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licença ambiental

LA nº 404/0.0/2011

Nos termos da legislação relativa à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição


(PCIP), é concedida a Licença Ambiental ao operador

Filipe Louro & Filhos, Lda

com o Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC) 505 460 556, para a
instalação

Filipe Louro & Filhos, Lda

sita em Sanguinheira - Rostos freguesia de Landal e concelho de Caldas da Rainha,


para o exercício da actividade de

Criação intensiva de aves de capoeira (frangos de carne)

incluída na categoria 6.6a do Anexo I do Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de


Agosto, e classificada com a CAERev.3 n.º 01470 - (Avicultura) e de acordo com as
condições fixadas no presente documento.

A presente licença é válida até 12 de Maio de 2019.

Amadora, 12 de Maio de 2011

O Director-Geral,

Mário Grácio
LA n.º Ren. Subs. Ano
404 0 0 2011

ÍNDICE

1 – Introdução Geral.................................................................................................................................. 4
1.1 – Identificação e Localização .......................................................................................................... 4
1.1.1 – Identificação ............................................................................................................................. 4
1.1.2 – Localização da Instalação ..................................................................................................... 4
1.2 – Actividades da instalação e Processo Produtivo ...................................................................... 5
1.2.1 – Actividades ............................................................................................................................... 5
1.3 – Articulação com outros regimes jurídicos .................................................................................. 5
1.4 – Validade .......................................................................................................................................... 6
2 – Condições Operacionais de exploração .......................................................................................... 6
2.1 – Gestão de Recursos e Utilidades................................................................................................ 7
2.1.1 – Matérias-primas/subsidiárias e produtos............................................................................. 7
2.1.2 – Águas de abastecimento ....................................................................................................... 7
2.1.3 – Energia ................................................................................................................................... 10
Quadro 9 – Lista de resíduos de biomassa destinados a valorização energética......................... 11
2.2 – Emissões ...................................................................................................................................... 12
2.2.1 – Emissões para o ar ............................................................................................................... 12
2.2.2 – Emissões de águas residuais e pluviais ............................................................................ 15
2.2.3 – Ruído ...................................................................................................................................... 16
2.3 – Efluentes pecuários, subprodutos e resíduos ......................................................................... 16
2.3.1 – Armazenamento temporário e destino final ...................................................................... 17
2.3.2 – Transporte .............................................................................................................................. 20
2.3.3 – Controlo .................................................................................................................................. 21
3 – MTD Utilizadas e Medidas a Implementar .................................................................................... 22
3.1 – MTD implementadas ................................................................................................................... 22
3.2 – Medidas a implementar .............................................................................................................. 22
4 – Prevenção e controlo de acidentes/Gestão de situações de emergência ............................... 23
5 – Gestão de informação/Registos, documentação e formação .................................................... 24
6 – Relatórios ........................................................................................................................................... 25
6.1 – Plano de Desempenho Ambiental ............................................................................................ 25
6.2 – Relatório Ambiental Anual .......................................................................................................... 26
7 – Encerramento e desmantelamento/Desactivação definitiva ....................................................... 34
Abreviaturas ............................................................................................................................................. 35
ANEXO I – Exploração da actividade pecuária ................................................................................ 36
1. Descrição do Processo Produtivo ............................................................................................... 36
2. Fluxograma do processo produtivo da criação intensiva de aves de capoeira – actividade
PCIP ..................................................................................................................................................... 38
ANEXO II – Título de Utilização de Recursos Hídricos (TURH) .................................................... 39
ANEXO III – Informação a incluir nos relatórios referentes à caracterização das emissões para
o ar........................................................................................................................................................... 40
1. Monitorização das emissões para atmosfera ............................................................................ 40
2. Especificações sobre o conteúdo do relatório de autocontrolo .............................................. 42
ANEXO IV – Plano de Gestão de Efluentes Pecuários (estrume) ................................................. 43

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ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 – Dados de identificação ......................................................................................................... 4


Quadro 2 – Características e localização geográfica ........................................................................... 4
Quadro 3 – Actividades desenvolvidas na instalação .......................................................................... 5
Quadro 4 – Regimes jurídicos aplicáveis à actividade desenvolvida pela instalação ..................... 5
Quadro 5 – Pontos de captação de água subterrânea ........................................................................ 8
Quadro 6 – Origem, utilização e infra-estruturas consumidoras de água........................................ 9
Quadro 7– Caracterização da rede de vacinação .............................................................................. 10
Quadro 8 – Consumos de Energia ........................................................................................................ 11
Quadro 9 – Lista de resíduos de biomassa destinados a valorização energética......................... 11
Quadro 10 - Caracterização das fontes de emissão pontual ............................................................ 12
Quadro 11 - Caracterização das fontes de emissão difusas ............................................................ 13
Quadro 12 – Valores Limite de Emissão (VLE) e Frequência de Monitorização para cada uma
das Fontes FF1-FF7 (7 caldeiras de aquecimento dos pavilhões a resíduos de biomassa) ....... 14
Quadro 13 – Pontos de emissão de águas residuais domésticas e de águas pluviais ................ 16
Quadro 14– Caracterização do local de armazenamento temporário do estrume (PRSP) ......... 17
Quadro 15 – Caracterização do local de armazenamento temporário dos animais mortos
(PRSP) ...................................................................................................................................................... 18
Quadro 16– Parques/zonas de armazenamento temporário de resíduos gerados na instalação
.................................................................................................................................................................... 19
Quadro 17 – MTD implementadas na instalação ............................................................................... 22
Quadro 18 – Situações de (potencial) emergência ............................................................................ 23
Quadro 19– Informação a contemplar no relatório a declarar situações de (potencial)
emergência ............................................................................................................................................... 24
Quadro 20 – Procedimentos a adoptar pelo operador ....................................................................... 24
Quadro 21 – Informação a incluir no relatório referente às queixas ................................................ 24
Quadro 22 – Estrutura do RAA .............................................................................................................. 26
Quadro 23 – Itens a incluir no Plano de Desactivação ...................................................................... 34
Quadro 24– Capacidades e características de cada parque de produção e pavilhão avícola .... 36

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1 – Introdução Geral
A presente licença ambiental (LA) é emitida ao abrigo do Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de
Agosto, relativo à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição, aplicando-se à instalação, no
seu todo.
Para a emissão desta LA foram tomadas em consideração as condições relativas às medidas
de minimização e de compensação impostas na Declaração de Impacte Ambiental (DIA)
exarada por Sua Excelência a Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, em 20 de
Novembro de 2009.
A actividade PCIP realizada na instalação deve ser explorada e mantida de acordo com o
projecto aprovado e com as condições estabelecidas nesta LA, sem prejuízo das demais
condições constantes da DIA.
Nenhuma alteração relacionada com a actividade, ou com parte dela, pode ser realizada ou
iniciada sem a prévia notificação à Entidade Coordenadora (EC) - Direcção Regional de
Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo - e análise por parte da Agência Portuguesa do
Ambiente (APA).
A presente LA reúne as obrigações que o operador detém em matéria de ambiente, será
integrada na licença da actividade a emitir pela EC e não substitui outras licenças emitidas
pelas autoridades competentes nomeadamente a Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional (CCDR) e a Administração de Região Hidrográfica (ARH)
competente em razão da área da instalação.
Esta LA será reajustada aos limites e condições sobre prevenção e controlo integrados da
poluição sempre que a APA entenda por necessário.
O ponto 1 do Anexo I apresenta uma descrição sumária do processo produtivo desenvolvido
na instalação.

1.1 – Identificação e Localização

1.1.1 – Identificação
Quadro 1 – Dados de identificação

Operador Filipe Louro & Filhos, Lda


Instalação Filipe Louro & Filhos, Lda
NIPC 505 460 556
Rua Principal, n.º 28
Morada Rostos
2500 – 540 Landal

1.1.2 – Localização da Instalação


Quadro 2 – Características e localização geográfica
1
Coordenadas do ponto médio da instalação (M; P) (m) 125 480; 260 430
Tipo de localização da instalação Zona Rural
Área total 10 106
Áreas
2 Área coberta 6 717
(m )
Área impermeabilizada não coberta 0

1
Coordenadas M e P, expressas em metros, lidas na correspondente carta militar à escala 1:25000, no sistema de
projecção Transverse Mercator, Datum de Lisboa, tendo como origem das coordenadas o Ponto Fictício.

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1.2 – Actividades da instalação e Processo Produtivo

1.2.1 – Actividades
Quadro 3 – Actividades desenvolvidas na instalação

Actividade Categoria
CAErev. 3 Designação CAE Capacidade Instalada
Económica PCIP
Capacidade de produção
Principal 014702 Avicultura 6.6.a3 instalada – 110 000 aves
(frangos de carne)

1.3 – Articulação com outros regimes jurídicos


Quadro 4 – Regimes jurídicos aplicáveis à actividade desenvolvida pela instalação

Regime jurídico Identificação do documento Observações

Decreto-Lei n.º 214/2008, de 10 de Novembro,


que estabelece as condições gerais para o
- -
exercício das actividades pecuárias (Diploma
REAP)

Decreto-Lei n.º 637/2009, de 9 de Junho, que


estabelece as normas regulamentares aplicáveis
à actividade de detenção e produção pecuária
ou actividades complementares de animais de
- -
espécies avícolas nas explorações e nos
núcleos de produção de aves (NPA), bem como
nos entrepostos e nos centros de agrupamento
para aves

Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, na sua DIA exarada pela Ministra do


Favorável
actual redacção, que estabelece o regime Ambiente e do Ordenamento
Condicionada
jurídico da Avaliação do Impacte Ambiental do Território a 20.11.2009

Autorização de Utilização dos Autoridade


Recursos Hídricos para competente: ARH
Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, que
Captação de Água
estabelece o regime da utilização dos recursos Integrada no Anexo II
Subterrânea
hídricos desta LA
ARHT/2878.10/R/A.CA.F

Decreto-Lei n.º 142/2006, de 27 de Julho, na sua


actual redacção, que estabelece as normas de
funcionamento do sistema de recolha de - -
cadáveres de animais mortos na exploração
(SIRCA).

2
Actividade anteriormente classificada através da CAERev.2.1 01240 (Avicultura);
3
Instalações para a criação intensiva de aves de capoeira, com espaço para mais de 40 000 aves.

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Decreto-Lei n.º 122/2006, de 27 de Junho, que


visa assegurar a execução e garantir o
cumprimento no ordenamento jurídico nacional
das obrigações decorrentes do Regulamento
(CE) n.º 1774/2002, do Parlamento Europeu e - -
do Conselho, de 3 de Outubro4, que estabelece
regras sanitárias relativas aos subprodutos de
origem animal não destinados
ao consumo humano
Portaria n.º 631/2009, de 9 de Junho que Autoridade competente:
Parecer favorável e aprovação DRAP LVT
estabelece as normas regulamentares
do Plano de Gestão de
a que obedece a gestão dos efluentes das Integrados no Anexo IV
Efluentes Pecuários (PGEP)
actividades pecuárias (Portaria GEP) desta LA
Decreto-Lei n.º 127/2008, de 21 de Julho,
relativo às condições nacionais para
cumprimento do Regulamento (CE) n.º
Abrangência pela
166/2006, de 18 de Janeiro, relativo à criação de -
categoria PRTR 7)a)i)
um Registo Europeu de Emissões e
Transferência de Poluentes e Resíduos
(Diploma PRTR)

1.4 – Validade
Esta Licença Ambiental é válida por um período de 8 anos, excepto se ocorrer, durante o seu
prazo de vigência, as situações previstas no artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de
Agosto, que motivem a sua renovação.
O pedido de renovação da Licença Ambiental terá de incluir todas as alterações de exploração
que não constem da actual LA, seguindo os procedimentos previstos no artigo 20.º do Decreto-
Lei n.º 173/2008, de 26 de Agosto.

2 – Condições Operacionais de exploração


A instalação avícola Filipe Louro & Filhos, Lda é constituída por 16 parques de produção
distribuídos por 8 pavilhões avícolas, para a produção de frangos de engorda. A instalação
deve ser operada de forma a serem aplicadas todas as regras de boas práticas e medidas de
minimização das emissões durante as fases de arranque e paragens, bem como no que se
refere a emissões difusas e/ou fugitivas, durante o funcionamento normal da instalação.
Deverão ser adoptadas todas as medidas adequadas ao nível da gestão dos subprodutos
(estrume e cadáveres de animais), do armazenamento de subprodutos e resíduos e da
manutenção de equipamentos (nomeadamente dos equipamentos de extracção da captação
de água, dos sistemas de aquecimento dos pavilhões, dos ventiladores e das máquinas de
limpeza das instalações), de modo a evitar emissões excepcionais, fugas e/ou derrames, bem
como minimizar os seus efeitos. Nesta medida, deverá o operador assegurar, como parte
integrante do plano geral de manutenção da instalação, a realização de operações de
inspecção e de manutenção periódicas a estes equipamentos/sistemas. Sempre que sejam
efectuadas estas operações de manutenção deverá ser realizado um relatório sobre o referido
controlo.
Os subprodutos e resíduos deverão ser armazenados nas zonas destinadas ao efeito, de
acordo com o definido no ponto 2.3.1 desta licença, devendo igualmente dar cumprimento às
adequadas condições de armazenamento.
O operador configura um gestor de efluentes pecuários, nos termos da subalínea i) da alínea
m) do n.º 1 do artigo 2º da Portaria n.º 631/2009, de 9 de Junho (Portaria GEP), pelo que a

4
Revogado e substituído pelo Regulamento (CE) n.º 1069/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de
Outubro de 2009, que define regras sanitárias relativas a subprodutos animais e produtos derivados não destinados
ao consumo humano

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instalação deverá ser operada de modo a cumprir todos os requisitos da Portaria referente à
Gestão de Efluentes Pecuários (GEP).
De acordo com as condicionantes 1 e 2 da DIA exarada por Sua Excelência a Ministra do
Ambiente e do Ordenamento do Território, em 20.112009, deverá ser obtido junto da Câmara
Municipal das Caldas da Rainha comprovativo do licenciamento de construção e/ou utilização
das instalações de apoio, nomeadamente do armazém de aparas/serradura, armazém de
carrasca, arrecadação, área de arrumos, hangar/máquinas, instalações sanitárias, escritório e
casa do gerador eléctrico, sendo que em caso de inexistência do comprovativo acima referido,
as instalações de apoio deverão ser reorganizadas dentro das áreas licenciadas.
Caso se comprove o licenciamento de construção e/ou utilização do armazém de carrasca,
deverá o operador proceder à total impermeabilização da sua base, de forma a garantir as boas
condições físicas do armazém. O operador deverá ainda garantir que o armazém da carrasca
encontra-se totalmente e devidamente protegido da entrada das águas pluviais, bem como a
inexistência de quaisquer águas paradas junto do armazém.
O operador deverá assegurar que a circulação de veículos pesados se efectue essencialmente
no período diurno, devendo a velocidade de circulação dos referidos veículos ser reduzida
quando do atravessamento das zonas habitacionais. Deverá ainda promover, em todos os
casos de transporte, os percursos identificados como os mais adequados, divulgando-os junto
dos promotores das acções de transporte e dos responsáveis pelas outras empresas
implicadas.
O operador deverá também assegurar que o transporte das aves vivas em jaula se verifique
coberto com rede de quadrícula milimétrica, garantido desta forma que o desprendimento de
penas e de substâncias associadas à criação das aves não se espalhe durante o transporte.
O operador deverá estabelecer um plano de contingência para o abate de aves em massa, no
caso de uma epidemia grave.
O operador deverá reforçar a protecção arbórea do lado da instalação onde se verificam
habitações, com vista a assegurar a sua melhor protecção.
Em caso da ocorrência de acidente com origem na operação da instalação deverá ser
efectuado o previsto no ponto 4 da licença (Prevenção e controlo de emergências/ Gestão de
situações de emergência).

2.1 – Gestão de Recursos e Utilidades

2.1.1 – Matérias-primas/subsidiárias e produtos


A matéria-prima principal consumida na actividade PCIP é a ração para animais adquirida a
terceiros e transportada por camiões directamente para os 6 silos de armazenagem (Pavilhão A
– 1 silo de 6 toneladas; Pavilhão B – 1 silo de 13 toneladas; Pavilhão C – 1 silo de 8 toneladas;
Pavilhão D – 1 silo de 8 toneladas; Pavilhões E e F – 1 silo de 16 toneladas; Pavilhões G e H –
1 silo de 24 toneladas), com capacidade total de 75 toneladas, sendo distribuída
automaticamente para os comedouros existentes dentro dos pavilhões. O consumo anual
estimado é de 2 386 toneladas.
A actividade normal da exploração utiliza ainda material de cama para as aves (aparas de
madeira, serradura e/ou palha moída) com consumo anual estimado em 120 toneladas, e
armazenado em armazém localizado na instalação com capacidade de armazenamento para
3
cerca de 180 m .
Qualquer alteração decorrente de modificação das matérias-primas/subsidiárias utilizadas que
possa apresentar eventual repercussão ao nível do tipo de poluentes a emitir para o ar ou para
a água terá de ser comunicada à APA.

2.1.2 – Águas de abastecimento

2.1.2.1 – Consumos e caracterização das captações


A água consumida na instalação é proveniente da rede pública de abastecimento e de uma
captação de água subterrânea (AC1).

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Segundo os elementos de projecto integrados no processo apresentado a licenciamento,


3
estima-se um consumo médio anual de 30 m de água proveniente da rede pública, a ser
utilizada para consumo humano (instalação sanitária: WC misto com chuveiro). Em caso de
emergência (falha da captação de água subterrânea) a água proveniente da rede pública de
abastecimento poderá ainda ser utilizada no abeberamento das aves, sistema de arrefecimento
dos pavilhões (nebulização), nas limpezas/desinfecções das instalações (pulverização) e no
aro de desinfecção de veículos.
Atendendo ao disposto no ponto i) da alínea b) do artigo 2º do Decreto-Lei n.º 306/2007 de 27
de Agosto e no n.º 3 do artigo 42º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, deverá o
operador utilizar exclusivamente água proveniente da rede pública de abastecimento no
consumo humano (instalação sanitária: WC misto com chuveiro), não sendo autorizada a
utilização de água proveniente da captação subterrânea (AC1) para consumo humano.
A instalação dispõe ainda de um ponto de captação de águas subterrâneas AC1 (vide Quadro
3
5), localizado na instalação, com um consumo médio estimado de 2 977 m /ano.
Quadro 5 – Pontos de captação de água subterrânea

Condições Captação e
Localização das Captações
Bombagem

Volume máximo mensal para


Coordenadas (m)

Caudal máximo instantâneo

o mês de maior consumo

Potência de extracção
Freguesia, Concelho

N.º Carta Militar

Utilização

instalada (cv)
Tipo
Código

(m )
(l/s)

3
M P

abeberamento das aves,


sistema de arrefecimento dos
Landal,
pavilhões,
Caldas (a) (a)
AC1 74529,3 39607,7 339 limpezas/desinfecções das Furo 0,83 420 1,5
da
instalações e equipamentos e
Rainha
no aro de desinfecção de
veículos
(a)
Coordenadas M e P, expressas em metros, lidas na correspondente carta militar à escala 1:25000, no sistema de
coordenadas SPT-TM06-ETRS89.

Na eventualidade de ser necessária a realização de captações de água adicionais, deverá o


operador proceder ao seu licenciamento, junto da autoridade competente, obrigando-se ainda a
comunicar previamente à EC a proposta de alteração de exploração da instalação, nos termos
do artigo 10º do Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de Agosto.

2.1.2.2 – Controlo das captações


A utilização dos recursos hídricos para captação de águas subterrâneas está autorizada
conforme o estipulado na Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos, emitida pela
Administração da Região Hidrográfica do Tejo, I.P., incluída no Anexo II desta LA:
 Captação AC1: Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos para Captação de Água
Subterrânea ARHT/2878.10/R/A.CA.F, de 19/10/2010.
Caso haja alguma alteração ao regime de exploração da captação deverá a mesma ser
comunicada à Administração da Região Hidrográfica competente em razão da área da
instalação.
Deverão ser mantidos registos relativos aos consumos de água da instalação em conformidade
com o mencionado no ponto 6.2 (vide ponto III Águas de abastecimento) desta LA.

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2.1.2.3 – Redes de abastecimento e tratamento


A água subterrânea depois de extraída do ponto AC1 é directamente encaminhada para 6
depósitos com 41 000 l de volume total, os quais posteriormente abastecem a instalação. Após
a extracção no ponto AC1, a água é também encaminhada para um depósito de reserva com
36 000 l, o qual é apenas utilizado em caso de emergência, abastecendo os 6 depósitos acima
referidos. As infra-estruturas da instalação abastecidas pela água captada no furo AC1, são os
8 pavilhões avícolas e o aro de desinfecção de veículos (localizado à entrada da instalação).
A água subterrânea após a extracção no ponto AC1 sofre um tratamento através da aplicação
directa de Peróxido de Hidrogénio por meio de sistema de doseamento automático, o qual se
verifica no edifício do furo AC1 e na antecâmara do pavilhão G.
Genericamente as redes de abastecimento existentes na instalação, encontram-se
caracterizadas no Quadro 6.
Quadro 6 – Origem, utilização e infra-estruturas consumidoras de água

Código Depósitos associados


de Infra-estrutura abastecida Utilização
origem
Volume (l) Localização

Aro Desinfecção de Veículos Desinfecção de veículos

Junto do pavilhão Abeberamento animal


4 000 l,
B Sistema de arrefecimento
Pavilhão A
(nebulização)
Limpezas/desinfecções
Abeberamento animal
Junto do pavilhão Sistema de arrefecimento
9 000 l Pavilhão B
B (nebulização)
Limpezas/desinfecções
Abeberamento animal
AC1 Junto do pavilhão Sistema de arrefecimento
9 000 l Pavilhões C e D
D (nebulização)
Limpezas/desinfecções
Abeberamento animal
Sistema de arrefecimento
4 500 l Pavilhão E
(nebulização)
Junto do pavilhão Limpezas/desinfecções
F
Abeberamento animal
Sistema de arrefecimento
4 500 l Pavilhão F
(nebulização)
Limpezas/desinfecções
Abeberamento animal
Junto do pavilhão Sistema de arrefecimento
Pavilhão G e H
10 000 l H (nebulização)
Limpezas/desinfecções

Rede Instalação sanitária (WC misto


- - Consumo humano
pública com chuveiro)

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Depósito 4 000 l ->


-> Arco de desinfecção de
veículos + Pavilhão A
Desinfecção de veículos
Depósito 9 000 l -> (apenas proveniente do
-> Pavilhão B depósito de 4 000 l)
AC1 Depósito 9 000 l ->
+ Reserva: Junto dos Abeberamento animal
-> Pavilhões C e D
Rede 36 000 l pavilhões A e F
pública Depósito 4 500 l -> Sistema de arrefecimento
-> Pavilhão E (nebulização)
Depósito 4 500 l ->
-> Pavilhão F Limpezas/desinfecções

Depósito 10 000 l ->


-> Pavilhão G e H

A instalação possui ainda 9 depósitos com 5 600 l de volume total, os quais são apenas
utilizados quando se verifica a necessidade de vacinar as aves (através da água de
abeberamento), caracterizados de acordo com o Quadro 7.
Quadro 7– Caracterização da rede de vacinação

Infra-estrutura abastecida pela


Depósitos associados (l)
água utilizada na vacinação

500 l Pavilhão A
400 l Pavilhão B
1 000 l Pavilhão C
1 000 l Pavilhão D
600 l Pavilhão E
Pavilhão F (1º Andar) –
100 l
Parque de produção F12
Pavilhão F (R/C) –
500 l
Parque de produção F11
1 000 l Pavilhão G
500 l Pavilhão H

A rede pública de abastecimento abastece a instalação sanitária (WC misto com chuveiro),
havendo ainda a possibilidade - apenas em caso de emergência, nomeadamente falhas na
captação de água subterrânea - de abastecer o depósito de reserva de 36 000 l, o qual
posteriormente encaminha a água aos restantes 6 depósitos da instalação acima referidos.
O operador deverá garantir a manutenção e inspecção periódica de todas as redes de
abastecimento de água à instalação de forma a detectar e corrigir eventuais fugas.

2.1.3 – Energia
Tendo por base os dados de projecto incluídos no processo de licenciamento, o Quadro 8
identifica os consumos energéticos anuais estimados para a instalação, e relaciona a utilização
dada a cada fonte de energia. As capacidades de armazenamento existentes na instalação
para cada combustível e o respectivo licenciamento, caso aplicável, encontram-se identificados
neste mesmo quadro.

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Quadro 8 – Consumos de Energia

Tipo de (a) Capacidade de Licenciamento


Consumo anual Destino/Utilização
combustível armazenamento de depósitos

Energia 30 973 kWh Consumo próprio na


n.a. (b) n.a.
Eléctrica (6,66 tep 5/ano) instalação

Sistema de aquecimento
9 954 l (c)
3 400 l n.a. dos parques de produção
(9,01 tep /ano) (d)
C4, E9, F12 e H15
Gasóleo
800 l (e)
200 l n.a. Gerador de emergência
(0,72 tep /ano)

Sistema de aquecimento
3
Resíduos de 477 m 3 (f) dos parques de produção
180 m n.a. A1, B2, B3, D6, E8, F11 e
Biomassa (43,65 tep /ano) (g)
G13
(a)
Valores estimados
(b)
n.a. – não aplicável.
(c)
5 depósitos amovíveis de apoio ao sistema de aquecimento dos parques de produção C4, E9, F12 e H15 (1
depósito de 1000 l no parque de produção C4, 1 depósito de 200 l no parque de produção E9, 1 depósito de 1000 l no
parque de produção F12 e 2 depósitos de 200 l e 1000 l no parque de produção H15).
(d)
O gasóleo é utilizado no sistema de aquecimento dos parques de produção C4, E9, F12 e H15, em 5
aquecedores/geradores de ar quente amovíveis (vide Quadro 11).
(e)
Gerador de emergência com 60 kVA, instalado num edifício localizado à entrada da instalação, abastecendo a
mesma em caso de falha da rede pública de energia. O armazenamento do combustível é efectuado no depósito de
200 l pertencente ao gerador.
(f)
Os resíduos de biomassa (carrasca de pinheiro) são armazenados num armazém (coberto) localizado nas
imediações do topo dos parques de produção C5, D7 e E10.
(g)
Os resíduos de biomassa (carrasca de pinheiro) são utilizados no sistema de aquecimento dos parques de
produção A1, B2, B3, D6, E8, F11 e G13, em 7 caldeiras (vide Quadro 10).

A instalação procede à valorização energética de resíduos de biomassa, de origem externa,


conforme alínea c) do art. 3.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, listados no
Quadro . Os resíduos de biomassa são utilizados na alimentação do sistema de aquecimento
dos parques de produção A1, B2, B3, D6, E8, F11 e G13, constituído por uma caldeira/parque de
produção, num total de 7 caldeiras
Devem ser tomados em atenção os critérios definidos ao nível da hierarquia de gestão de
resíduos, devendo ser privilegiadas as acções/operações conducentes, sempre que possível, à
sua reutilização e reciclagem.
Quadro 9 – Lista de resíduos de biomassa destinados a valorização energética

Código LER Designação segundo a Lista Europeia de Resíduos (LER) Descrição

Casca de pinheiro
Resíduos do descasque de madeira e de cortiça
03 01 01 (carrasca de
pinheiro)
Serradura, aparas, fitas de aplainamento, madeira,
Desperdícios de
03 01 05 aglomerados e folheados não abrangidos em 03 01 04
madeiras

O consumo médio global de energia estima-se em cerca 60,04 tep/ano.

5Tep – Toneladas equivalente de petróleo. Para as conversões de unidades de energia foram utilizados os factores de
conversão constantes do Despacho n.º 17313/2008, publicado no Diário da República n.º 122, II Série, de 2008.06.26.

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Até 31 de Agosto de 2011 o operador encontra-se obrigado a instalar os 5 depósitos de


gasóleo (de apoio ao sistema de aquecimento) dentro de bacias de retenção adequadas aos
volumes armazenados.
Qualquer alteração de combustível tem de ser previamente participada à APA.

2.2 – Emissões
O operador deve realizar as amostragens, medições e análises de acordo com o mencionado
nesta licença e especificações constantes nos pontos seguintes. Todas as análises referentes
ao controlo das emissões devem preferencialmente ser efectuadas por laboratórios
acreditados.
O operador deve assegurar o acesso permanente e em segurança aos pontos de amostragem
e de monitorização.
O equipamento de monitorização e de análise deve ser operado de modo a que a
monitorização reflicta com precisão as emissões e as descargas, respeitando os respectivos
programas de calibração e de manutenção.

2.2.1 – Emissões para o ar

2.2.1.1 – Pontos de emissão


Existem na instalação 7 fontes de emissão pontual descritas no Quadro 10.
Quadro 10 - Caracterização das fontes de emissão pontual
Altura da
Potência chaminé
Equipamento Actividade/ Regime
Código Térmica acima do
associado processo Emissão
(kWth) nível do solo
(m)
Sistema de
Caldeira a resíduos aquecimento do (a) (b)
FF1 de biomassa parque de produção n.d. Descontínuo
A1
Sistema de
Caldeira a resíduos aquecimento do (a) (b)
FF2 de biomassa parque de produção n.d. Descontínuo
B3
Sistema de
Caldeira a resíduos aquecimento do (a) (b)
FF3 de biomassa parque de produção n.d. Descontínuo
B2
Sistema de
Caldeira a resíduos aquecimento do (a) (b)
FF4 de biomassa parque de produção n.d. Descontínuo
D6
Sistema de
Caldeira a resíduos aquecimento do (a) (b)
FF5 de biomassa parque de produção n.d. Descontínuo
E8
Sistema de
Caldeira a resíduos aquecimento do (a) (b)
FF6 de biomassa parque de produção n.d. Descontínuo
F11
Sistema de
Caldeira a resíduos aquecimento do (a) (b)
FF7 de biomassa parque de produção n.d. Descontínuo
G13

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(a)
n.d. - Não disponível. Independentemente do resíduo de biomassa utilizado nas 7 caldeiras (LER 03 01 01 ou LER
03 01 05), a potência térmica nominal é superior a 100 kWth, enquadrando-se no Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de
Abril.
(b)
Altura da chaminé a alterar ou a aprovar, em aditamento à LA, correspondente à distância, medida na vertical, entre
o topo da chaminé e o solo.

A avaliação sobre a adequabilidade da altura de cada uma das 7 chaminés e demais aspectos
construtivos das fontes pontuais FF1 a FF7 será efectuada em aditamento a esta LA, devendo
ser elaborado e enviado à APA (em 2 exemplares), juntamente com o primeiro RAA, um
Relatório de Caracterização das Chaminés da instalação, de acordo com as indicações
constantes no Anexo III, ponto 1 desta LA.

2.2.1.2 – Emissões difusas


Na instalação ocorrem emissões difusas nos pavilhões avícolas, provenientes do metabolismo
das aves e aquando da remoção das camas das aves no final de cada ciclo produtivo.
Ocorrem também emissões difusas nos pavilhões avícolas, provenientes do sistema de
aquecimento a gasóleo dos pavilhões, o qual encontra-se descrito no Quadro 11.
Quadro 11 - Caracterização das fontes de emissão difusas
Potência
Equipamento Actividade/ Regime
Código Térmica
associado processo Emissão
(kWth)
Aquecedor/gerador Sistema de
de ar quente (de aquecimento do
ED1 combustão directa) parque de produção 142 Descontínuo
amovível C4

Aquecedor/gerador Sistema de
de ar quente (de aquecimento do
ED2 combustão directa) 53 Descontínuo
parque de produção
amovível E9
Aquecedor/gerador Sistema de
de ar quente (de aquecimento do
ED3 combustão directa) parque de produção 142 Descontínuo
amovível F12
Aquecedor/gerador
de ar quente (de
ED4 combustão directa) 53 Descontínuo
amovível Sistema de
aquecimento do
Aquecedor/gerador parque de produção
de ar quente (de H15
ED5 combustão directa) 142 Descontínuo
amovível

Relativamente às emissões difusas provenientes do sistema de aquecimento dos pavilhões


(fontes ED1 a ED5), deverá o operador dar cumprimento às medidas especiais de minimização
das emissões difusas previstas no artigo 10.º, do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril,
conforme aplicável. Assim, deverá o operador proceder à avaliação sobre a viabilidade do
respectivo confinamento e canalização para sistemas de exaustão (vide definição prevista na
alínea uu) do artigo 4º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril), tal como previsto no ponto
6.1 desta LA.
Ocorrem também emissões esporádicas aquando do funcionamento do gerador de
emergência. O operador deverá efectuar a manutenção periódica do gerador de emergência,
de modo a que este funcione de forma correcta, optimizando os consumos de gasóleo e
consequentemente, minimizando as emissões atmosféricas.

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2.2.1.3 Monitorização
Para cada uma das fontes pontuais FF1 a FF7, deverá o operador efectuar até 31 de
Dezembro de 2011, uma campanha de monitorização, ou seja, duas medições pontuais com
um intervalo mínimo de dois meses entre medições, que comprove o cumprimento dos valores
limite de emissão definidos no Quadro 12.
Os resultados da campanha de monitorização (compilação dos relatórios de caracterização
referentes à campanha de monitorização acima referida – 2 medições em cada uma das fontes
FF1 a FF7, com intervalo mínimo de 2 meses entre sí – elaborados de acordo com o estipulado
no Anexo III, ponto 2 desta LA), deverão ser incluídos no Relatório de Caracterização das
Chaminés da instalação (mencionado no ponto 2.2.1.1 desta licença) a enviar à APA
juntamente com o primeiro RAA (em 2 exemplares). Salienta-se a importância dos relatórios de
caracterização incluírem indicação do nível de actividade no período em causa (ex. capacidade
dos equipamentos utilizada), nomeadamente de acordo com o definido na alínea j) do Anexo
III, ponto 2 desta LA.
Face aos resultados apresentados, será definido em aditamento a esta licença, a frequência de
monitorização para o período subsequente.

Quadro 12 – Valores Limite de Emissão (VLE) e Frequência de Monitorização para cada uma das
Fontes FF1-FF7 (7 caldeiras de aquecimento dos pavilhões a resíduos de biomassa)

(a, b) (c, d)
VLE VLE Frequência da
Parâmetro 3 3
(mg/Nm ) (mg/Nm ) monitorização

Monóxido de Carbono (CO) 1 000 500

Compostos Orgânicos, expressos em A definir após avaliação


-
carbono total dos resultados da 1ª
campanha (2 medições
Óxidos de azoto (NOx), expresso em NO2 1 500 650 pontuais) de
(g)
monitorização
Dióxido de enxofre (SO2) 2 700 500

Sulfureto de hidrogénio (H2S) 50 5


(b, e) (d, f)
VLE VLE Frequência da
Parâmetro 3 3
(mg/Nm ) (mg/Nm ) monitorização
A definir após avaliação
dos resultados da 1ª
Partículas Totais 300 150 campanha (2 medições
pontuais) de
(g)
monitorização
(a)
VLE a cumprir até 24 de Junho de 2012, de acordo com o artigo 7.º da Portaria nº 677/2009, de 23 de Junho
(b)
VLE refere-se ao teor de 8% de O2 e gás seco nos efluentes gasosos
(c)
VLE a cumprir a partir de 24 de Junho de 2012, de acordo com o artigo 7.º da Portaria nº 677/2009, de 23 de Junho
(d)
VLE refere-se ao teor de 11% de O2 e gás seco nos efluentes gasosos
(e)
VLE a cumprir até 24 de Junho de 2011, de acordo com o artigo 7.º da Portaria nº 677/2009, de 23 de Junho
(f)
VLE a cumprir a partir de 24 de Junho de 2011, de acordo com o artigo 7.º da Portaria nº 677/2009, de 23 de Junho
(g)
Primeira campanha de monitorização: duas medições pontuais a realizar até 31 de Dezembro de 2011 (dois meses
de intervalo mínimo entre medições) para cada uma das fontes pontuais FF1 a FF7.

O controlo da emissão de poluentes das fontes pontuais deverá ser efectuado de acordo com o
especificado no Quadro 12 apresentado nesta licença, não devendo nenhum parâmetro de
emissão exceder os valores limite de emissão (VLE) aí mencionados.
A amostragem deve ser representativa das condições de funcionamento normal da instalação e
deverá ser efectuada à carga máxima, com indicação no relatório de caracterização do nível de
actividade no período em causa, nomeadamente de acordo com o definido na alínea j) do
Anexo III, ponto 2 desta LA. A comunicação dos resultados da monitorização pontual (duas
medições pontuais com um intervalo mínimo de dois meses entre medições, para cada fonte

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pontual FF1 a FF7) deverá ser efectuada à CCDR de acordo com o previsto no artigo 23.º do
Decreto-Lei n.º 78/2004 e o estipulado no Anexo III, ponto 2 desta LA.
Na sequência da primeira campanha de monitorização (duas medições, a realizar a cada uma
das fontes FF1 a FF7), poderá o tipo e/ou frequência de monitorização ser enquadrado no
artigo 21º (dispensa de monitorização) ou no ponto n.º 4 (monitorização trienal) ou n.º 6 (fontes
múltiplas) do artigo 19.º, do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril, na sequência de solicitação
do operador. Realça-se, no entanto, que o exercício da faculdade prevista no ponto n.º 6
prejudica a aplicação do disposto no ponto n.º 4. A avaliação a efectuar tomará em
consideração a análise aos resultados da primeira campanha de monitorização a realizar de
acordo com as condições estabelecidas nesta LA. Para esse fim, deverá o operador apresentar
à APA, juntamente com o primeiro RAA (em 2 exemplares), os elementos (que deverão ser
incluídos no relatório de caracterização das chaminés e nos resultados da primeira campanha
de monitorização) indicados no ponto 6.2 (vide ponto VII.B Monitorização) desta LA.
Em termos gerais, todos os equipamentos de monitorização, de medição ou amostragem,
deverão ser operados, calibrados e mantidos, de acordo com as recomendações expressas
pelos seus fabricantes nos respectivos manuais de operação. Os equipamentos de
monitorização das emissões para atmosfera deverão ser submetidos a um controlo
metrológico, com uma periodicidade anual, de acordo com o disposto no artigo 28º do Decreto-
Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril.

Se for verificada alguma situação de incumprimento em qualquer das medições efectuadas,


devem ser adoptadas de imediato medidas correctivas adequadas após as quais deverá ser
efectuada uma nova avaliação da conformidade da fonte pontual. Deve ainda ser cumprido o
estipulado no ponto 4 desta licença (Prevenção e controlo de acidentes/Gestão de situações de
emergência).
No que respeita ao controlo das emissões difusas para a atmosfera, o operador deverá
atender às medidas especiais para minimização das emissões difusas preconizadas no artigo
10º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril, na sua actual redacção.
Conforme indicado no ponto 6.2 (vide ponto VII.E Monitorização) desta LA, deverão ser
determinadas as emissões de poluentes de fontes difusas para o ar:
 Dos gases de combustão, provenientes da queima de combustível (gasóleo) dos
equipamentos constituintes do sistema de aquecimento (ED1 a ED5) dos parques de
produção C4, E9, F12 e H15, nomeadamente dióxido de carbono (CO2), monóxido de
carbono (CO), óxidos de azoto (NOx), óxidos de enxofre (SOx), partículas totais (PTS) e
compostos orgânicos voláteis não metânicos (COVnm);

 Para cada local de emissão, designadamente nos pavilhões avícolas A a H,


nomeadamente amoníaco (NH3), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e partículas (PM10).

2.2.2 – Emissões de águas residuais e pluviais

2.2.2.1 – Sistemas de drenagem/tratamento e encaminhamento


Na instalação são geradas águas residuais domésticas provenientes da instalação sanitária
(WC misto com chuveiro), as quais não são sujeitas a tratamento na instalação, sendo
directamente descarregadas no colector municipal de águas residuais, no ponto de descarga
ED1 localizado no sistema colectivo de drenagem de águas residuais gerido pelos Serviços
Municipalizados da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, o qual encaminha os efluentes
recolhidos para tratamento final em Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).
Existe ainda na instalação um sistema de drenagem de águas pluviais da área envolvente aos
pavilhões avícolas e restantes edifícios, composto por caleiras cimentadas e/ou manilhas, bem
como por valas naturais (terra batida), que conduzem as águas pluviais descarregando-as no
exterior da instalação, quer em linha de água sazonal (2 pontos de descarga), quer no solo (7
pontos de descarga). Deverão ser adoptadas as medidas necessárias para assegurar a não
contaminação das águas pluviais recolhidas na instalação.
O operador deverá garantir o correcto encaminhamento das águas pluviais, recolhidas na
instalação e assegurar a completa ausência de águas paradas.

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Qualquer alteração nas redes de drenagem das águas pluviais deverá ser comunicada
previamente à APA.

2.2.2.2 – Pontos de emissão


Os pontos de emissão de águas residuais domésticas e águas pluviais encontram-se
identificados no Quadro 13.
Quadro 13 – Pontos de emissão de águas residuais domésticas e de águas pluviais
(a)
Ponto de Coordenadas Meio de Regime de
Tipo Origem
emissão M (m) P (m) descarga descarga

Instalação sanitária Colector


(a) (a) (WC misto com municipal
ED1 125 415 260 425 Doméstica Descontínuo
chuveiro) seguido de
ETAR

(b) (b)
ES1 a ES7 n.d. n.d. Solo
Escorrências da
precipitação no Linha de água
Pluvial pavimento, pavilhões A sazonal Esporádica
a H, edifícios e vias de pertencente à
(b) (b)
ES8 a ES9 n.d. n.d. comunicação Bacia
Hidrográfica
das Ribeiras
do Oeste
(a)
Coordenadas M e P indicadas pelo operador no processo de licenciamento ambiental, expressas em metros, lidas
na correspondente carta militar à escala 1:25000, no sistema de coordenadas Hayford-Gauss militares.
(b)
Não disponível.

2.2.3 – Ruído
A gestão dos equipamentos utilizados na actividade deverá ser efectuada tendo em atenção a
necessidade de controlar o ruído, particularmente através da utilização de equipamentos que,
sempre que aplicável, se encontrem de acordo com o Regulamento das Emissões Sonoras
para o Ambiente do Equipamento para Utilização no Exterior, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
221/2006, de 8 de Novembro.
Aquando da aquisição de equipamentos necessários ao funcionamento da instalação, o
operador deverá verificar as informações acerca da potência sonora dos equipamentos, de
forma a tomar as precauções necessárias para evitar quaisquer incómodos provenientes do
seu funcionamento.
O operador deverá assegurar o bom funcionamento dos equipamentos mecânicos, efectuando
revisões e a sua manutenção, de forma a evitar situações anómalas de emissão de ruído.

2.3 – Efluentes pecuários, subprodutos e resíduos


A actividade normal da instalação gera determinados fluxos materiais designados por
subprodutos da actividade compreendendo, nomeadamente o estrume das aves e os animais
mortos, os quais de acordo com o artigo 9º do Regulamento (CE) n.º 1069/2009 do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 21 de Outubro de 2009, são considerados como subprodutos de
categoria 2. O estrume é ainda classificado como efluente pecuário, nos termos do Diploma
REAP e da Portaria GEP.
A actividade PCIP desenvolvida na instalação não origina efluentes pecuários líquidos
provenientes das lavagens dos pavilhões (classificados como chorume, nos termos da alínea f
do artigo 2º da Portaria GEP), uma vez que a limpeza dos pavilhões é efectuada a seco,
seguida de desinfecção através da pulverização, sendo as águas resultantes naturalmente
evaporadas dentro dos pavilhões. Anualmente estão previstas 5 limpezas a seco e respectivas
desinfecções, efectuadas no final de cada ciclo produtivo, estimando-se para as desinfecções
3
um consumo de água total de 20,6 m /ano.

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Tratando-se o operador de um gestor de efluentes pecuários, foi dado cumprimento ao n.º 5 do


artigo 4º da Portaria GEP no que respeita à submissão para aprovação pela Direcção Regional
de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAP LVT) do Plano de Gestão de
Efluentes Pecuários (PGEP), nos termos do Anexo IV da referida Portaria. Da referida
submissão resultou a emissão pela DRAP LVT de parecer e respectiva aprovação PGEP
apresentado pelo operador, nos termos da Portaria GEP (vide Anexo IV).
O operador é obrigado a manter o PGEP permanentemente actualizado nos termos do n.º 5 do
artigo 4º da Portaria GEP.

2.3.1 – Armazenamento temporário e destino final

2.3.1.1 – Estrume
Estima-se que anualmente a instalação PCIP origine 880 toneladas de estrume (efluente
pecuário/subproduto), sendo a totalidade do efluente pecuário utilizado pelo próprio operador
e/ou transferido para terceiros, para efeitos de valorização agrícola.
Anualmente, por cada um dos pavilhões A a H, estima-se que sejam efectuadas 5 recolhas de
estrume, a qual ocorre no final dos respectivos ciclos produtivos.
No que respeita ao armazenamento temporário do estrume produzido na instalação, o
operador obriga-se ao cumprimento ao artigo 3º e ao Anexo I da Portaria GEP. De acordo com
o PGEP apresentado pelo operador e aprovado pela DRAP LVT, durante os meses de
Novembro a Janeiro, o estrume será directamente recolhido dos pavilhões para um local de
armazenamento temporário de estrume, considerado como Ponto de Retenção de Subprodutos
(PRSP), localizado fora do perímetro da instalação PCIP em propriedade do operador.
De acordo com o PGEP apresentado pelo operador, o PRSP é composto por 2 estruturas,
nomeadamente um órgão de armazenamento de estrume e um armazém de estrume, de
acordo com o Quadro 14.
Quadro 14– Caracterização do local de armazenamento temporário do estrume (PRSP)

Identificação Orgão de armazenamento Armazém de armazenamento


Capacidade (ton) 1446 1806
Impermeabilização Lona impermeável6 Betão6
Vedação Não6 Sim6
Cobertura Lona impermeável6 Telha6

O operador deverá garantir as boas condições físicas do local de armazenamento temporário


de estrume (PRSP), o qual deverá ser totalmente impermeabilizado na base e nas paredes
laterais, de forma a impedir qualquer infiltração ou derrame que possa originar a contaminação
dos solos e das águas, nomeadamente das águas subterrâneas.
O operador deverá ainda garantir que o PRSP permite a conservação do efluente pecuário a
temperatura adequada de forma a evitar qualquer risco para a saúde humana ou animal, até
ser encaminhado para destino final adequado.
O PRSP deverá ainda encontrar-se totalmente e devidamente protegido da entrada de águas
pluviais, de forma a acautelar a sua total separação do estrume (impedindo a contaminação
das águas pluviais). Na eventualidade de ocorrência de águas pluviais contaminadas pelo
estrume o operador deverá garantir que as águas pluviais contaminadas se concentram
totalmente no interior do PRSP, de forma a impedir qualquer infiltração ou derrame que possa
originar a contaminação dos solos e das águas, nomeadamente das águas subterrâneas.
O operador deverá também tomar todas as medidas conducentes à minimização dos riscos de
contaminação de solos e águas, associados à formação de escorrências liquidas no PRSP,
garantindo que as escorrências se concentram totalmente no interior do PRSP.

6 De acordo com o PGEP apresentado pelo operador e aprovado pela DRAP LVT, nos termos da Portaria GEP.

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Para efeitos de recolha e encaminhamento do estrume - para armazenamento temporário no


PRSP e/ou utilização pelo operador e/ou transferência para terceiros, para efeitos de
valorização agrícola - este efluente pecuário apenas pode ser retirado dos pavilhões avícolas
quando não apresentar escorrências.
Durante a fase de recolha do estrume dos pavilhões, o operador obriga-se a colocá-lo
directamente dos pavilhões em transporte adequado (que efectuará o encaminhamento directo
para destino final adequado ou para armazenamento temporário no PRSP), não sendo
permitida a remoção e deposição do estrume (mesmo que de forma temporária) no exterior dos
pavilhões, evitando assim a contaminação do solo e das águas, sobretudo das águas
subterrâneas.
Nas zonas onde ocorre o carregamento do estrume para transporte adequado, o operador
deverá verificar, após cada operação, se ocorreu algum derrame de estrume no solo a fim de
se proceder de imediato à sua recolha. Em situação alguma poderá existir estrume
armazenado (mesmo que de forma temporária) fora dos pavilhões avícolas, nomeadamente no
solo (impermeabilizado ou não), ao ar livre.
O encaminhamento do estrume (proveniente dos pavilhões avícolas) para utilização própria ou
transferência para terceiros, para efeitos de valorização agrícola (destino final enquadrado na
alínea a) do n.º 1 do artigo 4º da Portaria GEP), é autorizado tendo em consideração o parecer
e respectiva aprovação do PGEP apresentado pelo operador, emitido pela DRAP LVT nos
termos da Portaria GEP (vide Anexo IV).

2.3.1.2 – Animais mortos


Os animais mortos (subproduto) produzidos na instalação deverão ser conservados em locais e
temperatura adequada de forma a evitar qualquer risco para a saúde humana ou animal, até
serem encaminhados para destino final adequado. De acordo com o Decreto-Lei n.º 142/2006,
de 27 de Julho o operador é obrigado a assegurar condições de manutenção hígio-sanitária
dos cadáveres de animais que tenham morrido na exploração.
Os animais mortos (subproduto), são recolhidos periodicamente dos 8 pavilhões, colocados em
sacos de plástico e encaminhados para armazenamento temporário em 1 arca frigorífica (PA1)
com volume de 900 l, considerado como Ponto de Retenção de Subprodutos (PRSP). Em
situação alguma poderão existir animais mortos fora do local identificado para o seu
armazenamento temporário (PA1).
O operador obriga-se a garantir a existência de PRSP para o armazenamento temporário de
cadáveres de animais em número suficiente face à produção de cadáveres de animais na
instalação, não podendo em situação alguma existir cadáveres de animais não acondicionados.
Estima-se que anualmente a instalação PCIP origine 1,39 toneladas de animais mortos
(subproduto), sendo a totalidade dos animais mortos directamente encaminhada da arca
frigorífica (PA1), para uma unidade (autónoma) de Transformação de Subprodutos (UTS),
autorizada no âmbito do Decreto-Lei n.º 122/2006, de 27 de Junho.
O armazenamento temporário dos animais mortos (subproduto) encontra-se sistematizado no
Quadro 15.
Quadro 15 – Caracterização do local de armazenamento temporário dos animais mortos (PRSP)

Código PA17
2
Área total (m )
2
Área coberta (m ) 57,5
2
Área impermeabilizada (m )
Vedado Sim
Sistema de drenagem Não

7
O edifício de arrecadação de materiais partilha o armazenamento temporário dos cadáveres de animais e de
resíduos perigosos e não perigosos – PA1 (vide Quadro 16).

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Bacia de retenção Não


Acondicionamento 1 arca frigorífica de 900 l

Localização Edifício de arrecadação de materiais

2.3.1.3 – Resíduos
O armazenamento temporário dos resíduos produzidos na instalação, e que aguardam
encaminhamento para destino final, deverá ser sempre efectuado em locais destinados a esse
efeito (parques/zonas de armazenamento de resíduos), operados de forma a impedir a
ocorrência de qualquer derrame ou fuga, evitando situações de potencial contaminação do solo
e/ou da água.
Estes parques/zonas de armazenamento de resíduos deverão apresentar piso
impermeabilizado bem como, em função do mais adequado em cada caso específico, serem
cobertos, equipados com bacia de retenção e/ou com rede de drenagem com encaminhamento
adequado. Neste armazenamento temporário devem igualmente ser respeitadas as condições
de segurança relativas às características que conferem perigosidade ao(s) resíduo(s), de forma
a não provocar qualquer dano para o ambiente nem para a saúde humana, designadamente
por meio de incêndio ou explosão.
No acondicionamento dos resíduos deverão ser utilizados contentores, outras embalagens de
elevada resistência, ou, nos casos em que a taxa de produção de resíduos o não permita, big-
bags. Deverá também ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e
capacidade de contenção das embalagens, bem como atender aos eventuais problemas
associados ao empilhamento desadequado dessas embalagens. Em particular, salienta-se que
se forem criadas pilhas de embalagens, estas deverão ser arrumadas de forma a permitir a
circulação entre si e em relação às paredes da área de armazenamento. Deverá ser também
assegurada a adequada ventilação dos diferentes locais de armazenamento temporário de
resíduos, salientando-se ainda a necessidade do acondicionamento de resíduos permitir, em
qualquer altura, a detecção de derrames ou fugas.
Adicionalmente, os resíduos produzidos deverão ser armazenados tendo em consideração a
respectiva classificação em termos dos códigos da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria
n.º 209/2004, de 3 de Março), as suas características físicas e químicas, bem como as
características que lhe conferem perigosidade. Os dispositivos de armazenamento deverão
permitir a fácil identificação dos resíduos acondicionados, mediante rótulo indelével onde
conste a identificação dos resíduos em causa de acordo com os códigos LER, o local de
produção e, sempre que possível/aplicável, a indicação de nível de quantidade, das
características que lhes conferem perigosidade e da respectiva classe de perigosidade
associada.
Os resíduos produzidos na instalação são temporariamente armazenados nos parques de
armazenagem de resíduos identificados no Quadro 16.
Quadro 16– Parques/zonas de armazenamento temporário de resíduos gerados na instalação

Código PA18 PA2


2
Área total (m )
2
Área coberta (m )
57,5 22,5
Área
2
impermeabilizada (m )
Vedado Sim
Sistema de drenagem Não Não
Bacia de retenção Não

8
O edifício de arrecadação de materiais partilha o armazenamento temporário dos cadáveres de animais e de
resíduos perigosos e não perigosos – PA1 (vide Quadro 15).

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Resíduos perigosos:
Lâmpadas Fluorescentes (2 caixas de cartão)

Embalagens contaminadas por resíduos perigosos –


Biocidas (1 contentor de plástico)

Resíduos não perigosos:


Resíduos não perigosos:
Resíduos indiferenciados equiparados a RSU (1
Resíduos contentor de plástico) Cinzas provenientes das
armazenados caldeiras (1 bidão
Embalagens vazias de medicamentos veterinários e
metálico)
medicamentos veterinários fora de uso (1 contentor de
plástico)
Material de protecção individual (1 caixa de cartão)
Embalagens de papel e cartão (1 contentor de
plástico)
Embalagens de vidro (1 contentor de plástico)
Embalagens de plástico (1 contentor de plástico)
Infra-estrutura
Localização Edifício de arrecadação de materiais designada como área
de arrumos
Todo e qualquer resíduo produzido e/ou existente no interior da instalação deve ser recolhido,
separado, acondicionado e encaminhado para destino final adequado à sua tipologia. Os
resíduos, devidamente acondicionados, devem ser temporariamente armazenados numa zona
destinada para o efeito (de modo a ser evitada a existência de aglomerados de resíduos sem
acondicionamento) de acordo com as condições indicadas nesta LA.
O operador deverá garantir que a manipulação e manutenção dos equipamentos existentes na
instalação, nomeadamente do tractor, serão realizadas de forma a minimizar os riscos de
derrames acidentais. Durante as intervenções de manutenção com a manipulação de
equipamentos, deverão ser tidas em especial atenção as mudanças de óleos e lubrificantes,
evitando o seu derrame e contentorizando-os separadamente de acordo com as indicações
constantes desta LA, devido a possuírem características e consequentemente tratamentos
diferentes.
O operador obriga-se a garantir a existência de parques/zonas para o armazenamento
temporário de resíduos em número suficiente face à produção de resíduos na instalação, não
podendo em situação alguma existir resíduos não acondicionados. O operador deverá
equacionar a necessidade de criação de mais parques para o armazenamento temporário de
resíduos de modo a garantir a existência de locais em número suficiente face à produção de
resíduos da instalação.
A armazenagem de resíduos no próprio local de produção por período superior a um ano,
carece de licença a emitir pela entidade competente, nos termos do previsto na alínea b) do n.º
1 do artigo.º 32º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro. Caso esta situação venha a
ser aplicável à instalação, no RAA respectivo deverá ser efectuado ponto de situação deste
licenciamento específico, com apresentação dos devidos elementos comprovativos.

2.3.2 – Transporte
De acordo com o Regulamento (CE) n.º 1069/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de
21 de Outubro de 2009, o transporte do estrume e dos animais mortos deverá ser efectuado
em conformidade com o disposto no Regulamento referido, nomeadamente no seu artigo 21º.
No que respeita ao transporte do estrume, o operador deverá também dar cumprimento ao
artigo 5º e ao Anexo III da Portaria GEP.
O operador deverá ter especial atenção relativamente ao transporte do estrume, devendo este
ser devidamente estanque e coberto de modo a evitar derrames. O operador deverá ainda
adoptar todas as medidas necessárias para a minimização da produção de odores e
proliferação de moscas, evitando assim inconvenientes para o ambiente e para as populações.
Em matéria de transporte de resíduos, este apenas pode ser realizado pelas entidades
definidas no n.º 2 da Portaria n.º 335/97, de 16 de Maio, e de acordo com as condições aí

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estabelecidas. Deverão ser utilizadas guias de acompanhamento de resíduos, aprovadas na


referida Portaria, modelos exclusivos da Imprensa Nacional - Casa da Moeda (INCM) n.º 1428,
para os resíduos em geral. O transporte de resíduos abrangidos pelos critérios de classificação
de mercadorias perigosas deve ainda obedecer ao Regulamento de Transporte de Mercadorias
Perigosas por Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 41-A/2010, de 30 de Abril.
Especificamente para o transporte de óleos usados, o operador terá de dar cumprimento às
disposições aplicáveis constantes do Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho, relativo à
gestão de óleos novos e óleos usados e da Portaria n.º 1028/92, de 5 de Novembro, que
estabelece as normas de segurança e identificação para o transporte de óleos usados.
A transferência de resíduos para fora do território nacional, deverá ser efectuada em
cumprimento da legislação em vigor em matéria de movimento transfronteiriço de resíduos,
nomeadamente o Regulamento n.º 1013/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de
Junho, na sua actual redacção, e o Decreto-Lei n.º 45/2008, de 11 de Março.
Deverá ser assegurada a remoção e o transporte dos subprodutos (estrume e animais mortos)
e dos resíduos de forma a não resultarem inconvenientes para o ambiente e para terceiros.

2.3.3 – Controlo
O operador deverá assegurar a correcta gestão dos subprodutos gerados na instalação
(estrume e animais mortos) devendo efectuar a caracterização do estrume produzido,
fertilidade do solo e estado de nutrição das culturas a beneficiar, de acordo com as condições
estabelecidas no anexo VI da Portaria GEP e conforme o demais exigido pela entidade
competente (DRAP LVT).
Em conformidade com o disposto no Regulamento (CE) n.º 1069/2009 do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 21 de Outubro de 2009 e tendo em consideração as condições definidas no
parecer favorável e respectiva aprovação (emitidos pela DRAP LVT – vide Anexo IV) do PGEP
apresentado pelo operador, nos termos da Portaria GEP, deverá ser assegurado que a
totalidade do estrume resultante da instalação seja utilizado pelo próprio operador e/ou
transferido para terceiros, para efeitos de valorização agrícola.
Relativamente aos animais mortos, em conformidade com o disposto no Regulamento (CE) n.º
1069/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Outubro de 2009, e no Decreto-Lei
n.º 142/2006, de 27 de Junho, na sua actual redacção, o operador obriga-se à contratualização
com estabelecimentos autorizados no âmbito do Decreto-Lei n.º 122/2006, de 27 de Junho, de
forma a assegurar que os animais mortos resultantes da instalação sejam encaminhados para
destino final adequado face à legislação aplicável, devendo ser privilegiado o princípio da
proximidade, após o armazenamento temporário em PA1.
O operador deverá assegurar a correcta gestão dos resíduos gerados na instalação avícola
dando especial atenção à implementação de medidas de redução da produção de resíduos e
privilegiando as opções de reciclagem e outras formas de valorização, assim como o princípio
da proximidade e da auto-suficiência a nível nacional.
Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, deverá ser
assegurado que os resíduos resultantes da instalação, incluindo os resíduos equiparados a
urbanos das actividades administrativas, sejam encaminhados para operadores devidamente
legalizados para o efeito, devendo ser privilegiadas as opções de reciclagem e outras formas
de valorização e o princípio da proximidade e auto-suficiência a nível nacional. Neste sentido, o
operador deverá assegurar o envio para destino final adequado de todos os resíduos
produzidos na instalação.
Deverá também o operador proceder à separação dos resíduos na origem de forma a promover
a sua valorização por fluxos ou fileiras, conforme previsto no n.º 3 do artigo 7.º do Decreto-Lei
n.º 178/2006, de 5 de Setembro.
Deverá o operador encontrar-se inscrito no Sistema Integrado de Registo Electrónico de
Resíduos (SIRER), previsto no artigo 48.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro,
conforme disposto no n.º 1 do artigo 1.º da Portaria n.º 1408/2006, de 18 de Dezembro,
alterada pela Portaria n.º 320/2007, de 23 de Março e actualmente congregado no Sistema
Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente (SIR-APA), Portaria n.º 249-B/2008,
de 31 de Março, e efectuar o preenchimento, por via electrónica, dos mapas de registo

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referentes aos resíduos produzidos na instalação, até 31 de Março do ano seguinte àquele a
que se reportam os dados.

3 – MTD Utilizadas e Medidas a Implementar

3.1 – MTD implementadas


O funcionamento da actividade prevê, de acordo com o projecto apresentado pelo operador, a
aplicação de algumas das técnicas identificadas como Melhores Técnicas Disponíveis (MTD)
estabelecidas no Documento de Referência para aplicação sectorial (Reference Document on
Best Available Techniques for Intensive Rearing of Poultry and Pigs, com adopção publicada no
JOC 170, de 19 de Julho de 2003, e disponível em http://eippcb.jrc.es/), identificadas no
Quadro 17.
Quadro 17 – MTD implementadas na instalação

MTD utilizadas
 Registo do consumo de água, energia e alimentos e da produção de
resíduos.
Boas práticas agrícolas  Implementar um programa de manutenção e reparação que assegure o
bom funcionamento e a limpeza das instalações e equipamentos.
 Projectar a execução das actividades na própria exploração, tais como o
fornecimento de materiais e a eliminação de produtos e resíduos.
 Instalações ventiladas bem isoladas, com pavimento totalmente coberto
de material de cama, e equipadas com sistemas de bebedouros sem
Sistemas de criação de derrames.
aves de capoeira  Instalações com ventilação natural e pavimento totalmente coberto de
material de cama, equipadas com sistemas de bebedouros sem
derrames.
Estratégia alimentar
 Gestão nutricional dos alimentos fornecidos às aves.
para aves de capoeira
 Utilização de luz de baixo consumo energético (lâmpadas fluorescentes).
 Optimização da concepção do sistema de ventilação de cada edifício a
Redução do consumo fim de obter um bom controlo da temperatura e alcançar taxas de
de energia ventilação mínimas no Inverno.
 Inspecção e limpeza frequentes das valas e dos ventiladores para evitar
resistências nos sistemas de ventilação.
 Calibração periódica dos bebedouros para evitar derrames.
Redução do consumo
 Registo do consumo de água através de contadores.
de água
 Detecção e reparação de fugas.

3.2 – Medidas a implementar


A actividade deve ser operada tendo em atenção as MTD que englobam medidas de carácter
geral e de implementação ao longo do processo produtivo e no tratamento de fim-de-linha,
estabelecidas no Documento de Referência mencionado.

No que se refere à utilização de MTD transversais deverão ser analisados os seguintes


documentos, também disponíveis em http://eippcb.jrc.es/:
 Reference Document on the General Principles of Monitoring, Comissão Europeia (JOC
170, de 19 de Julho de 2003);
 Reference Document on Best Available Techniques on Emissions from Storage – BREF
ESB, Comissão Europeia (JOC 253, de 19 de Outubro de 2006).

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O operador deverá criar mecanismos de acompanhamento dos processos de elaboração e


revisão dos BREF aplicáveis à instalação, de forma a garantir a adopção pela instalação das
MTD a estabelecer nesse âmbito.
A adopção das técnicas consideradas MTD pelos Documentos de Referência, que sejam
adequadas à instalação e para as quais os elementos de projecto não evidenciam a sua
utilização, deverá ser sistematizada no Plano de Desempenho Ambiental (PDA) bem como
incluída na análise e calendário de implementação das várias medidas. Para eventuais
técnicas, referidas nos Documentos de Referência, aplicáveis à instalação mas não
implementadas, deverá o operador apresentar no PDA a justificação/fundamentação desse
facto, consagrando alternativas ambientalmente equivalentes.
Ainda no âmbito da avaliação das MTD a adoptar deverá o operador equacionar também a
implementação na instalação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), incluindo no PDA a
análise a efectuar sobre esta matéria. Nesta análise deverão ser identificados, de entre o
conjunto de aspectos característicos de um SGA, aqueles já implementados na instalação,
devendo ser equacionada a implementação dos restantes aspectos inerentes a um SGA,
nomeadamente:
 Definição de uma política ambiental para a instalação ao nível mais elevado da sua
administração;
 Planificação e definição dos procedimentos necessários (objectivos e metas);
 Aplicação dos procedimentos definidos de forma a atingir os objectivos e as metas
propostos;
 Avaliação do desempenho da instalação, após implementação das medidas de acção
inicialmente propostas, e adopção de eventuais medidas correctivas necessárias;
 Revisão do SGA pelos mais altos responsáveis da instalação.
Complementarmente podem ser equacionados os três aspectos seguintes:
 Análise e validação do SGA por um organismo de certificação acreditado ou verificador
externo;
 Preparação e publicação de uma declaração ambiental que descreva todos os
aspectos ambientais significativos da instalação;
 Implementação e adesão a um SGA internacionalmente aceite, como o EMAS ou a EN
ISO 14001:1996.

4 – Prevenção e controlo de acidentes/Gestão de situações de


emergência
O operador deve declarar uma situação de (potencial) emergência sempre que ocorra uma
situação identificada no Quadro 18.
Quadro 18 – Situações de (potencial) emergência

Qualquer falha técnica detectada nos equipamentos de produção ou nos sistemas de redução da
poluição, passível de se traduzir numa potencial emergência;
Qualquer disfunção ou avaria dos equipamentos de controlo ou de monitorização, passíveis de
conduzir a perdas de controlo dos sistemas de redução da poluição;
Qualquer falha técnica detectada nos sistemas de impermeabilização, drenagem, retenção ou
redução/tratamento de emissões existentes na instalação;
Qualquer outra libertação não programada para a atmosfera, água, solo ou colector de terceiros, por
outras causas, nomeadamente falha humana e/ou causas externas à instalação (de origem natural ou
humana);
Qualquer registo de emissão que não cumpra com os requisitos desta licença;

Em caso de ocorrência de qualquer situação de (potencial) emergência, o operador deve


notificar a APA, a Inspecção Geral do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAOT) e a EC

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desse facto, por fax, tão rapidamente quanto possível e no prazo máximo de 24 horas após a
ocorrência. A notificação deve incluir a data e a hora da ocorrência, a identificação da sua
origem, detalhes das circunstâncias que a ocasionaram (causas iniciadoras e mecanismos de
afectação) e as medidas adoptadas para minimizar as emissões e evitar a sua repetição. Neste
caso, se considerado necessário, a APA notificará o operador via fax do plano de
monitorização e/ou outras medidas a cumprir durante o período em que a situação se mantiver.
O operador enviará à APA, num prazo de 15 dias após a ocorrência, um relatório onde
constem os aspectos identificados no Quadro 19.
Quadro 19– Informação a contemplar no relatório a declarar situações de (potencial) emergência

Factos que determinaram as razões da ocorrência da emergência (causas iniciadoras e mecanismos


de afectação);
Caracterização (qualitativa e quantitativa) do risco associado à situação de emergência;
Plano de acções para corrigir a não conformidade com requisito específico;
Acções preventivas implementadas de imediato e outras acções previstas implementar,
correspondentes à situação/nível de risco encontrado;

No caso de se verificar que o procedimento de resposta a emergências não é adequado, este


deverá ser revisto e submetido a aprovação da APA, em dois exemplares, num prazo de 3
meses, após notificação escrita.

5 – Gestão de informação/Registos, documentação e formação


O operador deve proceder de acordo com o definido no Quadro 20.
Quadro 20 – Procedimentos a adoptar pelo operador

Registar todas as amostragens, análises, medições e exames, realizados de acordo com os requisitos
desta licença
Registar todas as ocorrências que afectem o normal funcionamento da exploração da actividade e que
possam criar um risco ambiental
Elaborar por escrito todas as instruções relativas à exploração, para todo o pessoal cujas tarefas
estejam relacionadas com esta licença, de forma a transmitir conhecimento da importância das tarefas
e das responsabilidades de cada pessoa para dar cumprimento à licença ambiental e suas
actualizações. O operador deve ainda manter procedimentos que concedam formação adequada a
todo o pessoal cujas tarefas estejam relacionadas com esta licença
Registar todas as queixas de natureza ambiental que se relacionem com a exploração da actividade,
estabelecendo-se um procedimento de recolha, tratamento e encaminhamento de reclamações, que
verifique e responda às questões levantadas nessas reclamações, designadamente relacionadas com
odores, proliferação de moscas ou outros problemas ambientais.

Devem ainda ser identificadas as causas e implementadas acções que minimizem os efeitos
associados, informando o queixoso do que foi feito para resolver e evitar o problema no futuro.

Deverá ser mantido um registo datado das referidas reclamações que identifique os problemas
denunciados e o conjunto de acções desenvolvidas pelo operador, devendo ser guardado o registo da
resposta a cada queixa.

Relativamente às queixas mencionadas no Quadro 20, o operador deve enviar um relatório à


APA no mês seguinte à existência da queixa, o qual deve integrar a informação, com detalhe,
indicada no Quadro 21.
Quadro 21 – Informação a incluir no relatório referente às queixas

Data e hora
Natureza da queixa
Nome do queixoso
Motivos que deram origem à queixa
Medidas e acções desencadeadas

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Os relatórios de todos os registos, amostragens, análises, medições e exames devem ser


verificados e assinados pelo Técnico Responsável da instalação, e mantidos organizados em
sistema de arquivo devidamente actualizado. Todos os relatórios devem ser conservados na
instalação por um período não inferior a 5 anos e devem ser disponibilizados para inspecção
sempre que necessário.

6 – Relatórios

6.1 – Plano de Desempenho Ambiental


O operador deve estabelecer e manter um PDA que integre todas as exigências desta licença e
as acções de melhoria ambiental a introduzir de acordo com estratégias nacionais de política
do Ambiente e MTD aprovadas ou a aprovar para o BREF referente ao sector de actividade
PCIP da instalação, bem como outros BREF relacionados, com o objectivo de minimizar ou,
quando possível, eliminar os efeitos adversos no Ambiente.
Adicionalmente, deverá também evidenciar as acções tomadas no âmbito do referido em
pontos anteriores desta LA, nomeadamente:
A. Instalação de bacias de retenção associadas aos 5 depósitos de gasóleo.
Adicionalmente deverá enviar informação sobre a capacidade das bacias instaladas e
registo fotográfico das mesmas (cf. ponto 2.1.3 da presente LA).
B. Avaliação (devidamente fundamentada) da viabilidade técnica e económica de
confinamento e canalização das emissões difusas da instalação para sistemas de
exaustão (vide definição prevista na alínea uu) do artigo 4º do Decreto-Lei n.º 78/2004,
de 3 de Abril), nomeadamente ao nível do sistema de aquecimento dos pavilhões
avícolas (ED1 a ED5), atendendo nomeadamente ao previsto neste âmbito pelo artigo
10º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril. (cf. ponto 2.2.1.2 da presente LA).
C. Realização da primeira campanha de monitorização (duas medições pontuais com um
intervalo mínimo de dois meses entre medições) para cada uma das fontes pontuais
FF1 a FF7 e do respectivo Relatório de Caracterização das 7 Chaminés da instalação
(cf. pontos 2.2.1.1 e 2.2.1.3 da presente LA);
D. Apresentação do estudo de análise relativo à implementação de um sistema de gestão
ambiental (cf. ponto 3.2 da presente LA).
O PDA deverá também evidenciar as acções a tomar no âmbito do referido em pontos
anteriores desta LA, nomeadamente:
- A explicitação, análise e calendário de implementação das várias medidas a tomar com
vista à adopção das diferentes MTD aplicáveis à instalação, ainda não
contempladas no projecto apresentado, decorrentes dos BREF aplicáveis à
instalação;
- A eventual não implementação de técnicas consideradas MTD aplicáveis à
instalação deverá ser acompanhada da respectiva justificação/fundamentação
consagrando alternativas ambientalmente equivalentes. Em cada caso, o resultado
desta análise compreenderá a identificação das técnicas previstas implementar ainda
não constantes do projecto apresentado, bem como a respectiva calendarização;
- Para eventuais técnicas referidas nos BREF mas não aplicáveis à instalação, deverá o
operador apresentar a fundamentação desse facto, tomando por base nomeadamente
as especificidades técnicas dos processos desenvolvidos.
O PDA incluirá a calendarização das acções a que se propõe, para um período máximo de 5
anos, clarificando as etapas e todos os procedimentos que especifiquem como prevê o
operador alcançar os objectivos e metas de desempenho ambiental para todos os níveis
relevantes, nomeadamente os aspectos decorrentes dos Documentos de Referência sobre
MTD. Por objectivo deve ainda incluir:
a) os meios para as alcançar;

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b) o prazo para a sua execução;


c) critérios/métodos de verificação da sua implementação.

O PDA deve ser apresentado à APA até 31 de Outubro de 2011, para aprovação.

6.2 – Relatório Ambiental Anual


O operador deve enviar à APA, dois exemplares do RAA, que reúna os elementos
demonstrativos do cumprimento desta licença, incluindo os sucessos alcançados e dificuldades
encontradas para atingir as metas acordadas. O RAA deverá reportar-se ao ano civil anterior e
dar entrada na APA até 15 de Abril do ano seguinte. O 1.º RAA será referente ao ano de 2011
e deverá ser entregue até dia 15 de Abril de 2012.
O RAA deverá ser organizado da forma evidenciada no Quadro 22.
Quadro 22 – Estrutura do RAA

Âmbito
Ponto de situação relativamente às condições de operação
Ponto de situação relativamente à gestão de recursos (água, energia e matérias primas)
Ponto de situação relativamente aos sistemas de drenagem, tratamento e controlo e pontos de emissão
(quando aplicável)
Ponto de situação relativamente à monitorização e cumprimento dos VLE associados a esta licença, com
apresentação da informação de forma sistematizada e ilustração gráfica da evolução dos resultados das
monitorizações efectuadas (quando aplicável)
Síntese das emergências verificadas no último ano, e subsequentes acções correctivas implementadas
Síntese de reclamações apresentadas
Ponto de situação relativamente à execução das metas do PDA, previstas para esse ano

Sempre que possível os dados devem ser apresentados na forma de quadros e tabelas, não
sendo necessário enviar cópias de relatórios de ensaio e monitorizações que tenham sido ou
venham a ser enviados a outros serviços do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do
Território (nomeadamente relatórios de monitorização em contínuo ou outros). No entanto, caso
o operador opte por enviar esses dados, os mesmos deverão ser apresentados em anexo ao
RAA, devidamente organizado.

Adicionalmente, e relativamente a cada uma das secções da LA seguidamente referenciadas, o


RAA deverá incluir a seguinte informação:

I. Condições operacionais de exploração (vide Ponto 2)


A. No RAA, deverá ser entregue (caso existente), cópia de documentação que evidencie o
licenciamento de construção e/ou de utilização das instalações de apoio, nomeadamente
armazém de aparas/serradura, armazém de carrasca, arrecadação, área de arrumos,
hangar/máquinas, instalações sanitárias, escritório e casa do gerador eléctrico. Caso se
verifique a inexistência da documentação acima solicitada, o operador deverá proceder à
respectiva justificação.

B. Caso se comprove o licenciamento de construção e/ou utilização do armazém de


carrasca, no RAA, o operador deverá enviar memória descritiva dos procedimentos
adoptados com vista à impermeabilização do armazém, protecção da entrada das águas
pluviais e garantia de inexistência de águas paradas junto do armazém. Adicionalmente,
deverá ser enviado registo fotográfico que demonstre a aplicação dos referidos
procedimentos.

II. Matérias-primas/subsidiárias e produtos (vide Ponto 2.1.1)


A. No RAA deverá constar, para a totalidade da instalação (8 pavilhões):
 N.º aves instaladas/ano;

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 N.º bandos/ano;
 Nº aves instaladas/bando;
 Peso total das aves (kg), no fim de cada bando (discriminando por bando);
 Peso médio/ave (kg), no fim de cada bando (discriminando por bando);
B. No RAA devem constar os dados sobre o volume de produção anual (VP) em cada
pavilhão (A a H), em:
 N.º aves instaladas/ano;
 N.º bandos/ano;
 Nº aves instaladas/bando.
C. No RAA deverá constar ainda, para cada pavilhão (A a H):
 Calendário de produção com indicação do número de aves instaladas por cada bando e
respectivas datas de entrada e saída, assim como os períodos de vazio sanitário;
 Indicação do peso médio (kg) das aves, no fim de cada bando (discriminando por
bando);
D. Para a totalidade da instalação (8 pavilhões) devem ser mantidos registos das
quantidades de todas as matérias-primas/subsidiárias consumidas (ração e material de
cama) na instalação. O RAA deverá incluir uma síntese dos registos em:
 Toneladas consumidas em cada bando.
 Toneladas anualmente consumidas (no total).

A informação a apresentar no ponto C deverá tomar em consideração a informação solicitada


no ponto B.

Os valores a apresentar no ponto D deverão tomar em consideração a informação solicitada no


ponto A e ser devidamente fundamentados através da explicitação da forma de determinação
dos valores apresentados.

O operador deverá apresentar toda a informação solicitada nos pontos A a D, mesmo que
existam bando(s) que permaneça(m) na instalação para o ano seguinte ao ano de referência
do RAA, devendo nestes casos apresentar a informação solicitada apenas até 31 de Dezembro
do ano de referência do RAA.

III. Águas de abastecimento (vide Ponto 2.1.2)


A. No RAA deverá ser incluída informação relativa aos volumes extraídos da captação de
água subterrânea (AC1), nomeadamente:
 Volume total/mês (m ). O operador deverá apresentar as leituras mensais verificadas no
3

medidor de caudal/contador com totalizador instalado.


 Volume total/ano (m ).
3

B. Uma vez que a água proveniente da captação de água subterrânea (AC1) é aproveitada,
na instalação, para diferentes utilizações, deverá ser incluída no RAA informação,
referente à:
 Água utilizada no abeberamento das aves:
3
- Total/mês (m );
3
- Total/ano (m ).
 Estimativa do total mensal e anual da água utilizada nas restantes aplicações, com
3
indicação do volume utilizado (em m ), nomeadamente:
- No sistema de arrefecimento (nebulização);

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- Na desinfecção de veículos.
 Estimativa do total anual (em m ) da água utilizada nas limpezas/desinfecções dos
3

pavilhões e equipamentos.
C. Relativamente à rede pública de abastecimento deverá ser incluída no RAA informação
referente a estimativa do total mensal e anual da água utilizada nas várias aplicações, com
3
indicação do volume utilizado (em m ), nomeadamente:
 No consumo humano (instalação sanitária: WC misto com chuveiro);
 Nas restantes aplicações (discriminando-as).
D. No RAA deverá constar ainda, para a totalidade da instalação (8 pavilhões), informação
referente ao consumo específico anual de água, nomeadamente:
 Litros de água consumidos/kg de ave produzido em cada bando (discriminando por cada
bando). Os valores a apresentar deverão tomar em conta o peso total (kg) das aves, no
fim de cada bando (vide ponto II.A Matérias-primas/subsidiárias e produtos), bem como a
água utilizada no abeberamento das aves solicitada em B.
 Litros de água consumidos por cada ave/bando (discriminando por cada bando). Os
valores a apresentar deverão considerar o n.º de aves instaladas/bando, na totalidade da
instalação (vide ponto II.A Matérias-primas/subsidiárias e produtos), bem como a água
utilizada no abeberamento das aves solicitada em B.
 Número de aves produzidas/m de água consumida em cada bando (discriminando por
3

cada bando). Os valores a apresentar deverão considerar o n.º de aves


instaladas/bando, na totalidade da instalação (vide ponto II.A Matérias-
primas/subsidiárias e produtos), bem como a água utilizada no abeberamento das aves
solicitada em B.
Relativamente a este ponto, caso se verifique que existe um bando que permanece na
instalação para o ano seguinte ao ano de referência do RAA, o operador deverá
apresentar a informação solicitada no RAA referente ao ano de entrada do bando na
instalação. Nestes casos, deverá proceder ao envio da informação referente ao consumo
específico anual de água, para o referido bando na totalidade do ciclo produtivo,
discriminando ainda os consumos específicos de água até 31 de Dezembro e após 1 de
Janeiro.
Os valores mensais a apresentar nos pontos A, B e C deverão ser discriminados para cada um
dos 12 meses do ano, de forma a reflectir o real consumo de água proveniente do furo AC1 e
da rede pública, em cada um dos meses (face à respectiva ocupação/produção mensal da
instalação).

Todos os valores a apresentar nos pontos A a D deverão ser devidamente fundamentados


através da explicitação da forma de determinação dos valores apresentados.

IV. Energia (vide Ponto 2.1.3)


A. O operador deverá incluir no RAA o relatório síntese dos consumos mensais de energia
eléctrica (tep) proveniente da rede exterior.
B. Deverá também ser apresentado no RAA, para o gerador de emergência, relatório síntese:
 Da quantidade anual de combustível (gasóleo) utilizado (l/ano);
 Do registo de funcionamento (n.º de horas funcionamento/ano).

Os valores a apresentar nos pontos A e B deverão ser devidamente fundamentados através da


explicitação da forma de determinação dos valores apresentados.

V. Pontos de emissão (vide Ponto 2.2.1.1)


A. Juntamente com o primeiro RAA deverá ser apresentado (em 2 exemplares) um Relatório
de Caracterização das Chaminés da instalação, elaborado de acordo com as indicações
constantes no Anexo III, ponto 1 desta LA.

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VI. Emissões difusas (vide Ponto 2.2.1.2)


A. Para cada equipamento (fontes ED1 a ED5) utilizado no sistema de aquecimento dos
parques de produção C4, E9, F12 e H15, deverá ser incluído no RAA:
 Relatório síntese da quantidade de combustível (gasóleo) utilizado, em litros e em Tep:
- Por ano;
- Por bando (discriminando por bando).
 O registo de funcionamento, do equipamento de aquecimento, em:
- N.º de horas de funcionamento /ano;
- N.º horas de funcionamento/bando (discriminando por bando).
Os valores a apresentar por bando deverão considerar os bandos produzidos/pavilhão,
nomeadamente nos pavilhões C, E, F e H (vide ponto II.B Matérias-primas/subsidiárias e
produtos).
O operador deverá apresentar toda a informação solicitada no ponto A, mesmo que exista(m)
bando(s) que permaneça(m) na instalação para o ano seguinte ao ano de referência do RAA,
devendo nestes casos apresentar a informação solicitada apenas até 31 de Dezembro do ano
de referência do RAA.
Os valores a apresentar no ponto A deverão ser devidamente fundamentados através da
explicitação da forma de determinação dos valores apresentados.

VII. Monitorização (vide Ponto 2.2.1.3)


Fontes Pontuais
A. Juntamente com o primeiro RAA deverão ser apresentados (em 2 exemplares) os
resultados da primeira campanha de monitorização (compilação dos relatórios de
caracterização referentes à campanha de monitorização acima referida – 2 medições em
cada uma das fontes FF1 a FF7, com intervalo mínimo de 2 meses entre sí – elaborados
de acordo com o estipulado no Anexo III, ponto 2 desta LA), os quais deverão ser
incluídos no Relatório de Caracterização das Chaminés da instalação.
B. Na sequência da primeira campanha de monitorização (duas medições, a realizar a cada
uma das fontes FF1 a FF7), caso o operador pretenda que o tipo e/ou frequência de
monitorização seja enquadrado no artigo 21º (dispensa de monitorização) ou no ponto n.º
4 (monitorização trienal) ou n.º 6 (fontes múltiplas) do artigo 19.º, do Decreto-Lei n.º
78/2004, de 3 de Abril, deverá apresentar juntamente com o primeiro RAA os seguintes
elementos (em 2 exemplares), que deverão ser incluídos no relatório de caracterização
das chaminés e nos resultados da primeira campanha de monitorização:
 Proposta de enquadramento, devidamente fundamentada, do tipo/frequência de
monitorização pretendido para as fontes em causa, atendendo designadamente ao
disposto no Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril (artigo 19º, 21º e 27º) e Portarias n.º
80/2006, de 23 de Janeiro, n.º 677/2009 e n.º 675/2009, de 23 de Junho. Caso seja
pretensão do operador enquadrar o tipo/frequência de monitorização no n.º 6 do artigo
19º (fontes múltiplas) do Decreto-Lei supra referido, deverá ainda apresentar plano de
monitorização para autocontrolo de fontes múltiplas conforme o estipulado no Anexo I do
referido Diploma. A(s) proposta(s) deverá(ão) ter por base os valores de emissões
disponíveis nas fontes em causa;
 O registo de funcionamento, de cada equipamento de aquecimento associado a cada
uma das fontes FF1 a FF7, em número de horas de funcionamento anual. Os valores a
apresentar deverão ser devidamente fundamentados através da explicitação da forma de
determinação dos valores apresentados;
 Estimativa do número médio de horas de funcionamento anual previsto para os anos
seguintes, de cada equipamento de aquecimento associado a cada uma das fontes FF1
a FF7.

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C. Para cada equipamento associado às fontes FF1 a FF7 utilizado no sistema de


aquecimento dos parques de produção A1, B2, B3, D6, E8, F11 e G13, deverá ser incluído
no RAA:
 Relatório síntese da quantidade de combustível (resíduos de biomassa) utilizado, em kg
e em Tep:
- Por ano;
- Por bando (discriminando por bando).
 O registo de funcionamento, do equipamento de aquecimento, em:
- N.º de horas de funcionamento /ano;
- N.º horas de funcionamento/bando (discriminando por bando).
Os valores a apresentar por bando deverão considerar os bandos produzidos/pavilhão,
nomeadamente nos pavilhões A, B, D, E, F e G (vide ponto II.B Matérias-
primas/subsidiárias e produtos).
O operador deverá apresentar toda a informação solicitada no ponto C, mesmo que
exista(m) bando(s) que permaneça(m) na instalação para o ano seguinte ao ano de
referência do RAA, devendo nestes casos apresentar a informação solicitada apenas até
31 de Dezembro do ano de referência do RAA.
Os valores a apresentar no ponto C deverão ser devidamente fundamentados através da
explicitação da forma de determinação dos valores apresentados.
D. Um relatório síntese das emissões para o ar deve ser integrado como parte do RAA
apresentando para cada parâmetro monitorizado:
 Os valores de concentração medidos;
 Os caudais mássicos;
 A respectiva carga poluente (expressa em Kg/ano para cada poluente);
 Indicação das emissões específicas expressas em massa por unidade de produção (Kg
de poluente/número de aves produzidas e Kg de poluente/Kg de ave produzido).
Os valores a apresentar no ponto D deverão ser devidamente fundamentados através da
explicitação da forma de determinação dos valores apresentados.
Emissões difusas
E. Deverá ser apresentado no RAA um relatório síntese com os registos das determinações
de emissões de poluentes de fontes difusas para o ar (em kg/ano para cada poluente),
com indicação das emissões específicas expressas em massa por unidade de produção
(Kg de poluente/número de aves produzidas e Kg de poluente/Kg de ave produzido), de:
 Dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), óxidos de azoto (NOx), óxidos de
enxofre (SOx), partículas totais (PTS) e compostos orgânicos voláteis não metânicos
(COVnm), dos gases de combustão provenientes da queima de combustível (gasóleo)
dos equipamentos constituintes do sistema de aquecimento (ED1 a ED5) dos parques de
produção C4, E9, F12 e H15;
 Amoníaco (NH3), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e partículas (PM10) para a atmosfera,
para cada local de emissão, designadamente nos 8 pavilhões avícolas (A a G).
Os valores a apresentar no ponto E deverão ser devidamente fundamentados através da
explicitação da forma de determinação dos valores apresentados.
O operador deverá apresentar toda a informação solicitada no ponto E, mesmo que
exista(m) bando(s) que permaneça(m) na instalação para o ano seguinte ao ano de
referência do RAA, devendo nestes casos apresentar a informação solicitada apenas até
31 de Dezembro do ano de referência do RAA.

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VIII. Emissões de Águas Residuais e Pluviais (vide Ponto 2.2.2)


A. Relativamente à produção de águas residuais domésticas, deverá ser incluída no RAA
3
informação referente ao volume anual produzido (m /ano) e descarregado no ponto ED1.
Os valores a apresentar deverão considerar a estimativa mensal e anual da água utilizada no
consumo humano - instalação sanitária: WC misto com chuveiro - (vide ponto III.C Águas de
abastecimento)

IX. Efluentes pecuários, subprodutos e resíduos (vide Ponto 2.3)


A. Relativamente às limpezas/desinfecções efectuadas nos pavilhões e equipamentos, o
operador deverá incluir informação relativa a cada pavilhão, nomeadamente:
 N.º de limpezas/desinfecções realizadas;
 Data das limpezas/desinfecções;
 Estimativa do volume de água (em m ) utilizado em cada limpeza/desinfecção. Os
3

valores a apresentar deverão ser devidamente fundamentados através da explicitação


da forma de determinação (metodologia) dos valores apresentados.
Os valores a apresentar deverão considerar a estimativa do total anual da água utilizada nas
limpezas/desinfecções dos pavilhões e equipamentos (vide ponto III.B Águas de
abastecimento)

X. Estrume -> Armazenamento temporário e destino final + Controlo (vide Pontos 2.3.1.1
e 2.3.3)
A. Em caso de alteração ao local de armazenamento temporário de estrume ( PRSP) deverá
o operador no RAA apresentar memória descritiva sobre as acções implementadas, assim
como planta(s), a escala adequada e devidamente legendada(s), evidenciando as obras
realizadas.
B. Relativamente à produção e encaminhamento do efluente pecuário (estrume) para a
totalidade da instalação, o operador deve incluir no RAA informação sobre:
 A quantidade total de estrume produzido anualmente (toneladas/ano), considerando-se
apenas como estrume produzido o efluente removido dos pavilhões (no final ou durante
o ciclo produtivo);
 A quantidade de estrume produzido por bando (toneladas/bando) considerando-se
apenas como estrume produzido o efluente removido dos pavilhões (no final ou durante
o ciclo produtivo). Os valores a apresentar deverão:
- considerar a quantidade total de estrume produzido anualmente, acima solicitado;
- considerar os bandos produzidos/ano (vide ponto II.A Matérias-primas/subsidiárias e
produtos);
- ser devidamente fundamentados através da explicitação da forma de determinação
(metodologia) dos valores apresentados.
 A quantidade de estrume (em toneladas) armazenado no local de armazenamento
temporário de estrume (PRSP), em 31 de Dezembro;
 A quantidade de estrume encaminhada para o exterior da instalação (toneladas/ano),
individualizando para os diversos destinos, nomeadamente:
- A quantidade de estrume encaminhada para terceiros para efeitos de valorização
agrícola (toneladas/ano);
- A quantidade de estrume utilizada pelo operador para efeitos de valorização agrícola
(toneladas/ano).
Os valores a apresentar deverão considerar a quantidade total de estrume produzido
anualmente e a quantidade de estrume armazenado no local de armazenamento
temporário de estrume (PRSP), em 31 de Dezembro, acima solicitados.

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C. O operador deverá incluir no RAA indicação sobre o n.º total de recolhas/ano de estrume
efectuadas na instalação.
D. Para cada recolha de estrume efectuada na instalação, deverão ser incluídos no RAA:
 Data da recolha;
 Quantificação da quantidade recolhida (em toneladas);
 Data de envio para o exterior da instalação;
 Identificação do transportador do estrume e respectiva cópia da autorização para o
transporte;
 Identificação do destino do estrume;
 Data de recepção (no destino);
 Cópia da autorização dos operadores receptores do estrume (caso aplicável);
 Data e método de aplicação (valorização agrícola);
 Cópia de documentação que demonstre o encaminhamento e o destino final adequado
do efluente pecuário (estrume).

XI. Animais mortos -> Armazenamento temporário e destino final + Controlo (vide Pontos
2.3.1.2 e 2.3.3)
A. Em caso de alteração ao local de armazenamento temporário de animais mortos (PA1 -
PRSP) deverá o operador no RAA apresentar memória descritiva sobre as acções
implementadas, assim como planta(s), a escala adequada e devidamente legendada(s),
evidenciando as obras realizadas.
B. Relativamente aos animais mortos originados na instalação, o operador deve incluir no
RAA:
 Quantidade total de animais mortos (em toneladas e em n.º de animais) por mês e por
bando. Os quantitativos a apresentar por bando, deverão considerar os bandos
produzidos/ano na totalidade da instalação (vide ponto II.A Matérias-primas/subsidiárias
e produtos);
 Quantidade de animais mortos (toneladas/mês e n.º animais/mês, toneladas/bando e n.º
animais/bando) enviados para Unidades de Transformação de Subprodutos (UTS), de
categoria 1 ou 2. Os quantitativos a apresentar por bando, referem-se aos bandos
produzidos/ano na totalidade da instalação (vide ponto II.A Matérias-primas/subsidiárias
e produtos). Os valores a apresentar por bando deverão considerar a quantidade total de
cadáveres de animais originadas na totalidade da instalação, acima solicitada;
 Identificação e apresentação de cópia da autorização de cada uma das UTS que
recepcionaram animais mortos provenientes da instalação afecta à presente LA;
 Indicação da quantidade de animais mortos (toneladas/mês e n.º animais/mês,
toneladas/bando e n.º animais/bando) recepcionada por cada uma das UTS. Os
quantitativos a apresentar por bando, referem-se aos bandos produzidos/ano na
totalidade da instalação (vide ponto II.A Matérias-primas/subsidiárias e produtos). Os
valores a apresentar por bando deverão considerar a quantidade de cadáveres de
animais originadas por bando (instalado na totalidade da instalação) enviada para UTS,
acima solicitada;
 Declaração emitida por cada uma das UTS, com indicação da quantidade anual (em
toneladas) de cadáveres de animais recepcionados, provenientes da instalação afecta à
presente LA.

XII. Resíduos -> Armazenamento temporário e destino final + Controlo (vide Pontos
2.3.1.3 e 2.3.3)
A. Em caso de alterações aos locais de armazenamento temporário de resíduos (PA1 e PA2)
deverá o operador no RAA apresentar memória descritiva sobre as acções

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implementadas, assim como planta(s), a escala adequada e devidamente legendada(s),


evidenciando as obras realizadas.
B. Caso se verifique haver armazenamento temporário por períodos superiores a um ano
deverá ser efectuado ponto de situação deste licenciamento específico, com apresentação
dos devidos elementos comprovativos.
C. Um relatório síntese dos registos de resíduos produzidos na instalação, com a seguinte
informação deve ser integrado como parte do RAA:
 Origem, quantidade e tipo de resíduos produzidos na instalação, segundo a classificação
da Lista Europeia de Resíduos – LER (Anexo I da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março),
bem como o período de armazenamento a que o mesmo é sujeito na instalação;
 Destino dos resíduos, incluindo informação sobre o operador e respectiva operação de
valorização/eliminação, de acordo com a Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março, a que os
mesmos serão sujeitos;
 A quantidade de resíduos valorizados na instalação, indicando os códigos LER e a
operação desenvolvida.
Os registos devem ser mantidos na instalação durante um período mínimo de 5 anos, devendo
estar disponíveis para inspecção das autoridades competentes em qualquer altura.

XIII. MTD Utilizadas e Medidas a Implementar (vide ponto 3)


A. No RAA deverá constar um relatório síntese dos resultados da aplicação das acções
sistematizadas no PDA, com vista a evidenciar a aproximação da instalação às MTD
referidas nos BREF aplicáveis.

XIV. Prevenção e controlo de acidentes/Gestão de situações de emergência (vide ponto 4)


A. Um relatório síntese dos acontecimentos, respectivas consequências e acções correctivas,
deve ser integrado como parte do RAA.

XV. Gestão de informação/Registos, documentação e formação (vide ponto 5)


A. Uma síntese do número, natureza e data das queixas recebidas assim como das
respostas e indicação das medidas implementadas deve ser incluída no RAA

XVI. Relatórios -> Plano de desempenho ambiental (vide ponto 6.1)


A. Um relatório síntese da execução das acções previstas no PDA deve ser integrado como
parte do RAA.

XVII. Encerramento e desmantelamento/Desactivação definitiva (vide ponto 7)

A. No caso da desactivação e desmantelamento de partes da instalação e/ou de


equipamentos isolados e/ou de menor relevância, o respectivo destino previsto e a
calendarização das acções a realizar deverão ser incluídos no RAA correspondente. Em
cada caso concreto, e em função da especificidade do equipamento em causa, deverá ser
também apresentada no RAA evidência de se encontrarem tomadas as devidas medidas
com vista à minimização dos potenciais impactes ambientais mais relevantes decorrentes
da acção isolada de desactivação ou desmantelamento em causa.

6.3 – E-PRTR – Registo Europeu de Emissões e Transferências de Poluentes


O operador deverá elaborar um relatório de emissões anual, segundo modelo e procedimentos
definidos pela APA em concordância com o estabelecido no Decreto-Lei n.º 127/2008, de 21 de
Julho (Diploma PRTR), e com o Regulamento n.º 166/2006, de 18 de Janeiro referente ao
Registo Europeu de Emissões e Transferências de Poluentes (PRTR).
Este relatório deverá incluir a quantidade de resíduos perigosos e não-perigosos transferida
para fora da instalação e ainda, para cada poluente PRTR:

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- Os valores de emissão (medidos, calculados ou estimados) de fontes pontuais e difusas,


para o ar, a água e o solo, emitido pela instalação, e;
- Os valores de emissão (medidos, calculados ou estimados) das águas residuais
destinadas a tratamento fora da instalação.
Na elaboração deste relatório deverá também o operador tomar atenção às disposições
constantes dos artigos 4º, 5º e 6º do Diploma PRTR e demais directrizes disponibilizadas no
site da APA na internet.

7 – Encerramento e desmantelamento/Desactivação definitiva


Deverá ser elaborado um Plano de Desactivação da instalação ou de partes desta a apresentar
à APA, para aprovação, com o objectivo de adoptar as medidas necessárias, na fase de
desactivação definitiva parcial ou total da instalação, destinadas a evitar qualquer risco de
poluição e a repor o local da exploração em estado ambientalmente satisfatório e compatível
com o futuro uso previsto para o local desactivado. Este plano deverá ser apresentado com a
brevidade que seja possível tendo em consideração o planeamento da gestão que o operador
prevê para a sua instalação.
A paragem de laboração da instalação ou de partes desta deve ser efectuada de forma segura
tanto para a saúde humana como para o ambiente em todas as suas componentes/descritores,
eliminado focos de potenciais emergências a este níveis.
Após a paragem, o desmantelamento de equipamentos, demolição de estruturas e outras
acções integradas no encerramento definitivo só deverá ocorrer após a aprovação do plano de
desactivação.
O plano de desactivação deverá conter no mínimo os elementos evidenciados no Quadro 23.
Quadro 23 – Itens a incluir no Plano de Desactivação

Âmbito do plano
Critérios que definem o sucesso da desactivação da actividade ou de parte dela, de modo a
assegurarem um impacte mínimo no ambiente
Programa para alcançar aqueles critérios, que inclua os testes de verificação
Plano de recuperação paisagística do local, quando aplicável

Após o encerramento definitivo o operador deverá entregar à APA, um relatório de conclusão


do plano, para aprovação.
No caso da desactivação e desmantelamento de partes da instalação e/ou de equipamentos
isolados e/ou de menor relevância, o respectivo destino previsto e a calendarização das acções
a realizar deverão ser incluídos no RAA correspondente. Em cada caso concreto, e em função
da especificidade do equipamento em causa, deverá ser também apresentada no RAA
evidência de se encontrarem tomadas as devidas medidas com vista à minimização dos
potenciais impactes ambientais mais relevantes decorrentes da acção isolada de desactivação
ou desmantelamento em causa.

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Abreviaturas
ARH – Administração de Região Hidrográfica
APA – Agência Portuguesa do Ambiente
BREF – Best Available Technologies (BAT) Reference
CAE – Código das Actividades Económicas
CCDR – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional
CMP – Câmara Municipal de Peniche
CN – Cabeças Normais
DIA – Declaração de Impacte Ambiental
DRAP – Direcção Regional de Agricultura e Pescas
EC – Entidade Coordenadora
EMAS – Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria
ETAR – Estação de Tratamento de Águas Residuais
GEP – Gestão de Efluentes Pecuários
IGAOT – Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território
INCM – Imprensa Nacional - Casa da Moeda
JOC – Jornal Oficial da Comunidade
LA – Licença Ambiental
LER – Lista Europeia de Resíduos
LURH – Licença de Utilização dos Recursos Hídricos
MTD – Melhores Técnicas Disponíveis
NIPC – Número de Identificação de Pessoa Colectiva
PDA – Plano de Desempenho Ambiental
PCIP – Prevenção e Controlo Integrados da Poluição
PGEP – Plano de Gestão de Efluentes Pecuários
PRSP – Ponto de Retenção de Subprodutos
PRTR – Registo Europeu de Emissões e Transferências de Poluentes
RAA – Relatório Ambiental Anual
REAP – Regime de Exercício da Actividade Pecuária
REGEU – Regulamento Geral das Edificações Urbanas
SGA – Sistema de Gestão Ambiental
SIRAPA – Sistema Integrado de Resisto da Agência Portuguesa do Ambiente
SIRER – Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos
Tep – Toneladas equivalente de petróleo
TURH – Título de Utilização de Recursos Hídricos
UTS – Unidade de Transformação de Subprodutos
VLE – Valor Limite de Emissão

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ANEXO I – Exploração da actividade pecuária

1. Descrição do Processo Produtivo


A exploração avícola emprega 3 funcionários e encontra-se dimensionada para trabalhar com
9
um efectivo de 110 000 (660 CN ) frangos de carne. A instalação é composta por 16 parques
de produção, distribuídos por 8 pavilhões. As capacidades e características de cada parque de
produção e pavilhão encontram-se estabelecidas no Quadro 24.
Quadro 24– Capacidades e características de cada parque de produção e pavilhão avícola

2 Área útil Capacidade de alojamento


Pavilhão Parque de produção Área total (m ) 2
(m ) (n.º aves/CN)

A A1 R/C 378 357,75 6 736 aves / 40, 42 CN


B2 R/C 576 546,25 10 285 aves/ 61, 71 CN
B
B3 Cave 291,6 270,78 5 099 aves/ 30,59 CN
C4 R/C 648,9 611,92 11 522 aves/ 69,13 CN
C
C5 Cave 131,25 118,92 2 239 aves/ 13,43 CN
D6 R/C 396 367,5 6 920 aves/ 41,52 CN
D
D7 Cave 74,4 66 1 242 aves/ 7,45 CN
E8 R/C 720,63 677,25 12 752 aves/ 76,51 CN
E E9 Cave 249,5 231,25 4 354 aves/ 26,12CN
E10 Sub-Cave 102 92 1 732 aves/ 10,39 CN
F11 R/C 406 377 7 098 aves/ 42,59 CN
F
F12 1º Andar 406 371,75 7 000 aves/ 42,00 CN
G13 R/C 830 778,5 14 847 aves/ 89,08 CN
G
G14 Cave 148 130,45 2 456 aves/ 14,74 CN
H15 R/C 684 641,75 12 084 aves/ 72,50 CN
H
H16 Cave 211,5 193,1 3 636 aves/ 21,82 CN

No interior da instalação PCIP existe ainda:


- 1 edifício com 1 instalação sanitária (com balneário, vestiário e WC misto com
chuveiro) e 1 escritório;
- 1 edifício do gerador de emergência;
- 1 edifício de arrecadação de materiais;
- 1 arco de desinfecção de veículos;
- 1 edifício do furo AC1;
- 1 infra-estrutura coberta designada como área de arrumos;
- 1 infra-estrutura coberta designada como hangar/máquinas;
- 1 armazém de aparas/serraduras (camas das aves);
- 1 armazém de carrasca de pinheiro (combustível das caldeiras)

9
A laboração com esta capacidade instalada está dependente de autorização da Entidade Coordenadora e emissão da
respectiva Licença de Exploração.

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A actividade desenvolvida na exploração avícola é a produção de frangos de carne (classe 1),


através do método de “all-in all-out” para o conjunto dos 8 pavilhões, de acordo com o seguinte
ciclo de produção:
Recepção dos Pintos – Fase de Cria e Recria – Fase de Acabamento – Apanha dos Frangos
Descrição sumária
Previamente à recepção dos pintos, dá-se a preparação dos pavilhões (1 semana) de modo a
adequar as condições existentes à recepção dos pintos, através de espalhamento do material
de cama (cerca de 5 cm), fornecimento de água, ração e calor. O aquecimento dos pavilhões é
efectuado através de 5 aquecedores alimentados a gasóleo (1 por cada um dos parques de
produção C4, E9 e F12 e 2 no parque de produção H15) e de 7 caldeiras alimentadas a
resíduos de biomassa (1 por cada um dos parques de produção A1, B2, B3, D6, E8, F11 e
G13).
Os parques de produção C5, D7, E10, G14 e H16, não possuem qualquer sistema de
aquecimento, uma vez que as aves são passadas para os mesmos – provenientes dos
restantes parques de produção - com 21 dias, não necessitando nessa altura de serem
aquecidas.
A recepção dos pintos (1 semana) dá-se quando as aves têm 1 dia de vida, as quais são
espalhadas no solo dos pavilhões de engorda, que na altura da recepção dos pintos estão
divididos em 3 partes (ocupando os pintos nesta fase 1/3 do pavilhão).
Na fase de cria (18 a 20 dias) os pintos quase que duplicam o seu tamanho, sendo a ocupação
do pavilhão alargada até 2/3 da sua capacidade total. Durante esta fase o consumo de ração
atinge cerca de 850 g/frango, apresentando-se esta sob a forma de farinha. É ainda durante a
fase de cria que as aves são vacinadas (através da água).
Na fase de recria (15 dias) é atingida a capacidade máxima de ocupação dos pavilhões, sendo
nesta fase efectuada a transição de ração em migalha para granulado, diminuindo o consumo
de ração para cerca de 500 g/frango.
Os parques de produção C5, D7, E10, G14 e H16, apenas recebem aves nesta fase,
provenientes dos parques de produção dos respectivos pavilhões, nomeadamente dos parques
de produção C4 (abastece o C5), D6 (abastece o D7), E8 e E9 (abastecem o E10), G13
(abastece o G14) e H15 (abastece o H16).
Na fase de acabamento (5 a 8 dias), os frangos completam o seu crescimento (tempo médio
de crescimento de 35 a 44 dias), ao fim do qual atingem um peso de cerca de 1,8 Kg de peso
vivo.
Terminado o ciclo produtivo, dá-se a apanha e o transporte para abate no exterior da
instalação. Cerca de 30% das aves, são apanhadas e transportadas para abate aos 33 dias
(com um peso de cerca de 1,4 kg de peso vivo), dado serem comercializadas como frango de
churrasco.
Após o esvaziamento dos pavilhões segue-se a fase de remoção das camas/estrume através
de arrasto mecânico (tractor com pá frontal). Posteriormente é efectuada a limpeza a seco das
instalações e equipamentos através de ar comprimido e de vassoura mecânica, após a qual
é efectuada a desinfecção das instalações e equipamentos através de pulverização.
Segue-se o vazio sanitário (mínimo 2 semanas), de modo a reunir as condições higio-
sanitárias essenciais para receber um novo bando, iniciando-se um novo ciclo produtivo.
Considerando a escala temporal do ciclo produtivo + vazio sanitário, são efectuados entre 5 e 6
ciclos por ano, o que equivale a uma produção anual de cerca de 550.000 a 660.000 frangos.

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2. Fluxograma do processo produtivo da criação intensiva de aves de


capoeira – actividade PCIP

Água
(AC1 e em caso de
emergência da rede
pública de
abastecimento) Ração Material de Cama Calor
)

Preparação dos pavilhões avícolas

Ciclo Produtivo

Cadáveres de
Recepção de pintos Fase de cria, recria e acabamento aves (durante
(110 000) nos todo o ciclo
pavilhões avícolas produtivo)

Estrume
Remoção das camas/estrume avícola

Limpeza e desinfecção dos pavilhões

Vazio sanitário

Frangos com 33 a
44 dias para abate
no exterior da
instalação

Legenda
:
Matérias-primas/ produtos
Matéria residual (subprodutos)
Esquema produtivo

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ANEXO II – Título de Utilização de Recursos Hídricos (TURH)

 AC1: – Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos para Captação de Água


Subterrânea ARHT/2878.10/R/A.CA.F

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ANEXO III – Informação a incluir nos relatórios referentes à caracterização das


emissões para o ar

1. Monitorização das emissões para atmosfera


O Relatório de Caracterização das Chaminés a apresentar deverá incluir a caracterização das
fontes de emissão, em regime de funcionamento normal, apresentando para cada chaminé:
1. Cálculo da altura prevista para a chaminé, de acordo com o procedimento de cálculo
estabelecido através da Portaria n.º 263/2005, de 17 de Março, bem como apresentação
dos elementos de suporte aos cálculos realizados, o que compreenderá a apresentação
nomeadamente de:
a) Identificação do(s) “obstáculo(s) próximo(s)” e respectivas dimensões relevantes
para os cálculos a realizar (altura máxima do obstáculo, distância entre a fonte de
emissão e o ponto mais elevado do obstáculo, largura do obstáculo, etc.);
b) Determinação inicial da altura mínima Hp, calculada com base nas condições de
emissão de efluentes gasosos;
c) Avaliação sobre a existência ou não de dependência entre chaminés e, nos casos
aplicáveis, determinação da altura Hp corrigida, devido à influência de outra(s)
chaminé(s) existente(s) na instalação;
d) Determinação da altura mínima Hc, que constitui a altura corrigida devido à
presença de obstáculos próximos;
e) Identificação da altura final prevista para a chaminé (H) de acordo com esta
metodologia de cálculo, avaliando simultaneamente as alturas Hp corrigida e Hc;
f) Explicitação de eventuais aproximações de cálculo necessárias realizar e sua
fundamentação.
2. Comparação entre a altura real da chaminé e a altura prevista atendendo à metodologia
de cálculo estabelecida pela Portaria n.º 263/2005, de 17 de Março. Caso a altura real da
chaminé não se apresente concordante com a prevista pelo referido procedimento de
cálculo deverá o operador:
a) Apresentar explicitação e calendarização das acções a realizar com vista a corrigir
as alturas das chaminés. Neste sentido deverá ser tomado em consideração que
as várias chaminés da instalação deverão apresentar secção circular, o seu
contorno não deve ter pontos angulosos e a variação da secção, particularmente
nas proximidades da saída dos efluentes gasosos para a atmosfera, deve ser
contínua e lenta, devendo ainda a convergência ser cuidadosamente realizada. É
também de referir que as chaminés não deverão possuir dispositivos de topo, ou
outros, que diminuam a dispersão vertical ascendente dos gases, nomeadamente
quando se referem a fontes associadas a processos de combustão;
b) Para eventuais casos em que o operador considere ser comprovadamente inviável
do ponto de vista técnico e/ou económico o cumprimento da altura prevista pela
referida metodologia de cálculo, deverá para cada chaminé nessa situação
apresentar a fundamentação considerada relevante para essa demonstração. As
justificações a apresentar deverão, sempre que possível, ser quantificadas tendo
por base elementos de projecto e/ou de dimensionamento dos equipamentos em
cada caso. De forma a melhor fundamentar do ponto de vista técnico e económico
esses eventuais impedimentos, deverá também ser dada atenção nomeadamente
aos seguintes aspectos:
i. Condições processuais associadas à fonte de emissão e natureza
qualitativa e quantitativa dos efluentes emitidos;
ii. Eventual existência de sistemas de tratamento de efluentes e respectivas
características técnicas de funcionamento, nomeadamente tipo de
poluentes removidos e eficiência de tratamento associada. Nestes casos
deverá também ser feita referência ao plano de manutenção efectuado
aos sistemas de tratamento instalados de forma a manter um nível

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elevado de eficiência de tratamento, incluindo indicação sobre a


periodicidade das operações realizadas e detalhe dos respectivos
procedimentos de manutenção;
iii. Tipo de obstáculos existentes à dispersão dos efluentes, parâmetros
climatológicos relevantes, etc.;
iv. Avaliação sobre a eventual necessidade, após implementação das
alterações da chaminé, de equipamentos adicionais (ex. ventiladores)
para um correcto funcionamento dos processos produtivos e/ou dos
sistemas de tratamento de emissões implementados, e respectivos custos
associados (custos inerentes ao equipamento, aos consumos energéticos,
custos de operação, etc.).
3. Caracterização da secção de amostragem da chaminé, com referência à existência de
pontos de amostragem com orifício normalizado e sua localização, bem como referência à
adequação da chaminé à Norma Portuguesa NP 2167 (2007), relativa às condições a
cumprir na “Secção de amostragem e plataforma para chaminés ou condutas circulares de
eixo vertical”, pelo que deverá o operador desencadear acções adequadas através da
introdução de alterações na chaminé (caso aplicável) que permitam dar cumprimento aos
requisitos previstos na referida NP relativos às condições sobre a secção de amostragem
e respectivas plataformas (caso necessário).
Em eventuais casos em que se verifique dificuldade de aplicação desta Norma, e tendo
por base proposta fundamentada do operador, poderão ser aprovadas secções de
amostragem alternativas, em aditamento a esta LA. Nesse sentido, se aplicável, deverá o
operador apresentar os fundamentos considerados relevantes e respectivos elementos
técnicos complementares de análise.

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2. Especificações sobre o conteúdo do relatório de autocontrolo


Um relatório de caracterização de efluentes gasosos para verificação da conformidade com a
legislação sobre emissões de poluentes atmosféricos deve conter, no mínimo, a seguinte
informação:
a) Nome e localização do estabelecimento;
b) Identificação da(s) fonte(s) alvo de monitorização com a denominação usada nesta
licença;
c) Dados da entidade responsável pela realização dos ensaios, incluindo a data da
recolha e da análise;
d) Data do relatório;
e) Data de realização dos ensaios, diferenciando entre recolha e análise;
f) Identificação dos técnicos envolvidos nos ensaios, indicando explicitamente as
operações de recolha, análise e responsável técnico;
g) Objectivo dos ensaios;
h) Normas utilizadas nas determinações e indicação dos desvios, justificação e
consequências;
i) Descrição sumária da instalação incluindo, sempre que possível, o respectivo layout
(exemplo: capacidade nominal, combustíveis utilizados, equipamentos de redução,
etc.);
j) Condições relevantes de operação durante o período de realização do ensaio
(exemplo: capacidade utilizada, matérias-primas, etc.);
k) Informações relativas ao local de amostragem (exemplo: dimensões da
chaminé/conduta, número de pontos de toma, número de tomas de amostragem, etc.)
l) Condições relevantes do escoamento durante a realização dos ensaios (teor de
oxigénio, pressão na chaminé, humidade, massa molecular, temperatura, velocidade e
caudal do efluente gasoso- efectivo e PTN, expressos em unidades SI);
m) Resultados e precisão considerando os algarismos significativos expressos nas
unidades em que são definidos os VLE, indicando concentrações «tal-qual» medidas e
corrigidas para o teor de O2 adequado;
n) Comparação dos resultados com os VLE aplicáveis. Apresentação de caudais
mássicos;
o) No caso de fontes múltiplas, deverá ser apresentada a estimativa das emissões das
fontes inseridas no plano, com o respectivo factor de emissão, calculado a partir das
fontes caracterizadas;
p) Indicação dos equipamentos de medição utilizados.

Anexos: detalhes sobre o sistema de qualidade utilizado; certificados de calibração dos


equipamentos de medição; cópias de outros dados de suporte essenciais

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ANEXO IV – Plano de Gestão de Efluentes Pecuários (estrume)


Cópia (2 páginas em anexo) de Parecer favorável e aprovação (emitidos pela DRAP LVT) do
PGEP apresentado pelo operador na EC, com vista a assegurar o cumprimento das normas
técnicas aplicáveis à gestão dos efluentes pecuários, conforme o disposto na Portaria n.º
631/2009, de 9 de Junho.

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