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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA CAPITAL.

VARA CRIMINAL DA COMARCA DA

Ref. Processo n: _______

_______________________(nome do ru), nos autos da presente AO PENAL PBLICA, vem, por seus advogados, apresentar

ALEGAES FINAIS

pelos motivos que se seguem, requerendo, ao final, que seja o ru considerado inocente: Terminada a fase de instruo, responde o acusado pela prtica do crime de furto (art. 155 do Cdigo Penal), requerendo assim, o Ministrio Pblico, sua condenao. Contudo, apesar de ter o acusado confessado, em sede policial, a autoria do crime a ele imputado (fls. 09/11), o fez mediante forte presso psicolgica exercida pelo estabelecimento policial e sobretudo, pela testemunha ___________, na insistncia de apont-lo como autor do delito descrito na exordial: que o Ru negou, mas na Delegacia de Polcia, vendo a insistncia do depoente em apont-lo com Autor do delito, acabou confessando a prtica do crime. Desta forma, tal fato (confisso) no deve ser levado em considerao.

Vale ressaltar que, em virtude da revelia (fl. 18), no houve verificao quanto a veracidade de tais declaraes, razo pela qual, necessrio se faz consider-las suspeitas de terem sido obtidas mediante coao. Claro est a debilidade da prova apresentada para ensejar a condenao, qual seja, a confisso do acusado feita em sede policial, uma vez que no se trata de prova plena, entendimento este, corroborado por nossos egrgios Tribunais, in verbis: Dentro do sistema atual, inexiste a certeza legal da probatio probationes. No h tomar-se a confisso do acusado como prova plena de sua culpabilidade, pois livre a apreciao pelo juiz da prova de formao de sua convico. (TACRIMSP 1 Grupo de Cmaras Embargos Infringentes 24.170 Rel. Mattos Faria J. 03.11.1971 maioria) (julgados TASP XIX/32). Ressalte-se que, a favor do acusado, existe sua F.A.C. (fl.34), por ser este primrio, de bons antecedentes, alm do fato de no ter havido prejuzo ao lesado, uma vez que a res foi restituda intacta. Sendo assim, vem requerer a V.Ex. a ABSOLVIO do acusado, por ser medida da mais ldima JUSTIA. Caso no seja este o entendimento de V.Ex., requer seja aplicado o disposto no 2 do artigo 155 do Cdigo Penal, como requereu o Ministrio Pblico em Alegaes Finais.

Termos em que, Pede deferimento.

Cidade, Data

__________________________________ ADVOGADO OAB N/Seo

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