Será que eu devo entrar? Não sei... E se pedirem algum ticket de ingresso quando
chegar lá dentro? Afinal, eu não fuiconvidada e penetra não é uma coisa legal... (ALICE
ESCORREGA E CAI NO BURACO) Aaaaaah! Caraaacaaaaaa!
ALICE: Caraca, véio! Parece que eu to caindo em câmera lenta. Meu Deus! Po, que viagem! E se
eu saísse do outro lado do mundo, de cabeça para baixo? Ah, fala sério! Ninguém... ( O COELHO
PASSA CORRENDO, ABRE E FECHA A PORTA ATRÁS DE SI) Ih!... ó, o coelho aí! Peraí, cara! Que
coisa... Esse cara tá alucinado mesmo, viu?
MAÇANETA: É, ele está sempre apressado.
ALICE: Mas quem... Oh! Caraca, véio! Eu devo estar muito doidona. Uma maçaneta falante!
MAÇANETA: É, eu sou uma maçaneta que fala! Hablas espanhol?
ALICE: Nossa! Não, não… Só português mesmo.
MAÇANETA: Ah, que pena. Mas tudo bem... o que você tá procurando?
ALICE: Eu to procurando aquele coelho branco alucinado. Pode me ajudar? (ALICE OLHA PELO
BURACO DA FECHADURA) Olha lá ele! Deixa eu passar, vai!
MAÇANETA: Ah, mas você é grande demais. Simplesmente impassável.
ALICE: Quer dizer impossível?
MAÇANETA: Não, impassável. Aqui nada é impossível. Ha! Ha! Ha! Por que não tenta essa
garrafa em cima da mesa?
ALICE: Mesa? Ah, tá! Mas o que tem dentro dela?
MAÇANETA: Tá escrito no rótulo.
ALICE: (LENDO O RÓTULO) Mas só tá escrito “Beba-me”. Hum... Melhor olhar dentro, porque
pode ser veneno ou drogas e isso nunca é legal.
MAÇANETA: Como é que é?!
ALICE: Nada, não. Só tava dando bons conselhos a mim mesma, mas... Hum... Tem gosto de
cereja, abacaxi, de mandioca...
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ALICE Wonderland Uma Aventura Pop/Rock Alexander Zimmer
ALICE: (LENDO O RÓTULO) Coma-me. Tá bem. Só quero ver no que vai dar.
ELA COME. O CENÁRIO PROJETADO DIMINUI, PARA DAR A IMPRESSÃO DE QUE ALICE
CRESCEU. SÓ QUE ELA FICA REALMENTE GIGANTE.
MAÇANETA: Eita, que agora não tem mais porta! Ei! Eu to livre! Agora posso sair por aí!
ALICE: Que bom pra você, né? E eu, como é que fico?
ALICE OLHA AO REDOR E ESTÁ TUDO MUITO NEVOENTO. SURGE NOVAMENTE O COELHO
BRANCO DO MEIO DO NEVOEIRO.
ALICE: O coelho branco! Ei, coelho! Coelho! Calma aí, cara! Espera!
COELHO: É tarde, é tarde, é tarde pacas!
ALICE: Coelho! Ô, coelho! Que coisa, parece que entrou por aqui.
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ALICE Wonderland Uma Aventura Pop/Rock Alexander Zimmer
CENA 4 - OS GÊMEOS
ALICE ENTRA PELA OUTRA COXIA, OLHA PRA LÁ E PRA CÁ, ANDANDO PELO PALCO.
ALICE: Cara, cadê o diabo desse coelho? Acho que ele... (ALICE VÊ OS GÊMEOS) Eita! O quê que
isso? Parecem bonecos... (LENDO A INSCRIÇÃO NAS CAMISAS) Didi e Dudu.
GÊMEOS:
Olá! Como vai? Tudo bem com você?
Qual o seu nome! E as coisas? Como vão as coisas!
ALICE: Ah, legal. Meu nome é Alice, e eu to atrás de um coelho branco meio doidão, então...
DUDU: Ah, mas você já vai embora? Ah, não pode!
DIDI: Pois é. A visita mal começou.
ALICE: Ah... Foi mal.
GÊMEOS: Quer brincar de esconder?
ALICE: Brincar de quê? Não, obrigada. Eu...
GÊMEOS: Se demorar, podemos jogar cartas.
ALICE: Olha, vocês são muito legais, mas eu preciso ir, tá legal?
GÊMEOS: Por quê?
ALICE: Porque eu preciso encontrar esse coelho branco maluco.
GÊMEOS: Por quê?
ALICE: Ai, meu saquinho... É que quero saber para onde ele foi.
DUDU: Oh, ela é curiosa!
DIDI: Não é mesmo? As ostras também eram curiosas, não eram?
DUDU: É, muito curiosas. E você se lembra do que aconteceu, né?
GÊMEOS: É, coitadas...
ALICE: O quê que foi? O quê que aconteceu com as ostras?
GÊMEOS: Ah, você não está interessada.
ALICE: To sim.
GÊMEOS: Oh, não! Você tá muito, muito apressada.
ALICE: Mas talvez eu possa demorar um pouquinho.
GÊMEOS: Você pode? Então tá… Vamos lá!
DUDU: A foca e o carpinteiro...
DIDI: Ou a história das ostras curiosas.
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ALICE Wonderland Uma Aventura Pop/Rock Alexander Zimmer
A foca e o carpinteiro
Estavam um dia à passear
Tudo ia bem
Mas só que tem
Que a areia era demais
FOCA: Varrer?
Então eu digo, Oh, meu amigo
MAMÃE-OSTRA: Oh, minha filhas! Ainda são muito novinhas. Não acreditem em falsas
promessas que estranhos podem falar, ou podem nunca mais voltar.
OSTRINHA JOANA: Talvez não seja má. Ah, a gente vai só um pouquinho e volta logo! Vamos?
OSTRINHA GABY: É. Acho que se for rapidinho, não tem problema, né?
OSTRINHA MARIA: Mas bem rapidinho, tá?
OSTRINHAS JOANA E GABY: Sim!
OSTRINHA MARIA: Ah, está bem! Então vamos!
FOCA: Muito bem, vamos ver. (OLHANDO COM MALÍCIA PARA O CARPINTEIRO) Ah, um bom
pão, não seria má ideia, não acha?.
CARPINTEIRO: Boa ideia! Que tal uma pimentinha e um molhinho, hein?
FOCA: Oh, claro. Ótima ideia. Esplêndida ideia.
A FOCA AVANÇA SOBRE AS OSTRINHAS, QUE GRITAM E DÁ UM B.O. QUANDO A LUZ VOLTA,
SÓ SOBRARAM AS CONCHAS.
FOCA: Eu... eu... eu sinto muito. Eu... Perdão. A sorte é muito ingrata. Embora vossa companhia
me fosse muito grata.
CARPINTEIRO: Ostrinhas?! Ostrinhas?!
ALICE ANDA MAIS UM POUCO PELO BOSQUE E ENCONTRA UM ENORME JARDIM DE FLORES
DE VÁRIOS TIPOS. SURGEM BORBOLETAS DE FATIAS DE PÃO ESVOAÇANDO PELO PALCO E
GIRANDO AO REDOR DE ALICE.
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ALICE Wonderland Uma Aventura Pop/Rock Alexander Zimmer
As lagartas da floresta
Brigam como cão gato
Margaridas boas-vindas
Na rede a sonhar
Sonhar...
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ALICE Wonderland Uma Aventura Pop/Rock Alexander Zimmer
oh ohhhh
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ALICE Wonderland Uma Aventura Pop/Rock Alexander Zimmer
ALICE: Ah, querem saber? Podem pensar o que quiserem. Se eu fosse grande como antes,
arrancava vocês uma por uma, pra vocês aprenderem. A gente aprende muito com as flores...
Humpf! Coisinhas irritantes e mal-educadas! Se acham muito!
ALICE COMEÇA A ESCUTAR UMA MÚSICA E VAI PERCEBENDO QUE A FLORESTA AO REDOR
ESTÁ GANHANDO UMA COLORAÇÃO ESTRANHA E PSICODÉLICA. UMA LAGARTA AZUL ESTÁ
SOBRE UM COGUMELO E CANTA SUMMERTIME (JANIS JOPLIN), EM MEIO À NUVENS DE
FUMAÇA COLORIDA. OUTRAS LAGARTAS HIPPIES DANÇAM AO REDOR DO COGUMELO E DE
ALICE, QUE FICA IMPRESSIONADA COM TUDO AO REDOR E SE DEIXA LEVAR PELOS
DANÇARINOS, DE UM LADO PARA O OUTRO. ASSIM QUE A MÚSICA TERMINA, A LAGARTA
AZUL OLHA PARA ELA.
LAGARTA: Ei, baby! Menina! Espera! O mais importante de tudo é saber quem é você, muito
além desta simples menina que se vê. Todo o resto nada significa, se não souberes quem és de
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ALICE Wonderland Uma Aventura Pop/Rock Alexander Zimmer
verdade, pois o segredo do universo está dentro de cada um de nós. Você precisa olhar pra
dentro de si mesma, baby. Olhar bem fundo...
ALICE CONTINUA CAMINHANDO PELA FLORESTA. MÚSICA INCIDENTAL ESTRANHA, MAS NÃO
EXATAMENTE ASSUSTADORA.
FALA ALGUÉM EM OFF. ALICE OLHA AO REDOR, SEM SABER AO CERTO DE ONDE VEM.
O GATO APARECE.
EU SOU ESTRANHO
ALICE: Que coisa. Se todos aqui são assim, é melhor não contrariar. Esse tal de Mister Gato é
uma figura.
DESANIVERSÁRIO
Pra mim.
Pra ti.
DESANIVERSÁRIO
Pra ti.
CHAPELEIRO E LEBRE: Pega! Pega! Pega ele! Vamos! Passe geleia no nariz dele, no nariz dele.
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CHAPELEIRO: Oh, que barulho. São essas escolas de hoje que me põem nervoso, uma pilha de
nervos, verdadeiramente louco, estressado, danado da vida, completamente desequilibrado!
LEBRE: Viu só o que você fez?
ALICE: Mas o que é que eu fiz afinal? Eu nem pensei...
LEBRE: Oh, mas isso é importante. Quem não pensa, não fala.
CHAPELEIRO: Mais chá, mais chá. Muda logo, muda logo de lugar.
ALICE: Mas ainda não usei minha xícara...
LEBRE: Muda, muda, muda, muda, de lugar. Mais uma xícara de chá para a visitanteeee!
(SERVE MAIS UMA XÍCARA À ALICE)
CHAPELEIRO: Vamos, vamos, meu bem. Você não gosta de chá?
ALICE: Ah, sim, gosto muito de chá.
LEBRE: Se você não gosta de chá, poderia pelo menos conversar, não é? Fica aí, caladinha!
ALICE: Desde que cheguei, quis perguntar...
LEBRE: Tenho uma excelente ideia: vamos mudar de assunto.
CHAPELEIRO: Por que um corvo se parece com a mesa?
ALICE: Uma charada? Hum... Vamos ver... Por que um corvo se parece com a mesa?
CHAPELEIRO: O que foi que disse?
ALICE: Por que um corvo se parece com a mesa?
CHAPELEIRO: Por que o quê?!
LEBRE: Cuidado! Ela está louca varrida! Maluca de pedra! Lelé da cuca! Com um parafuso a
menos! Pancadona!
RATO: Louca! Louca! Muito louca! Zuretona!
ALICE: Mas é a sua adivinhação. Você disse...
CHAPELEIRO: Calma, não se exalte. Procure manter a calma. Relaxe. Respire... (PARA O
PÚBLICO) O médico disse para não contrariar.
LEBRE: Tenta beber um pouco de chá.
ALICE: Um pouco de chá?! Olha, me desculpe, mas já tá na hora de eu ir.
LEBRE: A hora... Hum, que horas são?
COELHO: Não, não, não, não. É tarde! É tarde! É tarde! Alô, amigos! Adeus, amigos! É tarde! É
tarde!
ALICE: O coelho branco!
COELHO: Oi, to atrasado. Já perdi muito, muito tempo.
CHAPELEIRO: Não me admira que esteja. Este relógio está atrasado dois dias.
COELHO: Dois dias só?!
CHAPELEIRO: Claro que sim. Meu Deus, vamos ver qual é o defeito.
CHAPELEIRO: A-ha! Mas é claro! O defeito é que esse relógio está cheio de molas e rodinhas.
CHAPELEIRO: Dois dias para... Ah, que pena... Não tem conserto.
COELHO: Oh, meu relógio.
CHAPELEIRO: Era seu?
COELHO: Era. Foi presente de desaniversário.
CHAPELEIRO: Oh, nesse caso...
DESANIVERSÁRIO
Pra ti.
ALICE RESPIRA FUNDO E VAI ATRÁS DO COELHO BRANCO, MAS ELE JÁ SUMIU NOVAMENTE.
ALICE: Coelho, ô coelho! Pra onde será que ele foi? Nunca vi tanta maluquice junta. Este é o chá
mais idiota que eu já vi em toda minha vida. Eu to de saco cheio de tanta maluquice. Vou pra
casa, agora mesmo. Esse coelho... Não me importa mais pra onde ele foi! Ó, se não fosse por
ele, eu... Que lugar estranho. É, vamos ver. Chegando em casa vou escrever um livro sobre isto
aqui, Se eu... Se eu conseguir sair desse lugar algum dia. Ai, ai, está ficando escuro. E onde será
que eu estou? Daria tudo para sair deste lugar. Seria tão bom se tudo voltasse a ser como era
antes. Oh! O que é que eu tinha que ir atrás daquele coelho? Acabou que não tinha show
nenhum e nem festa. Queria tanto poder voltar pra casa... Vou por aqui? Vou por ali? Vou por
acolá? Ai, não, não... Estou perdida. Mas, se eu parar, eu acho que o melhor é ficar no mesmo
lugar até que alguém me ache. Mas... Mas... Mas quem é que vai pensar em vir me procurar
aqui. É um bom conselho, mas, se eu tivesse juízo não estaria aqui. Comigo é sempre assim.
O GATO APARECE.
GATO: Não viu? Nunca viu? Oh, mas deve. Ela ficará louca, louca... louca por você.
ALICE: Mas... Mas... Como vou encontrá-la?
GATO: Uns vão por aqui, outros por ali, mas eu, particularmente, prefiro por aqui.
CENA 12 - A RAINHA
ALICE VAI PARAR NUM JARDIM ENORME. DE REPENTE, TROMBETAS ANUNCIAM A CHEGADA
DA RAINHA.
COELHO: Carta! Posição! Contar! Imperial artista, sua graça, sua excelência, sua real majestade:
a rainha de copas... E o rei.
ROCK DA RAINHA
ALICE FAZ SUA JOGADA. SOM DA BOLINHA INDO, MAS ERRANDO O BURACO. TODAS AS
CARTAS RIEM. O GATO APARECE ATRÁS DA RAINHA.
O GATO SE ESCONDE.
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ALICE Wonderland Uma Aventura Pop/Rock Alexander Zimmer
CENÁRIO MUDA COM MÚSICA INCIDENTAL, ALGUNS RIFFS DE GUITARRA E UMA MARCHA NA
BATERIA.
CHAPELEIRO TIRA A CARTOLA E EM CIMA DE SUA CABEÇA ESTÁ UMA XÍCARA DE CHÁ, QUE
ELE PEGA E BEBE, ENQUANTO FALA.
DESANIVERSÁRIO
Pra mim?
Sim sim.
Ó sim!
O CHAPELEIRO DÁ UMA CAIXA DE PRESENTE PARA A RAINHA, QUE ABRE E É UMA LINDA
COROA. ELA TIRA A ANTIGA E COLOCA A NOVA. O GATO APARECE POR TRÁS DELA.
ALICE: Ai, não aguento mais essa loucura toda! (PERDENDO A PACIÊNCIA)
CHEGAAAAAAAAAAA!!!! Quem a senhora pensa que é, hein, Majestade? Ah, fala sério! Esse
julgamento maluco é uma farsa. E a senhora não é uma rainha. Não passa de uma velha louca,
boba, malcriada e tirana.
RAINHA: (EXTREMAMENTE IRRITADA) Como é que é?
GATO: Oh, simplesmente que é um velha, boba, malcriada e tirana.
RAINHA: Cortem-lhe a cabeça!
REI: Cortem-lhe a cabeça! Ouviram o que a rainha disse! Cortem-lhe a cabeça!
RAINHA: Cortem a cabeça, cortem a cabeça.
ALICE SAI CORRENDO E COMEÇA NOVAMENTE UMA TREMENDA CONFUSÃO, ONDE TODOS
TENTAM PEGAR ALICE, QUE FOGE DE UM LADO PARA O OUTRO – UMA GRANDE
COREOGRAFIA AO SOM DE “CALL ME”, DA BLONDIE.
CHAPELEIRO: Um momento, não pode deixar um chá sem ter bebido um pouco, não é?
ALICE: Mas, mas... Não posso parar!
CHAPELEIRO E LEBRE: Nós insistimos, tem que tomar um gole de chá!
RAINHA: Cortem a cabeça!
ALICE: O quê que eu devo fazer?
RAINHA: Ela! Não deixem fugir! Cortem a cabeça!
MAÇANETA: Oh, ainda estou fechado, não vê?
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ALICE Wonderland Uma Aventura Pop/Rock Alexander Zimmer
AS DUAS VÃO SAINDO. ALICE PARA, VOLTA UM POUCO, OLHA PARA A PLATEIA, SORRI E
PISCA UM DOS OLHOS. DEPOIS SAI CORRENDO, AO SOM DA MÚSICA DE ENCERRAMENTO.
FINALE
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